Antes de entramos nos livros de Mt, Mc,
Lc e Jo, faremos um breve resumo sobre os evangelhos. Aproveitaremos, sempre
que oportuno, os comentários e dicas da Bíblia de Estudo de Genebra – BEG.
Os evangelhos são os quatro livros de
Mateus, Marcos, Lucas e João que narram a vida de Jesus desde o seu nascimento
até sua morte, ressurreição e ascensão aos céus, 40 dias após ter ressuscitado
dentre os mortos e andado com seus discípulos os preparando para a formação da
sua igreja.
Jesus Cristo é a personagem central desses
livros bem como seus ensinamentos, palavras, pregações, curas, sinais, prodígios
e milagres. Jesus Cristo é a resposta de Deus ao homem que o buscava. Ele é a
semente messiânica anunciada desde Gn 3.15, no proto-evangelho. Deus não deu
opções ao homem por outro caminho até ele. Ou ele aceita a sua palavra, se converte
e siga Jesus Cristo, o Messias, ou estará sendo separado para ser para sempre
rejeitado.
Contexto histórico dos Evangelhos e de
Atos.
Herodes
o Grande, que faleceu logo depois do nascimento cie Jesus, havia designado seu
filho Arquelau como sucessor no governo da Judeia e Samaria (Mt 2.19-22). Tendo
herdado as fraquezas de seu pai, mas não suas virtudes, Arquelau foi banido dez
anos depois de se tornar governador. Em decorrência disso, a Judeia e Samaria
foram colocadas sob o controle direto de Roma, exercido por meio de
governadores ou prefeitos (chamados posteriormente de
"procuradores"), incluindo Pôncio Pilatos, que ocupava esse cargo durante
o ministério de Jesus. Herodes havia entregue as províncias da Galileia (onde
Jesus passou a maior parte de sua vida e ministério) e Pereia a outro filho,
Herodes Antipas, mencionado apenas de passagem nos Evangelhos (p. ex., Mt
14.1-12; Lc 23.6-15). O reinado de Antipas foi longo, mas em 39 d.C., Herodes
Agripa, neto de Herodes o Grande, conseguiu banir Antipas e assumir o controle
da Galileia e da Pereia. Dois anos depois, o seu amigo de infância Cláudio, o
imperador romano na época, também o coroou rei da Judeia e Samaria. Agripa
tinha o apoio dos judeus, mas o seu reinado foi curto. Morreu em 44 d.C. depois
de perseguir alguns dos apóstolos e receber louvores como se fosse um deus (At
12.1-4,19-23). Os romanos reassumiram o governo, dando a Agripa II o controle
de apenas uma pequena porção da Terra Prometida (At 25.13-26.32). As tensões
entre judeus e romanos se intensificaram nesse período e eclodiram na revolta
de 66 d.C. Esse conflito teve consequências desastrosas para o povo judeu e Jerusalém
foi destruída em 70 d.C.[1]
O caráter da narrativa do Novo
Testamento
Com exceção do Pentateuco, os
principais livros históricos do Antigo Testamento (Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel,
1 e 2 Reis) são chamados na tradição judaica de "Profetas Anteriores",
sendo que os “Profetas Posteriores” são os “Profetas maiores” e os “Profetas
Menores” que se constituem dos últimos 17 livros da Bíblia, do Antigo
Testamento.
Assim, não temos neles, nos Profetas
Anteriores, o propósito principal de servir de registro dos acontecimentos
históricos nacionais, mas sim de se constituir de mensagens proféticas que
visam repreender, consolar e exortar. Do mesmo modo, os Evangelhos e Atos não
fornecem, como propósito principal, todos os detalhes históricos e cronológicos,
antes, registram acontecimentos selecionados e organizados de modo a apresentar
da melhor maneira possível, a mensagem do evangelho.
Os livros sinópticos
Até mesmo uma leitura superficial dos
quatro Evangelhos mostra que três deles (Mateus, Marcos e Lucas) são bastante
parecidos, especialmente em contraste com João. Salvo poucas exceções
importantes, os acontecimentos incluídos em João (p. ex., cap. 3; 9; 11; 14)
não aparecem nos três primeiros Evangelhos. Por esses motivos, os três
primeiros Evangelhos são chamados com frequência de "sinóticos" (pois
compartilham um mesmo ponto de vista).
O
EVANGELHO SEGUNDO MATEUS
Autor:
•Cremos
ser de autoria de Mateus (Levi), embora pareça ter sido escrito anonimamente.
Pode haver uma sutil confirmação da
autoria de Mateus pela maneira em que ele fala sobre si mesmo (9.9; 10.3), mas
essa evidência pode ser questionada.
Embora seja impossível determinar a
identidade do autor com absoluta certeza, a antiga associação desse livro com
Mateus aponta para a sua aceitação como o relato de uma testemunha ocular da
vida de Jesus.
Além disso, ouvimos no Evangelho a voz
de seu principal autor, o próprio Espírito de Deus.
Propósito:
•Demonstrar
pela vida e obra de Jesus que ele é o Messias esperado e desejado e assim evangelizar
o ser humano em suas aldeias, povoados, vilas, povos e nações. Também o de inspirar
os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar
Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o
cumprimento do plano da redenção de Deus.
Verdades
fundamentais:
•Jesus
cumpriu as Escrituras do Antigo Testamento.
•Jesus
é o Rei prometido (o Messias).
•Enquanto
esteve aqui na terra, Jesus inaugurou o reino de Deus.
•Os
seguidores de Jesus devem espalhar o reino e fazer discípulos de todas as
nações.
•Os
seguidores de Jesus sofrerão, mas Jesus estará sempre com eles.
•Quando
retornar, Jesus completará o reino de Deus.
Data
e Ocasião
Provavelmente Data: 60-70 d.C.
Pode ser difícil determinar a data do
Evangelho de Mateus, mas com certeza ele foi completado cinquenta ou sessenta
anos depois dos acontecimentos que descreve.
Seu autor não poderia ter inventado as
histórias livremente, uma vez que as testemunhas oculares ainda estavam vivas
para desmentir as declarações falsas. Com muita probabilidade, o Evangelho de
Mateus foi escrito em Antioquia, na Síria.
Público
original
O Evangelho de Mateus foi provavelmente
dirigido à igreja de Antioquia. Inácio, o primeiro pai da igreja a citar
Mateus, era bispo de Antioquia. Além disso, a congregação em Antioquia era uma
mistura de judeus e gentios (cf. At 15), um fato que poderia ter dado origem
aos problemas de legalismo e antinomianismo de que Mateus particularmente tratou.
Propósito
e características
O Evangelho de Mateus nos apresenta
Jesus – especialmente os ensinos de Jesus sobre ele mesmo e o reino do céu.
Esse reino é o cumprimento do plano de
redenção de Deus e a renovação que havia sido profetizada desde a queda (Gn
3.15).
Nesse plano, a paixão e a morte de
Jesus não se constituíram numa lamentável tragédia; em vez disso, elas são os
meios que Deus usou para atingir o seu objetivo.
A ressurreição de Jesus marca o início
do fim da História.
O propósito do Evangelho de Mateus é
transmitir o ensinamento autorizado de Jesus e sobre ele, cuja vinda marcou o
cumprimento das promessas de Deus. Não se trata meramente de uma história ou
biografia, uma teologia ou uma confissão, um catecismo ou um conjunto de
ensinamentos; é uma combinação de todas essas coisas. Mateus não permite
separação entre a narrativa e a teologia ou entre a teoria e a prática.
A História é a única base autêntica
para a teologia, e a teologia dá o único significado correto para a História; o
mesmo vale, também, para a teoria e a prática.
O Evangelho de Mateus é excepcional em
seu extensivo apelo ao cumprimento de Jesus dos padrões, requerimentos e
expectativas do Antigo Testamento.
Estes não são apresentados simplesmente
como "predições" e "cumprimentos", mas como indicações do
cumprimento de todas as esperanças do Antigo Testamento e do propósito da
existência de Israel.
Essa preocupação com o cumprimento é
evidenciada não somente nas citações de Mateus, mas também na maneira como
certas coisas na História são enfatizadas.
É o Evangelho de Mateus que conta que
havia dois endemoninhados e dois homens cegos, de acordo com o princípio do
Antigo Testamento de que um depoimento deveria ser fundamentado pela presença
de, no mínimo, duas testemunhas.
É o Evangelho de Mateus que nos mostra
claramente a ilegalidade das ações do Sinédrio, a perversão do Antigo
Testamento pelos escribas e fariseus e a natureza pactual no modo de Deus
tratar com o seu povo.
Também distintivo em Mateus é o fato de
ter estruturado o ensino de Jesus em cinco principais sermões:
1.Ética.
2.Discipulado
e missão.
3.O
reino do céu.
4.A
igreja.
5.A
escatologia.
Essa estrutura em si deve ter sido
padronizada de acordo os cinco livros de Moisés de modo a apresentar Jesus como
o "profeta [Moisés]" (Dt 18.18) que era ainda maior do que Moisés.
Hoje, a maioria dos estudiosos
reconhece esses cinco principais sermões como o principal recurso da estrutura
de Mateus, especialmente porque cada sermão termina o seu objetivo. A
ressurreição de Jesus marca o início com uma fórmula: “E quando Jesus
terminou...". Além do mais, parece haver uma relação entre cada sermão e o
material narrativo anterior.
Esboço
de Mateus:
Veremos ao longo desses 28 capítulos
três partes: Parte I. PRÓLOGO (1.1 – 2.23); Parte II. A VINDA DO REINO (3.1 –
7.29); Parte III. AS OBRAS DO REINO (8.1 – 10.42); Parte IV. A NATUREZA DO
REINO (11.1 – 13.58); Parte V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1 – 18.35); Parte VI. AS
MUDANÇAS DO REINO (19.1 – 25.46); Parte VII. A PAIXÃO E A RESSURREIÇÃO (26.1 –
28.20).
Mateus
1 1-25 - A genealogia de Jesus, o Cristo
Parte I – PRÓLOGO (1.1 – 2.23)
A razão de ser de toda as Escrituras é
demonstrar a qualquer estudante sério e que busca a verdade acima de qualquer
coisa que Jesus Cristo é o Filho legítimo, unigênito, de Deus que foi enviado
ao mundo para salvação de todo aquele que nele crer – Jo 3.16-18.
A genealogia, o nascimento e a primeira
infância de Jesus demonstram que ele era o tão esperado Messias, anunciado
desde Gn 3.15. Deus trabalhou miraculosamente nos primeiros anos da vida de
Jesus a fim de apresentá-lo como rei dos judeus e gentios.
Os caps. 1-2 formam o prólogo,
iniciando o Evangelho com a genealogia e alguns acontecimentos extraordinários
que demonstram que Jesus é o Messias.
O livro de Mateus começa exatamente com
a expressão “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de
Abraão.” e em seguida vai relacionando em uma certa ordem, os seus ascendentes
a partir de Abraão.
Genealogia, literalmente, “Origem"
ou “começo" (gênesis), o que, na terminologia bíblica poderia significar
"gênese" (cf. Gn 2.4; 5.1).
O termo poderia apontar para além da
genealogia para todo o Evangelho, que é um “relato do começo" de Jesus
Cristo, ou seja, a inauguração do seu reino.
Ele é apresentado como Cristo como se o
seu nome incluísse esse adjetivo. Baseado na palavra grega para
"ungido", Cristo corresponde à palavra hebraica mashiach, ou “messias",
ou "o ungido'.
No Antigo Testamento, a unção com óleo
simbolizava a nomeação de uma pessoa por Deus para um ofício. Todos os três
ofícios do Antigo Testamento - profeta, ministro e rei - eram nomeados dessa
maneira (veja 1Rs 19.16; Ex 29.7; 1Sm 16.13, respectivamente); porém, no tempo
de Jesus, "Messias" era uma nomeação primariamente usada para o cargo
de rei.
O Antigo Testamento prometeu a vinda de
um justo servo do Senhor (Is 42.1-9), o qual seria um profeta como Moisés (Dt
18.18-19), um ministro como Melquisedeque (SI 110.4) e um rei como Davi, o
ungido do Senhor (Is 55.3-5; Jr 30.9; Ez 34.24; Os 3.5; Zc 12.8).
Israel esperava um Messias que traria
vitória sobre seus inimigos e estabeleceria uma regra de paz. O Evangelho de
Mateus proclama que Jesus é o "Cristo", o rei e libertador prometido
- muito mais do que o Messias das expectativas populares. O próprio Jesus
raramente usou esse título pelo fato de que era muito mal interpretado.
Nas genealogias do Oriente Próximo, as
mulheres geralmente não são listadas, mas elas faziam parte do propósito de
Deus de enviar o Cristo.
Conforme a BEG, as cinco explicitamente
citadas na genealogia de Jesus relembram a todos nós que Deus frequentemente
faz o inesperado e escolhe o improvável.
· Tamar
nos relembra os erros de Judá (Gn 38.6-30).
·Raabe
foi uma prostituta gentia (Js 2).
·Rute
era uma moabita e, assim, sob uma maldição especial (cl. Dt 23.3-5).
·Bate-beba,
a esposa de Urias, o hitita, foi a queda de Davi (2Sm 11).
·Maria,
a virgem, não somente cumpriu Is 7.14 (cf. 1.23) como também a mais importante
promessa de Gn 3.15 (cf. Cl 4.4).
Os detalhes da genealogia diferem de Lc
3.23-38, provavelmente porque o Evangelho de Lucas nos mostra a descendência
biológica, enquanto o Evangelho de Mateus nos dá as sucessões ao trono.
Mateus organiza a genealogia em três
grupos de quatorze (ou três grupos de sete duplos) para mostrar que Deus tem um
propósito na História e que a história primitiva de Israel que levou a Davi, a
monarquia que levou ao exílio e a história pós-exílio de Israel, todas levam e
apontam para Cristo.
Jeconias (ou seja, Jeoaquim) está
incluso tanto no segundo quanto no terceiro grupo de quatorze. Não se trata de
um erro, e nem uma abreviação de Mateus da genealogia. Jeoaquim foi rei tanto
antes, como também depois do exílio (Dn 9.24).
Mateus não estava interessado na
numerologia “per se”; ele estava
ressaltando um padrão na história redentora de Deus.
Jesus veio da linhagem de Zorobabel (Mt
1.12-16) e recebeu as promessas dadas à casa de Davi depois do exílio. Contados
desde Abraão, Zorobabel foi o 31º e Jesus Cristo foi 42º.
O vs. 19 diz que José era justo e resolveu,
em seu coração, deixá-la secretamente. O noivado, uma promessa de casamento,
era tão comprometedor como o casamento, e a infidelidade durante o noivado
tornaria virtualmente obrigatório o divórcio, uma vez que não se divorciar
seria uma aceitação implícita da própria culpa.
Foi necessária a intervenção de um anjo
que apareceu a José em sonho dizendo para ele que não levasse adiante seu
propósito de seu coração, mas que relevasse porque o que em Maria havia sido
gerado não era fruto de traição ou de adultério, mas obra do Espírito Santo de
Deus para trazer o Messias ao mundo.
O anjo então lhe dá mais instruções e
fala qual deve ser o nome da criança quando essa nascesse: Jesus. O equivalente
grego de Josué, Jesus significa "Javé é salvação" ou “Javé
salva". Era também um nome comum àquela época.
Vimos aqui a interferência de um anjo –
um anjo do Senhor - na tomada de decisão de um homem. José já tinha decidido
deixá-la, secretamente, por que era justo, mas um anjo, em nome de Deus, o
impediu por meio de um sonho. O anjo foi instrumento de Deus na comunicação do
Espírito Santo com ele.
O que acontecia ali era especial e
cumprimento das Escrituras e tudo se sucedeu para que se cumprisse as palavras
proféticas, especialmente de Isaías.
O significado preciso da palavra hebraica
‘almah’ em Is 7.14 anda é
questionado, mas Mateus apresenta claramente Maria como virgem até o nascimento
de Jesus.
A concepção de uma virgem foi um
milagre e certamente foi um sinal da iminente redenção de Deus de seu povo e de
sua presença com ele (nesse momento, a BEG recomenda a leitura de seu excelente
artigo teológico “O nascimento virginal de Jesus”, em Mt 1 – reproduzido na
íntegra, logo abaixo).
Essa é primeira de muitas referências
do Antigo Testamento que Mateus usa para mostrar que Jesus cumpriu o Antigo
Testamento (2.6,15,18,23). Em todo o Evangelho, há doze fórmulas desse tipo
cumpridas, bem como quarenta e sete citações do Antigo Testamento.
O nome Emanuel vem à mente novamente em
28.20, onde Jesus prometeu que ele estaria com seus discípulos até a consumação
do século (Is 7.14).
O propósito do evangelho de Mateus, além
do óbvio que é evangelizar, é inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de
promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e
apresentar o reino de que ele trouxe como cumprimento do plano da redenção de
Deus.
Mt 1:1 Livro da genealogia de Jesus Cristo,
filho de Davi,
filho de
Abraão.
Mt 1:2 Abraão gerou a Isaque;
Isaque, a Jacó;
Jacó, a Judá e a seus
irmãos;
Mt 1:3 Judá gerou de
Tamar a Perez e a Zera;
Perez gerou a Esrom;
Esrom, a Arão;
Mt 1:4 Arão gerou a
Aminadabe;
Aminadabe, a Naassom;
Naassom, a Salmom;
Mt 1:5 Salmom gerou de
Raabe a Boaz;
este, de Rute, gerou a
Obede;
e Obede, a Jessé;
Mt 1:6 Jessé gerou ao
rei Davi;
e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de Urias;
Mt 1:7 Salomão gerou a
Roboão;
Roboão, a Abias;
Abias, a Asa;
Mt 1:8 Asa gerou a
Josafá;
Josafá, a Jorão;
Jorão, a Uzias;
Mt 1:9 Uzias gerou a
Jotão;
Jotão, a Acaz;
Acaz, a Ezequias;
Mt 1:10 Ezequias gerou
a Manassés;
Manassés, a Amom;
Amom, a Josias;
Mt 1:11 Josias gerou a
Jeconias e a seus irmãos,
no tempo
do exílio na Babilônia.
Mt 1:12 Depois do exílio na Babilônia, Jeconias gerou a
Salatiel;
e Salatiel, a
Zorobabel;
Mt 1:13 Zorobabel
gerou a Abiúde;
Abiúde, a Eliaquim;
Eliaquim, a Azor;
Mt 1:14 Azor gerou a
Sadoque;
Sadoque, a Aquim;
Aquim, a Eliúde;
Mt 1:15 Eliúde gerou a
Eleazar;
Eleazar, a Matã;
Matã, a Jacó.
Mt 1:16 E Jacó gerou a
José, marido de Maria,
da qual
nasceu Jesus, que se chama o Cristo.
Mt 1:17 De sorte que todas as gerações,
desde Abraão até Davi,
são catorze;
desde Davi até ao
exílio na Babilônia, catorze;
e desde o exílio na
Babilônia até Cristo, catorze.
Mt 1:18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim:
estando Maria, sua
mãe, desposada com José,
sem que
tivessem antes coabitado,
achou-se
grávida
pelo
Espírito Santo.
Mt 1:19 Mas José, seu
esposo,
sendo
justo
e não a
querendo infamar,
resolveu
deixá-la secretamente.
Mt 1:20 Enquanto ponderava nestas coisas,
eis que lhe apareceu,
em
sonho,
um anjo
do Senhor, dizendo:
José, filho de Davi,
não
temas receber Maria, tua mulher,
porque o
que nela foi gerado
é do
Espírito Santo.
Mt 1:21 Ela dará à luz um filho
e lhe porás o nome de
Jesus,
porque
ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Mt 1:22 Ora, tudo isto aconteceu
para que se cumprisse
o que fora dito pelo Senhor
por
intermédio do profeta:
Mt 1:23 Eis que a
virgem conceberá
e dará à
luz um filho,
e ele
será chamado pelo nome de Emanuel
(que
quer dizer: Deus conosco).
Mt 1:24 Despertado José do sono,
fez como lhe ordenara
o anjo do Senhor
e recebeu sua mulher.
Mt 1:25
Contudo, não a conheceu,
enquanto
ela não deu à luz um filho,
a quem
pôs o nome de Jesus.
As verdades fundamentais encontradas em
Mateus são: Jesus cumpriu as Escrituras do AT; Jesus é o Rei prometido – o
Messias; Enquanto esteve aqui na terra, Jesus inaugurou o reino de Deus; Os
seguidores de Jesus devem espalhar o reino a todas as nações; Os seguidores de
Jesus sofrerão, mas Jesus está sempre com eles; e, quando retornar, Jesus
completará o reino de Deus.
Já no primeiro capítulo, como estamos
vendo, Mateus procura demonstrar a linhagem messiânica que vem desde Abraão. De
Abraão até Adão foram, conforme Lucas, 35 gerações. Somando-se tudo, teremos 77
gerações de Adão até o Cristo Jesus, o Messias.
Todas as histórias e as lições do
Antigo Testamento, de Adão até Cristo, são para, entre outras coisas,
demonstrar mais especificamente a linhagem messiânica a qual Deus falou em
Gênesis 3 para a mulher, ao homem e a Satanás.
O nascimento virginal de Jesus: Maria era mesmo virgem?[2]
Mt 1.18-25; Lc 1.26-56 e 2.4-7 testemunham em uníssono que
o nascimento de Jesus foi fruto de uma concepção miraculosa. Maria engravidou
pela ação criadora do Espírito Santo enquanto ela ainda era virgem (Mt 1.20; Lc
1.35).
A maioria dos cristãos aceitava o nascimento virginal sem
hesitar até que a teologia moderna começou a questionar os milagres no século
19. Então, a doutrina do nascimento virginal se tornou um ponto crítico de
discussão acerca do sobrenaturalismo cristão e da divindade de Jesus. O
liberalismo moderno rejeitou o nascimento virginal juntamente com outros
milagres bíblicos.
Na realidade, o nascimento virginal harmoniza-se perfeitamente
com o restante da mensagem do Novo Testamento acerca de Jesus. O próprio Jesus
operou milagres e ressuscitou miraculosamente dentre os mortos, de modo que a
sua entrada miraculosa no mundo não cria nenhuma dificuldade inédita. Uma vez
que ele deixou o mundo de maneira sobrenatural, pela ressurreição e ascensão, a
sobrenaturalidade do seu nascimento é inteiramente apropriada. Tendo em vista a
dignidade e a glória pré-encarnada de Jesus (Jo 1.1-9; 17.5; Fp 2.5-11; Cl
1.15-17; Hb 1.1-3; 1Jo 1.1), bem como a glória da obra que ele veio para
realizar (Mt 1.21-23; Lc 1.31-35) é natural que o seu nascimento tenha sido
glorioso e miraculoso. Rejeitar o nascimento virginal de Jesus corresponde,
implicitamente a questionar todos os ensinamentos do Novo Testamento a seu
respeito.
A concepção miraculosa de Jesus aponta para a sua
divindade e também para a realidade do poder criador que opera no nosso próprio
novo nascimento (Jo 1.13). Seu nascimento miraculoso também aponta para a sua
impecabilidade. Embora Maria fosse uma pecadora (Lc 1.43-48,) deu à luz Aquele
que não teve pecado algum. Por meio da operação do Espírito Santo, a humanidade
de Jesus não foi maculada pelo pecado, permitindo que Jesus se tornasse o
sacrifício perfeito pelos pecados dos homens e o Salvador de sua própria mãe e,
com ela, do restante da verdadeira igreja.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
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de se ori...
2 comentários:
Excelente estudo :)
Excelente estudo :)
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devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.