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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Jeremias 15:1-21 - O SENHOR CONFORTA JEREMIAS EM SUA DURA MISSÃO.


Terminaremos agora a sétima parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 14.
VII. O JULGAMENTO POR MEIO DA SECA (14.1-15.21) - continuação.
Como já dissemos, de 14.1 a 15.21, estamos vendo o julgamento de Judá por meio da seca. Esses capítulos declaram que os judaítas se encontravam de tal modo empedernidos em seu pecado que Deus se recusou a responder, por amor ao seu próprio povo, até mesmo a súplica de Jeremias para que o povo fosse livrado da seca.
Deus responde à pergunta de Jeremias em 14.19 — Acaso Deus havia rejeitado Judá completamente? — dizendo que o julgamento vindouro era inevitável devido aos pecados de Judá, mas também garante a Jeremias o livramento pessoal das mãos de seus inimigos.
Para melhoria de nossa reflexão, foi dividida esta parte VII em duas seções: A. Uma descrição da seca (14.1-6) – já vista; e, B. As  três orações de Jeremias acompanhadas das respostas de Deus (14.7-15.21) – veremos e concluiremos agora.
B. As  três orações de Jeremias acompanhadas das respostas de Deus (14.7-15.21) - continuação.
Como já dissemos, do vs. 7 até 15.21 estaremos vendo as orações e as respostas de Deus a Jeremias. Essa seção se alterna entre as orações de Jeremias e as respostas de Deus.
·         O profeta ora em favor do povo na esperança de encontrar perdão (14.7-9), mas Deus responde com palavras de condenação (14.10-12) – já vista.
·         Jeremias ora novamente (14.13) e Deus responde com uma condenação dos falsos profetas (14.14-18) – já vista.
·         O profeta ora pela terceira vez (14.19-22) e Deus lhe diz que a sua oração não adiantará de nada (15.1-9) – veremos agora.
·         Jeremias ora novamente (15.10) e Deus responde com palavras sobre Jeremias e Judá (15.11-14) – veremos agora.
·         O profeta ora pela última vez (15.15-18) e Deus lhe responde com encorajamento e uma advertência (15.19-21) – veremos agora.
Rejeitada em absoluto a terceira intercessão de Jeremias - continuação.
Até ao verso 9, Deus estará respondendo à oração de Jeremias dizendo-lhe que é inútil continuar intercedendo.
Deus cita dois grandes intercessores que poderiam se juntar a Jeremias e mesmo assim, ele não os ouviria. Deus recorda os grandes intercessores de Israel (Ex 32.11-14; 1 Sm 12 23; 1 Rs 17.1. A oração pelo povo volta a ser proibida e a súplica que Jeremias acabou de fazer (14.19-22) é rejeitada de modo específico (7.16; 11.14).
Deus estava decidido a entrar em juízo com Judá e nada poderia demovê-lo disso. No capítulo anterior vimos que Deus falou a Jeremias que não o ouviria por amor ao seu povo, isso para o seu próprio bem. Embora triste e sofrível, o castigo seria necessário.
Nos versos 2 e 3, ele separa dois conjuntos de quatro grupos de flagelos sobre o povo. Primeiro: morte- espada – fome – cativeiro.
No verso 3, os elementos são diferentes daqueles mencionados no vs. 2. Segundo: espada – cães – aves do céu – feras da terra. A espada seria para matar, os cães para os arrastarem e as aves e as feras para os devorarem. Os três últimos estavam relacionados ao medo das pessoas de que o seu corpo permanecesse insepulto (7.33; 14.16; cf. 1Rs 21.23).
Por ironia, esse filho de Ezequias, um rei que realizou várias reformas (2Rs 20.21), foi um dos monarcas mais perversos de Judá. Apesar de reformas posteriores realizadas pelo seu neto, Josias, o castigo e o exílio de Judá foram associados especificamente às transgressões de Manassés (2Rs 23.26).
Na verdade, nem seria para Manassés ter nascido, mas por causa da oração de Ezequias que rogou ao Senhor mais tempo de vida é que lhe veio, depois, esse filho maligno – II Re 20.
E agora, quem iria se compadecer, entristecer e perguntar pela paz de Jerusalém? Seria por causa de Manassés o terrível espetáculo inevitável em que Jeremias não conseguia mudar a história por meio da intercessão. Na verdade, Manassés foi a escolha e o desejo do povo. O verso 6 pode trazer mais luz às argumentações.
O povo havia rejeitado a Deus, voltado para trás e Deus já não mais estenderia as sus mãos para a salvação, mas contra eles para os destruir. Deus se diz cansado de abrandar as coisas.
Manassés era culpado sim, mas Manassés era a escolha do povo rebelde e contradizente.
Deus iria impor o castigo (cf. Is 41.16) a eles, pois não voltaram de seus caminhos de maldade.
Observe – vs 8 - a transformação irônica da promessa numa terrível ameaça (Gn 22.17; cf. Is 10.22). As mulheres ficando viúvas e os seus filhos desaparecendo.
Aquela que tinha sete filhos – vs 9 – se enfraqueceu, expirando a sua alma. Estando ela em plena luz do dia, com o sol à pino, ela se confunde e se envergonha. Essa descrição de grande bênção (SI 127.5) é novamente invertida. Até mesmo o remanescente depois da destruição acabaria sucumbindo. No entanto, em Is 6.13 uma ideia semelhante é, por fim, atenuada pela promessa da "santa semente".
Dos versos de 10 ao 21, essa passagem costuma ser considerada a terceira "confissão" de Jeremias. Jeremias ora novamente, expressando o seu desespero diante da força dos seus opositores e Deus consola o seu profeta
Do 11 ao 14, Deus responde a Jeremias, prometendo livrá-lo dos seus adversários.
Pode alguém quebrar o ferro e o bronze? Que esperança Jeremias poderia ter de mudar o coração obstinado de Judá? Mais uma vez, fica implícita a sugestão de uma analogia entre a crueldade dos inimigos pessoais de Jeremias e do inimigo de Judá, a Babilônia (cf. 6.1).
Deus estava com o profeta e jamais o abandonaria, mas ele iria levá-lo com os seus inimigos. Uma predição que se cumpre em Jr 43.4-7. É como tenho meditado e pensado sobre minha vida nos últimos dias. Já não somos mais de nós mesmos – o apóstolo Paulo nos ensina isso em Romanos e em muitas passagens em outras epístolas e nos evangelhos.
A vida que temos, no presente, é para vivermos para a glória de Deus – I Co 10:31 – para ele, o Senhor que por nós morreu. Assim, Jeremias não era o dono de sua vida, mas a vivia para Deus e foi servindo a Deus que também fez parte do cativeiro, sendo levado cativo à Babilônia.
Nos versos de 15 a 18, naturalmente, Jeremias ora, se queixando novamente a Deus por ele permitir que o seu profeta fosse maltratado.
Ele diz que comeu as suas palavras. Sendo que o aspecto era inicialmente doce, mas depois ficou amarga. Era essa a tarefa, ao mesmo tempo doce e amarga de receber as palavras de Deus (veja Ez 3.1-3). Ele entende que carrega o poderoso nome do Senhor e que por ele era chamado, como era também declarado acerca do povo em 14.9.
A compulsão de profetizar era, com frequência, opressora, solitária, mas necessária e abençoadora. Sem dúvida se trata de uma afirmação literalmente verdadeira, em parte devido ao celibato de Jeremias (16.2). No entanto, o profeta indesejado certamente experimentou também um sentimento profundo de solidão. Compare com Elias ( I Rs 19.10) e Jesus (Mt 26.37-38).
Ele sente ser pérpetua a sua dor e incurável a sua ferida por causa de sua missão e por causa do povo de Deus. Em 14.17, a ferida é de Judá. A frase inteira é aplicada a Judá em 30.12, juntamente com uma promessa de cura (vs. 16-17). Veja também 10.19, em que é usada para Jeremias. Seria Deus um ilusório ribeiro para ele? Contrastando 2.13 e comparando com 20.7, veremos que no fim mesmo quem prevalecerá será sempre Deus.
Jr 15:1 Disse-me, porém, o Senhor:
Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim,
não poderia estar a minha alma com este povo.
Lança-os de diante da minha face, e saiam eles.
Jr 15:2 E quando te perguntarem:
Para onde iremos?
dir-lhes-ás:
Assim diz o Senhor:
Os que para a morte, para a morte;
e os que para a espada, para a espada;
e os que para a fome, para a fome;
e os que para o cativeiro, para o cativeiro.
Jr 15:3 Pois os visitarei com quatro gêneros de destruidores,
diz o Senhor:
com espada para matar,
e com cães, para os dilacerarem,
e com as aves do céu
e os animais da terra,
para os devorarem e destruírem.
Jr 15:4 Entregá-los-ei para serem um espetáculo horrendo
perante todos os reinos da terra, por causa de Manassés,
filho de Ezequias, rei de Judá,
por tudo quanto fez em Jerusalém.
Jr 15:5 Pois quem se compadecerá de ti, ó Jerusalém?
ou quem se entristecerá por ti?
Quem se desviará para perguntar pela tua paz?
Jr 15:6 Tu me rejeitaste, diz o Senhor, voltaste para trás;
por isso estenderei a minha mão contra ti,
e te destruirei; estou cansado de me abrandar.
Jr 15:7 E os padejei com a pá nas portas da terra;
desfilhei, destruí o meu povo;
não voltaram dos seus caminhos.
Jr 15:8 As suas viúvas mais se me têm multiplicado
do que a areia dos mares; trouxe ao meio-dia
um destruidor sobre eles, até sobre a mãe de jovens;
fiz que caísse de repente sobre ela
angústia e terrores.
Jr 15:9 A que dava à luz sete se enfraqueceu:
expirou a sua alma; pôs-se-lhe o sol sendo ainda dia;
ela se confundiu, e se envergonhou;
e os que ficarem deles eu os entregarei à espada,
diante dos seus inimigos, diz o Senhor.
Jr 15:10 Ai de mim, minha mãe! porque me deste à luz,
homem de rixas e homem de contendas para toda a terra.
Nunca lhes emprestei com usura,
nem eles me emprestaram a mim com usura,
todavia cada um deles me amaldiçoa.
Jr 15:11 Assim seja, ó Senhor,
se jamais deixei de suplicar-te pelo bem deles,
ou de rogar-te pelo inimigo no tempo da calamidade
e no tempo da angústia.
Jr 15:12 Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do Norte, e o bronze?
Jr 5:13 As tuas riquezas e os teus tesouros,
eu os entregarei sem preço ao saque;
e isso por todos os teus pecados,
mesmo em todos os teus limites.
Jr 15:14 E farei que sirvas os teus inimigos numa terra
que não conheces; porque o fogo se acendeu em minha ira,
e sobre vós arderá.
Jr 15:15 Tu, ó Senhor, me conheces; lembra-te de mim, visita-me,
e vinga-me dos meus perseguidores;
não me arrebates, por tua longanimidade.
Sabe que por amor de ti tenho sofrido afronta.
Jr 15:16 Acharam-se as tuas palavras, e eu as comi;
e as tuas palavras eram para mim o gozo e alegria
do meu coração; pois levo o teu nome,
ó Senhor Deus dos exércitos.
Jr 15:17 Não me assentei na roda dos que se alegram,
nem me regozijei. Sentei-me a sós sob a tua mão,
pois me encheste de indignação.
Jr 15:18 Por que é perpétua a minha dor, e incurável a minha ferida,
que se recusa a ser curada? Serás tu para mim como ribeiro
ilusório e como águas inconstantes?
Jr 15:19 Portanto assim diz o Senhor:
Se tu voltares, então te restaurarei, para estares
diante de mim;
e se apartares o precioso do vil,
serás como a minha boca;
tornem-se eles a ti, mas não voltes tu a eles.
Jr 15:20 E eu te porei contra este povo como forte muro de bronze;
eles pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti;
porque eu sou contigo
para te salvar, para te livrar, diz o Senhor.
Jr 15:21 E arrebatar-te-ei da mão dos iníquos,
e livrar-te-ei da mão dos cruéis.
Em resumo, aprendendo com Jeremias, entendo que não estamos aqui para o sucesso ou para o fracasso, para a vitória ou para a derrota, para os ganhos ou para as perdas, mas para fazer o que nos vier às mãos para fazê-lo, em amor – I Co 16:14, de todo o coração – Cl 3:23, como se ao Senhor Jesus as estivéssemos fazendo – Cl 3:17, dando a ele glórias em tudo e em todas as coisas – I Co 10:31 – e isso tudo sem murmurações, nem contendas – Fp 2:14.
Deus responde a Jeremias, garantindo livramento, mas advertindo-o para se arrepender dos seus próprios pecados.
A promessa do livramento de Jeremias prefigura o livramento de Judá. Essa é uma função importante da "confissão" juntamente com as respostas do Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.