segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
segunda-feira, dezembro 21, 2015
Jamais Desista
I Coríntios 6 1-20 - CUIDADO COM QUEM VOCÊ SE UNE FÍSICA E ESPIRITUALMENTE.
Breve
síntese do capítulo 6.
Julgaremos o mundo e os anjos e não haveremos de julgar as coisas desta
vida? Assim Paulo fala e exorta os Coríntios que não julgaram aquele que
cometera tão grande ato de pecado. Paulo ficou indignado porque além de não
julgarem o malfeitor, ainda assim estavam levando os casos aos tribunais
terrestres.
Ele chega a dizer que melhor seria para nós sofrermos antes o dano do
que expor ao vitupério o caminho que estamos seguindo. Pior ainda é o fato de
haver demandas entre nós. No lugar delas é preferível sofrer por amor aos
irmãos tanto o dano quando a injustiça.
Sabemos que haverá justiça porque seguimos a justiça, mas no presente
muitas injustiças estão se passando sem que se faça algo. Aquele que vê e
consente com a injustiça e nada faz é covarde e Paulo nos diz o lugar do
covarde.
Os injustos não herdarão o reino de Deus e os covardes? Também não. Se
nos falta coragem, ousadia e sabedoria para discernirmos e agirmos com justiça,
peçamos a Deus que nada nos improperará.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. RELATÓRIO FEITO PELOS DA CASA DE CLOE (1.10-6.20) - continuação.
Dos vs. 1.10 ao 6.20, estamos vendo esse
relatório feito pelos da casa de Cloe. Paulo volta a sua atenção para algumas
questões que haviam sido relatadas a ele "pelos da casa de Cloe"
(1.11). Ele tem duas preocupações principais, que formarão nossas divisões,
seguindo a BEG: A. Divisões na igreja (1.10-4.21); B. Problemas morais e éticos
(5.1-6.20).
B. Problemas morais e éticos (5.1-6.20) - continuação.
Até ao capítulo 6.20, estamos vendo os
problemas morais e éticos. Além de fomentar divisões, a arrogância dos
coríntios havia gerado vários problemas morais e éticos, segundo o relatório
dos da casa de Cloe. Paulo trata de três questões que são, exatamente, as
nossas divisões propostas, conforme a BEG: 1. Um caso de incesto (5.1-13) – já vimos; 2. Litígios (6.1-11) – veremos agora; e, 3. Imoralidade sexual
(6.12-20) – veremos agora.
2. Litígios (6.1-11).
A família de Cloe relatou que havia
processos judiciais entre cristãos. Paulo considerou esse problema como uma
questão de corrupção muito séria dentro da igreja.
Paulo parece mudar de assunto, passando da
questão da imoralidade para o litígio entre cristãos. Contudo, precisamos perceber
algumas ligações importantes entre essas questões.
Em primeiro lugar, Paulo volta a falar
sobre a imoralidade (embora de um modo diferente) em 6.9. Logo, não considerou
encerrado esse assunto.
Além disso, o litígio entre os coríntios
era uma extensão do mesmo problema discutido no cap. 5: a doutrina deficiente
da igreja.
Assim como os cristãos não têm autoridade
para regular a vida dos ímpios, do mesmo modo os ímpios não têm autoridade para
regular a vida da igreja. Caso os coríntios tivessem compreendido a ligação
entre a comunidade israelita e a igreja cristã, teriam percebido o absurdo de
cristãos buscarem resolver seus problemas fora da igreja. Quem consegue
imaginar um gentio pagão julgando questões entre os israelitas no deserto?
O sarcasmo de Paulo volta a ficar evidente,
principalmente quando pergunta se não haveria entre os coríntios nenhum sábio.
Os coríntios, que se orgulhavam tanto de sua sabedoria (4.10), preferiam
resolver as suas disputas diante de juízes ímpios, ao invés de cristãos.
O disparate da situação em Corinto fica
mais claro quando se percebe que os cristãos, por ocasião da consumação da
História (e não agora; 5.12-13), participarão com Cristo não apenas do
julgamento dos ímpios, mas também dos anjos perversos.
Paulo faz uma pergunta importante no vs. 7,
por que não sofreis, antes, o dano? Sem dúvida, a questão não é que os cristãos
devem perdoar os abusos cometidos uns contra os outros ou que devem se submeter
às injustiças que outros cristãos cometem.
A recomendação para a parte lesada sofrer
as consequências pode indicar que Paulo estava se referindo a casos de menor
importância que não tinham grande impacto individual ou familiar.
Do contrário, outros princípios bíblicos,
como a responsabilidade familiar, teriam sido mencionados aqui. O fato de que
havia fraudes e injustiça entre os membros da igreja de Corinto demonstra o
quanto eles haviam decaído.
Um dos princípios recorrentes da Escritura
é afirmar que as coisas do mundo são incompatíveis com o reino de Deus (15.50;
GI 5.21). Contudo, isso levanta a questão de como alguém pode vir a ser salvo,
uma vez que todos são pecadores.
Paulo oferece uma resposta dupla: por um
lado, Deus se agrada em justificar o ímpio (Rm 4.5); e por outro, Deus
santifica aqueles a quem justifica (Rm 6.1-4). Paulo tinha a esperança de que a
maioria dos membros da igreja visível de Corinto fosse de cristãos verdadeiros
que haviam sido justificados em nome de Cristo, e que a imoralidade deles nesse
momento era uma anomalia que podia e devia ser corrigida.
A persistência no erro seria uma evidência
- e não uma prova de fato - de que a fé que eles professavam era falsa. A BEG
recomenda aqui a leitura de seu excelente artigo teológico “A perseverança e a
preservação dos santos", em Fp 1.
Paulo vai citar os que não entrarão no
reino dos céus, nem mesmo podem entrar e a lista é grande: nem imorais, nem
idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas – no grego, homossexuais
passivos ou ativos, respectivamente -, nem ladrões, nem avarentos, nem
alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros.
Ele fala que assim desse mesmo jeito, foram
alguns deles, mas agora não são mais, pois foram lavados, santificados e
justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus – vs.
11. Também a BEG recomenda ver seu outro excelente artigo teológico
"Santificação", em Tt 3.
3. Imoralidade sexual (6.12-20).
A cidade de Corinto era bastante conhecida
pela sua prostituição religiosa e Paulo trata do problema da imoralidade sexual
de modo abrangente e direto.
Ao dizer que todas as coisas lhe eram lícitas,
mas nem todas convinham, Paulo parece estar citando palavras de outras pessoas,
provavelmente um provérbio popular que os moradores de Corinto utilizavam para justificar
seu comportamento imoral.
Sua resposta sugere que, ainda que houvesse
alguma verdade nesse provérbio, os coríntios haviam distorcido o significado
dele.
Na verdade, os argumentos de Paulo
refutaram o propósito para o qual esse ditado era utilizado em Corinto. Em vez
de permitir fazer qualquer coisa com o corpo, Paulo enfatiza o propósito nobre
para o qual Deus o criou.
Ele faz uma comparação excelente ao dizer
que os alimentos foram feitos para o estômago e este para os alimentos e da
mesma forma, nosso corpo não é para a imoralidade, mas para o Senhor e o Senhor
para o corpo. No caso específico do alimento e do estômago, ambos serão
destruídos depois.
Pelo seu grande poder, Deus ressuscitou o
Senhor e também nos ressuscitará a nós – vs. 14. Como indicam os vs. 15-17,
Paulo lembra os coríntios de que a salvação em Cristo não inclui apenas a
ressurreição da alma, mas também do corpo.
Devido a uma teologia deficiente, alguns
consideravam as relações sexuais como algo intrinsecamente pecaminoso, pois
envolviam as paixões físicas (7.1-5).
No entanto, o problema aqui parece ser
exatamente o oposto: alguns coríntios encaravam a promiscuidade sexual algo bem
aceitável, pois pensavam que a participação do corpo, por não ter valor
intrínseco, não acarretava consequências para a vida espiritual.
Paulo esclarece isso dizendo que nossos
corpos são membros de Cristo. A doutrina da união do cristão com Cristo é um
dos ensinamentos principais do apóstolo Paulo.
Esse versículo indica que essa união se
estende até mesmo ao corpo físico do cristão (veja Rm 12.1). Portanto, os
coríntios estavam enganados ao pensar que a união com uma prostituta era algo
sem importância por envolver apenas o corpo físico.
Reparem que quem se une a uma prostituta,
forma um só corpo com ela e o que se une com o Senhor é um espírito com ele –
vs. 16, 17.
O contraste em questão não é que a união
com Cristo é espiritual enquanto a união com a prostituta é física. Paulo já
havia salientado no vs. 15 que a união com Cristo também se aplica ao corpo,
como desenvolve mais adiante nos vs. 18-20.
Em vista do vs. 19, a palavra
"espírito" no vs. 17 provavelmente deveria começar com letra
maiúscula. Todos os cristãos estão unidos (de corpo e alma) a Cristo por meio
do Espírito Santo e essa união impede que o cristão ofereça o seu corpo à
prostituição.
Caso a condenação dessa prática se refira
especificamente às pessoas que se prostituíam no templo da deusa Afrodite,
tornaria ainda mais evidente as implicações religiosas da imoralidade dos
coríntios (10.20).
O conselho básico e sábio nessa hora era
para FUGIR da imoralidade sexual. Paulo então comenta que qualquer outro pecado
é fora do corpo, mas o pecado sexual é feito contra o próprio corpo.
O significado dessa passagem “pecado fora
do corpo” tem sido questionado. Sem dúvida há muitos outros pecados que afetam
o corpo do cristão. Embora alguns desses pecados sejam mais repulsivos do que
outros, o cristão não deve pensar que um irmão que tenha caído nessa área está
fora do alcance do perdão.
Todavia, o ensino de Paulo deixa claro que
a união física imoral traz consequências específicas porque corrompe o templo
do corpo, assim como a idolatria corrompe o templo de adoração. Logo, esse
pecado corrompe a identidade cristã de quem foi unido a Cristo por meio do
Espírito Santo. É interessante observar que a proibição nesse versículo ("Fugi
da impureza") é expressa na mesma linguagem que o mandamento contra a
idolatria (10.14).
Aqui, no vs. 19, Paulo faz uma revelação
interessante: nosso corpo é santuário do Espírito Santo. Paulo caracteriza o
conceito de igreja como o novo templo onde Deus habita. Embora o cristão
precise compreender o caráter pessoal do relacionamento com o Espírito Santo
que habita nele, também é preciso lembrar que a ênfase da Escritura como um
todo está na identidade corporativa do povo de Deus como templo santo e casa
espiritual (Ef 2.19-22; 1 Pe 2.4-5).
I Co 6:1 Aventura-se algum de vós,
tendo questão
contra outro,
a
submetê-lo a juízo perante os injustos
e
não perante os santos?
I Co 6:2 Ou não sabeis
que os santos hão
de julgar o mundo?
Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós,
sois, acaso,
indignos de julgar as coisas mínimas?
I Co
6:3 Não sabeis que havemos de julgar
os próprios anjos?
Quanto
mais as coisas desta vida!
I Co 6:4 Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos,
constituís um
tribunal daqueles
que não têm nenhuma
aceitação na igreja.
I Co
6:5 Para vergonha vo-lo digo.
Não
há, porventura, nem ao menos
um sábio entre vós,
que
possa julgar no meio da irmandade?
I Co
6:6 Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão,
e
isto perante incrédulos!
I Co 6:7 O só existir entre vós demandas
já é completa
derrota para vós outros.
Por que não sofreis, antes, a injustiça?
Por que não sofreis, antes, o dano?
I Co 6:8 Mas vós
mesmos
fazeis
a injustiça
e
fazeis o dano,
e
isto aos próprios irmãos!
I Co 6:9 Ou não sabeis que os injustos
não herdarão o
reino de Deus?
Não vos enganeis:
nem impuros,
nem idólatras,
nem adúlteros,
nem efeminados,
nem sodomitas,
I Co 6:10 nem
ladrões,
nem avarentos,
nem bêbados,
nem maldizentes,
nem roubadores
herdarão o reino de Deus.
I Co 6:11 Tais fostes alguns de vós;
mas vós vos
lavastes,
mas fostes
santificados,
mas fostes
justificados
em o
nome do Senhor Jesus Cristo
e no
Espírito do nosso Deus.
I Co 6:12 Todas as coisas me são lícitas,
mas nem todas
convêm.
Todas as coisas me são lícitas,
mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma delas.
I Co 6:13 Os alimentos são para o estômago,
e o estômago, para os alimentos;
mas Deus destruirá
tanto estes como aquele.
Porém o corpo não é para a impureza,
mas, para o Senhor,
e o
Senhor, para o corpo.
I Co 6:14 Deus ressuscitou o Senhor
e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder.
I Co 6:15 Não sabeis que os vossos corpos
são membros de
Cristo?
E
eu, porventura, tomaria os membros de Cristo
e
os faria membros de meretriz?
Absolutamente,
não.
I Co 6:16 Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta
forma um só corpo
com ela?
Porque,
como se diz,
serão
os dois uma só carne.
I Co 6:17 Mas aquele que se une ao Senhor
é um espírito com
ele.
I Co 6:18 Fugi da impureza.
Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer
é fora do corpo;
mas
aquele que pratica a imoralidade
peca
contra o próprio corpo.
I Co 6:19 Acaso, não sabeis que o vosso corpo
é santuário do
Espírito Santo,
que está em vós,
o
qual tendes da parte de Deus,
e
que não sois de vós mesmos?
I Co 6:20 Porque fostes comprados por preço.
Agora, pois,
glorificai a Deus no vosso corpo.
Quem se une ao Senhor é um com ele, assim como quem se une à sua esposa
e é um com ela e assim, também, como quem se une à prostituta ou a outros tipos
de uniões e ambos serão um só corpo.
Com quem estamos nos unindo para sermos um só? Com Deus e com aqueles
que ele aprova ou estamos em união com o diabo? Se estamos e somos um com o
diabo, qual será o nosso fim? Fugi da impureza é o conselho sábio do apóstolo
Paulo!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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1 comentários:
Esclarecedor este estudo,glórias a Deus :)
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.