terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
terça-feira, fevereiro 04, 2014
Jamais Desista
Deuteronômio 29: 1-29 – O CHAMADO À RENOVAÇÃO.
O último discurso de Moisés àquela segunda geração
que estava prestes a entrar em Canaã está sendo proclamado.
Moisés está neste momento fazendo com que o povo
reafirmasse seu compromisso pactual – 28:1 – 30:20. No presente capítulo, o 29,
veremos em mais detalhes o chamado à renovação – 29:2 – 30:20, o qual também é
chamado de o quarto discurso de Moisés.
Este chamado à renovação está dividida em 6 outras
seções. Nela veremos o prólogo, vs. 2-8; as condições, vs. 9-18; as maldições, vs.
19-19. Já no capítulo 30, finalizando esta parte, em continuação veremos, as
bênçãos, vs. 1-10; a oferta, vs. 11-18 e, finalmente, as testemunhas, vs. 19 e
20.
No prólogo, Moisés começa a demonstrar para eles
como Deus tem sido misericordioso e gracioso para com todo o povo a ponto de
com eles estar firmando sua aliança. O próprio discurso de Moisés segue os
padrões de como eram feitas essas alianças à época, com prólogo, condições,
maldições, bênçãos, oferta e, não podendo faltar, as testemunhas da aliança que
estava sendo feita.
Tudo vem do Senhor que tudo controla e administra e
é soberano sem no entanto vilipendiar a sua criatura ou ferir a justiça, a
sabedoria, a bondade e o amor. Reparem no verso 4 quando Moisés lhes explica a
razão de eles até aquele momento não entenderem, nem verem, muito menos ouvirem
ao Senhor.
Isso se encontra em Lucas, no capítulo 24. No vs. 25,
desse capítulo 24, Jesus os chama de néscios e tardos em compreenderem tudo o
que a respeito dele estava escrito e no vs. 31 está escrito que foram abertos
os seus olhos e a partir dali o conheceram, mas quando o conheceram ele
desapareceu da vista deles.
O conhecimento disso deve nos ajudar na vida da
oração porque a conversão também vem do Senhor e ela não vem da cooperação do
homem com Deus, mas de Deus. A salvação do homem é monergista.
Não somente conversão, mas todas as outras coisas,
tudo está nas mãos de Deus e nós em suas mãos e mesmo assim temos respeitadas
as nossas vontades de forma que não somos marionetes, mas criaturas livres para
agirmos.
No entanto, não posso deixar aqui o entendimento de
que creio no livre-arbítrio que eu não creio. O homem que precisa de salvação
está morto em seus delitos e pecados e jamais pode responder a Deus e com ele
cooperar na questão da salvação.
Primeiro, Deus o salva. Depois de salvo, ele até
pode morrer como aconteceu com aquele nosso irmão que morreu na cruz, ao lado
esquerdo de Jesus; se não morrer imediatamente depois de salvo, poderá viver
para ser conforme Cristo ou até que este seja formado nele – Gl 4:19.
Depois do prólogo, vem as condições onde Deus de sua
parte será o Deus da nação e eles lhe deveriam a obediência. Se não
obedecessem, viriam as maldições decorrentes e se obedecessem, as bênçãos da
obediência. As bênçãos, a oferta e as testemunhas veremos no próximo capítulo.
Não podemos deixar de perceber que o discurso estava
sendo feito à segunda geração que ia de pessoas que tinham todas as idades
desde os mais jovens até os mais velhos que deveriam estar ali na faixa dos 60
anos, sendo Moisés, Josué e Calebe vivos e os únicos mais velhos dentre o povo
todo.
O restante todo morreu no deserto conforme Moisés
estava lhes falando e eles estavam vendo. Moisés estava perto dos 120 anos e os
outros dois tinham mais de 80 anos cada um e o restante do povo, o mais velho
deles estava ali com seus sessenta anos e tudo viram e tudo ouviram, mas não
tinha participado da aliança, razão porque ainda estavam vivos.
Por isso que era necessária a renovação ou
ratificação da aliança com eles todos. Moisés sabia da importância daquele
momento e a ele se dedicava em nome de Deus e para a glória de Deus. Eles
entendiam o que se passava e eles estavam se mostrando interessados e queriam
fazer essa aliança.
Dt
29:1 Estas são as palavras da aliança que o SENHOR ordenou a Moisés
que fizesse com os filhos de
Israel, na terra de Moabe,
além da aliança que fizera com eles em Horebe.
Dt
29:2 E chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes:
Tendes visto tudo quanto o
SENHOR fez perante vossos olhos,
na terra do
Egito, a Faraó, e a todos os seus servos,
e
a toda a sua terra;
Dt 29:3 As grandes provas que os
teus olhos têm visto,
aqueles sinais e
grandes maravilhas;
Dt 29:4 Porém não vos tem dado o
SENHOR
um coração para
entender, nem olhos para ver,
nem ouvidos para
ouvir, até ao dia de hoje.
Dt 29:5 E quarenta anos vos fiz
andar pelo deserto;
não se
envelheceram sobre vós as vossas vestes,
e nem se
envelheceu o vosso sapato no vosso pé.
Dt 29:6 Pão não comestes, e
vinho e bebida forte não bebestes;
para que
soubésseis que eu sou o SENHOR vosso Deus.
Dt 29:7 Vindo vós, pois, a este
lugar, Siom, rei de Hesbom,
e Ogue, rei de
Basã, nos saíram ao encontro, à peleja,
e
nós os ferimos;
Dt 29:8 E tomamos
a sua terra e a demos por herança
aos
rubenitas, e aos gaditas,
e
à meia tribo dos manassitas.
Dt
29:9 Guardai, pois, as palavras desta aliança, e cumpri-as,
para que prospereis em tudo
quanto fizerdes.
Dt 29:10 Vós todos estais hoje
perante o SENHOR vosso Deus;
os capitães de
vossas tribos, vossos anciãos,
e
os vossos oficiais, todos os homens de Israel;
Dt 29:11 Os vossos meninos, as
vossas mulheres, e o estrangeiro
que está no meio
do vosso arraial; desde o rachador da vossa lenha
até ao tirador da vossa água;
Dt 29:12 Para entrardes na
aliança do SENHOR teu Deus,
e no seu
juramento que o SENHOR
teu
Deus hoje faz convosco;
Dt 29:13 Para que hoje te
confirme por seu povo,
e ele te seja por
Deus, como te tem dito, e como jurou a teus
pais,
Abraão, Isaque e Jacó.
Dt 29:14 E não somente convosco
faço esta aliança e este juramento;
Dt 29:15 Mas com
aquele que hoje está aqui em pé conosco perante
o SENHOR nosso Deus, e com aquele que
hoje
não está aqui conosco.
Dt 29:16 Porque vós sabeis como
habitamos na terra do Egito,
e como passamos
pelo meio das nações pelas quais passastes;
Dt 29:17 E vistes as suas
abominações, e os seus ídolos, o pau e a
pedra, a prata e
o ouro que havia entre eles,
Dt 29:18 Para que entre vós não
haja homem, nem mulher,
nem família, nem
tribo, cujo coração hoje se desvie do SENHOR
nosso Deus, para que vá servir aos deuses
destas
nações;
para
que entre vós não haja raiz que dê veneno e fel;
Dt
29:19 E aconteça que, alguém ouvindo as palavras desta maldição,
se abençoe no seu coração,
dizendo: Terei paz, ainda que ande
conforme o
parecer do meu coração;
para
acrescentar à sede a bebedeira.
Dt 29:20 O SENHOR não lhe
quererá perdoar; mas fumegará
a ira do SENHOR e
o seu zelo contra esse homem,
e toda a maldição
escrita neste livro pousará sobre ele;
e o SENHOR
apagará o seu nome de debaixo do céu.
Dt 29:21 E o SENHOR o separará
para mal, de todas as tribos de Israel,
conforme a todas as maldições da aliança escrita no livro desta lei.
Dt 29:22 Então dirá à geração
vindoura, os vossos filhos,
que se levantarem
depois de vós, e o estrangeiro que virá de
terras
remotas, vendo as pragas desta terra,
e as suas
doenças, com que o SENHOR a terá afligido;
Dt 29:23 E toda a sua terra
abrasada com enxofre, e sal, de sorte
que não será
semeada, e nada produzirá, nem nela crescerá erva
alguma; assim como foi a destruição de
Sodoma
e de Gomorra, de Admá e de Zeboim,
que
o SENHOR destruiu na sua ira e no seu furor.
Dt 29:24 E todas as nações
dirão:
Por que fez o
SENHOR assim com esta terra?
Qual foi a causa
do furor desta tão grande ira?
Dt 29:25 Então se dirá:
Porquanto
deixaram a aliança do SENHOR Deus de seus
pais,
que com eles tinha feito, quando os tirou do
Egito;
Dt 29:26 E foram, e serviram a
outros
deuses, e se inclinaram diante deles;
deuses que eles
não conheceram, e nenhum dos quais lhes
tinha
sido dado. Dt 29:27 Por isso a ira do SENHOR
se
acendeu contra esta terra, para trazer sobre ela
toda
a maldição que está escrita neste livro.
Dt 29:28 E o SENHOR os arrancou
da sua terra com ira,
e com indignação,
e com grande furor, e os lançou em outra
terra
como neste dia se vê.
Dt 29:29 As coisas encobertas
pertencem ao
SENHOR nosso Deus,
porém as reveladas
nos pertencem a
nós e a nossos filhos
para
sempre, para que cumpramos todas as palavras
desta
lei.
O capítulo 29 termina com o vs. 29 nos falando de
coisas encobertas e de coisas reveladas o qual é muito usado na teologia para
defender a ideia da vontade secreta – decretatória – de Deus em contraste com a
vontade revelada – prescritiva.
Há um excelente artigo teológico na BEG, quando fala
de Êx 18, chamado de “A Vontade de Deus” que vale a pena a sua leitura e
reflexão. Vamos então agora ler, estudar, aprender, refletir e emitir nossas
opiniões em colaboração:
As Escrituras se
referem à vontade de Deus de várias maneiras. Uma vez que até mesmo a vontade
humana apresenta várias facetas, não devemos nos surpreender ao descobrir que a
vontade de Deus é bastante complexa. Tradicionalmente, a teologia reformada
enfatiza dois sentidos segundo os quais devemos entender a vontade de Deus.
Alguns teólogos reformados falam, ainda, de um terceiro sentido.
Em primeiro
lugar, as Escrituras nos falam da vontade decretiva de Deus. Trata-se do seu
decreto eterno de tudo o que deve ocorre na História, "seu eterno
propósito, segundo o conselho da sua vontade, pelo qual, para a sua própria
glória, ele predestinou tudo o que acontece" (BC 7). Nesse sentido, a
vontade de Deus é imutável e não pode, de maneira nenhuma, ser frustrada.
Aquilo que Deus decretou acontecerá exatamente do modo como ele ordenou.
A vontade
decretiva de Deus não pode ser conhecida de antemão, exceto por vislumbres
revelados nas profecias relativamente raras que Deus confirma por promessa ou
juramento. Mesmo nessas profecias pouco frequentes, apenas os parâmetros mais
gerais podem ser discernidos. O restante do plano eterno de Deus por meio do
qual ele ordena o universo permanece oculto dos seres humanos até que se
desdobre na História. Por esse motivo, somos chamados a confiar na bondade de
Deus, segundo a qual ele fará todas as coisas cooperarem para o nosso bem (Rm
8.28).
Em segundo
lugar, podemos falar da vontade normativa ou preceptiva de Deus, ou seja, a sua
vontade que se expressa em preceitos ou mandamentos. A vontade normativa
consiste, portanto, nos requisitos morais de Deus que ele torna conhecidos em
sua revelação geral e especial e é tema de várias passagens das Escrituras (1Cr
13.2; Ed 7.18; Rm 12.2; Ef 5.17; Cl 1.9; 1Ts 4.3-6; 5.16-18). Esse sentido da
vontade de Deus é conhecido em parte por meio da revelação natural ou geral.
Pode ser conhecido mais plenamente pelo estudo da Escrituras, onde se encontra
registrado. Na verdade, um dos propósitos centrais da revelação é nos ensinar a
vontade normativa de Deus.
Por fim, várias
tradições cristãs falam da vontade desiderativa de Deus como o seu desejo em
relação a coisas que jamais acontecerão e o seu pesar em relação as coisas que
já aconteceram. Por vezes, esse conceito é combinado com a ideia de que Deus
não pode fazer o que bem lhe aprouver, o que é contrário às Escrituras (SI
115.3). Não obstante, por vezes Deus expressa verdadeiramente esse tipo de
desejo e pesar (p. ex., Gn 6.6-7; 2Sm 24.16; Ez 18.23,32; 33.11).
Essas expressões
não são contrárias à sua vontade decretiva — Deus não é obrigado a fazer certas
coisas acontecerem contra a sua vontade. Antes, a vontade desiderativa de Deus
é intimamente relacionada à sua vontade normativa no sentido de que revela o
seu desejo sincero de que seus preceitos sejam obedecidos. As expressões de
desejo e pesar de Deus também mostram a sua misericórdia e o seu plano gracioso
para com suas criaturas, mesmo quando estas se rebelam contra ele. Por exemplo,
Deus disse a Moisés para se afastar, pois ele --- Deus — estava preste a
destruir a Israel (Êx 32.9-10). No entanto, depois de ouvir a oração de Moisés,
Deus teve compaixão e "se arrependeu... do mal que dissera havia de fazer
ao povo" (Êx 32.14). Deus também disse a Ezequiel que não tinha prazer na
morte dos perversos (Ez 33.11); antes, o seu desejo era que se arrependessem.
Seu desejo é expresso com frequência em ocasiões nas quais o evangelho é oferecido
(1Tm 2.4). Deus expressou preocupação até mesmo pela cidade pagã perversa de
Nínive (Jn 4.11). Jesus disse a uma Jerusalém personificada que reuniria os
filhos dela sob suas asas se ela tivesse sido receptiva (Mt 23.37). Alguns
intérpretes também consideram passagens como 1Tm 2.4 e 2Pe 3.17 expressões da vontade
desiderativa de Deus.
É possível ter
um amplo conhecimento da vontade desiderativa de Deus; ela é revelada em suas
emoções, ações, instruções e providência. Podemos descobrir o que Deus deseja
de nós e para nós ao estudar o seu caráter e os seus preceitos. Quando
discernirmos a vontade de Deus dessas maneiras, deveríamos ser levados a
servi-lo com gratidão e sinceridade.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.