quarta-feira, 8 de julho de 2015
quarta-feira, julho 08, 2015
Jamais Desista
Naum 2 1-19 - O JUÍZO PARA NÍNIVE E A RESTAURAÇÃO PARA ISRAEL.
Estamos vendo o livro de Naum que é
apresentado como profeta de Deus, e Nínive, como o objeto de sua mensagem de
severo julgamento.
III. JULGAMENTO PARA NÍNIVE E SALVAÇÃO PARA O POVO DE DEUS (1.9-2.2) - continuação.
Como já dissemos, estamos vendo que Naum
declarou o severo julgamento de Deus contra Nínive, mas assegurou que o povo de
Deus seria libertado da opressão.
Esses versículos foram divididos em seis
pequenas seções: A. O julgamento de Nínive (1.9-11) – já vista; B. A salvação de Judá (1.12-13) – já vista; C. O julgamento de Nínive (1.14) – já vista; D. A salvação de Judá (1.15) – já vista; E. O julgamento de Nínive (2.1) – veremos agora; e, F A salvação de Judá e de Israel (2.2) – veremos agora.
E. O julgamento de Nínive (2.1).
Nínive foi destruída. O destruidor subiu
contra ela. Deus declarou que os assírios não teriam mais vitórias sobre o seu
povo; eles falhariam e seriam destruídos.
Em agudo contraste
com relação ao chamado à celebração em Judá, Nínive foi chamada a se preparar
para um ataque.
Os assírios, que
haviam destruído muitas nações, incluindo Israel, espalhando seus habitantes
sobre a face da terra, agora experimentariam destino semelhante.
Em agosto de 612
a.C., as forças combinadas dos medos e dos babilônicos destruíram Nínive, e
pouco tempo depois o dobre final dos sinos soou sobre o Império Assírio.
F. A salvação de Judá e de Israel (2.2).
Enquanto para a
Assíria havia a noite de destruição e ruína, para o povo de Deus esse momento
se transformaria num novo dia de restauração e esplendor.
O profeta, ao
citar Jacó e Israel, provavelmente faz uma referência aos reinos do sul e do
norte, ambos os quais seriam restaurados.
O Novo Testamento
explica que o esplendor da restaurada Israel vem para todos (judeus e gentios),
ou seja, para todos os que seguem Cristo fielmente (Mt 5.12; 1 Co 3.11-15; Ap
11.18) por que em Cristo não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou
mulher; porque todos são um em Cristo Jesus. E, se são de Cristo, então, sãos
descendência de Abraão e plenos herdeiros de acordo com a Promessa – Gl
3.28,29.
IV. UMA VISÃO VÍVIDA
DO FIM DE NÍNIVE (2.3-10).
Aqui Naum
descreveu vividamente a devastação de Nínive. Veremos até o verso dez, uma
visão vívida do fim de Nínive.
Naum descreveu com
imagens dramáticas a maneira como Nínive seria capturada e saqueada. Ele se
posicionou, por assim dizer, sobre as muralhas de Nínive, para testemunhar o
ataque.
Essa predição foi
inicialmente cumprida quando a Babilônia tomou Nínive em 612 a.C.; e será
finalmente cumprida quando Cristo retornar. Que glorioso não será este dia da
volta do Senhor? No entanto devemos tomar muito cuidado com os falsos alarmes
de sua vinda procurando enganar se possível os próprios eleitos.
Somente não
seremos enganados e derrotados por causa da graça soberana da eleição do
Senhor, por que em nós não resta salvação alguma – Jn 2.9.
Seria do Senhor
(v. 2) que viria a destruição. Os guerreiros e carruagens dos agressores
pertenciam ao Senhor e estavam a serviço dele. Eles eram imponentes e estavam
com escudos e vestes avermelhadas fazendo referência ao sangue ou sendo a cor
de seus próprios trajes de guerra.
Diz-nos a BEG que
o hebraico não é claro ao se referir ao cintilamento do aço e das lanças
vibrando, mas transmite a impressão geral de estarem preparados e ávidos por
guerra.
Também eles foram
instrumentos do Senhor para executarem juízo contra as nações, em seu tempo de
glória, mas agora, eles mesmos estavam enfrentando o juízo de Deus, pelos
excessos cometidos quando serviam aos propósitos de Deus.
Nínive estava
agitada com a atividade frenética dos defensores e/ou agressores. No verso 4,
tudo parece indicar que o exército invasor se aproximava em suas carruagens de
guerra e a cidade se preparava para a batalha posicionando também as suas
defesas deixando as ruas ou campos abertos num verdadeiro caos.
O verso 5 parece
narrar o calor da batalha onde o rei assírio e suas "tropas
escolhidas", especialmente às divisões de comando correm agitadas e
confusas em direção aos muros de defesa, mas encontram o inimigo já muito
próximo e o terror se espalha. Não haveria como contê-los, principalmente
porque ou já estavam trabalhando no desvio do rio ou vinham contra eles como
uma enchente de um rio caudaloso.
Há relatos que
relacionam a queda de Nínive à inundação quando o inimigo redirecionou as
barragens do sistema de água. No entanto, a descrição é poética, não literal
onde as comportas, podem, simplesmente se referir aos cincos portões que se
abriam (3.13) na direção do Rio Tigre, com seus afluentes e canais. A BEG
esclarece que a localização do palácio - a sede das organizações política e
militar - excluiu a possibilidade de colapso por inundação.
Nínive,
personificada como uma mulher (uma rainha) – vs. 7 -, iria para o exílio. Suas
"escravas" (ou "servas"), as habitantes da cidade, lamentariam
o destino de sua senhora.
Essa imagem
impressionante do verso 8 falando dela como um tanque de águas que agora
vazavam, retrata a lenta derrota da cidade sitiada que se ia escoando, sem a
mínima chance de ser contida.
Essa exclamação
dramática e imaginativa do saquear a prata e o ouro das suas provisões, descreve
o clamor dos invasores enquanto contemplavam os saques da vitória. Registros
babilônicos indicam que o saque de Nínive foi abundante.
A devastação impiedosa
criaria medo mortal e paralisia entre os anteriormente poderosos ninivitas. Tudo
na cidade ia se esvaindo, escorrendo e se perdendo. A fúria terrível do invasor
era como um exército de gafanhotos que ia devorando toda vegetação verde e
destruindo toda plantação.
A linguagem
poética do verso dez indica o estado terrível em que se encontrava a antes
cidade poderosa e rainha entre as nações: ela se encontrava agora vazia,
esgotada, devastada. Os corações estavam derretidos, os joelhos trôpegos, os
lombos doloridos e o rosto desfigurado de cada um deles.
V. A ZOMBARIA DA
CONDENADA NÍNIVE (2.11-3.19).
Naum zombou da
condenada Nínive. Veremos até o capítulo 3 a zombaria da condenada Nínive.
Tendo feito uma
descrição vívida da queda de Nínive perante os babilônicos, o livro de Naum encerra
com uma coleção de zombarias e lamentos sobre Nínive. Mesmo sendo palavras
muito tristes para o ninivitas, os judeus ficariam alegres ao ouvir e ler essa
seção de Naum sobre a destruição do seu inimigo.
Esses versículos
se dividem em quatro seções: o sarcasmo contra Nínive, o leão (2.11-13); o
"ai" sobre Nínive, uma cidade destruída (3.1-7); o sarcasmo contra
Nínive, uma cidade como Tebas (3.8-17); e aplausos para Nínive, uma cidade
fatalmente ferida (3.18-19). Elas formarão a divisão proposta pela BEG,
conforme segue: A. Sarcasmo contra Nínive, o leão
(2.11-13) – veremos agora; B. O
"ai" sobre Nínive, uma cidade destruída (3.1-7); C. Sarcasmo contra
Nínive, uma cidade como Tebas (3.8-17); e, D. Aplausos para Nínive, uma cidade
fatalmente ferida (3.18-19).
A. Sarcasmo contra
Nínive, o leão (2.11-13).
Essa é uma canção sarcástica na qual Nínive
é comparada a um covil de leões. A canção zomba da cidade por causa da sua
futura humilhação.
Naum usa um artifício poético para
expressar como a famosa cidade seria reduzida ao esquecimento. O covil dos
leões era uma imagem apropriada para descrever os agressivos, cruéis e temíveis
assírios. Essa ameaça em breve seria eliminada.
Na 2:1 O
destruidor sobe contra ti.
Guarda tu a fortaleza,
vigia o caminho,
robustece os lombos,
arregimenta bem as tuas forças.
Na 2:2 Pois o Senhor restaura a excelência de Jacó,
qual a excelência de Israel;
porque os saqueadores os despojaram
e destruíram os seus sarmentos.
Na 2:3 Os escudos dos seus valentes estão vermelhos,
os homens valorosos estão vestidos de escarlate;
os carros resplandecem como o aço no dia da sua
preparação,
e as lanças são brandidas.
Na 2:4 Os carros andam furiosamente nas ruas;
cruzam as praças em todas as direções;
parecem como tochas,
e correm como os relâmpagos.
Na 2:5 Ele se lembra dos seus nobres;
eles tropeçam na sua marcha;
apressam-se para chegar ao muro de cidade,
arma-se a manta.
Na 2:6 As portas dos rios abrem-se,
e o palácio está em confusão.
Na 2:7 E está decretado:
ela é despida , e levada cativa;
e as suas servas gemem como pombas,
batendo em seus peitos.
Na 2:8 Nínive desde que existe tem sido como um tanque
de águas;
elas, porém, fogem agora:
parai, parai, clama-se;
mas ninguém olhara para trás.
Na 2:9 Saqueai a prata, saqueai o ouro;
pois não ha fim dos tesouros;
abastança há de todas as coisas preciosas.
Na 2:10 Ela está vazia, esgotada e devastada;
derrete-se o coração, tremem os joelhos,
e em todos os lombos há dor;
o rosto de todos eles empalidece.
Na 2:11 Onde está agora o covil dos leões,
e a habitação dos leões novos,
onde andavam o leão, e a leoa,
e o cachorro do leão,
sem haver ninguém que os espantasse?
Na 2:12 O leão arrebatava o que bastava para os seus
cachorros,
e estrangulava a presa para as suas leoas,
e enchia de presas as suas cavernas,
e de rapina os seus covis.
Na 2:13 Eis que eu estou contra ti,
diz o Senhor dos exércitos,
e queimarei na fumaça os teus carros,
e a espada devorará os teus leões novos;
e exterminarei da terra a tua presa;
e não se ouvira mais a voz dos teus embaixadores.
Nínive era como o poderoso e temível leão
que arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para
as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina. Quem
poderia se lhe opor, quando saiam à caça de suas vítimas?
No entanto, o Senhor se levantou contra ela
– vs. 13: “Eis que eu estou contra ti”.
De um ponto de vantagem meramente humano, a destruição de Nínive aconteceria
por meio do ataque de outra nação, mas Deus revelou que Nínive estava prestes a
confrontar a ira do Deus de Israel. As vozes dos embaixadores assírios ditando
termos e recolhendo tributos seriam permanentemente silenciadas da face da
terra.
...
1 comentários:
Na 2:12 (O leão arrebatava o que bastava para os seus cachorros)
e estrangulava a presa para as suas leoas,
O que quer dizer isso,
sendo que quem caça o alimento não é o leão e sim a leoa.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.