domingo, 13 de setembro de 2015
domingo, setembro 13, 2015
Jamais Desista
Marcos 12.1-44 - QUAL O MAIOR MANDAMENTO?
III. O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA (10.1-16.20) - continuação.
Como já dissemos, embora Marcos
considerasse muito importante o ministério de Jesus no norte, ele apresenta o
ministério de Jesus na Judeia como o clímax da vida terrena de nosso Senhor.
Nesse ponto, Jesus caminha em direção à sua morte e ressurreição, como ele
havia predito.
Didaticamente, para melhor entendermos o
assunto, nós dividimos esta parte, conforme a BEG, em dez subpartes: A. Os
ensinos durante a jornada (10.1-45) – já
vista; B. A cura em Jericó (10.46-52)
– já vista; C. A entrada triunfal em Jerusalém (11.1-11) – já vimos; D. A purificação do templo
(11.12-26) – já vimos; E.
Controvérsias no templo (11.27 - 12.44) –
concluiremos agora; F Profecias no monte das Oliveiras (13.1-37); G. Unção
em Betânia (14.1-11); H. A ceia de Páscoa em Jerusalém (14.12-31); I. Abandono,
julgamento e morte (14.32 15.47); e, J. Ressurreição e comprovação (16.1-20).
Um breve resumo do capítulo 12.
Marcos revelou a autoridade de Jesus para
desafiar os líderes religiosos corruptos e as instituições de Jerusalém. Assim,
Marcos estabeleceu Jesus como o único fundamento da fé e salvação para judeus e
gentios em todo o mundo.
Jesus lhes fala por essa parábola da vinha,
dos lavradores e da colheita. Contra os fariseus e herodianos é que ele fala.
Ele estava anunciando a sua morte que em breve ocorreria. Indignados por que
perceberam que era contra eles que ele falava, ficaram enraivecidos e loucos
para apanharem ele nalguma falta.
Primeiro, armaram um laço fenomenal e logo,
antecipadamente, comemoravam a vitória por que não havia saída para o laço. No
entanto, no laço que armaram, Jesus, o Mestre e Senhor, o desfez com tanta
elegância que se admiraram.
Ainda tentaram mais uma vez, dessa vez o
ardil veio dos saduceus, mas Jesus saiu do laço com maestria; por fim, um
escriba, alguém muito sábio, mas com o coração pronto para por a prova o Senhor
dos céus e da terra. Sua indagação é cirúrgica e profunda, mas a resposta de
Jesus vai mais além e penetra em sua alma.
Ele reconhece a sabedoria de Jesus e fala
coisas profundas que tiram do Senhor a exclamação de que ele não estava longe
do reino de Deus. Impressionante! Como ainda não cremos?
Vejamos com maiores detalhes este
maravilhoso capítulo, com a valorosa ajuda da BEG:
E. Controvérsias no templo (11.27--12.44) - continuação.
Veremos doravante até o verso 44 as
controvérsias no templo.
Aqui está Jesus a lhes falar mais uma
parábola. Não há dúvida de que o pronome pessoal refere-se aos principais
sacerdotes e escribas, pois está ligado ao sujeito na terceira pessoa do plural
do vs. 12 (aqueles que procuravam um meio de prendê-lo).
Esse é outro exemplo de provocação (veja
11.18). Essa parábola é baseada na canção da vinha (Is 5.1-5), que retrata a
infidelidade de Israel.
Quando chegou no tempo daquela vinha dar
resultados, o senhor da vinha mandou seu servo - um termo usado geralmente para
os profetas (Êx 14.31; 2Cr 1.3; Is 20.3; Am 3.7) que Deus havia enviado para
chamar Israel ao arrependimento, mas que, em muitos casos, sofreram a morte
como resultado direito de suas afirmações incriminatórias (Mt 23.37).
Aquele servo fora enviado aos lavradores -
aqueles com autoridade "oficial" sobre o povo de Deus – para receber,
dos lavradores, os resultados da vinha. A parábola foi contada para o benefício
deles.
No entanto, apoderaram-se dele, o feriram e
o mandaram embora vazio. E o senhor da vinha mandou outro servo que igualmente
foi maltratado ainda pior que o primeiro, pois foi apedrejado, ferido na cabeça
e mandado embora. Ainda mais uma vez outro servo, mas a este último o mataram.
O senhor da vinha então resolve mandar seu próprio filho - raramente aparece
nos sinóticos o tema de Jesus como Filho amado de Deus (1.11; 9.7; cf. Mt 16.16),
mas nessa passagem está claramente presente. - na esperança de que ele fosse
ouvido em respeito ao senhor.
O comportamento deles em relação ao filho
foi ainda mais maligno, pois resolveram matá-lo para ficarem com a herança. Assim
o pegaram, mataram e o lançaram fora da vinha.
O que fará então o senhor da vinha com
esses lavradores? O Evangelho de Mateus declara que "vos será tirado e
será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43),
sugerindo a comunidade dos discípulos formada ao redor de Jesus (Lc 22.29-30) e
a participação dos gentios (Mt 8.11-12; Rm 9.22-26).
A pedra que os construtores rejeitaram
seria ele, o Filho. Após a purificação do templo, Jesus citou Sl 118.22-23, que
celebra a vitória do rei dada por Deus.
Jesus demonstrou que confiava no Pai e na
palavra de Deus, as Escrituras do Antigo Testamento. Ele havia acabado de
profetizar a sua própria morte "E, agarrando-o, mataram-no" (vs. 8) e
ora, na presença de seus assassinos, celebrava a vitória prometida.
Ouvindo a parábola e sendo expostos seus
motivos vis, eles ficaram irados e queriam fazer algo, mas eram covardes e
temiam a multidão. Compare com 11.32. O contraste com Jesus é claro: essas autoridades
religiosas (11.27) eram políticos corruptos e covardes, aparentemente incapazes
de agir por princípios.
Foram então enviarem a ele, Jesus alguns
deles dos fariseus e dos herodianos para o apanharem em alguma afirmação. Reparem
que aqui, entre esses fariseus e herodianos, ressurge uma antiga (3.6) e estranha
aliança entre a elite religiosa (fariseus) e os políticos (herodianos).
Essa aliança foi possível porque ambos os
partidos aceitavam a ocupação romana; os primeiros porque a consideravam uma
punição divina, e os últimos porque buscavam vantagem política.
Nesse sentido, ambos se opunham aos
zelotes, que procuravam derrotar as forças romanas de ocupação.
Eles chegaram a ele com um pedaço da
verdade (por que não continuaram a crer? Vejam como a maldade fica exposta!), o
elogiaram dizendo que ele era verdadeiro e que não olha ou não se importa com as
aparências. O grego traduz isso como "não olhas para o rosto dos
homens".
Eles perguntam a ele se seria ou não lícito
pagar tributos a César. Além das inúmeras taxas alfandegárias, pedágios e
outras cobranças, cada província romana era obrigada a pagar o tributo
imperial. O mesmo valor era exigido de cada cidadão, fosse rico ou pobre. Os
zelotes consideravam essa taxa como mais um exemplo da humilhação nacional, e
por isso se recusavam a pagar.
Conhecendo Jesus a hipocrisia deles e
percebendo o ardil lhes expõe a verdadeira razão de estarem ali perguntando
algo. Eles estavam tentando a Jesus para o apanharem em alguma falha. Jesus exclama
– vs. 15 - por que me experimentais? Como havia opiniões diversas entre os
judeus a respeito dessa questão, Jesus sabia que uma resposta simples o
desacreditaria perante algum dos grupos.
Havia muitas moedas em circulação. Jesus
pediu pelo denário romano, que equivalia a um dia de salário. Numa das faces da
moeda estava gravada a efígie de César (Augusto ou seu filho adotivo, Tibério)
e na outra uma cena que glorificava o seu reino.
Ao examinar a moeda que Jesus pedira,
falhou-lhes para darem a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Apesar
das muitas injustiças da taxação romana e do governo em geral, Jesus confirmou
a legitimidade do poder político de Roma e em seu julgamento declarou que tal
autoridade procedia de Deus (Jo 19.11). A igreja primitiva seguiu esse
ensinamento de Jesus (Rm 13:1-7; Cl 1.16; 1Tm 2.1-6; Tt 3.1-2; 1Pe 2.13-17).
Não poderiam ter outra reação diante
daquilo e o elogiaram, mas continuaram endurecidos.
Então surgem os saduceus com uma pergunta
problemática – vs. 18. É a primeira menção explícita desse grupo no Evangelho
de Marcos. Eram membros da família dos sumo sacerdotes no tempo de Jesus, e
aceitavam como canônicos apenas os cinco livros de Moisés (o Pentateuco).
Também negavam a ressurreição com base no
fato de que ela não era ensinada no Pentateuco. O nome do grupo provavelmente
procedia de Zadoque, o sumo sacerdote de Davi (2Sm 8.17; 1Cr 15.11; cf. 1Cr
29.22), designado sobre a linhagem de Aarão (1Cr 27.17) e que tinha direitos exclusivos
ao ofício de sumo sacerdote (Ez 40.46; cf. Ez 43.19).
A história que contaram a Jesus (vs. 19-23)
era baseada na lei do levirato, ou do parente resgatador, em Dt 25.5-10, que
ordenava, no caso de morte prematura, que fossem tomadas providências para
perpetuar a linhagem familiar por meio do parente mais próximo (veja também Rt
3.4).
O fato era que todos os sete irmãos tiveram
a esposa como mulher deles e eles queriam saber, na ressurreição, de quem ela
seria mulher? Do primeiro marido, do último ou de algum outro? Pois todos a
tiveram legitimamente.
Jesus lhes diz que o erro deles provinha do
fato de não conhecerem as Escrituras. Como no cap. 7 (7.3), Jesus afirma conhecer
o sentido verdadeiro da Escritura e então refuta o falso entendimento dos
lideres judeus (cf. Jo 5.39-40).
Jesus provavelmente estava se referindo à
continuidade da obra de Deus, bem como às manifestações futuras do poder de
Deus (incluindo a ressurreição) por intermédio do seu Messias (Lc 22.69; Rm
1.16; 1 Co 1.18,24) — manifestações que os saduceus se recusavam a aceitar.
Na ressurreição final (quando da
transformação do universo físico [Rm 8.21; 1Co 15 52-53]), o mandato criacional
quanto ao casamento e reprodução (Gn 1.27-28; 2.24) não será mais apropriado.
Os saduceus novamente demonstram ignorância sobre o "poder de Deus"
(vs. 24) e o final da história do mundo.
Ao ressuscitarmos dos mortos não mais
casaremos, mas seremos como os anjos que estão nos céus.
Jesus os lembra, então, do episódio da
sarça ardente (Veja Êx 3.1-6), no Livro de Moisés (vs. 18). Para refutar o
argumento dos saduceus, Jesus citou uma passagem que eles consideravam
canônica.
O Deus que apareceu de maneira miraculosa
na sarça ardente fez referência a si mesmo não por memórias passadas
("Deus de mortos"), mas sim da parte de homens vivos e cheios de fé,
que estão vivendo com ele numa aliança eterna de graça. Isso nos faz refletir
de que não morremos para nós mesmos, mas que a morte, por causa de Cristo, é
uma passagem de um estágio a outro, até que todos ressuscitaremos.
O ensinamento da ressurreição não está
baseado unicamente em passagens explícitas da Escritura (p. ex., SI 16.9-11; Is
53.11; Dn 12.2; Os 6.2; cf. Jó 14.14; 19.25-27; SI 17.15; 73.24-26; Is 26.19;
Ez 37.1-14; Os 13.14), mas se apoia basicamente na pessoa do Deus vivo e doador
de vida. A BEG recomenda, neste ponto, a leitura de seu excelente artigo
teológico "A ressurreição de Jesus", em Lc 24.
Um escriba ali presente acompanhou todas as
respostas e estava admirado com Jesus e também o põe à prova com outra pergunta
sobre qual o primeiro de todos os mandamentos.
Ouve, ó Israel. Novamente o debate estava
ancorado na Escritura e nesse quesito Jesus demonstrou ser um mestre perfeito.
Ele citou Dt 6.4, mais conhecido como a Shema
("ouve", no hebraico), que já havia se tornado a grandiosa confissão
da fé monoteísta do judaísmo. Ele então disse – vs. 29b e 30: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor. Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o
primeiro mandamento.
E vai então para o segundo, semelhante ao
primeiro. Aqui, Jesus faz ligação de Lv 19.18, uma passagem que Tiago chama de
"lei régia" (Tg 2.8), com Dt 6.4-5 (Shema). E o segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro
mandamento maior do que estes.
O escriba aprovou a resposta de Jesus e
resolveu ele mesmo acrescentar uma passagem da Escritura — 1Sm 15.22 e Os 6.6. ao
que Jesus lhe correspondeu dizendo não estar ele longe do reino de Deus.
Compare esse escriba com o jovem rico
("Só uma coisa te falta..." 10.21) e com Nicodemos 3.1ss.). Em todos
esses casos, era evidente a necessidade de um novo nascimento (Jo 3).
Aqui, Jesus tinha em mente o reino já
totalmente consumado e que será desfrutado somente pelos remidos mediante a
morte e ressurreição do Filho do Homem (Jo 3.3,14-15). De acordo com At 6.7,
muitos escribas herdaram o reino após o Pentecostes.
Depois dessa sabatina e sua excelente
aprovação, ninguém mais ousava qeustioná-lo – vs. 34.
E estava Jesus ali ensinando no templo. Além
do átrio dos gentios havia também o átrio das mulheres (além do qual as
mulheres não tinham permissão para ir) e o átrio de Israel, reservado para os
homens judeus.
Era agora a vez de Jesus que lhes fazia uma
pergunta: como dizem os escribas que Cristo é filho de Davi? As palavras e a
interpretação de Jesus dependiam da autoria davídica desse salmo. Foi o próprio
Davi que falou pelo Espírito Santo. Jesus atribuiu total inspiração divina ao
escrito de Davi, como fariam seus apóstolos mais tarde (At 1.16; 4.25).
Como poderia se dar isso de o próprio Davi
lhe chamar de Senhor, como, então seria ele seu filho? O mesmo Davi chama-lhe
Senhor. Jesus argumentou que embora o Messias viesse da linhagem davídica, seu poder
e dignidade real superam o de Davi, pois este se dirige ao seu rei como
"meu senhor" (Sl 110.1), e o exercício de governo desse rei está
associado exclusivamente com o SENHOR (Javé, SI 110.2).
A interpretação lúcida e fiel que Jesus
fazia da Escritura produzia "deleite" entre seus ouvintes (cf. Lc
24.32). De fato, por um lado, Jesus era filho de Davi no sentido de ser de sua
linhagem, mas como tinha natureza dupla – o único assim – também era o próprio Senhor.
Jesus então passou a falar para todos se
guardarem dos escribas. Os adversários de Jesus possuíam uma aparência de
profundidade, mas estavam "em grande erro" (vs. 27). Uma advertência
semelhante é encontrada em 8.15.
Os escribas não recebiam um salário fixo;
então, buscavam apoio no povo, sem dúvida entre as viúvas, as vítimas mais
fáceis. Veja Mt 6.5-6 para um julgamento semelhante de ostentação e hipocrisia
espiritual.
O presente capítulo se encerra com Jesus
observando a entrega de ofertas no gazofilácio. Convenientemente, as caixas de
ofertas se localizavam no átrio das mulheres, sendo, desse modo, acessíveis a
todos.
Ele observa uma viúva ofertando uma simples
oferta, mas que relativamente, conforme o seu coração, era, das ofertas, a
maior de todas, embora em valor monetário, a menor de todas.
Essa moeda, chamada de lepton, era a de menor valor em circulação e valiam meio centavo. Já
um quadrante era uma moeda romana que equivalia a 1/64 de um denário (um
denário equivalia ao salário de um dia de trabalho). Mais uma vez, Marcos faz a
tradução para seus leitores gentios (7.34).
Mc 12:1 Depois,
entrou Jesus
a falar-lhes por parábola:
Um
homem plantou uma vinha,
cercou-a
de uma sebe,
construiu
um lagar,
edificou
uma torre,
arrendou-a
a uns lavradores
e
ausentou-se do país.
Mc 12:2 No
tempo da colheita,
enviou
um servo aos lavradores
para
que recebesse deles dos frutos da vinha;
Mc 12:3 eles,
porém,
o
agarraram,
espancaram
e
o despacharam vazio.
Mc 12:4 De
novo, lhes enviou outro servo,
e
eles o esbordoaram na cabeça
e
o insultaram.
Mc 12:5 Ainda
outro lhes mandou,
e
a este mataram.
Muitos outros
lhes enviou,
dos
quais espancaram uns
e
mataram outros.
Mc 12:6
Restava-lhe ainda um,
seu
filho amado;
a
este lhes enviou, por fim, dizendo:
Respeitarão
a meu filho.
Mc
12:7 Mas os tais lavradores disseram entre si:
Este é o
herdeiro; ora,
vamos,
matemo-lo,
e
a herança será nossa.
Mc
12:8 E,
agarrando-o,
mataram-no
e
o atiraram para fora da vinha.
Mc
12:9 Que fará, pois, o dono da vinha?
Virá,
exterminará
aqueles lavradores
e
passará a vinha a outros.
Mc 12:10
Ainda não lestes esta Escritura:
A
pedra que os construtores rejeitaram,
essa
veio a ser a principal pedra,
angular;
Mc 12:11 isto
procede do Senhor,
e é
maravilhoso aos nossos olhos?
Mc
12:12 E procuravam prendê-lo,
mas
temiam o povo;
porque
compreenderam que contra eles
proferira
esta parábola.
Então,
desistindo,
retiraram-se.
Mc 12:13 E
enviaram-lhe
alguns dos fariseus e dos herodianos,
para
que o apanhassem em alguma palavra.
Mc 12:14
Chegando, disseram-lhe:
Mestre,
sabemos que és verdadeiro
e
não te importas com quem quer que seja,
porque
não olhas a aparência dos homens;
antes,
segundo
a verdade,
ensinas
o caminho de Deus;
é
lícito pagar tributo a César ou não?
Devemos ou
não devemos pagar?
Mc
12:15 Mas Jesus,
percebendo-lhes
a hipocrisia, respondeu:
Por
que me experimentais?
Trazei-me um
denário
para
que eu o veja.
Mc 12:16 E
eles lho trouxeram.
Perguntou-lhes:
De
quem é esta efígie e inscrição?
Responderam:
De
César.
Mc 12:17
Disse-lhes, então, Jesus:
Dai
a César o que é de César
e
a Deus o que é de Deus.
E muito se
admiraram dele.
Mc 12:18 Então,
os saduceus,
que dizem não haver ressurreição,
aproximaram-se
dele e lhe perguntaram, dizendo:
Mc
12:19 Mestre, Moisés nos deixou escrito que,
se
morrer o irmão de alguém e deixar mulher sem filhos,
seu
irmão a tome como esposa
e
suscite descendência a seu irmão.
Mc
12:20 Ora, havia sete irmãos;
o primeiro
casou e morreu sem deixar descendência;
Mc
12:21 o segundo desposou a viúva e morreu,
também
sem deixar descendência;
e
o terceiro, da mesma forma.
Mc
12:22 E, assim,
os
sete não deixaram descendência.
Por
fim, depois de todos,
morreu
também a mulher.
Mc
12:23 Na ressurreição,
quando
eles ressuscitarem,
de
qual deles será ela a esposa?
Porque
os sete a desposaram.
Mc
12:24 Respondeu-lhes Jesus:
Não
provém o vosso erro de não conhecerdes
as
Escrituras, nem o poder de Deus?
Mc 12:25
Pois, quando ressuscitarem de entre os mortos,
nem
casarão,
nem
se darão em casamento;
porém,
são como os anjos nos céus.
Mc
12:26 Quanto à ressurreição dos mortos,
não
tendes lido no Livro de Moisés,
no
trecho referente à sarça, como Deus lhe falou:
Eu sou
o
Deus de Abraão,
o
Deus de Isaque
e
o Deus de Jacó?
Mc
12:27 Ora,
ele
não é Deus de mortos,
e
sim de vivos.
Laborais
em grande erro.
Mc 12:28 Chegando um dos escribas,
tendo ouvido
a discussão entre eles,
vendo
como Jesus lhes houvera respondido bem,
perguntou-lhe:
Qual
é o principal de todos os mandamentos?
Mc 12:29
Respondeu Jesus:
O
principal é:
Ouve,
ó Israel,
o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor!
Mc
12:30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus,
de
todo o teu coração,
de
toda a tua alma,
de todo o teu
entendimento
e
de toda a tua força.
Mc
12:31 O segundo é:
Amarás
o teu próximo como a ti mesmo.
Não
há outro mandamento
maior
do que estes.
Mc
12:32 Disse-lhe o escriba:
Muito
bem, Mestre,
e
com verdade disseste que ele é o único,
e
não há outro senão ele,
Mc
12:33 e que amar a Deus
de
todo o coração
e
de todo o entendimento
e
de toda a força,
e amar ao
próximo
como
a si mesmo excede a todos
os
holocaustos e sacrifícios.
Mc 12:34
Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe:
Não
estás longe do reino de Deus.
E já ninguém
mais ousava
interrogá-lo.
Mc 12:35 Jesus,
ensinando no
templo, perguntou:
Como
dizem os escribas que o Cristo é filho de Davi?
Mc 12:36 O
próprio Davi falou,
pelo
Espírito Santo:
Disse
o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te
à minha direita,
até
que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.
Mc
12:37 O mesmo Davi chama-lhe Senhor;
como,
pois, é ele seu filho?
E a grande multidão
o ouvia com
prazer.
Mc 12:38 E,
ao ensinar,
dizia ele:
Guardai-vos
dos escribas,
que
gostam de andar com vestes talares
e
das saudações nas praças;
Mc
12:39 e das primeiras cadeiras nas sinagogas
e
dos primeiros lugares nos banquetes;
Mc 12:40 os
quais devoram as casas das viúvas
e,
para o justificar, fazem longas orações;
estes
sofrerão juízo muito mais severo.
Mc 12:41 Assentado diante do
gazofilácio,
observava
Jesus como o povo lançava ali o dinheiro.
Ora,
muitos ricos
depositavam grandes quantias.
Mc 12:42 Vindo, porém,
uma viúva
pobre,
depositou
duas pequenas moedas
correspondentes
a um quadrante.
Mc 12:43 E,
chamando os
seus discípulos, disse-lhes:
Em
verdade vos digo que esta viúva pobre
depositou
no gazofilácio
mais
do que o fizeram todos os ofertantes.
Mc 12:44
Porque todos eles
ofertaram
do que lhes sobrava;
ela,
porém,
da
sua pobreza
deu
tudo quanto possuía,
todo
o seu sustento.
A oferta da
viúva pobre nos ensina que as aparências não servem diante de Deus, mas sim as
coisas que estão no mais profundo do nosso coração. Como enganaremos ao Senhor
de nossas almas? Somos tolos demais da conta...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.