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domingo, 9 de agosto de 2015

Mateus 5 1-48 - PARTE 1/3 DO SERMÃO DO MONTE - SEJA PERFEITO!

O Sermão do Monte não foi anunciado com megafone, nem microfone, nem proclamado de peitos abertos a todo volume, mas foi anunciado quando Jesus subiu ao monte e sentado falava aos seus discípulos.
Que dia lindo e maravilhoso este quando Deus sentou-se junto com os homens, sendo também homem, para falar aos homens a lei do reino de Deus.
Primeiro ele começa com as bem-aventuranças em quantidade de 9. A primeira bem-aventurança é sobre os humildes de espírito e a última sobre aqueles que forem injuriados e perseguidos por causa do nome de Jesus.
Ao falar a lei do reino de Deus ele não está trazendo novidades, antes dando a lei de Deus a perfeita interpretação. Ele não veio revogar ou destruir a lei, antes confirmar.
Ele fala dos seus discípulos como aqueles que são o sal da terra e também a sua luz, não porque têm vida em si mesmos e são capazes de gerarem essa vida, mas por causa da Palavra de Deus que a eles era ministrada.
O ministério de Jesus, conforme Mateus, conforme o que já vimos consistia em pregação, envolvia o ensino e a ministração de cura. Aqui ele estava ensinando, até o capítulo 7, a Lei do reino. O sermão do monte é o primeiro de cinco grandes blocos de ensinos que aparecem em Mateus.
Esses caps. 5-7 apresentam mais informações sobre os padrões éticos da soberania do reinado de Deus do que qualquer outra passagem e, portanto, têm sido extremamente valorizados pela igreja.
Esse sermão é semelhante a um outro sermão pregado numa planura (veja Lc 6), embora haja algumas diferenças quanto ao contexto.
É muito provável que Jesus tenha repetido o seu ensino em diferentes lugares e não é necessário concluir que Mt 5-7 e Lc 6 referem-se ao mesmo sermão.
Por outro lado, Mateus pode ter completado a sua descrição do sermão do monte com o material que Jesus ensinou em outras ocasiões; ou, então, Lucas pode ter abreviado, recolocado ou eliminado alguns elementos.
O uso de Mateus de "subiu ao monte" (p. ex., 5.1) é muitas vezes uma referência a uma região montanhosa, e o uso de Lucas de "planura" (Lc 6.17) poderia facilmente se referir a uma planura nessa mesma região montanhosa.
Não há como fugir das exigências radicais desse sermão ao torná-lo como um padrão de vida para algum tempo futuro ou considerá-lo como uma declaração hiperbólica a respeito da ética com o objetivo de nos desviar de toda a lei e nos basearmos somente na fé.
O reino sobre o qual Jesus estava falando era o reino que ele havia inaugurado durante o seu ministério terreno, e as éticas desse reino eram imediatamente aplicáveis aos seus discípulos. Jesus também proclamou o poder transformador do reino que capacita os crentes a viverem de acordo com a ética do reino.
Conforme a BEG, o costume era o professor sentar-se (cf. Lc 4.20). O fato de que ele estava sentado aqui indica que Jesus não estava no alto de uma montanha com seus ouvintes abaixo dele, porque desse modo não haveria uma acústica muito boa. Uma tradução melhor seria, "... ele foi até uma região montanhosa".
O termo “Bem-aventurados” significa mais do que o estado emocional representado pela palavra feliz. Ele inclui um bem-estar espiritual, baseado na aprovação de Deus e, desse modo, antecipando um destino mais feliz (cf. SI 1).
Ele começa sua bem-aventurança com os humildes de espírito. A BEG explica cada uma delas individualmente procurando o esclarecimento da destinação da bem-aventurança.
Os humildes, conforme ela, são aqueles dispostos a reconhecer as suas necessidades espirituais são mais prováveis de compreenderem sua própria deficiência e a dependerem somente em Deus em vez de em sua própria bondade, do que os complacentes espirituais.
Paulo observou o mesmo princípio (Rm 9.30-31). O paralelo em Lc 6 coloca essa condição simplesmente como "humildes", sem acrescentar a expressão "em espírito".
Essa distinção tem levado muitos a suporem que Jesus estava realmente falando dos materialmente pobres. Observe, entretanto, que em Lc 6 ele falava aos discípulos quando afirmou: "Bem-aventurados vós, os pobres" (ênfase acrescentada).
Apesar de que a pobreza material e o reconhecimento das necessidades espirituais frequentemente caminham juntos, e embora muitas vezes seja difícil que os que são ricos materialmente experimentem uma percepção profunda de sua verdadeira pobreza, as duas posições não devem ser entendidas como idênticas.
O contexto indica que "os que choram" estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os deles mesmos, e também por causa da falha da humanidade em dar glória a Deus apropriadamente.
Essa bem-aventurança sobre os mansos lembra SI 37.11, e talvez seja baseado nele. A mansidão em questão aqui é a mansidão espiritual, uma postura de humildade e submissão a Deus.
Nosso padrão de mansidão é Jesus que, apesar de não ser escravo, se submetia a seu Pai (essa mesma palavra grega, praus, aparece em 11.29). Esses mansos, diz a palavra, herdarão a terra. Esse é o cumprimento total da promessa feita a Abraão, a quem Paulo, em Rm 4.13, chama "herdeiro do mundo" (cf. 1-16 11.16).
A justiça – vs. 6 – se refere aos que buscam a justiça de Deus (integridade, justiça), não aqueles que confiam em si mesmos, que recebem o que desejam. (6.1-18).
Os misericordiosos são aqueles que já necessitaram da misericórdia de Deus (todos nós) e agora estão aptos e devem exercê-la aos que dela necessitarem. Se eles forem misericordiosos, como o Pai é conosco, receberão misericórdia semelhantemente. A promessa de misericórdia é recíproca, como aquelas destinadas aos que perdoam.
O segredo do perdão está no perdoar, pois somente seremos perdoados se perdoarmos; já o segredo da misericórdia, poderíamos dizer que está no ser misericordioso, pois só receberemos misericórdia, se formos misericordiosos.
Já os puros de coração, como as crianças, cuja malícia mora longe, estão aptos a verem a Deus, pois Deus está na pureza de nossos atos, quando puros forem esses atos. Não que necessariamente o veremos em uma manifestação teofânica, antes o veremos de forma invisível, até mesmo num olhar inocente de um bebe que nem ainda sabe falar e que já sorri.
Esse versículo dos pacificadores – vs. 9 - fala da paz espiritual, não o cessar de mortes ou violência entre nações ou contendas entre partidos.
Embora o termo pacificadores seja comumente entendido como se referindo àqueles que ajudam outros a encontrar paz com Deus, ele também pode se referir àqueles que estabelecem a sua própria paz com Deus (como aquele que promove paz com seu adversário no v. 25). O princípio é também encontrado nos vs. 44.45, onde é dito aos filhos de Deus para fazerem paz até mesmo com os seus inimigos (cf. 5.23-24).
Os que são perseguidos por causa da justiça são aqueles que não abrem mão de sua fé em Deus e na justiça divina, mesmo sendo perseguidos porque creem, no fundo, que há um regente soberano que tudo vê, administra e no final exercerá sua autoridade para prevalência de sua vontade, pois que todos haveremos de ressuscitar, conforme sua palavra e poder.
Por fim, a bem-aventurança alcança aqueles que por causa do nome de Jesus haverão de suportar toda contradição deste mundo a ponto de serem caluniados, insultados, perseguidos, maltratados. Se não nos demovermos de nossa esperança certa na palavra de Deus, haveremos de ter grande galardão.
É portanto um privilégio, uma honra poder suportar afrontas por causa do nome de Jesus. Devemos, pois nos alegrarmos e nos regozijarmos, porque grande será a nossa recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de nós.
O verso 13 nos compara com o sal e o 14 com a luz. Numa sociedade sem geladeira, o sal é primordialmente usado não como algo para dar sabor, mas como conservante. Os discípulos são chamados a impedir ou retardar a corrupção ou queda do mundo.
Os depósitos de sal ao longo do mar Morto contêm não somente cloreto de sódio, mas também uma variedade de outros minerais. Ao longo dos anos, esse sal pode perder o sabor por causa das chuvas, chegando a um ponto em que não serve para nada a não ser para ser usado na construção de estradas.
Também os discípulos são comparados à luz do mundo a qual não pode ficar escondida, mas ser posta sobre o velador a fim de que todos vejam a nossa luz e por ela se guiem – vs. 14-16; Is 60.1-3. Como já falamos, não temos luz própria, mas refletimos a luz do Senhor, como a lua que reflete a luz do sol e serve de referência e orientação.
Ao ensinar e pregar ministrando a Lei do Reino, Jesus afirma peremptoriamente que não viera para revogar a Lei, os Escritos e os Profetas. Os corretivos dos vs. 21-48 deveriam ser lidos à luz dessa observação inicial.
Ao cumprir a lei, Jesus não alterou, mudou ou anulou os mandamentos anteriores. Ao contrário, no seu ensino, ele afirmou a verdadeira intenção e o propósito deles, bem como os praticou em sua vida obediente.
Todo o Antigo Testamento apontava para Cristo.
Nem um “i” ou um “til”, literalmente "chifre" - uma pequena extensão em certas letras no alfabeto hebraico. Apesar de pequeno, o "chifre" distingue algumas letras de outras e pode ser muito importante – jamais passaria da Lei sem se cumprir. Jesus definiu esses traços como "mandamentos... dos menores" (vs. 19). Até que tudo se cumpra, tudo estaria válido. Refere-se à totalidade da vontade de Deus, seu propósito para a renovação (6.10).
Percebe-se que Jesus não criticou os fariseus pelo seu radicalismo, mas pela maneira como eles o externavam (cf. cap. 23). Ao dar ênfase à obediência externa, eles evitavam a real intenção da lei e então diminuíam suas verdadeiras exigências.
Os Manuscritos do Mar Morto se referem aos fariseus como "procuradores de coisas tranquilas" porque eles haviam acomodado e torcido a lei para que ela se encaixasse nas "realidades" da vida da vida como eles a enxergavam. Essa acomodação eliminou a percepção deles da necessidade da graça e da dependência de Deus.
Nos versículos seguintes, Jesus restaurou um entendimento da verdadeira natureza da lei de Deus ao exigir santidade total e radical. A nossa justiça deve ser maior do que a dos fariseus. Jesus requer uma obediência mais profunda e não uma desconsideração pelos mandamentos de Deus.
Em seu estudo exegético, Gerard Van Groningen, associa os mandamentos de Deus aos mandatos espiritual, social e cultural, dizendo que os primeiros quatro mandamentos se relacionam diretamente à comunhão, os de cinco a sete ao social, e os de oito a dez aos mandatos culturais. Assim, divide os 10 mandamentos em 3 conjuntos.
Quando Deus determinou criar a raça humana, ele estabeleceu alguns propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre criador e criatura. Esses propósitos e parâmetros são descritos pela Bíblia e por nossa teologia na forma de uma aliança. Deus fez uma aliança com a criatura e estabeleceu pelo menos três diferentes mandatos para a humanidade:
  1. O mandato espiritual (seu relacionamento com o Criador - de continuar a andar com Deus. Ela e o seu marido são proibidos de comer do fruto da árvore – Gn 2:15-17).
  2. O mandato social (seu relacionamento em família – envolve a frutificação, multiplicação e povoamento da Terra – Gn 1:28).
  3. O mandato cultural (seu relacionamento com a sociedade – envolve atividades de reinar, dominar e aflorar todas as influências e potencialidades grandes e maravilhosas na Terra, de acordo com as leis e modelos que Deus havia estabelecido – Gn 1:28).” por Mauro Meister – adaptado.
Assim, também, didaticamente, sem entrar em detalhes aqui, os 10 mandamentos poderiam ser divididos em 3 conjuntos.
Semelhantemente também, poderíamos fazer uma associação dessas, feita pelo Groningen, com o sermão do monte onde foram ministradas as bem-aventuranças de Cristo Jesus, pois Deus é um só e o mesmo. Isso faremos, sim, numa próxima oportunidade. Aguardem!
Essa sentença “Ouvistes que foi dito” ressalta que a afirmação a seguir não é o ensino da lei de Deus propriamente dita ou de suas promessas, mas o ensino da lei conforme interpretada pelos escribas e fariseus (vs. 43-47).
A lei era clara a respeito de não matar e se matasse estariam sujeitos a julgamentos, mas Cristo vai além disso, a ponto de atingir o infinito. Aparentemente, as leis judaicas tinham sanções contra o insulto específico de "Raca", mas Jesus mostrou que a agressão verbal de qualquer tipo torna a pessoa sujeita à condenação eterna, correndo o risco de ir para o fogo do inferno.
Inferno aqui se refere à "Gehenna", o "Vale de Hinom", que era um depósito de lixo fora de Jerusalém onde fogos queimavam constantemente para incinerar restos.
O local também era conhecido como o lugar de sacrifícios humanos com fogo durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr 28.3; 33.6). Jeremias profetizou que ele seria chamado o "vale da Matança" (Jr 7.31-32), como um símbolo do julgamento terrível de Deus.
De acordo com o exposto, se alguém, pois, tinha apresentado sua oferta no altar, mas lembrou-se de que está devendo, isto é, que seu irmão tem algo contra ele, imediatamente deve ele deixar ali sua oferta para primeiro se reconciliar com seu irmão. “Se, pois” significa que os vs. 23-24 são baseados na realidade de que Deus irá punir qualquer desatenção com relação às outras pessoas. É mister reconciliar-se, enquanto ainda dá tempo.
Observe que o mandamento é dado não para quem cometeu o erro, mas para o acusado. Ele deveria ser prudente e entrar em acordo sem demora. A sabedoria do acordo entre as partes se aplica acima de tudo para o nosso relacionamento com Deus. Se a reconciliação com outros seres humanos é importante, muito mais é a nossa reconciliação com Deus.
Novamente, no verso 27, a mesma sentença que já falamos no verso 21.
Os olhos e as mãos são as partes não vitais mais valiosas do corpo. A severidade do pedido ilustra a natureza radical da ética de Jesus e demonstra a nossa necessidade de cirurgias radicais.
Obviamente, Jesus não estava apoiando a automutilação; não são os olhos ou as mãos que causam luxúria, mas o coração e a mente. O que realmente precisamos é de uma cirurgia espiritual.
Jesus continua a ensinar os seus discípulos o verdadeiro sentido da lei que se observarmos estão relacionados aos nossos relacionamentos com Deus, com o nosso próximo e com as coisas criadas por Deus.
Isso nos faz reportarmos a Calvino que afirma junto com Abraham Kuyper essa questão importante dos relacionamentos.
É interessante notarmos que Calvino dizia que há três questões básicas da vida que necessitam ser tratadas de imediato:
1)      Como uma pessoa se relaciona com Deus.
2)      Como uma pessoa se relaciona com outras pessoas.
3)      Como uma pessoa que se relaciona com Deus e com as outras pessoas se relacionam com o mundo criado por Deus.
Quanto a esses relacionamentos Abraham Kuyper (1837/1920) faz a seguinte colocação em seu livro CALVINISMO:
Resumo dos Três Primeiros Relacionamentos:
Assim, é demonstrado que o Calvinismo tem um ponto de partida claramente definido para as três relações fundamentais de toda existência humana próprio: a saber, nossa relação
·           com Deus,
·           com o homem
·           e com o mundo.
Para nossa relação com Deus:
uma comunhão imediata do homem com o Eterno, independentemente do sacerdote ou igreja.
Para a relação do homem com o homem:
o reconhecimento do valor humano em cada pessoa, que é seu em virtude de sua criação conforme a semelhança de Deus, e portanto da igualdade de todos os homens diante de Deus e de seu magistrado.
E para nossa relação com o mundo:
o reconhecimento que no mundo inteiro a maldição é restringida pela graça, que a vida do mundo deve ser honrada em sua independência, e que devemos, em cada campo, descobrir os tesouros e desenvolver as potências ocultas por Deus na natureza e na vida humana.
Isto justifica plenamente nossa declaração de que o Calvinismo deve responder as três condições acima mencionadas, e assim está incontestavelmente autorizado a tomar sua posição ao lado do Paganismo, Islamismo, Romanismo e Modernismo, e a reivindicar para si a glória de possuir um princípio bem definido e um sistema de vida abrangente.” (CALVINISMO, de Abrahan Kuyper).
Os versos 31 e 32 falam da questão do divórcio onde a mulher, antes, poderia ser repudiada a bel prazer, mas agora em Cristo, as coisas eram diferentes.
Alguns têm entendido a prescrição de Jesus contra juramentos – vs. 34 - como sendo unta proibição universal, mas o próprio Jesus se submeteu a um juramento quando interrogado pelo sumo sacerdote (26.63), e Paulo não estava pecando quando invocou Deus como sua testemunha em Rm 1.9.
O próprio Deus fez um juramento para que tenhamos mais confiança (Hb 6.17). Jesus tratou da questão de um casuísmo que requeria um juramento específico para tornar as palavras faladas obrigatórias.
A implicação desse tipo de abordagem da verdade é de que quando não falamos sob juramento, não podemos ser confiáveis. Jesus disse que precisamos falar como se cada palavra que dissermos esteja sendo dita sob juramento. Isso sim, é muito mais profundo do que o fato de tornar uma lei “o jurar” e “o não jurar”.
Quanto aos versos 38 e 39, a intenção original de Ex 21.24, Lv 24.20; Dt 19.21 era de que a punição deveria ser equivalente e corresponder ao crime.
Isso excluía sancionar uma vingança exagerada (como Lameque fez em Gn 4.23-24) ou aplicar padrões diferentes a diferentes classes sociais.
Jesus contradisse a interpretação incorreta que via no princípio uma autorização para a vingança pessoal.
O ferimento na face direita é ambíguo — tanto um insulto como uma injúria. Nesse contexto, "não resistais" aqui significa "não procure indenização no tribunal". As palavras de Jesus podem refletir Is 50.6..
A possibilidade de um soldado romano coagir uma pessoa da comunidade a servir como guia era muito real – vs. 41. Mesmo quando formos compelidos por força a fazer alguma coisa para alguém, não deveríamos resistir ao serviço, mas demonstrar a nossa liberdade ao fazer voluntariamente mais do que nos foi ordenado.
Essa afirmação de odiar o seu inimigo não aparece no Antigo Testamento, mas uma falsa conclusão nos ensinos escribas que havia resultado do entendimento estreito de "vizinho" como simplesmente "amigo judeu".
Jesus mostrou que a verdadeira intenção de Lv 19.18 estende-se também aos próprios inimigos. Compare com Lc 10.29ss.
Mt 5:1 Vendo Jesus as multidões,
subiu ao monte,
e, como se assentasse,
aproximaram-se os seus discípulos;
Mt 5:2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
Mt 5:3 Bem-aventurados os humildes de espírito,
porque deles é o reino dos céus.
Mt 5:4 Bem-aventurados os que choram,
porque serão consolados.
Mt 5:5 Bem-aventurados os mansos,
porque herdarão a terra.
Mt 5:6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
porque serão fartos.
Mt 5:7 Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Mt 5:8 Bem-aventurados os limpos de coração,
porque verão a Deus.
Mt 5:9 Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão chamados filhos de Deus.
Mt 5:10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus.
Mt 5:11 Bem-aventurados sois quando,
por minha causa,
vos injuriarem,
e vos perseguirem,
e, mentindo,
disserem todo mal contra vós.
Mt 5:12 Regozijai-vos
e exultai,
porque é grande o vosso galardão nos céus;
pois assim perseguiram
aos profetas que viveram antes de vós.
Mt 5:13 Vós sois o sal da terra;
ora, se o sal vier a ser insípido,
como lhe restaurar o sabor?
Para nada mais presta senão para,
lançado fora,
ser pisado pelos homens.
Mt 5:14 Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
Mt 5:15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire,
mas no velador,
e alumia a todos os que se encontram na casa.
Mt 5:16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras
e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Mt 5:17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas;
não vim para revogar,
vim para cumprir.
Mt 5:18 Porque em verdade vos digo:
até que o céu e a terra passem,
nem um i ou um til jamais passará da Lei,
até que tudo se cumpra.
Mt 5:19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos,
posto que dos menores,
e assim ensinar aos homens,
será considerado mínimo no reino dos céus;
aquele, porém, que os observar e ensinar,
esse será considerado grande no reino dos céus.
Mt 5:20 Porque vos digo que,
se a vossa justiça não exceder
em muito a dos escribas e fariseus,
jamais entrareis no reino dos céus.
Mt 5:21 Ouvistes que foi dito aos antigos:
Não matarás;
e: Quem matar estará sujeito a julgamento.
Mt 5:22 Eu, porém, vos digo
que todo aquele que [sem motivo]
se irar contra seu irmão
estará sujeito a julgamento;
e quem proferir um insulto a seu irmão
estará sujeito a julgamento do tribunal;
e quem lhe chamar: Tolo,
estará sujeito ao inferno de fogo.
Mt 5:23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta,
ali te lembrares de que teu irmão
tem alguma coisa contra ti,
Mt 5:24 deixa perante o altar a tua oferta,
vai primeiro reconciliar-te com teu irmão;
e, então, voltando, faze a tua oferta.
Mt 5:25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário,
enquanto estás com ele a caminho,
para que o adversário não te entregue ao juiz,
o juiz, ao oficial de justiça,
e sejas recolhido à prisão.
Mt 5:26 Em verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não pagares o último centavo.
Mt 5:27 Ouvistes que foi dito:
Não adulterarás.
Mt 5:28 Eu, porém, vos digo:
qualquer que olhar para uma mulher
com intenção impura, no coração,
já adulterou com ela.
Mt 5:29 Se o teu olho direito te faz tropeçar,
arranca-o e lança-o de ti;
pois te convém que se perca um dos teus membros,
e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Mt 5:30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar,
corta-a e lança-a de ti;
pois te convém que se perca um dos teus membros,
e não vá todo o teu corpo para o inferno.
Mt 5:31 Também foi dito:
Aquele que repudiar sua mulher,
dê-lhe carta de divórcio.
Mt 5:32 Eu, porém, vos digo:
qualquer que repudiar sua mulher,
exceto em caso de relações sexuais ilícitas,
a expõe a tornar-se adúltera;
e aquele que casar com a repudiada
comete adultério.
Mt 5:33 Também ouvistes que foi dito aos antigos:
Não jurarás falso,
mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
Mt 5:34 Eu, porém, vos digo:
de modo algum jureis; nem pelo céu,
por ser o trono de Deus;
Mt 5:35 nem pela terra,
por ser estrado de seus pés;
nem por Jerusalém,
por ser cidade do grande Rei;
Mt 5:36 nem jures pela tua cabeça,
porque não podes tornar um cabelo
branco ou preto.
Mt 5:37 Seja, porém, a tua palavra:
Sim, sim;
não, não.
O que disto passar vem do maligno.
Mt 5:38 Ouvistes que foi dito:
Olho por olho, dente por dente.
Mt 5:39 Eu, porém, vos digo:
não resistais ao perverso;
mas, a qualquer que te ferir na face direita,
volta-lhe também a outra;
Mt 5:40 e, ao que quer demandar contigo
e tirar-te a túnica,
deixa-lhe também a capa.
Mt 5:41 Se alguém te obrigar a andar uma milha,
vai com ele duas.
Mt 5:42 Dá a quem te pede
e não voltes as costas ao que deseja
que lhe emprestes.
Mt 5:43 Ouvistes que foi dito:
Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
Mt 5:44 Eu, porém, vos digo:
amai os vossos inimigos
e orai pelos que vos perseguem;
Mt 5:45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste,
porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons
e vir chuvas sobre justos e injustos.
Mt 5:46 Porque, se amardes os que vos amam,
que recompensa tendes?
Não fazem os publicanos também o mesmo?
Mt 5:47 E, se saudardes somente os vossos irmãos,
que fazeis de mais?
Não fazem os gentios também o mesmo?
Mt 5:48 Portanto,
sede vós perfeitos
como perfeito
é o vosso Pai celeste.
O que está nos pedindo o Senhor? Para sermos perfeitos! Ele nos pede para sermos perfeitos como é perfeito nosso Pai celeste.
O padrão que Deus pede do seu povo não é nada menos do que o caráter perfeito do próprio Deus. Isso inclui muito mais do que simples justiça.
A perfeição de Deus inclui o amor da benevolente graça (vs. 45). Embora a perfeição não seja possível nesta vida, ela é o objetivo dos que se tornam filhos do Pai (cf. Fp 3.12-13).
A conclusão dessa parte de seu sermão é de fato perfeita em todos os sentidos!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


1 comentários:

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.