O Sermão do Monte não foi anunciado com
megafone, nem microfone, nem proclamado de peitos abertos a todo volume, mas
foi anunciado quando Jesus subiu ao monte e sentado falava aos seus discípulos.
Que dia lindo e maravilhoso este quando
Deus sentou-se junto com os homens, sendo também homem, para falar aos homens a
lei do reino de Deus.
Primeiro ele começa com as bem-aventuranças
em quantidade de 9. A primeira bem-aventurança é sobre os humildes de espírito
e a última sobre aqueles que forem injuriados e perseguidos por causa do nome
de Jesus.
Ao falar a lei do reino de Deus ele não
está trazendo novidades, antes dando a lei de Deus a perfeita interpretação.
Ele não veio revogar ou destruir a lei, antes confirmar.
Ele fala dos seus discípulos como aqueles
que são o sal da terra e também a sua luz, não porque têm vida em si mesmos e
são capazes de gerarem essa vida, mas por causa da Palavra de Deus que a eles
era ministrada.
O ministério de Jesus, conforme Mateus,
conforme o que já vimos consistia em pregação, envolvia o ensino e a
ministração de cura. Aqui ele estava ensinando, até o capítulo 7, a Lei do
reino. O sermão do monte é o primeiro de cinco grandes blocos de ensinos que
aparecem em Mateus.
Esses caps. 5-7 apresentam mais informações
sobre os padrões éticos da soberania do reinado de Deus do que qualquer outra
passagem e, portanto, têm sido extremamente valorizados pela igreja.
Esse sermão é semelhante a um outro sermão
pregado numa planura (veja Lc 6), embora haja algumas diferenças quanto ao
contexto.
É muito provável que Jesus tenha repetido o
seu ensino em diferentes lugares e não é necessário concluir que Mt 5-7 e Lc 6
referem-se ao mesmo sermão.
Por outro lado, Mateus pode ter completado
a sua descrição do sermão do monte com o material que Jesus ensinou em outras
ocasiões; ou, então, Lucas pode ter abreviado, recolocado ou eliminado alguns
elementos.
O uso de Mateus de "subiu ao
monte" (p. ex., 5.1) é muitas vezes uma referência a uma região
montanhosa, e o uso de Lucas de "planura" (Lc 6.17) poderia
facilmente se referir a uma planura nessa mesma região montanhosa.
Não há como fugir das exigências radicais
desse sermão ao torná-lo como um padrão de vida para algum tempo futuro ou considerá-lo
como uma declaração hiperbólica a respeito da ética com o objetivo de nos
desviar de toda a lei e nos basearmos somente na fé.
O reino sobre o qual Jesus estava falando
era o reino que ele havia inaugurado durante o seu ministério terreno, e as éticas
desse reino eram imediatamente aplicáveis aos seus discípulos. Jesus também
proclamou o poder transformador do reino que capacita os crentes a viverem de
acordo com a ética do reino.
Conforme a BEG, o costume era o professor
sentar-se (cf. Lc 4.20). O fato de que ele estava sentado aqui indica que Jesus
não estava no alto de uma montanha com seus ouvintes abaixo dele, porque desse
modo não haveria uma acústica muito boa. Uma tradução melhor seria, "...
ele foi até uma região montanhosa".
O termo “Bem-aventurados” significa mais do
que o estado emocional representado pela palavra feliz. Ele inclui um bem-estar
espiritual, baseado na aprovação de Deus e, desse modo, antecipando um destino
mais feliz (cf. SI 1).
Ele começa sua bem-aventurança com os humildes
de espírito. A BEG explica cada uma delas individualmente procurando o
esclarecimento da destinação da bem-aventurança.
Os humildes, conforme ela, são aqueles
dispostos a reconhecer as suas necessidades espirituais são mais prováveis de
compreenderem sua própria deficiência e a dependerem somente em Deus em vez de
em sua própria bondade, do que os complacentes espirituais.
Paulo observou o mesmo princípio (Rm
9.30-31). O paralelo em Lc 6 coloca essa condição simplesmente como
"humildes", sem acrescentar a expressão "em espírito".
Essa distinção tem levado muitos a suporem
que Jesus estava realmente falando dos materialmente pobres. Observe,
entretanto, que em Lc 6 ele falava aos discípulos quando afirmou:
"Bem-aventurados vós, os pobres" (ênfase acrescentada).
Apesar de que a pobreza material e o
reconhecimento das necessidades espirituais frequentemente caminham juntos, e
embora muitas vezes seja difícil que os que são ricos materialmente
experimentem uma percepção profunda de sua verdadeira pobreza, as duas posições
não devem ser entendidas como idênticas.
O contexto indica que "os que
choram" estão chorando por causa do pecado e do mal, especialmente os
deles mesmos, e também por causa da falha da humanidade em dar glória a Deus apropriadamente.
Essa bem-aventurança sobre os mansos lembra
SI 37.11, e talvez seja baseado nele. A mansidão em questão aqui é a mansidão
espiritual, uma postura de humildade e submissão a Deus.
Nosso padrão de mansidão é Jesus que,
apesar de não ser escravo, se submetia a seu Pai (essa mesma palavra grega, praus, aparece em 11.29). Esses mansos,
diz a palavra, herdarão a terra. Esse é o cumprimento total da promessa feita a
Abraão, a quem Paulo, em Rm 4.13, chama "herdeiro do mundo" (cf. 1-16
11.16).
A justiça – vs. 6 – se refere aos que
buscam a justiça de Deus (integridade, justiça), não aqueles que confiam em si
mesmos, que recebem o que desejam. (6.1-18).
Os misericordiosos são aqueles que já
necessitaram da misericórdia de Deus (todos nós) e agora estão aptos e devem
exercê-la aos que dela necessitarem. Se eles forem misericordiosos, como o Pai
é conosco, receberão misericórdia semelhantemente. A promessa de misericórdia é
recíproca, como aquelas destinadas aos que perdoam.
O segredo do perdão está no perdoar, pois
somente seremos perdoados se perdoarmos; já o segredo da misericórdia, poderíamos
dizer que está no ser misericordioso, pois só receberemos misericórdia, se
formos misericordiosos.
Já os puros de coração, como as crianças,
cuja malícia mora longe, estão aptos a verem a Deus, pois Deus está na pureza
de nossos atos, quando puros forem esses atos. Não que necessariamente o
veremos em uma manifestação teofânica, antes o veremos de forma invisível, até
mesmo num olhar inocente de um bebe que nem ainda sabe falar e que já sorri.
Esse versículo dos pacificadores – vs. 9 - fala
da paz espiritual, não o cessar de mortes ou violência entre nações ou
contendas entre partidos.
Embora o termo pacificadores seja comumente
entendido como se referindo àqueles que ajudam outros a encontrar paz com Deus,
ele também pode se referir àqueles que estabelecem a sua própria paz com Deus
(como aquele que promove paz com seu adversário no v. 25). O princípio é também
encontrado nos vs. 44.45, onde é dito aos filhos de Deus para fazerem paz até
mesmo com os seus inimigos (cf. 5.23-24).
Os que
são perseguidos por causa da justiça são aqueles que não abrem mão de sua fé em
Deus e na justiça divina, mesmo sendo perseguidos porque creem, no fundo, que
há um regente soberano que tudo vê, administra e no final exercerá sua
autoridade para prevalência de sua vontade, pois que todos haveremos de
ressuscitar, conforme sua palavra e poder.
Por
fim, a bem-aventurança alcança aqueles que por causa do nome de Jesus haverão
de suportar toda contradição deste mundo a ponto de serem caluniados,
insultados, perseguidos, maltratados. Se não nos demovermos de nossa esperança
certa na palavra de Deus, haveremos de ter grande galardão.
É portanto
um privilégio, uma honra poder suportar afrontas por causa do nome de Jesus. Devemos,
pois nos alegrarmos e nos regozijarmos, porque grande será a nossa recompensa nos
céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de nós.
O verso 13 nos compara com o sal e o 14 com
a luz. Numa sociedade sem geladeira, o sal é primordialmente usado não como
algo para dar sabor, mas como conservante. Os discípulos são chamados a impedir
ou retardar a corrupção ou queda do mundo.
Os depósitos de sal ao longo do mar Morto
contêm não somente cloreto de sódio, mas também uma variedade de outros
minerais. Ao longo dos anos, esse sal pode perder o sabor por causa das chuvas,
chegando a um ponto em que não serve para nada a não ser para ser usado na
construção de estradas.
Também os discípulos são comparados à luz
do mundo a qual não pode ficar escondida, mas ser posta sobre o velador a fim
de que todos vejam a nossa luz e por ela se guiem – vs. 14-16; Is 60.1-3. Como já
falamos, não temos luz própria, mas refletimos a luz do Senhor, como a lua que
reflete a luz do sol e serve de referência e orientação.
Ao ensinar e pregar ministrando a Lei do
Reino, Jesus afirma peremptoriamente que não viera para revogar a Lei, os
Escritos e os Profetas. Os corretivos dos vs. 21-48 deveriam ser lidos à luz
dessa observação inicial.
Ao cumprir a lei, Jesus não alterou, mudou
ou anulou os mandamentos anteriores. Ao contrário, no seu ensino, ele afirmou a
verdadeira intenção e o propósito deles, bem como os praticou em sua vida
obediente.
Todo o Antigo Testamento apontava para
Cristo.
Nem um “i” ou um “til”, literalmente
"chifre" - uma pequena extensão em certas letras no alfabeto
hebraico. Apesar de pequeno, o "chifre" distingue algumas letras de
outras e pode ser muito importante – jamais passaria da Lei sem se cumprir.
Jesus definiu esses traços como "mandamentos... dos menores" (vs.
19). Até que tudo se cumpra, tudo estaria válido. Refere-se à totalidade da
vontade de Deus, seu propósito para a renovação (6.10).
Percebe-se que Jesus não criticou os
fariseus pelo seu radicalismo, mas pela maneira como eles o externavam (cf.
cap. 23). Ao dar ênfase à obediência externa, eles evitavam a real intenção da
lei e então diminuíam suas verdadeiras exigências.
Os Manuscritos do Mar Morto se referem aos
fariseus como "procuradores de coisas tranquilas" porque eles haviam
acomodado e torcido a lei para que ela se encaixasse nas "realidades"
da vida da vida como eles a enxergavam. Essa acomodação eliminou a percepção
deles da necessidade da graça e da dependência de Deus.
Nos versículos seguintes, Jesus restaurou
um entendimento da verdadeira natureza da lei de Deus ao exigir santidade total
e radical. A nossa justiça deve ser maior do que a dos fariseus. Jesus requer
uma obediência mais profunda e não uma desconsideração pelos mandamentos de
Deus.
Em
seu estudo exegético, Gerard Van Groningen, associa os mandamentos de Deus aos
mandatos espiritual, social e cultural, dizendo que os primeiros quatro
mandamentos se relacionam diretamente à comunhão, os de cinco a sete ao social,
e os de oito a dez aos mandatos culturais. Assim, divide os 10 mandamentos em 3
conjuntos.
“Quando Deus determinou criar a raça humana,
ele estabeleceu alguns propósitos e parâmetros para um bom relacionamento entre
criador e criatura. Esses propósitos e parâmetros são descritos pela Bíblia e
por nossa teologia na forma de uma aliança. Deus fez uma aliança com a criatura
e estabeleceu pelo menos três diferentes mandatos para a humanidade:
O
mandato espiritual (seu relacionamento com o Criador - de continuar a andar com Deus. Ela e o
seu marido são proibidos de comer do fruto da árvore – Gn 2:15-17).
O
mandato social (seu relacionamento em família – envolvea frutificação, multiplicação e povoamento da Terra – Gn 1:28).
O
mandato cultural (seu relacionamento com a sociedade – envolve atividadesde reinar, dominar e aflorar todas as influências e
potencialidades grandes e maravilhosas na Terra, de acordo com as leis e
modelos que Deus havia estabelecido – Gn 1:28).” por Mauro Meister – adaptado.
Semelhantemente também, poderíamos fazer
uma associação dessas, feita pelo Groningen, com o sermão do monte onde foram
ministradas as bem-aventuranças de Cristo Jesus, pois Deus é um só e o mesmo.
Isso faremos, sim, numa próxima oportunidade. Aguardem!
Essa sentença “Ouvistes que foi dito” ressalta
que a afirmação a seguir não é o ensino da lei de Deus propriamente dita ou de
suas promessas, mas o ensino da lei conforme interpretada pelos escribas e
fariseus (vs. 43-47).
A lei era clara a respeito de não matar e
se matasse estariam sujeitos a julgamentos, mas Cristo vai além disso, a ponto
de atingir o infinito. Aparentemente, as leis judaicas tinham sanções contra o
insulto específico de "Raca", mas Jesus mostrou que a agressão verbal
de qualquer tipo torna a pessoa sujeita à condenação eterna, correndo o risco
de ir para o fogo do inferno.
Inferno aqui se refere à "Gehenna",
o "Vale de Hinom", que era um depósito de lixo fora de Jerusalém onde
fogos queimavam constantemente para incinerar restos.
O local também era conhecido como o lugar
de sacrifícios humanos com fogo durante os reinados de Acaz e Manassés (2Cr
28.3; 33.6). Jeremias profetizou que ele seria chamado o "vale da
Matança" (Jr 7.31-32), como um símbolo do julgamento terrível de Deus.
De acordo com o exposto, se alguém, pois,
tinha apresentado sua oferta no altar, mas lembrou-se de que está devendo, isto
é, que seu irmão tem algo contra ele, imediatamente deve ele deixar ali sua
oferta para primeiro se reconciliar com seu irmão. “Se, pois” significa que os
vs. 23-24 são baseados na realidade de que Deus irá punir qualquer desatenção
com relação às outras pessoas. É mister reconciliar-se, enquanto ainda dá tempo.
Observe que o mandamento é dado não para
quem cometeu o erro, mas para o acusado. Ele deveria ser prudente e entrar em
acordo sem demora. A sabedoria do acordo entre as partes se aplica acima de
tudo para o nosso relacionamento com Deus. Se a reconciliação com outros seres
humanos é importante, muito mais é a nossa reconciliação com Deus.
Novamente, no verso 27, a mesma sentença
que já falamos no verso 21.
Os olhos e as mãos são as partes não vitais
mais valiosas do corpo. A severidade do pedido ilustra a natureza radical da
ética de Jesus e demonstra a nossa necessidade de cirurgias radicais.
Obviamente, Jesus não estava apoiando a
automutilação; não são os olhos ou as mãos que causam luxúria, mas o coração e
a mente. O que realmente precisamos é de uma cirurgia espiritual.
Jesus continua a ensinar os seus discípulos
o verdadeiro sentido da lei que se observarmos estão relacionados aos nossos
relacionamentos com Deus, com o nosso próximo e com as coisas criadas por Deus.
Isso nos faz reportarmos a Calvino que
afirma junto com Abraham Kuyper essa questão importante dos relacionamentos.
É
interessante notarmos que Calvino dizia que há três questões básicas da vida
que necessitam ser tratadas de imediato:
1)Como uma
pessoa se relaciona com Deus.
2)Como uma
pessoa se relaciona com outras pessoas.
3)Como uma
pessoa que se relaciona com Deus e com as outras pessoas se relacionam com o
mundo criado por Deus.
Quanto
a esses relacionamentos Abraham Kuyper (1837/1920) faz a seguinte colocação em
seu livro CALVINISMO:
“Resumo dos Três Primeiros Relacionamentos:
Assim, é demonstrado que o Calvinismo tem um
ponto de partida claramente definido para as três relações fundamentais de toda
existência humana próprio: a saber, nossa relação
·com Deus,
·com o
homem
·e com o
mundo.
Para nossa relação com Deus:
uma comunhão imediata do homem com o Eterno,
independentemente do sacerdote ou igreja.
Para a relação do homem com o homem:
o reconhecimento do valor humano em cada
pessoa, que é seu em virtude de sua criação conforme a semelhança de Deus, e
portanto da igualdade de todos os homens diante de Deus e de seu magistrado.
E para nossa relação com o mundo:
o reconhecimento que no mundo inteiro a
maldição é restringida pela graça, que a vida do mundo deve ser honrada em sua
independência, e que devemos, em cada campo, descobrir os tesouros e
desenvolver as potências ocultas por Deus na natureza e na vida humana.
Isto justifica plenamente nossa declaração
de que o Calvinismo deve responder as três condições acima mencionadas, e assim
está incontestavelmente autorizado a tomar sua posição ao lado do Paganismo,
Islamismo, Romanismo e Modernismo, e a reivindicar para si a glória de possuir
um princípio bem definido e um sistema de vida abrangente.” (CALVINISMO, de
Abrahan Kuyper).
Os versos 31 e 32 falam da questão do
divórcio onde a mulher, antes, poderia ser repudiada a bel prazer, mas agora em
Cristo, as coisas eram diferentes.
Alguns têm entendido a prescrição de Jesus
contra juramentos – vs. 34 - como sendo unta proibição universal, mas o próprio
Jesus se submeteu a um juramento quando interrogado pelo sumo sacerdote
(26.63), e Paulo não estava pecando quando invocou Deus como sua testemunha em
Rm 1.9.
O próprio Deus fez um juramento para que
tenhamos mais confiança (Hb 6.17). Jesus tratou da questão de um casuísmo que
requeria um juramento específico para tornar as palavras faladas obrigatórias.
A implicação desse tipo de abordagem da
verdade é de que quando não falamos sob juramento, não podemos ser confiáveis.
Jesus disse que precisamos falar como se cada palavra que dissermos esteja
sendo dita sob juramento. Isso sim, é muito mais profundo do que o fato de
tornar uma lei “o jurar” e “o não jurar”.
Quanto aos versos 38 e 39, a intenção
original de Ex 21.24, Lv 24.20; Dt 19.21 era de que a punição deveria ser
equivalente e corresponder ao crime.
Isso excluía sancionar uma vingança
exagerada (como Lameque fez em Gn 4.23-24) ou aplicar padrões diferentes a
diferentes classes sociais.
Jesus contradisse a interpretação incorreta
que via no princípio uma autorização para a vingança pessoal.
O ferimento na face direita é ambíguo —
tanto um insulto como uma injúria. Nesse contexto, "não resistais"
aqui significa "não procure indenização no tribunal". As palavras de
Jesus podem refletir Is 50.6..
A possibilidade de um soldado romano coagir
uma pessoa da comunidade a servir como guia era muito real – vs. 41. Mesmo
quando formos compelidos por força a fazer alguma coisa para alguém, não
deveríamos resistir ao serviço, mas demonstrar a nossa liberdade ao fazer
voluntariamente mais do que nos foi ordenado.
Essa afirmação de odiar o seu inimigo não
aparece no Antigo Testamento, mas uma falsa conclusão nos ensinos escribas que
havia resultado do entendimento estreito de "vizinho" como
simplesmente "amigo judeu".
Jesus mostrou que a verdadeira intenção de
Lv 19.18 estende-se também aos próprios inimigos. Compare com Lc 10.29ss.
Mt 5:1 Vendo Jesus as multidões,
subiu ao
monte,
e,
como se assentasse,
aproximaram-se
os seus discípulos;
Mt
5:2 e ele passou a ensiná-los, dizendo:
Mt 5:3 Bem-aventurados os humildes de
espírito,
porque deles
é o reino dos céus.
Mt 5:4 Bem-aventurados os que choram,
porque serão
consolados.
Mt 5:5 Bem-aventurados os mansos,
porque
herdarão a terra.
Mt 5:6 Bem-aventurados os que têm fome e
sede de justiça,
porque serão
fartos.
Mt 5:7 Bem-aventurados os
misericordiosos,
porque
alcançarão misericórdia.
Mt 5:8 Bem-aventurados os limpos de
coração,
porque verão
a Deus.
Mt 5:9 Bem-aventurados os pacificadores,
porque serão
chamados filhos de Deus.
Mt 5:10 Bem-aventurados os perseguidos
por causa da justiça,
porque deles
é o reino dos céus.
Mt 5:11 Bem-aventurados sois quando,
por minha
causa,
vos
injuriarem,
e
vos perseguirem,
e,
mentindo,
disserem
todo mal contra vós.
Mt 5:12
Regozijai-vos
e
exultai,
porque
é grande o vosso galardão nos céus;
pois
assim perseguiram
aos
profetas que viveram antes de vós.
Mt 5:13 Vós sois o sal da terra;
ora, se o sal
vier a ser insípido,
como
lhe restaurar o sabor?
Para
nada mais presta senão para,
lançado
fora,
ser
pisado pelos homens.
Mt 5:14 Vós sois a luz do mundo.
Não se pode
esconder a cidade edificada sobre um monte;
Mt 5:15 nem
se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire,
mas
no velador,
e
alumia a todos os que se encontram na casa.
Mt 5:16 Assim
brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para
que vejam as vossas boas obras
e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Mt 5:17 Não penseis que vim revogar a
Lei ou os Profetas;
não vim para
revogar,
vim
para cumprir.
Mt 5:18 Porque em verdade vos digo:
até que o céu
e a terra passem,
nem um i ou
um til jamais passará da Lei,
até
que tudo se cumpra.
Mt 5:19 Aquele, pois, que violar um
destes mandamentos,
posto que dos
menores,
e assim
ensinar aos homens,
será
considerado mínimo no reino dos céus;
aquele,
porém, que os observar e ensinar,
esse
será considerado grande no reino dos céus.
Mt 5:20
Porque vos digo que,
se
a vossa justiça não exceder
em
muito a dos escribas e fariseus,
jamais
entrareis no reino dos céus.
Mt 5:21 Ouvistes que foi dito aos
antigos:
Não matarás;
e: Quem matar
estará sujeito a julgamento.
Mt 5:22 Eu,
porém, vos digo
que
todo aquele que [sem motivo]
se
irar contra seu irmão
estará
sujeito a julgamento;
e quem
proferir um insulto a seu irmão
estará
sujeito a julgamento do tribunal;
e quem lhe
chamar: Tolo,
estará
sujeito ao inferno de fogo.
Mt 5:23 Se,
pois, ao trazeres ao altar a tua oferta,
ali
te lembrares de que teu irmão
tem
alguma coisa contra ti,
Mt
5:24 deixa perante o altar a tua oferta,
vai primeiro
reconciliar-te com teu irmão;
e, então,
voltando, faze a tua oferta.
Mt
5:25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário,
enquanto
estás com ele a caminho,
para que o
adversário não te entregue ao juiz,
o
juiz, ao oficial de justiça,
e
sejas recolhido à prisão.
Mt 5:26 Em
verdade te digo que não sairás dali,
enquanto não
pagares o último centavo.
Mt 5:27 Ouvistes que foi dito:
Não
adulterarás.
Mt
5:28 Eu, porém, vos digo:
qualquer
que olhar para uma mulher
com
intenção impura, no coração,
já
adulterou com ela.
Mt 5:29 Se o
teu olho direito te faz tropeçar,
arranca-o
e lança-o de ti;
pois te
convém que se perca um dos teus membros,
e
não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
Mt
5:30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar,
corta-a
e lança-a de ti;
pois
te convém que se perca um dos teus membros,
e não vá todo
o teu corpo para o inferno.
Mt 5:31 Também foi dito:
Aquele que
repudiar sua mulher,
dê-lhe
carta de divórcio.
Mt
5:32 Eu, porém, vos digo:
qualquer
que repudiar sua mulher,
exceto
em caso de relações sexuais ilícitas,
a
expõe a tornar-se adúltera;
e
aquele que casar com a repudiada
comete
adultério.
Mt 5:33 Também ouvistes que foi dito aos
antigos:
Não jurarás
falso,
mas
cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
Mt
5:34 Eu, porém, vos digo:
de
modo algum jureis; nem pelo céu,
por
ser o trono de Deus;
Mt
5:35 nem pela terra,
por
ser estrado de seus pés;
nem
por Jerusalém,
por
ser cidade do grande Rei;
Mt
5:36 nem jures pela tua cabeça,
porque
não podes tornar um cabelo
branco
ou preto.
Mt
5:37 Seja, porém, a tua palavra:
Sim,
sim;
não,
não.
O que disto
passar vem do maligno.
Mt 5:38 Ouvistes que foi dito:
Olho por olho,
dente por dente.
Mt
5:39 Eu, porém, vos digo:
não
resistais ao perverso;
mas,
a qualquer que te ferir na face direita,
volta-lhe
também a outra;
Mt
5:40 e, ao que quer demandar contigo
e
tirar-te a túnica,
deixa-lhe
também a capa.
Mt
5:41 Se alguém te obrigar a andar uma milha,
vai
com ele duas.
Mt 5:42 Dá a
quem te pede
e não voltes
as costas ao que deseja
que
lhe emprestes.
Mt 5:43 Ouvistes que foi dito:
Amarás o teu
próximo e odiarás o teu inimigo.
Mt
5:44 Eu, porém, vos digo:
amai
os vossos inimigos
e
orai pelos que vos perseguem;
Mt 5:45 para
que vos torneis filhos do vosso Pai celeste,
porque ele
faz nascer o seu sol sobre maus e bons
e
vir chuvas sobre justos e injustos.
Mt 5:46
Porque, se amardes os que vos amam,
que
recompensa tendes?
Não
fazem os publicanos também o mesmo?
Mt 5:47 E, se
saudardes somente os vossos irmãos,
que
fazeis de mais?
Não
fazem os gentios também o mesmo?
Mt 5:48 Portanto,
sede vós
perfeitos
como
perfeito
é
o vosso Pai celeste.
O que está nos pedindo o Senhor? Para sermos
perfeitos! Ele nos pede para sermos perfeitos como é perfeito nosso Pai
celeste.
O padrão que Deus pede do seu povo não é
nada menos do que o caráter perfeito do próprio Deus. Isso inclui muito mais do
que simples justiça.
A perfeição de Deus inclui o amor da benevolente
graça (vs. 45). Embora a perfeição não seja possível nesta vida, ela é o
objetivo dos que se tornam filhos do Pai (cf. Fp 3.12-13).
A conclusão dessa parte de seu sermão é de
fato perfeita em todos os sentidos!
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
USE O PODER DE DEUS...
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Como usar o poder de Deus para tomar, e manter, a iniciativa na guerra
contra o mal
Wilbur N. Pickering, ThM PhD
Isaías 47.10: “*Confiaste na tua iniq...
Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
1 comentários:
Deus seja louvado! Ótimo estudo :)
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Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.