segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
segunda-feira, fevereiro 09, 2015
Jamais Desista
Jeremias 8:1-22 - OS PECADOS E JULGAMENTOS DE JUDÁ.
Estamos em nossa quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito
delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG.
Estamos no capítulo
8.
V. O
TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou a suposição geral de que o
templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão, dividimos essa série de discursos de
Jeremias em três seções: A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – concluiremos agora; B. Os pecados e
julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 -
iniciaremos agora; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
A. O
templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3.
Como já dissemos, estamos vendo ainda o principal discurso de Jeremias
sobre o templo de Salomão e Siló. Nesse discurso, Jeremias ataca a suposição
falsa de que a mera presença do templo protegeria Jerusalém dos seus inimigos.
Conforme a maldição da aliança – Dt 28:26 – o fim mais terrível que podia
ser dado a um corpo era que esse ficasse exposto ao relento sem lhe dar uma
cova. Aqui – vs. 1 - parece haver um passo além dessa situação descrita em 7.33
(2Rs 2316,18).
Ao espalhá-los-ão ao sol, à lua e ao exército do céu, o profeta usa de
uma forte ironia, pois o povo de Deus adorava esses corpos celestes (2Rs
21.3-5) apesar de eles serem apenas coisas criadas (Is 40.25-26).
E quanto aos que restaram disso, esses escolheram a morte à vida.
Jeremias encerra essa seção anunciando que seria preferível morrer a sofrer a
derrota e o exílio.
B. Os
pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26.
A partir do verso 4 até 9.26, estaremos vendo os pecados e o julgamento
de Judá.
Depois de mostrar na seção anterior que o templo não garantia proteção
contra a ira de Deus, essa parte do texto trata dos pecados de Jerusalém que
trariam sobre a cidade santa a decisão divina de destruição e exílio.
O profeta continua a refletir sobre a cidade que abrigava o templo, como
aquela que retia o engano e se recusava a voltar – vs. 5. A última esperança de
Judá contra as forças invasoras da Babilônia era uma ilusão depositada em sua
falsa confiança no templo.
O povo estava tão acostumado com os seus próprios caminhos que não
falavam o que era reto, nem se arrependiam de suas maldades e cada um seguia a
sua carreira, ou seja, cada um se "desviava" (vs. 5, melhor
tradução), descrevendo a maneira impetuosa e contínua como o povo buscava a
maldade.
No verso 7, uma expressão de admiração pelo fato de os animais e
pássaros conhecerem as suas estações e tempos, mas o povo não conhecia a
ordenança do Senhor.
O pior era que apesar de não conhecerem, se achavam sábios. O termo
"sábio" é usado aqui para designar um grupo possivelmente idêntico ao
dos "escribas" - os escribas são mencionados pela primeira vez como
um grupo que tratava da lei de Moisés (1Cr 2.55).
Os sábios são envergonhados e assim que sabedoria é essa? Existe,
evidentemente, um tipo verdadeiro de sabedoria, como o livro de Provérbios
mostra. No entanto, a sabedoria desses escribas era vazia, uma vez que não
possuíam nenhum conhecimento real da palavra do Senhor (3.13-15; Dt 4.6).
A consequência disso seria terrível e entre elas o fato de suas mulheres
serem dadas a outros. A razão disso era o seu comportamento tranquilo e descuidado,
envolvido com a avareza e a falsidade a ponto de não mais nem sentirem
vergonha.
Somando-se a isso tudo, a pregação deles era de paz, quando não havia
paz. Abominações eram cometidas e ninguém se importava, nem se envergonhavam,
por isso que haveriam de cair no tempo da visitação; seriam derribados, dizia o
Senhor.
A vide – vs. 13 - representa Judá (2.21). No entanto, a imagem também
sugere uma falta de fertilidade. A fertilidade era uma das bênçãos da aliança
que o povo atribuiu equivocadamente a outros deuses (Os 2.8-9).
Ironicamente, o que as pessoas pretendiam que se tratasse de uma reunião
para garantir a segurança delas, tornar-se-ia um ajuntamento para julgamento.
As águas venenosas, ou de fel, conforme algumas traduções, simbolizam
uma distorção frustrante das bênçãos da aliança, do mesmo modo que o povo
mostrou ser um fruto decepcionante (9.14; Is 5.4).
O povo até percebeu – vs. 14 - que seu fim seria iminente por causa da
sua situação de pecado e resolveram, ao invés de continuar assentados, se
juntarem para entrar na cidade forte para ali perecerem.
Essa situação tem seu paralelo com outra situação de Jerusalém quando
esta estava cercada por Senaqueribe com seu exército numeroso e o fim da cidade
parecia inevitável. Os habitantes dela, desesperados e certos da morte no dia
seguinte exclamaram: - “comamos e bebamos que amanhã morreremos” – Is 22:13; I
Co 15:32.
Eles esperaram pela paz, mas ela não chegou; esperaram pela cura, e em
seu lugar apenas o terror.
O Senhor estava irado com eles e lhes enviaria serpentes, basiliscos –
vs. 17 - contra os quais não haveria encantamentos. Pode-se entender essa
declaração de modo literal como um tipo de praga (cf. "água venenosa"
ou “água de fel”, conforme as traduções – vs. 14), ou de modo figurativo, como
uma referência aos inimigos.
Nos versos 18 e 19, Jeremias lamentou ao pensar no que aconteceria a
Jerusalém e seus habitantes. Oh! Se eu pudesse consolar-me! Uma frase difícil
de ser interpretada. Provavelmente significa "Sinto-me esmagado pela tristeza".
Não está o SENHOR em Sião? Não está nela o seu Rei? Esse clamor dos exilados
faz lembrar a expectativa de que a mera presença do templo protegeria os
habitantes de Jerusalém.
O templo era a habitação terrena do Senhor, o Rei de Israel. Os
opositores de Jeremias ficariam estarrecidos com a derrota de Jerusalém, pois
ela indicaria que o Rei divino havia abandonado o seu templo e não estava mais
ali.
os ossos dos reis de
Judá,
e os ossos dos seus
príncipes,
e os ossos dos
sacerdotes,
e os ossos dos
profetas,
e os ossos dos
habitantes de Jerusalém;
Jr
8:2 e serão expostos
ao
sol, e à lua, e a todo o exército do céu,
a
quem eles amaram, e a quem serviram,
e após
quem andaram, e a quem buscaram,
e a
quem adoraram;
não
serão recolhidos nem sepultados;
serão
como esterco sobre a face da terra.
Jr 8:3 E será
escolhida antes a morte do que a vida
por
todos os que restarem desta raça maligna,
que
ficarem em todos os lugares onde os lancei,
diz
o senhor dos exércitos.
Jr 8:4 Dize-lhes
mais: Assim diz o Senhor:
porventura
cairão os homens, e não se levantarão?
desviar-se-ão,
e não voltarão?
Jr 8:5 Por que,
pois, se desvia este povo de Jerusalém
com
uma apostasia contínua? ele retém o engano,
recusa-se
a voltar.
Jr 8:6 Eu escutei e
ouvi; não falam o que é reto;
ninguém
há que se arrependa da sua maldade, dizendo:
Que
fiz eu?
Cada
um se desvia na sua carreira,
como
um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
Jr 8:7 Até a cegonha
no céu conhece os seus tempos determinados;
e a
rola, a andorinha, e o grou observam
o
tempo da sua arribação;
mas o
meu povo não conhece a ordenança do Senhor.
Jr 8:8 Como pois
dizeis:
Nós
somos sábios, e a lei do Senhor está conosco?
Mas
eis que a falsa pena dos escribas
a
converteu em mentira.
Jr 8:9 Os sábios são
envergonhados, espantados e presos;
rejeitaram
a palavra do Senhor;
que
sabedoria, pois, têm eles?
Jr 8:10 Portanto
darei suas mulheres a outros,
e os
seus campos aos conquistadores;
porque
desde o menor até o maior,
cada
um deles se dá à avareza;
desde
o profeta até o sacerdote,
cada
qual usa de falsidade.
Jr 8:11 E curam a
ferida da filha de meu povo levianamente,
dizendo:
Paz, paz; quando não há paz.
Jr 8:12 Porventura
se envergonham
de terem cometido abominação?
Não; de maneira alguma se
envergonham,
nem sabem que coisa é
envergonhar-se.
Portanto
cairão entre os que caem;
e
no tempo em que eu os visitar, serão derribados,
diz
o Senhor.
Jr 8:13 Quando eu os
colheria, diz o Senhor,
já
não há uvas na vide, nem figos na figueira;
até
a folha está caída;
e
aquilo mesmo que lhes dei se foi deles.
Jr 8:14 Por que nos
assentamos ainda?
juntai-vos
e entremos nas cidades fortes, e ali pereçamos;
pois
o Senhor nosso Deus nos destinou a perecer
e
nos deu a beber água de fel;
porquanto
pecamos contra o Senhor.
Jr 8:15 Esperamos a
paz, porém não chegou bem algum;
e o
tempo da cura, e eis o terror.
Jr 8:16 Já desde Dã
se ouve o resfolegar dos seus cavalos;
a
terra toda estremece à voz dos rinchos dos seus ginetes;
porque
vêm e devoram a terra e quanto nela há,
a
cidade e os que nela habitam.
Jr 8:17 Pois eis que
envio entre vós serpentes, basiliscos,
contra
os quais não há encantamento;
e
eles vos morderão, diz o Senhor.
Jr 8:18 Oxalá que eu
pudesse consolar-me na minha tristeza!
O meu
coração desfalece dentro de mim.
Jr 8:19 Eis o clamor
da filha do meu povo,
de
toda a extensão da terra;
Não
está o Senhor em Sião?
Não
está nela o seu rei?
Por
que me provocaram a ira
com
as suas imagens esculpidas,
com
vaidades estranhas?
20 Passou a sega,
findou o verão, e nós não estamos salvos.
Jr 8:21 Estou
quebrantado pela ferida da filha do meu povo;
ando
de luto; o espanto apoderou-se de mim.
Jr 8:22 Porventura
não há bálsamo em Gileade?
ou
não se acha lá médico?
Por
que, pois, não se realizou
a
cura da filha do meu povo?
Deus os questiona da razão de suas provocações com imagens esculpidas e
com vaidades estranhas.
A conclusão óbvia no verso 20 é de que não estariam salvos. O fato é que
passou a sega, acabou o verão e eles não foram salvos. Jeremias, então,
participaria do sofrimento deles (14.2) e andaria de luto e espantado com tudo.
Gileade era conhecida pelos seus produtos medicinais (46.11) e aqui eles
perguntam do bálsamo da cura, do médico que trata das feridas. O anseio por um
médico é uma súplica pela cura que só Deus pode prover. Ele viria no tempo
certo (30.17). Que médicos são esses que não curam a ferida da filha do povo de
Deus? Seriam médicos falsos e balsamos e remédios de engano – 8:11?
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.