Estamos iniciando a décima primeira parte,
de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 21.
XI. JULGAMENTO E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS DE JUDÁ (21.1-24.10).
Veremos nesta parte que ainda que alguns
negassem a realidade, o julgamento de Judá seria inevitável. Esses capítulos
irão narrar o fim da dinastia davídica, deixando claro que a calamidade e o
exílio seriam o resultado do julgamento divino dos pecados dos reis, dos
profetas e do povo de Judá. O julgamento é enfatizado, mas o tema de esperança
de restauração futura também está presente.
Para melhor compreensão do assunto,
dividimos esta parte em três seções: A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8) – veremos agora; B. Os falsos profetas
(23.9-40); C. Uma distinção e a esperança futura (24.1-10).
A. Os governantes de Judá (21.1 - 23.8).
Na primeira parte que irá até o capítulo
23, veremos os governantes de Judá. Esses capítulos resumem o que Jeremias
tinha a dizer acerca dos últimos anos da monarquia em Judá durante o reinado de
Zedequias, antes da última Invasão babilônica e da destruição de Jerusalém em
586 a.C.
Esse material pode ser dividido em duas
seções também: (1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2); e, (2) Palavras
contrastantes de esperança quanto à continuidade da linhagem davídica depois do
exílio (23.3-8).
(1) Palavras de condenação (21.1 - 23.2).
Desde o primeiro verso até o segundo do capítulo
23, veremos a explicação do por que a linhagem real de Judá seria julgada com
tamanha severidade pelo cativeiro babilônico.
Aqui temos, como já estamos cansados de ver,
em quase todos os capítulos, que a palavra de Deus veio a Jeremias. Ela veio no
momento da visita dos enviados do rei Zedequias, Pasur, filho de Malquias e
Sofonias, filho de Maaséias, ambos sacerdotes.
O objetivo deles era uma consulta ao
Senhor. É estranho que obedecendo ao rei, Pasur e Sofonias foram consultar
alguém que sabiam ser do Senhor, mas que ao mesmo tempo preferiam o
endurecimento de seus corações.
Zedequias, cujo nome significa "o Senhor
é minha justiça", manteve uma dependência hesitante de Jeremias, mas faltava-lhe
coragem moral para obedecer às advertências do profeta. (37.3,21; 38.3,14,19,24-26).
Repare que este Pasur, não é o mesmo homem
do capítulo anterior,pois aquele era
filho do sacerdote Imer e este de Malquias - 20.1; 21:1. Também este Sofonias não
era o profeta Sofonias (19.25,29; 37.3; 52.24).
Eles foram para perguntar e buscar
orientações sobre Nabucodonosor e sua peleja contra eles. Zedequias era um
títere de Nabucodonosor (37.1) que fazia dele o que bem entendia. Será a sua
rebelião posterior que provocará o ataque impiedoso do rei babilónio. Nabucodonosor
foi rei da Babilônia de 605 a 562 a.C.
Jeremias responde da parte do Senhor à
consulta feita ao Senhor por seu intermédio. A resposta do verso 4 não é nada
boa, antes muito dura. As suas próprias armas com que se defendiam ou usavam
para atacar, elas se voltariam contra eles para os destruírem.
O Senhor mesmo diz que ele é quem irá
pelejar contra eles. A linguagem usada nas guerras santas do Senhor se volta
assustadoramente contra o seu próprio povo (Dt 4.34; 5.15; 7.19; Am 5.18).
Deus se mostra enérgico e decidido. Com
ira, com indignação e com grande furor, ele pelejaria contra eles. (Dt 29.23.
21.8). E os ferirá de forma que nem os animais seriam poupados. Entram aqui os
seus três terríveis castigos: a peste, a fome e a espada. O instrumento disso
seria a Babilônia e outros inimigos que não teriam nada de piedade a favor
deles.
No verso 8, um ato da graça de Deus aos que
obedecerem a ele. Estariam diante deles dois caminhos: o caminho da vida e o
caminho da morte. (Veja Dt 30.15,19.).
O caminho da morte e da destruição terrível
aos que escolhessem ficar e lutar. Em sua graça, Deus ofereceu vida àqueles que
abandonassem as garantias falsas que os profetas e reis mentirosos haviam dado
ao povo em Jerusalém e no seu templo.
Seriam poupados os que se decidissem se
entregar e se renderem aos Babilônios.
O Senhor tinha decidido assim, pois seu
rosto estava contra a cidade para o mal e não para o bem, por causa do que
fizeram.
Esta era a palavra que Jeremias tinha para
Zedequias e seus enviados.
Era esperado de todos os reis de Judá que
julgassem o povo com justiça, uma vez que eram corregentes do Senhor, o justo
Rei do universo (23.5; 2Sm 8.15; lRs 3.28; Sl 72.1-2). Os que se esquecem da
justiça, oprimem os povos e na ganância constroem suas vidas, estão entrando em
juízo com o dono dessas terras que não terá piedade como não tiveram ao
planejarem, intentarem e executarem suas ações malignas.
Jr 21:1 A palavra que veio a Jeremias da
parte do Senhor,
quando
o rei Zedequias lhe enviou Pasur, filho de Malquias,
e
Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, dizendo:
Jr21:2
Pergunta agora por nós ao Senhor, por que Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, guerreia contra nós;
porventura
o Senhor nos tratará segundo
todas
as suas maravilhas,
e
fará que o rei se retire de nós.
Jr 21:3 Então Jeremias lhes respondeu:
Assim
direis a Zedequias:
Jr21:4
Assim diz o Senhor, o Deus de Israel:
Eis
que virarei contra vos as armas de guerra,
que
estão nas vossas mãos, com que vós pelejais contra
o
rei de Babilônia e contra os caldeus,
que
vos estão sitiando ao redor dos muros,
e
ajuntá-los-ei no meio desta cidade.
Jr
21:5 E eu mesmo pelejarei contra vós com mão estendida,
e
com braço forte, e em ira, e em furor,
e
em grande indignação.
Jr
21:6 E ferirei os habitantes desta cidade,
tanto
os homens como os animais; de grande peste morrerão.
Jr
21:7 E depois disso, diz o Senhor, entregarei Zedequias,
rei
de Judá, e seus servos, e o povo,
e
os que desta cidade restarem
da
peste, e da espada, e da fome,
sim
entregá-los-ei na mão de Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, e na mão de seus inimigos,
e
na mão dos que procuram tirar-lhes a vida;
e
ele os passará ao fio da espada;
não
os poupará, nem se compadecerá, nem terá misericórdia.
Jr
21:8 E a este povo dirás:
Assim
diz o Senhor:
Eis
que ponho diante de vós
o
caminho da vida e o caminho da morte.
Jr
21:9 O que ficar nesta cidade há de morrer
à
espada, ou de fome, ou de peste;
mas
o que sair, e se render aos caldeus, que vos cercam,
viverá,
e terá a sua vida por despojo.
Jr
21:10 Porque pus o meu rosto contra esta cidade para mal,
e
não para bem, diz o Senhor; na mão do rei de Babilônia
se
entregará, e ele a queimará a fogo.
Jr
21:11 E à casa do rei de Judá dirás:
Ouvi
a palavra do Senhor:
Jr21:12 O casa de Davi, assim
diz o Senhor:
Executai justiça pela manhã,
e
livrai o espoliado da mão do opressor,
para
que não saia o meu furor como fogo, e se acenda,
sem
que haja quem o apague,
por
causa da maldade de vossas ações.
Jr
21:13 Eis que eu sou contra ti, ó moradora do vale,
ó
rocha da campina, diz o Senhor; contra vós que dizeis:
Quem
descerá contra nós?
ou:
Quem entrará nas nossas moradas?
Jr
21:14 E eu vos castigarei segundo o fruto das vossas ações,
diz
o Senhor;
e no seu bosque acenderei fogo
que consumirá a
tudo o que está em redor dela.
No verso 13, o Senhor adverte a moradora do
vale que ousada se achava protegida pela sua geografia. A posição
comparativamente bem fortificada de Jerusalém (protegida por vales em três
lados, ainda que exposta do lado norte) poderia gerar uma falsa sensação de
segurança (7.4).
Quem nos protege não é a segurança
reforçada, mas o Senhor. Se desprezarmos isso, seremos desprezados ainda que
classificados como segurança máxima. A confiança deles somente tinha um pé ou
dois. Seria necessário um terceiro para garantir o equilíbrio.
O castigo viria – vs. 14 - segundo o fruto
das ações deles. Apesar de serem extremamente severos, os julgamentos de Deus
que estavam prestes a sobrevir contra Judá eram merecidos. Esse é um dos temas
principais do livro de Jeremias.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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