Estamos no livro de Isaías e já estamos na
parte II. Nós nos encontramos aqui:
Parte II – A MENSAGEM DE JULGAMENTO E
RESTAURAÇÃO PREGADA POR ISAÍAS – 1:2 a 6:13. Como já falamos, esses capítulos – do 1 ao
6 - fornecem um resumo das profecias de Isaías. Ele proferiu palavras de
julgamento contra Israel e Judá, mas também forneceu a esperança de restauração
após o exílio.
Também já dividimos essa segunda parte em
três blocos:
A.Julgamento
e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) – com suas subdivisões: 1.
Demanda contra a impiedade e a injustiça (1.2-31) – já vista. 2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2.1-5) – veremos agora.
B.Julgamento
e restauração naquele dia (2.6-4.6) – com suas subdivisões: 1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2.6-22) –
também iniciaremos agora. 2. Os
lideres de Jerusalém naquele dia (3.1-15) 3. As mulheres altivas naquele dia
(3.16-4.1) 4. O Renovo do Senhor naquele dia (4.2-6)
C.Julgamento
que leva à restauração (5.1-6.13) – com suas subdivisões: 1. O cântico da vinha (5.1-7) 2. Os ais contra
o povo de Deus (5.8-30) 3. A missão de Isaías de julgamento e restauração
(6.1-13)
A. Julgamento e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) –
continuação.
Como já dissemos, a repetida preocupação
desses versículos é o julgamento contra a falta de retidão e justiça em
Jerusalém e a restauração delas na cidade após o julgamento.
2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2.1-5).
Para equilibrar a sua demanda contra a
iniquidade e a injustiça, Isaías acrescenta a garantia de um futuro glorioso
para Sião, quando a retidão e a justiça estariam não apenas presentes na
cidade, mas também transbordariam para as nações.
No capítulo primeiro, Isaías começa com a
sua visão que ele teve, falando assim de todo o livro, com seus 66 capítulos. Aqui
no capítulo segundo, Isaías novamente fala da palavra que veio a ele em visão,
mas agora destinada a Judá e Jerusalém especificamente.
Ela vai falar dos últimos dias. Embora estejamos
vivendo atualmente nos últimos dias que começaram com Cristo Jesus e também
estamos vivendo o reino de Deus anunciado pelo Senhor, muitas das coisas
anunciadas não estão tendo o seu cumprimento.
De fato, estamos no tempo do “já”, nos
últimos dias onde Cristo reina absoluto, no entanto, também estamos na fase do “ainda
não”, por isso que vivemos pela fé e não devemos recuar jamais.
O profeta falou do monte do templo pois ele
era o ponto central da capital do reino do Senhor que, um dia, seria exaltado
acima de todos os outros reinos (11.9; 65.11,25; 66.20).
O monte Sião reproduzia o reino celestial e
era um prenúncio da Jerusalém celestial, que descerá à terra quando a História
chegar à sua consumação em Cristo. O povo de Deus chega agora diretamente a
essa realidade celestial por meio do sacerdócio do Senhor Jesus nos céus (veja
Hb 9.23-24; 12.22-24), mas pela fé.
Quando Cristo retornar, a nova Jerusalém
descerá dos céus e será o centro dos novos céus e da nova terra (Ap 21.1-4). Isso
estamos aguardando há mais de 2000 anos e muitos tem se desanimado por causa da
aparente demora.
Os montes, em especial o Monte Sião, não é
exclusividade dos cristãos, pois os pagãos – vs 2 - também adoravam e continuam
a adorar seus deuses em santuários nas montanhas.
Ao descrever Sião dessa maneira, Isaías
indicava que o Deus de Israel, que é adorado no monte Sião, estabeleceria a si
mesmo aos olhos de todas as raças e nações como o único Deus vivo e verdadeiro.
Maranata!
Em Cristo muitos gentios já adoram o
Senhor, e ele será universalmente reconhecido quanto Cristo voltar. Povos de
nações gentias incentivarão uns aos outros a adorarem a Deus com coração
regenerado. A lei de Deus será observada pelo seu povo na restauração e, assim,
a justiça será estabelecida.
Além disso, no tempo da restauração, os
judeus e os gentios de todas as nações que escaparam do julgamento de Deus,
observarão essa lei juntos (veja 11.9-12; 27.13; 56.3,6-8; 65.25; 66.19-24).
Essa profecia começou a ser cumprida na
expansão do reino de Deus pelas nações gentias por meio do evangelho de Cristo
no período do Novo Testamento e alcançará a plenitude no domínio universal do
reino quando Cristo voltar.
No verso 4 diz que ele julgará e corrigirá
muitos povos e assim entendemos que o Senhor governará sobre as nações e seu
reino se estenderá por toda a terra e promoverá a paz entre as nações. Na verdade,
o Senhor já governa e reina, mas o mundo parece não reconhecê-lo e o Senhor faz
questão de se manter nessa fase como que distante de tudo isso. As nações e os
reinos da terra se sentem livres, como se fossem realmente donos de tudo e não
precisam dar satisfações a qualquer um, antes aos seus próprios deuses.
Esse governo sobre todas as nações foi o
propósito da vinda de nosso Senhor Jesus (Lc 2.14). Quando ele julgar as nações
como Rei e Senhor, em vez de os implementos agrícolas serem transformados em
armas de guerra (Jl 3:10), o governo do Senhor terminará pondo um fim
definitivo em toda guerra.
Hoje execuções de cristãos e de quem é
contra suas crenças são exibidas, ao vivo, de forma terrifica diante da
Internet e das câmeras de TV de todo mundo, como que passando um recado para
quem puder ouvir de que ali, naquele lugar, não é Deus, nem Cristo que governa,
mas as suas armas e força.
No verso 5, a luz significa bênção,
presença e revelação de Deus (9.2; 30.26; 42.6,16; 58.8,10; 60.1,3). O Senhor é
a luz na bênção e no julgamento (10.17; 45.7; 60.19-20; cf. Jo 1.4; 8.12). As
pessoas que trocam a luz de Deus pelas trevas de suas próprias mentes corrompidas
(5.20; 8.20) experimentarão o seu julgamento e viverão nas trevas da separação
de Deus (5.30; 13.10; 50.11; 59.9; cf. Jo 3.19-20).
Todos nós que estamos em Cristo de todo o
mundo sofremos hoje com tanta violência barata e tanta ignorância e adoração a
deuses estranhos. O mundo nos parece entregue a si mesmo ou ao caos.
3. Julgamento e restauração naquele dia (2.6-4.6)
Essa porção do resumo da mensagem de Isaías
consiste de oráculos reunidos pelo tema "naquele dia" (2.11,17,20;
3.7,18; 4.1-2), isto é, o "Dia do SENHOR" (13.6,9). Esse será um dia
de julgamento severo (2.6-4.1), mas também trará imensuráveis bênçãos para o
povo de Deus (4.2-6).
Bênçãos para os que são da paz e de Cristo
e dores para os que insistem teimosamente em continuarem sua vidas do seu jeito
rejeitando totalmente o conhecimento do Santo.
1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2.6-22)
Isaías faz a apresentação inicial do
julgamento do dia do Senhor declarando que Deus tratará duramente o orgulho e o
sincretismo disseminados pela terra.
Veremos nesse capítulo que Isaías:
·Reconhece,
primeiramente, a sentença de Deus contra Judá (v. 6a).
·Enumera,
depois, as acusações (vs. 6b-8).
·Anuncia,
em seguida, a sentença mais uma vez (v. 9).
·Faz,
finalmente, a ligação com uma elaborada descrição do dia do Senhor (vs. 10-22).
Como podemos observar nos versos de 6 a 8,
o sincretismo e o orgulho foram a causa da ruína deles que, consequentemente,
os levaram à sentença dos vs. 6,9.
Isaías confessa a Deus que entendia a realidade
desse julgamento por vir e além disso entendia que Deus tinha abandonado o seu
povo mesmo para que sofresse na mão de outras nações porque o povo o havia
abandonado em primeiro lugar (cf. II Cr 12:5).
Romanos 1 nos diz por que Deus nos entrega
a nós mesmos, às nossas paixões e às nossas vontades, simplesmente porque,
primeiramente o rejeitamos, o abandonamos. Como é que podemos viver assim
contra Deus?
O Senhor ordenara a Israel que evitasse
todos os tipos de influência pagã (Lv 19.26; Dt 18.10-11) e as alianças
militares com gentios ou à adoção de suas práticas religiosas, no entanto, eles
tinham se enchido da corrupção do Oriente e tinham se tornado agoureiros como
os filisteus – vs 6.
Uma dessas causas da rejeição do Senhor que
tinha contribuído para o afastamento de Judá do serviço fiel a Deus, era devido
às riquezas (prata, ouro, tesouros,
cavalos, ídolos – vs 7,8) .
O povo confiava, desta maneira, na sua
própria força (30.16; 31.1,3) em vez de confiar no Senhor (SI 20.7; 37.17;
147.10). Isaías ridiculariza a impotência dos ídolos (2.18,20; 17.7-8; 30.22;
31.7; 37.19, 40.19-20; 41.7,22-24,28-29; 42.17; 44.9-20; 45.16,20; 46.1-2,6-7;
48.5,14; 57.13) e declara o poder do Senhor (42.8-9; 44.6-8; 45.5-6,14-15,22;
46.9-10).
Não apenas Judá seria humilhada por causa
do sincretismo (fidelidade simultânea a vários deuses), mas as nações idolatras
ao redor dela também seriam abatidas.
Dos versos de 10 a 22, Deus irá trabalhar
com o orgulho e o sincretismo mencionados em 2:6-9 por meio de um severo
julgamento no dia do Senhor.
A repetição desse refrão nos vs. 10,19,21
tanto divide esse material em seções quanto o reúne numa unidade coerente. Por
meio desse julgamento, Deus será exaltado como supremo e os pecadores serão
apropriadamente humilhados pelo seu sincretismo e orgulho.
Só o Senhor será exaltado naquele dia, diz
o vs 11, o dia do Senhor. Um dia que descreve qualquer dia no futuro no qual
Deus intervirá de maneira dramática para destruir seus inimigos e para abençoar
o seu povo fiel que o aguarda.
Diante do julgamento de Deus, as pessoas
podem procurar refúgio, mas ninguém consegue realmente se esconder dele. É o
que vemos também no trecho do livro de Apocalipse que diz:
Apocalipse 6:15 E os reis da terra, e os
grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o
livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
Apocalipse 6:16 E diziam aos montes e aos
rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado
sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Apocalipse 6:17 Porque é vindo o grande dia da
sua ira; e quem poderá subsistir?
Termina o capítulo no verso 22 pedindo que
nos afastemos do homem cujo fôlego está em suas narinas – fôlego que deriva de
Deus!
Is 2:1 Palavra que viu Isaías, filho de Amós,
a
respeito de Judá e de Jerusalém.
Is
2:2 E acontecerá nos últimos dias que se firmará
o
monte da casa do SENHOR no cume dos montes,
e
se elevará por cima dos outeiros;
e
concorrerão a ele todas as nações.
Is
2:3 E irão muitos povos, e dirão:
Vinde,
subamos ao monte do SENHOR,
à
casa do Deus de Jacó, para que nos ensine
os
seus caminhos, e andemos nas suas veredas;
porque
de Sião sairá a lei,
e
de Jerusalém a palavra do SENHOR.
Is
2:4 E ele julgará entre as nações, e repreenderá a muitos povos;
e
estes converterão as suas espadas em enxadões
e
as suas lanças em foices;
uma
nação não levantará espada contra outra nação,
nem
aprenderão mais a guerrear.
Is
2:5 Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR.
Is
2:6 Mas tu desamparaste o teu povo, a casa de Jacó,
porque
se encheram dos costumes do oriente
e
são agoureiros como os filisteus;
e
associam-se com os filhos dos estrangeiros,
Is
2:7 E a sua terra está cheia de prata e ouro,
e
não têm fim os seus tesouros; também a sua terra
está
cheia de cavalos, e os seus carros não têm fim.
Is
2:8 Também a sua terra está cheia de ídolos;
inclinam-se
perante a obra das suas mãos,
diante
daquilo que fabricaram os seus dedos.
Is
2:9 E o povo se abate, e os nobres se humilham;
portanto
não lhes perdoarás.
Is
2:10 Entra nas rochas, e esconde-te no pó, do terror do SENHOR
e
da glória da sua majestade.
Is
2:11 Os olhos altivos dos homens serão abatidos,
e
a sua altivez será humilhada; e só o SENHOR
será
exaltado naquele dia.
Is
2:12 Porque o dia do SENHOR dos Exércitos será contra
todo
o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta,
para
que seja abatido;
Is
2:13 E contra todos os cedros do Líbano, altos e sublimes;
e
contra todos os carvalhos de Basã;
Is
2:14 E contra todos os montes altos, e contra todos
os
outeiros elevados;
Is
2:15 E contra toda a torre alta, e contra todo o muro fortificado;
Is
2:16 E contra todos os navios de Társis,
e
contra todas as pinturas desejáveis.
Is
2:17 E a arrogância do homem será humilhada,
e
a sua altivez se abaterá, e só o SENHOR
será
exaltado naquele dia.
Is
2:18 E todos os ídolos desaparecerão totalmente.
Is
2:19 Então os homens entrarão nas cavernas das rochas,
e
nas covas da terra, do terror do SENHOR,
e
da glória da sua majestade,
quando
ele se levantar para assombrar a terra.
Is
2:20 Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos
os
seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro,
que
fizeram para diante deles se prostrarem.
Is
2:21 E entrarão nas fendas das rochas, e nas cavernas das penhas,
por
causa do terror do SENHOR,
e
da glória da sua majestade,
quando
ele se levantar para abalar
terrivelmente
a terra.
Is
2:22 Deixai-vos do homem cujo fôlego está nas suas narinas;
pois
em que se deve ele estimar?
O homem que tem o fôlego de vida em suas
narinas pode dizer ao que o criou - não preciso de ti, sei me virar sozinho? E como
é que devemos por nossa esperança nele, no homem? A palavra nos exorta que
devemos colocar nossa esperança não no homem que tem o fôlego de vida dado pelo
Criador, mas em Deus.
A palavra de Isaías pode e deve ser
aplicada aos reis de sua época – Uzias, Jotão, Acas, Ezequias -, com certeza,
mas que ela fala conosco no dia de hoje, sem dúvidas, fala e fala muito.
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