quinta-feira, 3 de março de 2016
quinta-feira, março 03, 2016
Jamais Desista
Hebreus 8 1-13 - UMA ALIANÇA. UM SACERDÓCIO.UM MEDIADOR: JESUS CRISTO, DEUS!
Como dissemos, a epístola de Hebreus foi
escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a
fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e
superior sumo sacerdote. Estamos vendo o capítulo 8/13.
Breve
síntese do capítulo 8.
Nós temos um sumo sacerdote! Ele está assentado à destra do trono da
majestade nos céus como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo
erigido não pelos homens ou por homem algum, mas por Deus, pelo próprio Senhor!
Nós temos um sumo sacerdote! Ele, Jesus, está a interceder por nós. Eu
agora sou filho de Deus por meio de Jesus, o sumo sacerdote eterno e estou
agora diante do trono da graça!
Nós temos um sumo sacerdote! Ah se caísse a ficha e despertássemos para
a realidade que agora temos este sumo sacerdote e que não deveríamos fazer
outra coisa se não pregarmos a sua palavra de vitória, de libertação, de cura e
de salvação.
Nós
temos um sumo sacerdote! Pregador! Desperta! Anuncie a palavra do Senhor, em
nome do Senhor, crendo no Senhor como aquele que fará, inclusive, o maior dos
milagres, sinais e prodígios, a salvação do homem perdido!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. CRISTO É SUPERIOR AO MINISTÉRIO SACERDOTAL (8.1-10.18).
Cristo é superior ao culto sacerdotal e aos
sacrifícios do Antigo Testamento por causa da superioridade de sua aliança, seu
templo e seu sacrifício.
Dos vs. 8.1 ao 10.18, estaremos vendo que
Cristo é superior ao ministério sacerdotal. A superioridade de Cristo a Arão e
ao sacerdócio levítico levou o autor a fazer uma descrição completa do
incomparável ministério sacerdotal de Jesus.
Esse material se divide em quatro partes: a
superioridade da aliança no Novo Testamento (8.1-13), o tabernáculo no Novo
Testamento (9.1-10), o sacrifício no Novo Testamento (9.11-28) e o sacrifício
final de Cristo (10.1-18). Elas formarão a seguinte divisão proposta, conforme
a BEG: A. Uma aliança superior (8.1-13) –
veremos agora; B. Um tabernáculo superior (9.1-10); C. Um sacrifício
superior (9.11-28); e, D. O sacrifício de Cristo foi de uma vez para todo o
sempre (10.1-18).
A. Uma aliança superior (8.1-13).
A magnificente obra sacerdotal de Jesus é
suprema porque é colocada dentro do contexto da nova aliança.
O mais importante e o essencial é que temos
um sumo sacerdote. O autor faz uma pausa para resumir o que ele tinha dito até
aqui: Jesus é o novo sumo sacerdote da antiga ordem de Melquisedeque.
Antes de o autor explicar o que Jesus fez
nesse ofício, ele para indicar que sabe que o seu argumento é difícil, mas
importante, para que seus leitores entendam.
O atual sumo sacerdócio de Jesus sobre os
cristãos do Novo Testamento é uma continuação do sumo sacerdócio de
Melquisedeque e Davi no Antigo Testamento (5.6; 7.21).
Seu ofício como sacerdote não é totalmente
novo, mas renovado. Disso ele dá provas por ter se assentado à direita do trono
da Majestade nos céus. Toda essa seção contrasta o ministério sacerdotal de
Jesus na realidade celestial do trono de Deus com o ministério sacerdotal da
antiga aliança, que foi uma cópia terrena do trono celestial.
O templo celestial de Deus é o original a
partir do qual a tenda e o templo terreno foram copiados (vs. 5): no entanto,
eles não foram meramente copiados. Eles eram também lugares onde Deus escolheu
manifestar a sua presença gloriosa (Êx 40.34-38).
De muitas maneiras, eles eram lugares
misteriosos onde o trono celestial e o modelo terreno do trono celestial se
interceptavam (2Cr 6.1-42; Is 6.1-13). Não foi o homem quem o erigiu. Veja
9.11,24. Deus designou os santuários terrenos do tabernáculo e do templo como
lugares para estar entre o seu povo, mas aquelas estruturas foram designadas
como uma etapa para levar o povo de Deus para o estágio final da História
quando as realidades celestiais que eles esperavam seriam vistas em sua
plenitude.
Todo sumo sacerdote é constituído para
apresentar ofertas e sacrifícios, e por isso era necessário que também este
tivesse algo a oferecer – vs. 3. Jesus ofereceu a si mesmo (7.27) - seu próprio
sangue (9.12) e corpo (10.10).
De acordo com as prescrições da lei mosaica
que designou e separou a tribo de Levi como a família sacerdotal, Jesus, como
descendente de Judá, não poderia ser sacerdote (7.13).
O ministério sacerdotal de Jesus é de uma
ordem real muito superior ao temporário sistema mosaico. Trata-se de uma ordem
mais antiga, mais permanente, que teve origem nos dias de Abraão e foi
estabelecida sobre as promessas feitas a Abraão (6.17-18).
Esses sacerdotes serviam num santuário que
era cópia daquele que está nos céus, literalmente "tipo". O plano ou
o padrão do tabernáculo celestial foi revelado a Moisés, e o tabernáculo
terreno foi construído de acordo com ele (Êx 25.40) - "Tenha o cuidado de
fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte" – vs. 5.
Já o ministério de Jesus era superior, assim
como também era a aliança da qual ele é mediador. Esse mediador era um
intermediário legal que representa as duas partes e mediante o qual um novo
relacionamento é estabelecido.
Moisés é descrito como o mediador da lei
(GI 3.19-20). Crucial para a obra mediadora de Cristo foi a oferta de si mesmo
como um sacrifício expiatório pelo pecado (9.14-15; 12.24; 1Tm 2.5-6).
A nova aliança é superior porque foi feita
com um juramento a Abraão (6.17-18) e confirmada com um juramento a Davi
(7.21-22). E também ela se apoia sobre "melhores promessas" (veja
6.13-20; citado nos vs. 8-12).
O autor descreveu a aliança com Moisés no
Sinai como "primeira" em comparação com a aliança
"superior" feita com Abraão, a qual se referiu corno
"segunda". Claramente essas identificações como "primeira"
e "segunda" não são absolutas.
Afinal de contas, as alianças com Adão, Noé
e Abraão antecederam a "primeira" aliança, e a aliança com Davi
estava entre a "primeira" e a "segunda" (a BEG recomenda
aqui a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A aliança
das obras e a aliança da graça", em Gn 6).
O autor focalizou na aliança mosaica como a
"primeira" porque foi a que estabeleceu o sacerdócio crítico que
existia quando Cristo veio.
O autor se referiu à nova aliança em Cristo
como a "segunda" porque a sua ordem sacerdotal (a qual coexistia
anteriormente com o sacerdócio levítico) finalmente substituiu a primeira
aliança.
Moisés sabia que a aliança feita com ele
não seria a última (7.22), mas esse versículo sugere a existência de algum tipo
de falha. A falha, no entanto, não estava na aliança em si, mas no povo que não
conseguiu observar a mesma (veja o vs. 8).
A promessa que Deus um dia cumpriria a sua
promessa a Abraão em proporções espantosas é o tema unificador de 8.7-10.18,
onde a palavra traduzida "aliança" ocorre quatorze vezes.
Além disso, ela ocorre em três outros
lugares em Hebreus (7.22; 12.24; 13.20), o que torna a palavra
"aliança" mais comum em Hebreus do que em todo o restante do Novo
Testamento (a palavra aparece dezesseis vezes em outros lugares do Novo
Testamento).
Apesar de sua primeira aliança, Deus
encontrou o povo em falta e os repreendeu. Ou, "Deus encontrou falha no
povo"; ou, ainda, "Deus encontrou falha [ou seja, na antiga aliança]
e disse ao povo". O texto grego dessa frase é objeto de controvérsia.
A citação de Jr 31 no vs. 9 torna claro, no
entanto, que o problema que estava sendo considerado era a desobediência do
povo, o qual o sistema sacrifical da aliança mosaica não tinha competência para
resolver.
A nova aliança em Cristo, no entanto, resolve
permanentemente todos os problemas ao fazer uma expiação pelo pecado para
sempre (10.12) e pela ordenação de um sumo sacerdote que nunca morrerá (7.24).
Embora todas as bênçãos prometidas da nova
aliança não tenham sido realizadas, elas serão todas cumpridas quando Cristo
voltar (9.28).
Esse versículo 8 começa com uma longa
citação de Jr 31.31-34. Em seu contexto original, a profecia de Jeremias fala
de um tempo em que o povo exilado de Israel e Judá seria restaurado à Terra
Prometida e receberia as bênçãos da aliança de Deus em toda a plenitude.
A oferta de Jeremias de uma "nova
aliança" foi uma oferta de perdão pelas transgressões cometidas na aliança
como era administrada sob Moisés (cf. 9.15) e da restauração ao favor de Deus
sob a mesma aliança (vs. 12; Jr 31.34).
Por intermédio de Jeremias, Deus ofereceu
renovar e restaurar - não substituir - a sua aliança com o seu povo. Embora as
traduções tradicionais tenham favorecido o termo "nova", as palavras
para "nova" tanto no hebraico (Jr 31.31) como no grego (8.8) podem
ser traduzidas como "renovada" (a BEG recomenda novamente a leitura e
a reflexão de seu excelente artigo teológico, já citado acima, "A aliança
das obras e a aliança da graça", em Gn 6).
A apropriação interior da lei não é algo
exclusivo da aliança em Cristo; sempre foi o ideal para o povo de Deus (Dt
6.4-9; 30.1-6,14; SI 37.31; 40.8; 119.11). Na época de Jeremias, assim como no
século 1, muitos judeus tinham reduzido a antiga aliança a aparência apenas,
mas Jesus e seus apóstolos resistiram a isso (Mt 5.17-19).
Quando Cristo voltar, a nova aliança trará
obediência sincera à vontade de Deus; esse processo começou com a primeira
vinda de Cristo. Ela não será como a aliança que Deus fez com os nossos
antepassados quando ele os tomou pela sua mão para tirá-los do Egito. Eles não
permaneceram fiéis à sua aliança, portanto, Deus se afastou deles" – vs.
9.
A nova aliança seria diferente – veja o vs.
10. Ele iria por suas leis em suas mentes e iria escrevê-las em seus corações
para que assim ele fosse o Deus deles e eles o seu povo exclusivo.
Também ninguém mais iria ter necessidade de
ensinar sobre ele, pois todos o conhecerão – vs. 11. Sob a lei, o acesso à
presença de Deus era restrito (9.7-8).
Porém, no Novo Testamento, a presença e as
bênçãos de Deus são derramadas de modo mais integral sobre todos os tipos de
pessoas (At 2.17-21).
No entanto, essa promessa não será
completamente cumprida até o retorno de Cristo. Somente depois disso a igreja
será inteiramente composta por cristãos (a BEG recomenda dois excelentes artigos
teológicos: "O plano das eras", em Hb 7, e "A igreja visível e a
invisível", em 1 Pe 4).
Isso iria funcionar
porque ele perdoaria a maldade e não se lembraria mais dos seus pecados – vs.
12. Como todas as promessas da nova aliança, a total aplicação do perdão do
povo de Deus virá somente quando Cristo retornar e purificar a sua igreja. No
entanto, a inauguração da nova aliança nos levou um passo mais perto desse
destino. Diferente dos repetidos sacrifícios feitos pelos sacerdotes no Antigo
Testamento - repetições que eram um lembrete anual dos pecados do povo (10.3) -
a oferta de Jesus de si mesmo obteve perdão, santidade e perfeição de uma vez
por todas (10.10,13,18).
A aliança com Moisés não
é antiquada – vs. 13 - no sentido de não ter mais valor a partir da inauguração
da nova aliança. Afinal de contas, Jesus, Aquele que trouxe a nova aliança,
aceitava a antiga aliança como importante e ensinou seus discípulos a fazerem o
mesmo (a BEG recomenda que sejam vistos dois excelentes artigos teológicos:
"Os três usos da lei", em SI 119, e "A aliança das obras e a
aliança da graça", em Gn 6).
Ela é
"antiquada" no sentido de que suas instituições sacerdotais foram
substituídas pelo sacerdócio de Cristo. Como resultado, o fiel povo de Deus não
pode mais definir suas relações com Deus primordialmente nos termos da lei
mosaica.
que possuímos tal
sumo sacerdote,
que se assentou à destra
do trono da Majestade nos céus,
Hb 8:2 como
ministro do santuário
e do verdadeiro
tabernáculo que o Senhor erigiu,
não
o homem.
Hb 8:3 Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer
tanto dons como
sacrifícios;
por
isso, era necessário que também esse sumo sacerdote
tivesse
o que oferecer.
Hb 8:4 Ora, se ele estivesse na terra,
nem mesmo sacerdote
seria,
visto
existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei,
Hb
8:5 os quais ministram
em
figura
e
sombra das coisas celestes,
assim como foi Moisés divinamente instruído,
quando estava para
construir o tabernáculo;
pois
diz ele:
Vê
que faças todas as coisas
de
acordo com o modelo
que
te foi mostrado no monte.
Hb 8:6 Agora, com efeito,
obteve Jesus
ministério tanto mais excelente,
quanto
é ele também Mediador de superior aliança
instituída
com base em superiores promessas.
Hb 8:7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito,
de maneira alguma
estaria sendo buscado lugar para uma segunda.
Hb 8:8 E, de fato, repreendendo-os, diz:
Eis aí vêm dias,
diz o Senhor,
e
firmarei nova aliança
com
a casa de Israel
e
com a casa de Judá,
Hb
8:9 não segundo a aliança que fiz com seus pais,
no
dia em que os tomei pela mão,
para
os conduzir até fora da terra do Egito;
pois
eles não continuaram
na minha aliança,
e
eu não atentei para eles,
diz o Senhor.
Hb 8:10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel,
depois daqueles
dias, diz o Senhor:
na
sua mente imprimirei as minhas leis,
também
sobre o seu coração as inscreverei;
e eu
serei o seu Deus,
e
eles serão o meu povo.
Hb
8:11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo,
nem
cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece
ao Senhor;
porque
todos me conhecerão,
desde
o menor deles até ao maior.
Hb 8:12 Pois, para com as suas iniqüidades,
usarei de
misericórdia
e dos seus pecados
jamais me
lembrarei.
Hb 8:13 Quando ele diz Nova,
torna antiquada a
primeira.
Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido
está prestes a
desaparecer.
Nós temos um sumo sacerdote! Acesso completo ao Trono da Graça, mediante
o Mediador... Meu Senhor não me deixes passar desta vida sem que a sua palavra
em mim seja um martelo que esmiúça a penha.
Eu não posso morrer com um tesouro nas mãos capaz de salvar a vida de
homens! “Senhor, dá-me almas, se não eu morro!” - John Hyde, “o homem que
orava”, missionário na Índia.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel
Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.