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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Mateus 13 1-58 - AS PARÁBOLAS DE JESUS.

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje na parte IV, no capítulo 13.
IV. A NATUREZA DO REINO (11.1-13.58) - continuação.
Como já dissemos, Jesus fez uso de inúmeras parábolas para explicar que o reino já havia chegado e que todos deveriam se arrepender e permanecer fiel a ele para que pudessem entrar nesse reino.
Os caps. 11 a 13 revelam a natureza do reino. Onde ele está? O que é ele? Como ele vem? Esse registro de Mateus foi dividido em duas partes: A. Narrativa: quem era João? Quem é Jesus? (11.1 - 12.50) – já vimos e B. Sermão: parábolas do reino (13.1-58) – veremos agora.
B. Sermão: parábolas do reino (13.1-58).
Mateus 13 é o capítulo das parábolas. Jesus os ensinava por parábolas e nada dizia sem usá-las. A sua temática preferida era o reino de Deus. Ele não ficava em pé gritando e falando desesperadamente, mas sentava e da multidão conseguia obter aquele silêncio que acho que daria para escutar as batidas dos corações de todos.
O que ele falava, homem algum poderia falar. A sua fala tinha um misto de autoridade, de sabedoria e inteligência e grande profundidade. Ele alcançava os nossos corações e assim prendia o ouvinte em seu enredo.
O cap. 13 é o terceiro grande sermão em Mateus (os cinco sermões de Mateus: ético, discipulado e missão, o reino do céu, a igreja e a escatologia). Ele descreve a natureza do reino dos céus por meio do uso de parábolas. A ordem que Mateus dá às parábolas, às citações das Escrituras e às duas interpretações pode não ser, a princípio, evidente.
Conforme a BEG, um elemento notável na sequência é a alternância de materiais positivos e negativos. Muitas vezes o material positivo está intimamente relacionado ao material positivo a seguir, mas não à seção negativa interveniente, e vice-versa.
Desse modo, os vs. 3-9,18-23,31-35,44-46 formam um conjunto, assim corno os vs. 10-17,24-30,36-43,47-50. As primeiras três dessas parábolas estão relacionadas pela palavra "semente", que representa a mensagem do reino ou os seus resultados (aqueles que creem).
"Parábola" é o equivalente do hebraico mashal (cf. o vs. 35, que cita o SI 78.2). Literalmente, significa uma "comparação" (ou seja, uma figura, analogia ou dito que instrui ou comunica sabedoria ou entendimento).
A maioria das parábolas de Jesus é ilustrativa, mas elas também contêm uma ambiguidade intrínseca, de modo que somente um relacionamento verdadeiro com Jesus pode fornecer a chave para interpretações corretas.
Foi apenas para os discípulos que Jesus deu a interpretação da parábola do semeador (ss. 18-23), a qual ele havia contado anteriormente para toda a multidão (vs. 3-9). Do mesmo modo, a parábola do joio (vs. 24-30) foi explicada somente para os discípulos (vs. 36-43; cf. v. 11; 13.34-35).
Dos versos 11 ao 17, conforme ele mesmo explica, é difícil fugir da implicação de eleição divina. A habilidade para entendermos a mensagem de Deus, sem falar em responder a ela, relaciona-se à soberania de Deus. Os que têm “ouvidos para ouvir" (Dt 29.4) são abençoados por Deus.
As palavras de Jesus foram uma resposta à pergunta "Por que lhes falas por parábolas?" (v. 10). Os “segredos" do reino são aquelas verdades que foram referidas de uma maneira velada no antigo Testamento, mas que agora se tornam claras aos discípulos com a vinda verdadeira do reino.
Para aqueles que desfrutam de um relacionamento com Jesus as parábolas ressaltam entendimento e promovem uma relação mais íntima. Mas para aqueles que não têm esse tipo de relacionamento, as parábolas somente aumentam a confusão e a ignorância.
Assim, a função das parábolas é tanto esclarecer quanto velar. Esse é mais um modo no qual uma presumida “neutralidade" é quebrada. Ninguém pode ouvir a pregação do reino e não ser afetado; ninguém é capaz de ouvir o evangelho e continuar neutro com relação a Jesus.
Marcos descreve isso de modo ainda mais forte, indicando que Jesus falou em parábolas para que eles nunca pudessem ver (Mc 4.11-12). Mas o que é explícito em Marcos é implícito aqui: Jesus falou por meio de parábolas para cumprir Is 6.9.
Mateus prossegue com as seguintes palavras: "Para não suceder que vejam com os olhos... se convertam e sejam por mim curados" (v. 15).
Jesus utilizou parábolas para impedir a salvação dos réprobos, daqueles que Deus não escolheu para a salvação. Assim como no contexto de Isaías, a soberania de Deus em endurecer seus corações não nega que tais pessoas são, ao mesmo tempo, diretamente responsáveis pela sua dureza de coração - exatamente o contrário - mas indica que o endurecimento intencional dos corações também faz parte do propósito de Deus.
Observe que em Is 6.10, que Mateus cita, a ênfase não está no endurecimento dos corações pelas próprias pessoas, mas no endurecimento do coração dos servos de Deus pela sua pregação: "Toma insensível o coração deste povo" (ênfase acrescentada).
Repito o que antes já falei do efeito duplo na pregação. Para os que creem, salvação; para os que não creem, juízo e condenação.
É mesmo, como dizia, que tínhamos olhos para ver, mas não víamos e ouvidos para ouvir, mas não ouvíamos; ou, vendo, não veem e ouvindo, não ouvem. A parábola parecia ter esse efeito de alcançar nosso subconsciente de forma que víamos e ouvíamos, mas ...
Sabem por quê? O coração do povo estava em outro lugar e de mau grado ouviam. O problema ainda era a incredulidade, pois além de falar, este também fazia coisas espetaculares.
Podemos, pelo exposto pela BEG e comentado por nós, dizer que Deus é injusto e que criou seres apenas para destiná-los à perdição eterna, uma vez que não serão salvos? Eu vou mais longe: podemos acusar a justiça de injustiça? Ridículo! O fato é que eu não entendo ainda certas coisas e querer explicá-las torna tudo ainda mais confuso.
Para mim, Deus fará justiça, de forma que os que forem lançados no lago de fogo e enxofre juntamente com o diabo e seus anjos são porque tanto escolheram, como foram endurecidos. Já os que, ao final, morarão eternamente com o Senhor, tanto escolheram esse caminho e aceitaram a mensagem de salvação, como Deus os escolhera desde antes da fundação do mundo.
A justiça fará justiça e não injustiças. Como? Não sei, Deus, o Justo, o sabe.
A primeira parábola desse capítulo é a parábola do semeador que saiu a semear e que enquanto semeava partes das sementes iam caindo em quatro tipos de terrenos, dos quais apenas em um deles ela vingou e produziu fruto a contento.
Essa parábola interessante foi falada a todos, mas somente aos seus discípulos Jesus deu entendimento e explicou em detalhes. Os seus discípulos tinham ficado intrigados com o fato de o Senhor lhes falar somente por parábolas e Jesus explicou a eles o porquê, conforme já vimos acima.
Nessa parábola podemos notar onde as sementes caíram e o que aconteceu com elas:



A que foi semeada (caiu) à beira do caminho são aqueles que ouvem a palavra do reino, mas não a compreendem. Nisso vem o maligno para justamente evitar que ela possa nascer de alguma forma.
A que foi semeada (caiu também) em solo rochoso, nas pedras, é o que ouve, a recebe com alegria, mas não tem raiz em si mesmo e quando chega a perseguição e a angústia por causa da palavra, logo se escandaliza.
A que foi semeada (caiu também) entre os espinhos representa aquele que ouve a palavra, mas a preocupação desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera. A riqueza parece ser, e realmente é, uma bênção de Deus. Porém, trata-se de uma bênção perigosa se ela cativar o nosso coração. Eu costumo dizer que ela pode entrar em meus bolsos para eu administrá-las, porém não em meu coração.
A que foi semeada (de fato e de verdade semeada) em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a compreende. Somente ouvir e compreender a palavra (a obediência estando implícita) resulta no fruto. Observe que há vários tipos de hipócritas - pessoas que pensam que recebem a palavra, mas a abandonam para evitar serem desprezadas pelo mundo, ou que perdem o seu comprometimento ao procurarem pelas riquezas terrenas.
Do mesmo modo, existem diferentes níveis quanto a dar frutos. Mas há somente dois tipos de solo: aquele que recebe a palavra para dar frutos e aquele que não faz isso.
Depois da parábola do semeador e a sua explicação do porque somente falava em parábolas, ele, nos versos de 24-30, lhes conta da parábola do joio e do trigo e novamente, Jesus forneceu a interpretação dessa parábola nos vs. de 36-43.
O campo é o mundo inteiro, não somente Israel ou a igreja, e Deus não permite o julgamento imediato em consideração aos seus eleitos que estão no mundo. Os justos têm vivido no meio dos injustos desde o início.
Um exemplo forte disso foi Judas que viveu junto com Jesus e os discípulos por três anos e meio.
Ele falava a linguagem deles, conhecia cada um, andava com a bolsa do dinheiro, roubava, enganava, traia, comia e ceiava com eles, beijava, abraçava, mas no fim, somente no fim, foi separado deles.
Essa parábola do joio e do trigo nos faz pensar nos públicos existentes no mundo. Somente há dois tipos de pessoas, as que estão com Deus e as que estão com o diabo. As que estão com Deus, são trigo e serão colhidas para o seu celeiro. As que estão com o diabo, são o joio e habitarão no lago de fogo e enxofre com o diabo e seus anjos.
A pregação gera a fé, mas não no joio, mas sim no trigo. A mesma pregação que gera a fé, leva o juízo, mas não para o trigo e sim para o joio.
E assim continuou o Senhor a falar por parábolas e nada falava a não ser por elas.
Agora o reino dos céus era comparado a um grão de mostarda. As coisas de Deus podem parecer pequenas no mundo, mas produzem grandes resultados.
Certamente o reino do céu nesse momento parecia insignificante em comparação com a poderosa Roma, mas ele foi e é inerentemente muito maior do que Roma sempre foi.
Na Galileia, a planta da mostarda pode crescer a uma altura de 3m. A imagem de uma árvore com ninhos de passarinhos nos seus galhos relembra Ez 17.23; 31.6, passagens nas quais os pássaros representam as nações dos gentios encontrando refúgio no Messias e alegrando-se com as bênçãos da aliança.
Também o reino dos céus foi comparado ao fermento. Embora o fermento ou o levedo seja muitas vezes um símbolo do mal (cf. 16.11), a questão aqui é que o reino permeia o mundo.
Nessas duas imagens, assim como na parábola anterior do trigo e do joio, nós vemos a preocupação de Jesus se estendendo além de Israel para o mundo todo. Essas imagens também encorajam os discípulos a não desprezarem "o dia dos humildes" (Zc 4.10).
As parábolas – vs. 34, 35 - tanto revelam como escondem. A citação no vs. 35 é de Sl 78.2, no qual as "parábolas" ou "coisas escondidas" são um recital da historia da redenção de Deus do seu povo que alcança o seu clímax na nomeação de Davi como seu pastor.
Os acontecimentos redentores estavam "escondidos", mas o significado deles não era óbvio. O salmista esclareceu o seu significado, especialmente ao focalizar a misericórdia continua de Deus apesar da rebelião de Israel.
A História também aponta para alguma coisa que ainda estava encoberta: a esperança por um outro "Davi". Assim como o salmista revelou o significado dos atos redentores de Deus por meio de comparações, assim também fez Jesus.
Jesus cumpriu SI 78 da mesma maneira que ele cumpriu Os 11.1 (2.15). A história de Israel obtém o seu significado último da história de Jesus.
Depois de pregar por parábolas, Jesus foi para casa e lá foi indagado pelos seus acerca da parábola do joio. Jesus admirou-se que não tinham entendido, mesmo assim, pacientemente, a explicou em detalhes.
O julgamento final não será somente uma separação dos justos e dos injustos, mas também uma separação da impiedade dos piedosos. Observe que o Filho do Homem enviará seus anjos - Jesus, de modo inequívoco, assume a prerrogativa divina.
No final, os justos resplandecerão como o sol. Uma alusão a Dn 12.3, uma grandiosa promessa acerca da futura ressurreição.
Jesus revelou as coisas encobertas do reino por meio de parábolas (vs. 35), mas a maioria das pessoas não via essas coisas como preciosas, de modo que não conseguiram entender o que tinha sido revelado. Como o homem que encontra um tesouro ou a pérola mais preciosa, aqueles que compreenderem o valor do reino, sacrificarão tudo para obtê-lo (cf. Fp 3.8).
Na sequência, ainda lhes falou, depois, das parábolas do tesouro escondido, da pérola, da rede e finalmente, das coisas novas e velhas. Aqueles que fossem bem instruídos quanto ao Reino dos Céus seriam como o dono de uma casa que tiraria do seu tesouro coisas novas e velhas. Ou como um homem versado no reino dos céus. Uma tradução melhor talvez fosse, "tomou-se um discípulo no reino do céu". Uma vez que essa afirmação segue imediatamente a pergunta de Jesus aos discípulos, "Entendestes todas estas coisas?" (v. 51), a implicação é que os discípulos se tornariam mestres e, como anfitriões hospitaleiros, compartilhariam com outros o "tesouro" que eles haviam encontrado. Eles haviam entendido tanto a antiga história redentora como os novos atos redentores que marcavam a presença do reino.
Concluindo Jesus as suas parábolas, saiu dali – vs. 53. Com frequência Jesus repreendia os escribas (cf. 23.13ss.), não por causa do trabalho deles de ensinar a verdade sobre Deus, mas por causa da hipocrisia deles.
Eles se admiraram da sabedoria e da forma como falava Jesus e perguntavam entre si se não era ele aquele o filho do marceneiro ou carpinteiro. A palavra traduzida "carpinteiro" é, na verdade, o termo mais comum "construtor". José pode ter sido um pedreiro. Também falavam de Maria, sua mãe e de seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas.
É muito estranho que ali, em sua terra natal, ali mesmo se escandalizaram dele. Razão essa que fez com que ali Jesus não realizasse muitos milagres.
Jesus fez poucos milagres em Nazaré, não porque ele precisava da fé das pessoas para dar a ele o poder, mas porque milagres sem fé são contraproducentes. Jesus não fazia milagres para fazer com que as pessoas tivessem fé, mas para direcioná-las e confirmá-las.
Mt 13:1 Naquele mesmo dia,
saindo Jesus de casa,
assentou-se à beira-mar;
Mt 13:2 e grandes multidões se reuniram perto dele,
de modo que entrou num barco
e se assentou;
e toda a multidão estava em pé na praia.
Mt 13:3 E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia:
Eis que o semeador saiu a semear.
Mt 13:4 E, ao semear,
uma parte caiu à beira do caminho,
e, vindo as aves, a comeram.
Mt 13:5 Outra parte caiu em solo rochoso,
onde a terra era pouca,
e logo nasceu, visto não ser profunda a terra.
Mt 13:6 Saindo, porém, o sol, a queimou;
e, porque não tinha raiz, secou-se.
Mt 13:7 Outra caiu entre os espinhos,
e os espinhos cresceram
e a sufocaram.
Mt 13:8 Outra, enfim, caiu em boa terra
e deu fruto:
a cem, a sessenta e a trinta por um.
Mt 13:9 Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça.
Mt 13:10 Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram:
Por que lhes falas por parábolas?
Mt 13:11 Ao que respondeu:
Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus,
mas àqueles não lhes é isso concedido.
Mt 13:12 Pois ao que tem se lhe dará,
e terá em abundância;
mas, ao que não tem,
até o que tem lhe será tirado.
Mt 13:13 Por isso, lhes falo por parábolas;
porque, vendo,
não vêem;
e, ouvindo,
não ouvem,
nem entendem.
Mt 13:14 De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías:
Ouvireis com os ouvidos
e de nenhum modo entendereis;
vereis com os olhos
e de nenhum modo percebereis.
Mt 13:15 Porque o coração deste povo está endurecido,
de mau grado ouviram com os ouvidos
e fecharam os olhos;
para não suceder
que vejam com os olhos,
ouçam com os ouvidos,
entendam com o coração,
se convertam
e sejam por mim curados.
Mt 13:16 Bem-aventurados,
porém, os vossos olhos,
porque vêem;
e os vossos ouvidos,
porque ouvem.
Mt 13:17 Pois em verdade vos digo
que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes
e não viram;
e ouvir o que ouvis
e não ouviram.
Mt 13:18 Atendei vós, pois, à parábola do semeador.
Mt 13:19 A todos os que ouvem a palavra do reino
e não a compreendem,
vem o maligno e arrebata
o que lhes foi semeado no coração.
Este é o que foi semeado à beira do caminho.
Mt 13:20 O que foi semeado em solo rochoso,
esse é o que ouve a palavra
e a recebe logo, com alegria;
Mt 13:21 mas não tem raiz em si mesmo,
sendo, antes, de pouca duração;
em lhe chegando a angústia
ou a perseguição por causa da palavra,
logo se escandaliza.
Mt 13:22 O que foi semeado entre os espinhos
é o que ouve a palavra,
porém os cuidados do mundo
e a fascinação das riquezas
sufocam a palavra,
e fica infrutífera.
Mt 13:23 Mas o que foi semeado em boa terra
é o que ouve a palavra
e a compreende;
este frutifica e produz
a cem,
a sessenta
e a trinta por um.
Mt 13:24 Outra parábola lhes propôs, dizendo:
O reino dos céus é semelhante a um homem
que semeou boa semente no seu campo;
Mt 13:25 mas, enquanto os homens dormiam,
veio o inimigo dele,
semeou o joio no meio do trigo
e retirou-se.
Mt 13:26 E, quando a erva cresceu
e produziu fruto,
apareceu também o joio.
Mt 13:27 Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram:
Senhor, não semeaste boa semente no teu campo?
Donde vem, pois, o joio?
Mt 13:28 Ele, porém, lhes respondeu:
Um inimigo fez isso.
Mas os servos lhe perguntaram:
Queres que vamos e arranquemos o joio?
Mt 13:29 Não!
Replicou ele,
para que, ao separar o joio,
não arranqueis também com ele o trigo.
Mt 13:30 Deixai-os crescer juntos até à colheita,
e, no tempo da colheita,
direi aos ceifeiros:
ajuntai primeiro o joio,
atai-o em feixes para ser queimado;
mas o trigo,
recolhei-o no meu celeiro.
Mt 13:31 Outra parábola lhes propôs, dizendo:
O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda,
que um homem tomou e plantou no seu campo;
Mt 13:32 o qual é, na verdade,
a menor de todas as sementes,
e, crescida,
é maior do que as hortaliças,
e se faz árvore,
de modo que as aves do céu
vêm aninhar-se nos seus ramos.
Mt 13:33 Disse-lhes outra parábola:
O reino dos céus é semelhante ao fermento
que uma mulher tomou
e escondeu em três medidas de farinha,
até ficar tudo levedado.
Mt 13:34 Todas estas coisas disse Jesus
às multidões por parábolas
e sem parábolas nada lhes dizia;
Mt 13:35 para que se cumprisse
o que foi dito por intermédio do profeta:
Abrirei em parábolas a minha boca;
publicarei coisas ocultas
desde a criação [do mundo].
Mt 13:36 Então, despedindo as multidões,
foi Jesus para casa.
E, chegando-se a ele os seus discípulos, disseram:
Explica-nos a parábola do joio do campo.
Mt 13:37 E ele respondeu:
O que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
Mt 13:38 o campo é o mundo;
a boa semente são os filhos do reino;
o joio são os filhos do maligno;
Mt 13:39 o inimigo que o semeou é o diabo;
a ceifa é a consumação do século,
e os ceifeiros são os anjos.
Mt 13:40 Pois, assim como o joio
é colhido e lançado ao fogo,
assim será na consumação do século.
Mt 13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos,
que ajuntarão do seu reino
todos os escândalos
e os que praticam a iniqüidade
Mt 13:42 e os lançarão na fornalha acesa;
ali haverá choro e ranger de dentes.
Mt 13:43 Então, os justos
resplandecerão como o sol,
no reino de seu Pai.
Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça.
Mt 13:44 O reino dos céus
é semelhante a um tesouro oculto no campo,
o qual certo homem,
tendo-o achado,
escondeu.
E, transbordante de alegria,
vai,
vende tudo o que tem
e compra aquele campo.
Mt 13:45 O reino dos céus
é também semelhante
a um que negocia
e procura boas pérolas;
Mt 13:46 e, tendo achado uma pérola de grande valor,
vende tudo o que possui
e a compra.
Mt 13:47 O reino dos céus
é ainda semelhante a uma rede
que, lançada ao mar,
recolhe peixes de toda espécie.
Mt 13:48 E, quando já está cheia,
os pescadores arrastam-na para a praia
e, assentados,
escolhem os bons para os cestos
e os ruins deitam fora.
Mt 13:49 Assim será na consumação do século:
sairão os anjos,
e separarão os maus dentre os justos,
Mt 13:50 e os lançarão na fornalha acesa;
ali haverá choro e ranger de dentes.
Mt 13:51 Entendestes todas estas coisas?
Responderam-lhe: Sim!
Mt 13:52 Então, lhes disse:
Por isso, todo escriba versado no reino dos céus
é semelhante a um pai de família
que tira do seu depósito
coisas novas
e coisas velhas.
Mt 13:53 Tendo Jesus proferido estas parábolas,
retirou-se dali.
Mt 13:54 E, chegando à sua terra,
ensinava-os na sinagoga,
de tal sorte que se maravilhavam e diziam:
Donde lhe vêm esta sabedoria
e estes poderes miraculosos?
Mt 13:55 Não é este o filho do carpinteiro?
Não se chama sua mãe Maria,
e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas?
Mt 13:56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs?
Donde lhe vem, pois, tudo isto?
Mt 13:57 E escandalizavam-se nele.
Jesus, porém, lhes disse:
Não há profeta sem honra,
senão na sua terra
e na sua casa.
Mt 13:58 E não fez ali muitos milagres,
por causa da incredulidade deles.
Maldita incredulidade! Oh, amados, cuidemos para que nossos corações não entrem por este caminho de trevas e de enganos e de dúvidas. Sabemos que ela está à porta quando quer nos assaltar, mas, em nome de Jesus, expulsemo-la.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.