quinta-feira, 9 de julho de 2015
quinta-feira, julho 09, 2015
Jamais Desista
Naum 3 1-19 - A DESTRUIÇÃO COMPLETA DOS ASSÍRIOS - COLHERAM O QUE SEMEARAM!
Estamos concluindo o livro de Naum que é
apresentado como profeta de Deus, e Nínive, como o objeto de sua mensagem de
severo julgamento. Veremos agora o último capítulo e a última parte, em
continuação.
V. A ZOMBARIA DA
CONDENADA NÍNIVE (2.11-3.19) - continuação.
Como dissemos, Naum
zombou da condenada Nínive. Estamos vendo, portanto, até o verso 9, a zombaria
da condenada Nínive.
Estamos dando continuidade à divisão
proposta pela BEG, conforme estamos seguindo: A.
Sarcasmo contra Nínive, o leão (2.11-13) – já
vista; B. O "ai" sobre Nínive, uma cidade destruída (3.1-7) – veremos agora; C. Sarcasmo contra
Nínive, uma cidade como Tebas (3.8-17) –
veremos agora; e, D. Aplausos para Nínive, uma cidade fatalmente ferida
(3.18-19) – veremos agora.
B. O "ai"
sobre Nínive, uma cidade destruída (3.1-7).
O capítulo começa com um "ai"
sobre Nínive, uma cidade destruída.
Naum pronunciou um "ai" sobre a
capital assíria, zombando de Nínive, pois a sua glória em breve seria derrubada
pelos babilônicos. O pronunciamento consistiu de:
·
Uma
acusação (v. 1).
·
O
julgamento (vs. 2-3).
·
Uma
acusação (v. 4).
·
O
julgamento (vs. 5-7).
Uma acusação (v. 1).
Como já vimos anteriormente, um “ai” introduz
uma terrível ameaça.
Nesse caso direcionado à cidade
sanguinária. A acusação enfatiza a crueldade impiedosa da qual os assírios se
gabavam abertamente em seus registros oficiais.
Isaías também acusou Jerusalém de maneira
semelhante (Is 1.15).
A cidade estava cheia de mentiras e de
rapina, além do roubo. Diplomacia enganadora caracterizava os acordos
internacionais dos ninivitas (Is 36.16-17) que em sua cobiça insaciável, os
assírios constantemente faziam mais e mais vítimas roubando e saqueando tudo
quanto fosse possível.
O julgamento.
Nos versos 2 e 3, Naum descreveu a
destruição de Nínive com um dos mais vívidos retratos de uma cena de batalha no
Antigo Testamento.
Conforme a BEG, o ritmo de staccato (um
tipo de articulação que na música resulta em notas muito curtas), a economia de
palavras e os detalhes repulsivos criam uma imagem dos exércitos assírios
reduzindo populações inteiras a "massa de cadáveres" (v. 3).
Uma acusação.
O profeta retornou à acusação ou razão para
o julgamento. Era por causa da multidão dos pecados da meretriz mui graciosa,
da mestre de feitiçarias. Ela acabou vendendo as nações com as suas fornicações
e as famílias pelas suas feitiçarias.
A imagem muda e Nínive é comparada a uma
bela e sedutora "prostituta", que escraviza "povos" e
"gentes".
Jerusalém também foi descrita corno urna
prostituta devido à sua infidelidade ao Senhor (Ez 16; 23; Os 1). A guerra, o
comércio e o serviço aos deuses estavam intimamente relacionados no mundo
antigo.
Naum apresentou uma caracterização irônica
da religião pagã de Nínive (Is 47.11-15; cf. Ap 17.5).
O julgamento.
O Senhor, por causa disso estaria contra
ela – vs. 5. A profecia retorna ao julgamento apropriado para a acusação
anterior.
O Senhor iria levantar as abas de saia dela
para expor a todos a sua vergonha. Faz referência à humilhação pública com a
qual as prostitutas eram punidas e com a qual as mulheres de comunidades que
quebraram a aliança eram ameaçadas em inscrições fora da Bíblia (veja Is
47.2-3).
Por causa de seus pecados, continua o
Senhor dizendo que lançaria sobre ela coisas abomináveis e iria envergonhá-la e
coloca-la como espetáculo.
A imagem da prostituta permanece. Ela seria
feita objeto de desprezo e um exemplo para desencorajar conduta semelhante por
parte de outras pessoas.
A consequência disso seria que todos que a
vissem fugiriam dela e diriam que Nínive estava destruída. A visão seria tão
terrível que nem aquele que lamenta e nem o consolador fariam o que era
esperado deles.
C. Sarcasmo contra
Nínive, uma cidade como Tebas (3.8-17).
Dos versos 8 ao 17, veremos o sarcasmo
contra Nínive, uma cidade como Tebas.
O julgamento de Nínive não poderia ser
evitado, do mesmo modo que a força de Tebas não havia protegido essa fortaleza
egípcia contra a Assíria. Nínive compartilharia o mesmo destino da magnífica
Tebas.
Com certeza, ela não seria melhor do que a cidade
de Nô-Amom. Ou, "Tebas". "Nô-Amom" (hebraico) significa
"a cidade de (deus) Amom".
Essa antiga e magnífica metrópole do Alto
Egito foi conquistada pelos assírios em 663 a.C., apesar de sua posição
estratégica no Nilo, com uma defesa natural de águas dos fossos e canais como
muralhas. Conforme a BEG, a menção da derrota de Tebas posiciona o ministério
de Naum após 663 a.C.
Tebas tinha à sua disposição recursos
naturais e fortes aliados políticos (Etiópia, Egito, Pute – de localização
incerta – e a Líbia), mas estes de nada adiantaram.
No entanto, de nada adiantaram e os seus conquistadores
não mostraram misericórdia para com as crianças – despedaçadas nas entradas de
todas as ruas - e trataram de maneira agressiva os nobres e outros homens
notáveis. Ela foi toda levada para o desterro
A aflição dela seria enorme e tentaria se
esconder e se fortalecer por causa de seu inimigo cruel. Ela estaria toda embriagada,
provavelmente se refere ao cálice da ira do Senhor, do qual todos os que o
desafiam são forçados a beber (Is 51.17-23).
Em seu sofrimento, Nínive tentaria se
esconder e procurar refúgio, mas apenas o Senhor pode prover porto seguro em
tempos difíceis (1.7). Comparado a ele, o mais poderoso é fraco e vulnerável
(vs. 12-17).
As suas fortalezas agora eram comparadas as
figueiras com figos temporãos que caem facilmente com uma sacudidela. Essa
imagem enfatiza tanto a conveniência quanto o fácil acesso às fortalezas
normalmente impenetráveis.
O povo, que deveria ser forte e estar
defendendo a cidade varonilmente, era como as mulheres e as suas portas, que
deveriam estar fechadas impedindo a entrada de quem quer que fosse, estavam
abertas aos seus inimigos – vs. 13.
Em face do inimigo que se aproximava, todas
as tropas assírias eram como mulheres - não treinadas e, portanto, ineficientes
para a guerra. Todas as barreiras para inibir o progresso do inimigo - como
portões e barras - haviam sido eliminadas.
Esforços frenéticos seriam feitos para
"fortifica(r)... fortalezas" e preparar-se para um longo período de
cerco. Os imperativos são irônicos, e os vs. 14-17 refletem o humor de uma
canção de zombaria.
Mesmo os esforços mais vigorosos para
evitar a invasão de nada serviriam. A cidade e o seu povo sucumbiriam ao fogo e
à espada.
Ainda que seus negociantes se
multiplicassem mais do que as estrelas dos céus, a locusta se espalharia e
voaria – vs. 16. Naum se referiu às extensivas atividades comerciais da Assíria
que haviam trazido riqueza para Nínive. Sob pressão externa, o egoísmo desses
comerciantes se tornaria claro. Eles seriam como os gafanhotos que aqui simbolizavam
aqueles que agarrariam qualquer coisa que pudessem e desapareceriam.
Comparados também com os gafanhotos eram os
seus príncipes e chefes. Esses dois termos são muito incomuns no hebraico e
podem até mesmo ser palavras emprestadas do assírio.
Elas provavelmente representam importantes
oficiais do governo do vasto império, os quais correriam em busca de segurança
quando a situação ficasse Perigosa, o que contribuiria para a situação precária
da cidade.
No momento de perigo, as riquezas. O poder
e a organização falhariam miseravelmente e cada um sairia fugindo dali levando
o que conseguissem, sem qualquer compromisso com nada, apenas com si mesmo.
D. Aplausos para
Nínive, uma cidade fatalmente ferida (3.18-19).
Finalizando o capítulo e o livro, os versos
18 e 19 concluem com salvas e aplausos irônicos para Nínive, uma cidade
fatalmente ferida.
A finalização do julgamento divino do
opressor cruel levaria ao regozijo entre todas as nações oprimidas pela
Assíria. Esses versículos formam uma conclusão apropriada para a zombaria de
Nínive presente nessa seção.
Os seus pastores dormirão e os seus
ilustres repousarão fazendo com que o povo se espalhe pelos montes sem ninguém
que possa ajuntá-los e conduzi-los. Está aqui uma metáfora bem conhecida para
indicar aqueles que governam, aqui ela indica os oficiais subordinados do rei
assírio. Eles dormitam e o povo se espalha
são eufemismos para se referir à morte.
Na 3:1 Ai da
cidade ensangüentada!
Ela está toda cheia de mentiras e de rapina!
da presa não há fim!
Na 3:2 Eis o estrépito do açoite,
e o estrondo das rodas,
os cavalos que curveteiam
e os carros que saltam;
Na 3:3 o cavaleiro que monta,
a espada rutilante,
a lança reluzente,
a, multidão de mortos,
o montão de cadáveres,
e defuntos inumeráveis;
tropeçam nos cadáveres;
Na 3:4 tudo isso por causa
da multidão dos adultérios,
da meretriz formosa,
da mestra das feitiçarias,
que vende nações por seus deleites,
e famílias pelas suas feitiçarias.
Na 3:5 Eis que eu estou contra ti, diz o Senhor dos
exércitos;
e levantarei as tuas fraldas sobre a tua face;
e às nações mostrarei a tua nudez,
e seus reinos a tua vergonha.
Na 3:6 Lançarei sobre ti imundícias
e te tratarei com desprezo,
e te porei como espetáculo.
Na 3:7 E há de ser todos os que te virem fugirão de
ti, e dirão:
Nínive esta destruída; quem terá compaixão dela?
Donde te buscarei consoladores?
Na 3:8 És tu melhor do que Tebas, que se sentava à
beira do Nilo,
cercada de águas, tendo por baluarte o mar,
e as águas por muralha,
Na 3:9 Etiópia e Egito eram a sua força, que era
inesgotável;
Pute e Líbia eram teus aliados.
Na 3:10 Todavia ela foi levada, foi para o cativeiro;
também os seus pequeninos foram despedaçados nas
entradas
de todas as ruas, e sobre os seus nobres
lançaram sortes,
e todos os seus grandes foram presos em grilhões.
Na 3:11 Tu também serás embriagada,
e ficarás escondida;
e buscarás um refúgio do inimigo.
Na 3:12 Todas as tuas fortalezas
serão como figueiras com figos temporãos;
sendo eles sacudidos,
caem na boca do que os há de comer.
Na 3:13 Eis que as tuas tropas no meio de ti são como
mulheres;
as portas da tua terra estão de todo abertas
aos teus inimigos;
o fogo consome os teus ferrolhos.
Na 3:14 Tira água para o tempo do cerco;
reforça as tuas fortalezas; entra no lodo,
pisa o barro, pega na forma para os tijolos.
Na 3:15 O fogo ali te consumirá;
a espada te exterminará;
ela te devorará como a locusta.
Multiplica-te como a locusta,
multiplica-te como o gafanhoto.
Na 3:16 Multiplicaste os teus negociantes
mais do que as estrelas do céu;
a locusta estende as asas e sai voando.
Na 3:17 Os teus príncipes são como os gafanhotos,
e os teus chefes como enxames de gafanhotos,
que se acampam nas sebes nos dias de frio;
em subindo o sol voam,
e não se sabe o lugar em que estão.
Na 3:18 Os teus pastores dormitam, ó rei da Assíria;
os teus nobres dormem,
o teu povo está espalhado pelos montes,
sem que haja quem o ajunte.
Na 3:19 Não há cura para a tua ferida;
a tua chaga é grave.
Todos os que ouvirem a tua fama
baterão as palmas sobre ti;
porque, sobre quem não tem passado
continuamente a tua malícia?
A imagem do pastor é transferida para
incluir a imagem do povo como rebanho, ou seja, refere-se às tropas (vs. 13) ou
à população em geral que, com a derrota e perda dos seus líderes, estavam
"dispersas".
A "ferida" incurável e a
"chaga" fatal de Nínive seriam recebidas com aplausos de todos, menos
pelos assírios.
O Deus zeloso e vingador de Israel
finalmente colocaria um fim à "crueldade sem fim" e à maldade que
haviam causado sofrimento por toda parte.
A visão de Naum teve o seu cumprimento
inicial em 612 a.C., mas ela aguarda o seu cumprimento final na segunda vinda
de nosso Senhor Jesus Cristo. Maranata!
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.