sábado, 22 de agosto de 2015
sábado, agosto 22, 2015
Jamais Desista
Mateus 18.1-35 - O GRANDE SEGREDO DO PERDÃO.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos
concluindo hoje a parte V, veremos o capítulo 18.
V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1-18.35) - continuação.
Como já dissemos, os milagres de Jesus
demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos testemunharam a sua
supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus insistiu que a vida sob
o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A maior preocupação dos caps. 14-18 é a
autoridade no reino. Eles foram divididos em duas seções: A. Narrativa: o
caráter e a autoridade de Jesus (14.1-17.27) – já vista e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja (18.1-35)
– concluiremos agora.
B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja (18.1-35).
Veremos nesse capítulo um sermão que fala
do caráter e da autoridade da igreja. O cap. 18 é o quarto dos cinco grandes
sermões em Mateus (ético, discipulado e missão, o reino do céu, a igreja e a
escatologia). O material nesse capítulo tem a ver, em grande parte, com a
maneira como o povo do reino de Cristo deveria se relacionar uns com os outros
- em humildade, perdão e cuidado mútuo.
Quem é o maior no reino dos céus? Como
pregou Paul Washer na Conferência Fiel 2012 se dirigindo aos pregadores, disse:
não queiram ser famosos; não queiram ser reconhecidos; não queiram ser maiores,
nem melhores, mas seja o alvo de vocês a santidade, o amor, a justiça,
honestidade, integridade, etc...
Deixe com Deus o crescer ou não, o ser o
maior ou não, o ser importante ou não, o ser reconhecido ou não. Assim, Jesus
fez com seus discípulos ao chamar para junto de si uma criança e ao colocá-la
no meio deles para exemplo de inocência e dependência e não de malícias ou
interesses. Não porque supostamente as crianças sejam inocentes, mas, mais
principalmente, porque elas são dependentes e não fingem ser de outra maneira.
Uma vez que os discípulos de Jesus estavam
para se tomar "como crianças" (vs. 3), o termo veio a fim de representá-los.
Uma reação aos discípulos de Jesus é uma reação ao próprio Jesus e levar um discípulo
a pecar é uma casa terrível (v. 6).
Observe, nesse trecho de 5 ao 7, o caráter
definitivo da soberania divina, principalmente quando ele diz que seria inevitável
que isso venha a acontecer, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo, ou seja,
aqui deve ser observada também a questão da realidade da responsabilidade
humana. Não é bom enfatizar uma e negar a outra.
Aqui no verso 10, Jesus deixa clara a ideia
dos anjos guardando as crianças. As Escrituras nos ensinam que os anjos guardam
o povo de Deus e ministram a eles (SI 34.7; 91.11; Hb 1.14; Ap 1.20).
Depois fala da ovelha perdida e das 99 e
como se alegrou o dono delas ao encontrar a que havia se perdido. Ou seja, é a
história do Deus imanente que se importa, que cuida, que se interessa, não
apenas pelo conjunto de suas ovelhas, mas por cada uma em especial.
O cuidado por uma não se dá à custa das
noventa e nove, mas indica o comprometimento de Deus com cada discípulo e seu especial
cuidado por alguém que está extraviado ou em perigo.
Deus elege, procura e preserva não somente
a sua igreja como um todo, mas também cada pessoa que faz parte desse corpo. É
provável que Ez 34.11-16 esteja por trás dessa parábola. Compare também com
9.36.
O procedimento de três estágios nos vs. 15
ao 17 para lidarmos com um irmão pego em pecado está no cerne de toda
disciplina da igreja, sejam as palavras "contra ti" originais ou não
(alguns manuscritos não as trazem).
O objetivo é produzir arrependimento e, ao
mesmo tempo, manter mínimo o conhecimento do público com relação ao pecado. Não
se trata de espalhar para o público em geral.
O fato era que se um irmão pecasse contra alguém,
deveria este ir a ele a sós, mostrar-lhe o erro. Se ele ouvisse, ter-se-ia
ganho o irmão, mas se ele não ouvisse, dever-se-ia levar consigo mais um ou
dois outros, de modo que ‘qualquer acusação seja confirmada pelo depoimento de
duas ou três testemunhas’. Se ainda não ouvisse, ter-se-ia de contar a igreja e
se ele se recusasse a ouvir a igreja, ai sim, era para considerá-lo como pagão
ou publicano.
Conforme a BEG, pode parecer anacrônico
aqui, mas somente se o conceito de “Igreja" for separado do seu
ancoradouro no Antigo Testamento. A "assembleia" (qahal) do povo de Deus foi traduzida no
Antigo Testamento grego (a Septuaginta) como ekkIesia, ou "igreja".
O fato de Jesus ter usado Dt 19.15 (Uma só testemunha contra alguém não se
levantará por qualquer iniquidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o
pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas,
se estabelecerá o fato.) demonstra que ele considera a sua igreja como da
mesma natureza de Israel do Antigo Testamento.
O fato de considerar o infrator rebelde
como gentio e publicado, significa excluir essa pessoa da adoração comunitária
e suspender seus relacionamentos sociais com outros cristãos fora do contexto
de adoração. Paulo aplicou essa disciplina em 1Co 5; 1Tm 1.20.
Mateus 18:18,19,20 fala do que ligamos na
terra também é ligado no céu e que qualquer coisa que pedirmos ao Pai seremos
atendidos porque onde dois ou três estiverem reunidos, ali estará o Senhor
Jesus.
Os vs. 19-20 deveriam ser considerados no
contexto que trata da disciplina da igreja. O vs.19 é uma aplicação adicional do
vs. 18, e o vs. 20 diz que Jesus está presente para validar a atividade
judicial da igreja.
Foi nesse momento que Pedro ficou curioso
com relação à questão do perdão e qual seria a regra áurea sobre isso. Percebe-se
que o segredo do perdão é perdoar, pois se não perdoarmos, não seremos
perdoados, então para sermos perdoados e necessitamos desse perdão, devemos
primeiramente perdoar nossos ofensores.
A regra do perdão mostra que devemos
perdoar um irmão não apenas sete vezes no máximo ao dia, mas 70 x 7, ou seja,
temos de ter uma atitude, uma pré-disposição mental propícia ao perdão sempre.
Para demonstrar isso, Jesus conta aos seus discípulos
mais uma parábola – vs. 23-35, compare com 5.7; 7.2.
Aqueles que conhecem a misericórdia de Deus
precisam viver de acordo com o princípio de misericórdia. Se eles não mostram
misericórdia, mas insistirem na justiça, receberão justiça em vez de
misericórdia.
Não devemos minimizar a seriedade dessa
questão. Um coração que não perdoa é um coração que está sujeito ao tormento
"até que [seu devedor] lhe [pague] toda a sua dívida" (vs. 34), o que
no caso de cada ser humano, equivale a para sempre. Um coração verdadeiramente
perdoador é o fruto da regeneração.
aproximaram-se
de Jesus os discípulos, perguntando:
Quem
é, porventura, o maior no reino dos céus?
Mt 18:2 E Jesus, chamando uma criança,
colocou-a no
meio deles. Mt 18:3 E disse:
Em
verdade vos digo que,
se
não vos converterdes
e
não vos tornardes como crianças,
de
modo algum entrareis no reino dos céus.
Mt 18:4 Portanto,
aquele que se
humilhar como esta criança,
esse
é o maior no reino dos céus.
Mt 18:5 E
quem receber uma criança,
tal
como esta,
em
meu nome,
a
mim me recebe.
Mt 18:6
Qualquer, porém, que fizer tropeçar
a
um destes pequeninos que crêem em mim,
melhor
lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço
uma
grande pedra de moinho,
e
fosse afogado na profundeza do mar.
Mt 18:7 Ai do mundo,
por causa dos
escândalos;
porque
é inevitável que venham escândalos,
mas
ai do homem pelo qual vem o escândalo!
Mt 18:8 Portanto,
se a tua mão
ou o teu pé te faz tropeçar,
corta-o
e
lança-o fora de ti;
melhor
é entrares na vida manco ou aleijado
do
que, tendo duas mãos ou dois pés,
seres
lançado no fogo eterno.
Mt 18:9 Se um
dos teus olhos te faz tropeçar,
arranca-o
e
lança-o fora de ti;
melhor
é entrares na vida com um só dos teus olhos
do
que, tendo dois,
seres
lançado no inferno de fogo.
Mt 18:10 Vede,
não
desprezeis a qualquer destes pequeninos;
porque
eu vos afirmo que os seus anjos nos céus
vêem
incessantemente a face de meu Pai celeste.
Mt 18:11
[Porque o Filho do Homem
veio
salvar o que estava perdido.]
Mt 18:12 Que vos parece?
Se um homem
tiver cem ovelhas,
e uma delas
se extraviar,
não
deixará ele nos montes as noventa e nove,
indo
procurar a que se extraviou?
Mt 18:13 E,
se porventura a encontra, em verdade vos digo
que
maior prazer sentirá por causa desta
do
que pelas noventa e nove que não se extraviaram.
Mt 18:14
Assim, pois,
não
é da vontade de vosso Pai celeste
que
pereça um só destes pequeninos.
Mt 18:15 Se
teu irmão pecar [contra ti],
vai
argüi-lo
entre
ti
e
ele só.
Se ele te
ouvir,
ganhaste
a teu irmão.
Mt 18:16 Se,
porém, não te ouvir,
toma
ainda contigo uma ou duas pessoas, para que,
pelo
depoimento de duas ou três testemunhas,
toda
palavra se estabeleça.
Mt 18:17 E,
se ele não os atender,
dize-o
à igreja;
e,
se recusar ouvir também a igreja,
considera-o
como gentio e publicano.
Mt 18:18 Em verdade vos digo
que tudo o
que ligardes na terra
terá
sido ligado nos céus,
e tudo o que
desligardes na terra
terá
sido desligado nos céus.
Mt 18:19 Em verdade também vos digo
que, se dois
dentre vós, sobre a terra,
concordarem
a respeito de qualquer coisa
que,
porventura, pedirem,
ser-lhes-á
concedida por meu Pai,
que
está nos céus.
Mt 18:20 Porque,
onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome,
ali
estou no meio deles.
Mt 18:21 Então, Pedro, aproximando-se,
lhe perguntou:
Senhor, até
quantas vezes meu irmão pecará contra mim,
que
eu lhe perdoe?
Até
sete vezes?
Mt 18:22 Respondeu-lhe Jesus:
Não te digo
que até sete vezes,
mas
até setenta vezes sete.
Mt 18:23 Por isso,
o reino dos
céus é semelhante a um rei
que
resolveu ajustar contas com os seus servos.
Mt
18:24 E, passando a fazê-lo,
trouxeram-lhe
um que lhe devia dez mil talentos.
Mt
18:25 Não tendo ele, porém, com que pagar,
ordenou
o senhor que fosse vendido
ele,
a mulher, os filhos e tudo quanto possuía
e
que a dívida fosse paga.
Mt
18:26 Então, o servo,
prostrando-se
reverente, rogou:
Sê
paciente comigo,
e
tudo te pagarei.
Mt
18:27 E o senhor daquele servo,
compadecendo-se,
mandou-o embora
e
perdoou-lhe a dívida.
Mt
18:28 Saindo, porém, aquele servo,
encontrou
um dos seus conservos
que
lhe devia cem denários;
e,
agarrando-o, o sufocava, dizendo:
Paga-me
o que me deves.
Mt
18:29 Então, o seu conservo,
caindo-lhe
aos pés, lhe implorava:
Sê
paciente comigo,
e
te pagarei.
Mt
18:30 Ele, entretanto, não quis;
antes,
indo-se,
o
lançou na prisão,
até
que saldasse a dívida.
Mt
18:31 Vendo os seus companheiros
o
que se havia passado,
entristeceram-se
muito
e
foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera.
Mt
18:32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse:
Servo
malvado,
perdoei-te
aquela dívida toda porque me suplicaste;
Mt 18:33 não
devias tu, igualmente,
compadecer-te
do teu conservo,
como também
eu me compadeci de ti?
Mt
18:34 E, indignando-se, o seu senhor
o
entregou aos verdugos,
até
que lhe pagasse toda a dívida.
Mt
18:35 Assim também meu Pai celeste
vos
fará,
se
do íntimo
não
perdoardes
cada
um a seu irmão.
Ainda há a lição sobre o perdão que deve
ser incondicional em nossos corações. Nossa disposição deve ser de perdoar
sempre e assim também sempre estaremos sendo perdoados e renovados na fé, amor
e esperança.
O segredo do perdão é perdoar; da
misericórdia, é ser misericordioso; da graça, é ser gracioso.
...
0 comentários:
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.