A terceira epístola de
João foi escrita para incentivar o serviço ao próximo, especialmente a
hospitalidade àqueles que ministram o evangelho. Há somente um capítulo.
Breve
síntese do capítulo único de III João.
João escreve mais uma epístola e desta vez para incentivar o serviço ao
próximo, especialmente a hospitalidade àqueles que ministram o evangelho.
Iremos encontrar nesta carta de apenas 15 versos:
Que os cristãos que são fiéis em
demonstrar bondade aos outros devem ser elogiados.
Que praticar a hospitalidade, especialmente
para os ministros do evangelho, é um grande privilégio e uma
responsabilidade do cristão.
Que os líderes cristãos devem
estimar-se e apoiar-se mutualmente, e não temer nem maltratar uns aos
outros.
I. SAUDAÇÃO E CUMPRIMENTO (1-2).
João saudou seu querido amigo Gaio e
expressou desejo de que ele estivesse bem. João começou a carta com uma
saudação típica, desejando aos destinatários as bênçãos de Deus.
O autor novamente se identificou como
"o presbítero" (como em 2Jo 1), provavelmente como uma referência à
sua idade. Ele endereçou a epístola ao amado Gaio, presbítero também.
João tinha profunda afeição por Gaio, o
principal destinatário dessa carta, e chamou-o de "amado" por quatro
vezes (veja vs. 1,2,5,11). João também descreveu os membros do seu próprio
grupo como "amigos" de Gaio (vs. 14).
Esses vínculos de companheirismo cristão
fazem um nítido contraste com as ações de Diótrefes (vs. 9-10).
João não prometeu a Gaio que ele teria boa
saúde e sucesso – vs. 2 -, pelo contrário, simplesmente disse a ele que orava
pelo seu bem-estar como qualquer bom amigo faria.
A saúde e a prosperidade não são garantidas
para os cristãos antes do retorno de Cristo em glória. Obviamente que sempre a
buscaremos, seja por meio de médicos, como pela oração ou pelo cultivo ainda de
hábitos bem saudáveis.
II. ELOGIOS À HOSPITALIDADE (3-10).
João elogiou Gaio pela hospitalidade
demonstrada aos missionários no passado e condenou Diótrefes por maltratar os
companheiros cristãos. João afirma ter se alegrado quando pode ver pelos irmãos
que testificaram da verdade de que Gaio andava na verdade. A verdade em João
muitas vezes é o sinônimo de caminho.
João, como dissemos, elogiou Gaio pela sua
hospitalidade em relação aos missionários. Ele contrastou o cristão ideal com
as ações de Diótrefes. Esse material se divide em palavras positivas com
respeito a Gaio (3-8) e de condenação a Diótrefes (9-10). Elas formaram a
seguinte divisão proposta, conforme a BEG, que veremos agora: A. Encorajamento
positivo (3-8) e B. Contraste negativo (9-10).
A. Encorajamento positivo (3-8).
Até esse momento, Gaio havia sido fiel
quanto a cuidar dos missionários cristãos.
O verbo "testemunhar" – vs. 3 - tem
conotações de controvérsia legal (indicando a seriedade das questões do ponto
de vista de João) e da alegre proclamação do evangelho (indicando que a vida
exemplar de Gaio era uma consequência da salvação efetuada por Deus em Cristo).
O verbo é usado nesse mesmo sentido nos vs. 6,12.
João muito se alegrava em que seus filhos
andassem na verdade. João se referia aos cristãos sob seu cuidado como seus
filhos, o que ele fez catorze vezes em 1João e três vezes em 2João. Quando eles
procediam de modo correto, ele lhes mostrava sentimentos e orgulho paternais.
João elogiou Gaio por receber com hospitalidade
os mestres cristãos viajantes. A obrigação de acolher e encorajar aqueles que
proclamam o verdadeiro evangelho de lugar em lugar, e a alegria que vem ao
fazer isso, coloca-se em contraste com a necessidade de evitar receber aqueles
que proclamam o falso evangelho (1Jo 4.1-3; 2Jo 10-11).
Os que proclamam a verdadeira mensagem
cristã e os que os incentivam e os auxiliam colaboram em servir à verdade. Essa
visão da hospitalidade vem da ética cristã mais ampla de demonstrar amor às
outras pessoas, como João enfatizou em suas outras epístolas.
João no vs. 7 estava provavelmente se
referindo de modo metafórico aos incrédulos, aqueles que não faziam parte da
igreja.
A igreja primitiva consistia tanto de
pessoas de origem judaica quanto de gentios.
Aqui, a linguagem de João sugere que a
comunidade cristã via a si mesma como o verdadeiro remanescente de Israel em
distinção aos pagãos, aqueles de fora da comunidade cristã.
B. Contraste negativo (9-10).
A cooperação e o amor que deveriam ser o
sinal característico dos cristãos tinham sido quebrados pelo comportamento de
Diótrefes.
Diótrefes era um líder que abusava do
ofício que ocupava. Evidentemente, Diótrefes considerava os outros mestres
cristãos como ameaças, em vez de cooperadores; seu ponto de vista egoísta fazia
com ele mandasse embora os evangelistas viajantes e excomungasse aqueles que os
recebessem.
A presença pessoal do apóstolo era uma
extensão da presença de Cristo, tanto para encorajamento quanto para
advertência (2Co 13.1-3,10).
III. EXORTAÇÃO À HOSPITALIDADE (11-12).
João exortou Gaio a demonstrar maior
integridade. Embora Gaio tivesse tratado bem os missionários no passado, João
sentia a necessidade de exortá-lo a continuar a fazer isso.
Embora esse princípio entre a prática do
bem e do mal tenha ampla aplicação, o principal objetivo de João era que Gaio e
outros não imitassem Diótrefes quanto ao tratamento maligno dos missionários,
mas seguissem o que eles haviam aprendido como sendo o correto.
O corpo da carta termina com uma recomendação
de Demétrio, o portador da carta, como um cristão fiel.
Essa recomendação pelo nome, como a
colocação do nome do destinatário, era necessário para assegurar que a carta
não fosse nem ocultada e nem usada de maneira incorreta por aqueles que, como
Diótrefes, queriam romper a unidade da congregação (vs. 9).
Demétrio pode ter sido um mestre viajante
ou um membro fiel da congregação.
Repare que há uma grande predominância nos
escritos de João com relação à verdade. Ele a usa de diversas maneiras,
principalmente, para falar de Cristo e do caminho.
IV. CONCLUSÃO E DESPEDIDA (13-14).
João expressou o desejo de ver Gaio e
concluiu com uma saudação final. João abstém-se de escrever mais na esperança
de visitá-los pessoalmente, e envia saudações daqueles que estavam com ele.
O desejo normal de João por companheirismo
pessoal (2Jo 12) era intensificado pela necessidade de restaurar a paz dentro
da comunidade dos cristãos.
Até que João chegasse, Gaio foi exortado a
saudar pelo menos aqueles que estavam dispostos a aceitar o zelo de João.
João pediu que Gaio cumprimentasse todos
seus amigos pessoalmente em seu nome.
III Jo 1:1 O presbítero
ao amado Gaio,
a quem eu amo na verdade.
III Jo 1:2 Amado, acima de tudo,
faço votos por tua prosperidade e saúde,
assim como é próspera a tua
alma.
III Jo 1:3 Pois fiquei sobremodo alegre
pela vinda de irmãos
e pelo seu testemunho da tua verdade,
como tu andas na verdade.
III Jo 1:4 Não tenho maior alegria do que esta,
a de ouvir que meus filhos andam na verdade.
III Jo 1:5 Amado,
procedes fielmente naquilo que praticas para com os
irmãos,
e isto fazes mesmo quando
são estrangeiros,
III Jo 1:6 os quais,
perante a igreja,
deram testemunho do teu
amor.
Bem farás encaminhando-os em sua jornada
por modo digno de Deus;
III Jo 1:7 pois por causa
do Nome foi que saíram,
nada recebendo dos gentios.
III Jo 1:8 Portanto, devemos acolher esses irmãos,
para nos tornarmos cooperadores da verdade.
III Jo 1:9 Escrevi alguma coisa à igreja;
mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia
entre eles,
não nos dá acolhida.
III Jo 1:10 Por isso, se eu for aí,
far-lhe-ei lembradas as
obras que ele pratica,
proferindo contra nós
palavras maliciosas.
E, não satisfeito com estas coisas,
nem ele mesmo acolhe os irmãos,
como impede os que querem recebê-los
e os expulsa da igreja.
III Jo 1:11 Amado, não imites o que é mau,
senão o que é bom.
Aquele que pratica o bem
procede de Deus;
aquele que pratica o mal
jamais viu a Deus.
III Jo 1:12 Quanto a Demétrio,
todos lhe dão testemunho,
até a própria verdade,
e nós também damos
testemunho;
e sabes que o nosso
testemunho é verdadeiro.
III Jo 1:13 Muitas coisas tinha que te escrever;
todavia, não quis fazê-lo com tinta e pena,
III Jo 1:14 pois, em breve,
espero ver-te.
Então, conversaremos de
viva voz.
III Jo 1:15 A paz seja contigo.
Os amigos te saúdam.
Saúda os amigos, nome por nome.
Amados não escolhemos os problemas que enfrentaremos, mas escolhemos
como iremos ou não glorificarmos a Deus neles. E você o quem feito no meio do
problema?
Eu não preciso de ser lembrado de que não estou com nada, nem que não sou
nada, mas um amigo verdadeiro estenderá as suas mãos, me ajudará a atravessar o
problema e me dirá: - vá sempre em frente, avance e jamais desista!
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