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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Isaías 28:1-29 - A INVASÃO DE SENAQUERIBE - ISAÍAS PREGA A PALAVRA DE DEUS.

Estamos no capítulo 28/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
C. A invasão de Senaqueribe – 28:1 a 38:8.
Chegamos a uma parte interessante que é a  que vai dos capítulos de 28:1 até 39.8 que falará da invasão de Senaqueribe que Paulo estudando-a fez uma excelente aplicação no capítulo 15 de I Coríntios ao falar e explicar sobre a ressurreição tanto de Cristo como a nossa, no futuro  - aleluias, em breve haveremos de ressuscitar, bem assim todos os nossos entes queridos que em Cristo foram primeiro que nós! Essa é a terceira parte do ministério de Isaías durante o julgamento assírio (7:1 - 39.8) que se refere à invasão de Judá por Senaqueribe.
Dividiremos esses capítulos em duas partes principais: A. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28.1-35.10) e B. A invasão e seus desdobramentos (36.1-39.8).
A. Os oráculos do profeta relacionados a Ezequias (28.1-35.10).
Vejamos primeiramente nesses capítulos os oráculos acerca dessa invasão promovida por Senaqueribe que oportunizou ao profeta muita coisa a dizer especialmente importantes para Judá e o rei Ezequias.
Essa compilação de oráculos apresenta três temas principais, ao qual estaremos dividindo para melhor compreensão e apresentação do texto de nossas reflexões: 1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15; 2. O problema do Egito (30:1 – 32:20), com dois ais 30.1; 31.1; e 3. O futuro da Assíria e de Jerusalém (33:1 – 35:10), com um ai 33.1.
1. Uma comparação entre Samaria e Jerusalém (28:1 – 29:24) com três ais 28.1; 29.1; 29.15;
Isaías chama a atenção para as semelhanças entre Samaria e Jerusalém. Essa divisão “1” será também dividida para melhor compreensão em 4 partes: (1) Um ai contra Samaria (28.1-13);  (2) Uma lição a ser aprendida por Jerusalém (28.14-29);  (3) Dois ais contra Jerusalém (29.1-16); e (4) Uma palavra de esperança (29.17-24).
(1) Um ai contra Samaria (28.1-13). 
Dos seis ais deste oráculo relacionados a Ezequias (28.1-35.10), este é o primeiro ai contra Samaria – vs 1 ao 13. Essas palavras podem ter sido ditas primeiramente em associação à queda da cidade em 722 a.C. ou podem ser a reflexão posterior do profeta sobre o acontecimento, como uma tragédia no passado. Aqui elas são usadas como a base de uma lição para Judá (28:14-29).
A arrogância humana em Samaria colocava-se em oposição à majestade do Senhor (26:10). O primeiro ai é contra a coroa de soberba dos bêbados, onde a coroa representa um símbolo de realeza (como no vs. 5; Ez 21.31) ou da divindade (2Sm 12.30) e aqui aliadas a soberba e ao álcool se refere a Samaria e sua liderança depravada.
A Assíria no vs 2 é comparada a um vento forte, uma tempestade de saraiva ou de impetuosas águas (7:2; 17:13; 28:17; 29:6; 30:30; 32:19; 57:13) que pisará aos pés a coroa de soberba dos bêbados de Efraim.
Os figos de junho eram aprazíveis porque prenunciavam a colheita de setembro (Os 9:10; Mq 7:1; Na 3:12), no entanto Efraim, com todo o seu potencial, seria exilado e o fruto do seu trabalho seria aproveitado pelos assírios.
Enquanto Efraim tinha uma coroa de soberba dos bêbados, no verso 5 o Senhor dos Exércitos é que seria por coroa gloriosa e por diadema formoso para os remanescentes. A destruição seria devastadora, porém um remanescente sobreviveria. Essa minoria justa seria abençoada, apesar do julgamento de Deus.
Além disso seria por espírito de juízo para se assentar e julgar e mais ainda por fortaleza (32.15; 44.3-5; 59.21; 61.1) para os que fariam recuar a peleja até à porta. O espírito de justiça prevaleceria na era da restauração, sob o governo do Messias, após o exílio (11:1-5; 42:1-4).
O sacerdote e o profeta, os líderes do povo de Deus, por causa do vinho e da bebida forte estavam desencaminhados e envolvidos com sensualidade, tinham o coração duro e eram sarcásticos (29:9-14; Sf 3:4).
Os líderes, desacreditados e de coração duro, estavam falando contra Isaías. A referência aos desmamados e aos seios maternos era uma alusão a crianças pequenas (11:8; Sl 131:2), por isso se dizia que seria sobre eles preceito sobre preceito e regra sobre regra, como se fosse uma rima infantil ou uma imitação dos profetas. Isso também demonstra a dureza do coração que levou à destruição do Reino do Norte, uma vez que não entendem a simples palavra de Deus por meio de suas mensagens, mas preferem dos homens as regras, os mandamentos, os preceitos e um pouco ali e outro pouco acolá.
Nos versos de 11 e 12, ele fala de uma língua estranha. Os assírios se tornariam os mestres de Israel devido à falha deste em permanecer fiel (33:19). Paulo usou esse fato  para explicar o propósito do falar em línguas no Novo Testamento (I Co 14.21).
O descanso e o refrigério é oferecido aos israelitas na Terra Prometida, mas eles se recusaram a servir ao Senhor com fidelidade. Também resta um descanso ao povo de Deus que o escritor de Hebreus explorou ao falar do sábado do Senhor, como aquele descanso que nos resta entrar por ele, isto é, por meio de Jesus Cristo, o Senhor do sábado. No entanto somente é possível entrar nele pela fé e por mais nenhum outro caminho. Os israelitas se recusaram a servir ao Senhor, como dissemos a pouco, com fidelidade, e nós, devemos estar atentos a não entrarmos no mesmo erro, desprezando a fé.
A palavra do Senhor viria a Israel por meio da disciplina de estrangeiros com lábios gaguejantes, os quais ensinariam princípios morais e éticos a Israel. Que vergonha para uma nação que recebera de Deus os mandamentos, por isso que seria novamente mandamento sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,  regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali.  Isaías lançou os insultos dos líderes religiosos de volta a eles e eles cairiam para trás, se quebrantariam e se enlaçariam em prisões. O efeito da palavra de Deus seria o endurecimento (6:9-10).
Há duas consequências para a pregação: 1. A geração da fé pelo ouvir a palavra de Deus. 2. O endurecimento de coração por causa da rejeição da palavra pregada que não pode alcançar o coração para gerar nele a fé.
(2) Uma lição a ser aprendida por Jerusalém (28.14-29).
Dos versos de 14 a 29 uma lição para Jerusalém. Isaías se volta para Jerusalém para explicar o significado da queda de Samaria.
O profeta prega a palavra de Deus e conclama a todos para ouvirem. Isaías extraiu lições para Jerusalém a partir da experiência da Samaria. Os homens escarnecedores, que dominavam sobre o povo eram aqueles líderes que rejeitavam essa pregação de Isaías e os ímpios que optaram por não crer na verdade de Deus (Pv 1:22; 29:8).
Judá se aliou ao Egito com o propósito de permanecer independente, mas a sua escolha se mostraria mortal. A confiança deles não tinha base firme (4.6). Eles esperavam escapar do dilúvio do açoite – vs 15 - vindo pelas mãos dos assírios, mas sua confiança e base eram firmadas na falsidade, na mentira e em alianças erradas com povos errados e, pior, não levando em conta o Senhor que teria poder sobre todas as coisas.
A pedra assentada em Sião era uma pedra aprovada, preciosa, firme, fundada e que aquele que nela cresse não seria de modo algum envergonhado. Nos evangelhos, nas epístolas paulinas e não paulinas vemos essa ideia presente de Jesus como a pedra angular de Isaías 28.
Lucas 20:17 Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular?
Atos 4:11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.
Efésios 2:20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;
I Pedro 2:6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.
I Pedro 2:7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular
O firme fundamento do trono davídico era outro e eles estavam enganados. De fato, ele foi realizado de modo definitivo em Cristo Jesus (Sl 118:22; Rm 9:33; 10:11; I Co 3:11; Ef 2:20; I Pe 2:4-8). O trono de Davi é a esperança do povo de Deus.
No entanto, o juízo viria pela linha e a justiça pelo prumo, isto é, tão certo e preciso que não haveria saída. O exército assírio pisaria Israel várias vezes, oferecendo a todos um espetáculo de puro terror. O julgamento divino estava chegando a Jerusalém. O povo de Deus não estaria pronto para enfrentar a Assíria.
No passado, Deus havia afligido os filisteus (II Sm 5:20) e os cananeus as 10:11 nesses lugares e agora o próprio povo que estava ali para expulsar aqueles povos dali. Tudo pronto e preparado por Deus, mas agora seriam eles que sofreriam as consequências da desobediência ao Senhor. Dessa vez o Senhor se voltaria contra o seu próprio povo.  
Os líderes de Jerusalém zombavam da ideia de que sua cidade poderia ser destruída como fora Samaria. A confiança deles não tinha fundamento algum.
Dos versos de 23 ao 29, há uma analogia com o proceder do lavrador sábio que Deus o tinha instruído. O fato de Deus ainda não ter destruído Judá era uma questão do tempo de Deus.
Ele pede para que se inclinem os ouvidos e ouçam o chamado da sabedoria (1:2; Pv 1:8; 4:1; 5:1) por que Deus ensina e instrui acerca do que se há de fazer – “O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.” – vs 26.
Is 28:1 Ai da coroa de soberba dos bêbados de Efraim,
                cujo glorioso ornamento é como a flor que cai,
                               que está sobre a cabeça do fértil vale dos vencidos do vinho.
                Is 28:2 Eis que o Senhor tem um forte e poderoso;
                               como tempestade de saraiva, tormenta destruidora,
                                               e como tempestade de impetuosas águas
                                                               que transbordam, ele, com a mão,
                                                                              derrubará por terra.
                Is 28:3 A coroa de soberba dos bêbados de Efraim
                               será pisada aos pés.
                Is 28:4 E a flor caída do seu glorioso ornamento,
                               que está sobre a cabeça do fértil vale, será como o fruto
                                               temporão antes do verão, que, vendo-o alguém,
                                                               e tendo-o ainda na mão, o engole.
                Is 28:5 Naquele dia o SENHOR dos Exércitos será por coroa gloriosa,
                               e por diadema formosa, para os restantes de seu povo.
                Is 28:6 E por espírito de juízo, para o que se assenta a julgar,
                               e por fortaleza para os que fazem recuar a peleja até à porta.
                Is 28:7 Mas também estes erram por causa do vinho, e com a bebida
                               forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta erram
                                               por causa da bebida forte;
                                                               são absorvidos pelo vinho;
                                               desencaminham-se por causa da bebida forte;
                                               andam errados na visão e tropeçam no juízo.
                Is 28:8 Porque todas as suas mesas estão cheias de vômitos
                               e imundícia, e não há lugar limpo.
                Is 28:9 A quem, pois, se ensinaria o conhecimento?
                E a quem se daria a entender doutrina?
                               Ao desmamado do leite, e ao arrancado dos seios?
                Is 28:10 Porque é mandamento sobre mandamento,
                               mandamento sobre mandamento,
                               regra sobre regra, regra sobre regra,
                               um pouco aqui, um pouco ali.
                Is 28:11 Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua,
                               falará a este povo.
                Is 28:12 Ao qual disse:
                               Este é o descanso, dai descanso ao cansado;
                               e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir.
                Is 28:13 Assim, pois, a palavra do SENHOR lhes será mandamento
                               sobre mandamento, mandamento sobre mandamento,
                               regra sobre regra, regra sobre regra, um pouco aqui,
                                               um pouco ali; para que vão, e caiam para trás,
                                               e se quebrantem e se enlacem, e sejam presos.
                Is 28:14 Ouvi, pois, a palavra do SENHOR, homens escarnecedores,
                               que dominais este povo que está em Jerusalém.
                Is 28:15 Porquanto dizeis:
                               Fizemos aliança com a morte,
                                               e com o inferno fizemos acordo;
                               quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós,
                                               porque pusemos a mentira por nosso refúgio,
                                                               e debaixo da falsidade nos escondemos.
                Is 28:16 Portanto assim diz o Senhor DEUS:
                               Eis que eu assentei em Sião uma pedra,
                                               uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina,
                                                               que está bem firme e fundada;
                                                                              aquele que crer não se apresse.
                Is 28:17 E regrarei o juízo pela linha, e a justiça pelo prumo,
                               e a saraiva varrerá o refúgio da mentira,
                                               e as águas cobrirão o esconderijo.
                Is 28:18 E a vossa aliança com a morte se anulará;
                               e o vosso acordo com o inferno não subsistirá;
                                               e, quando o dilúvio do açoite passar, então sereis
                                                               por ele pisados.
                Is 28:19 Desde que comece a passar, vos arrebatará,
                               porque manhã após manhã passará, de dia e de noite;
                                               e será que somente o ouvir tal notícia causará
                                                               grande turbação.
                Is 28:20 Porque a cama será tão curta que ninguém
                               se poderá estender nela; e o cobertor tão estreito
                                               que ninguém se poderá cobrir com ele.
                Is 28:21 Porque o SENHOR se levantará como no monte Perazim,
                               e se irará, como no vale de Gibeão, para fazer a sua obra,
                                               a sua estranha obra, e para executar o seu ato,
                                                               o seu estranho ato.
                Is 28:22 Agora, pois, não mais escarneçais, para que vossos grilhões
                               não se façam mais fortes; porque já ao Senhor DEUS dos
                                               Exércitos ouvi falar de uma destruição,
                                               e essa já está determinada sobre toda a terra.
                Is 28:23 Inclinai os ouvidos, e ouvi a minha voz;
                                atendei bem e ouvi o meu discurso.
                Is 28:24 Porventura lavra todo o dia o lavrador, para semear?
                               Ou abre e desterroa todo o dia a sua terra?
                Is 28:25 Não é antes assim:
                               quando já tem nivelado a sua superfície, então espalha nela
                                               ervilhaca, e semeia cominho; ou lança nela do
                                                               melhor trigo, ou cevada escolhida,
                                                                              ou centeio, cada qual no seu lugar?
                Is 28:26 O seu Deus o ensina, e o instrui acerca do que há de fazer.
                               Is 28:27 Porque a ervilhaca não se trilha com trilho,
                                               nem sobre o cominho passa roda de carro;
                                               mas com uma vara se sacode a ervilhaca,
                                                               e o cominho com um pau.
                Is 28:28 O trigo é esmiuçado, mas não se trilha continuamente,
                               nem se esmiuça com as rodas do seu carro,
                                               nem se quebra com os seus cavaleiros.
                Is 28:29 Até isto procede do SENHOR dos Exércitos;
                               porque é maravilhoso em conselho
                                               e grande em obra.
Todos sabemos que há uma ordem natural na lavragem da terra:
·         Dissolver os torrões de terra.
·         Passar o ancinho.
·         Semear.
Assim, também devemos fazer ao pregar a palavra de Deus ou ter isso em mente. O Espírito Santo dissolve os torrões e o ancinho é passado, ou seja, Deus prepara e cria as condições dos terrenos de nossos corações pelas circunstâncias, mas devemos semear. Deus é maravilhoso em conselho – vs 29 - uma característica que é atribuída ao grande Filho de Davi.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.