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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Jeremias 27: 1-22 - CORREIAS E CANZIS NO PESCOÇO DO PROFETA.

Estamos na décima segunda parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 27.
XII. A SEVERIDADE E DURAÇÃO DO EXÍLIO (25.1-29.32) - continuação.
Como já dissemos, aqui, nesta parte, Jeremias prenunciou um exílio longo de setenta anos como punição pelo seu pecado persistente e adverte que a destruição seria quase total, uma ideia rejeitada pelos falsos profetas. Sua mensagem continua sofrendo a oposição dos falsos profetas, dos sacerdotes e do povo (26.1-29.32).
Também dividimos esta parte XII, em 5 seções para facilitar nossa compreensão do assunto: A. A predição de setenta anos de exílio (25.1-38) – já vista; B. A reação à predição do exílio (26.1-24) – já vista; C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22) – veremos agora; D. O confronto com Hananias (28.1-17); E. Uma carta aos exilados sobre falsas profecias (29.1-32).
C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22).
No princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, filho de Josias, em, aproximadamente, 593 a.C., veio a Jeremias uma nova palavra do Senhor para ele, desta vez, fazer brochas e uns canzis simbólicos para serem colocados em seu pescoço.
Depois disso, ele deveria enviá-los aos reis das nações de Edom, Moabe, Amon, Tiro, Sidom, pelas mãos dos mensageiros que vinham deles a Jerusalém a terem com Zedequias. Jeremias era, afinal de contas, "profeta às nações" (1.5). Essas eram cidades - 25.21-22 - que também estavam sob o julgamento de Deus.
Essas nações eram aliadas do Egito e, muito provavelmente estariam ali para discutir a possibilidade de uma rebelião contra Nabucodonosor, em contrariedade ao que o Senhor tinha falado e advertido.
A vida simplesmente tomava o seu curso e era natural que as coisas aconteceriam conforme se vai andando e jogando o jogo da vida. Na mente deles uma aliança e uma resistência seria algo muito valoroso e ainda iriam buscar a bênção de Deus, mas, como ter o apoio de quem já não daria o apoio?
Como é importante conhecer ao Senhor e com ele estar aliado e unido em propósitos. Como é desastroso ir contra ele, o Senhor e quantas das vezes não fazemos justamente isso, pensando estar agradando?
Deus é soberano na criação, uma vez que tanto a terra quando os seus moradores e todo reino físico do universo a ele pertence unicamente. Ele fez a terra e a dá àqueles a quem for justo, de sua parte. Obviamente que sendo justo à sua parte, quem poderá demandá-lo quanto ao direito e à justiça, quando ele mesmo é a própria justiça?
Deus é soberano na providência, isto é na história dos homens concedendo bênçãos e maldições àqueles que observam ou não as suas palavras e instruções, aos seus mandamentos e aos seus mandatos, cultural, social e espiritual.
Deus é soberano na graça, concedendo sua salvação aos que creem e aos que o buscam e ouvem e invocam ao Senhor.
Usando um argumento da criação, o Senhor declara seus direitos sobre todas as nações - Dn 2.38; 4.25. E entregou a Nabucodonosor, rei da Babilônia, seu servo, todas as terras e os animais do campo para que o sirvam.
Todas as nações deveriam servi-lo, tanto a ele quanto ao seu filho e ainda ao filho de seu filho, isto é, até que o próprio tempo da sua própria terra tenha chegado.
De nada adiantava se oporem a ele, pois que Deus o estava ajudando e ele abateria todos os que contra ele se levantassem. O melhor caminho seria a oração e o arrependimento, mas quando escolheríamos tal caminho, acostumados que estamos a tomarmos as coisas pelas armas e pela violência e rebelião?
Quem não servisse ao rei da Babilônia e não se colocasse debaixo de seu jugo seriam punidos e aqui novamente a tríplice série de juízos de Deus: a espada, a fome e a peste – vs. 8 - que os abateria até consumi-los a todos
Todos eles, os profetas, os adivinhadores, os agoureiros, encantadores, sonhadores – vs. 9 - estavam errados, uma vez que serviam apenas para apoiar o sistema político nesse caso, com a exortação para não se sujeitar à Babilônia. Alguns destes (adivinhos, médiuns, encantadores), no entanto, eram expressamente proibidos em Israel, quer dissessem a verdade ou não (14.14, Lv 19.26; Dt 18.10-11).
Eles simplesmente profetizavam mentiras cuja finalidade maior era lançar sobre eles mais cadeias que significasse maior juízo. Repare o dilema, você resiste e oferece resistência e isso serve apenas para firmar ainda mais o objetivo que você queria evitar. Qual seria então a saída inteligente para não ser o caso de se estar remando contra a maré, como eles faziam? Renderem-se aos pés do Senhor!
Parem de lutar contra Deus e se rendam! Aos que se rendessem, a promessa seria boa, o Senhor os deixaria em sua terra. Para os vizinhos de Judá, a submissão à Babilônia não implicaria exílio.
Jeremias mostra, a partir do vs. 12, ao rei e aos sacerdotes e a todo o povo que o exílio fazia parte do plano de Deus para a salvação final de Judá (24.5) e que servir o rei da Babilônia era mesmo plano de Deus.
Ele insiste com eles para não darem ouvidos aos profetas que falavam de resistências, pois seria o caso de estarem indo contra o próprio Deus que lhes falara para não resistirem.
Deus mesmo fala que não tinha enviado ninguém para falar a eles de resistência e que estariam sendo mentirosos e falsamente estavam falando em nome do Senhor.
Até os utensílios tinham sido levados, mas tais profetas falavam que eles voltariam em breve (uma referência à mensagem de Hananias em 28.1-3) ao templo por causa do poder de Deus que estava com eles e com o templo, mas os utensílios, dizia Jeremias da parte de Deus, não voltariam de jeito algum.
Jr 27:1 No princípio do reinado de Zedequias, filho de Josias, rei de Judá,
veio esta palavra a Jeremias da parte do Senhor, dizendo:
Jr 27:2 Assim me disse o Senhor:
Faze-te brochas e canzis e põe-nos ao teu pescoço.
Jr 27:3 Depois envia-os ao rei de Edom, e ao rei de Moabe,
e ao rei dos filhos de Amom, e ao rei de Tiro,
e ao rei de Sidom,
pela mão dos mensageiros que são vindos a Jerusalém
a ter com zedequias, rei de Judá;
Jr 27:4 e lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo:
Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Assim direis a vossos senhores:
Jr 27:5 Sou eu que, com o meu grande poder e o meu braço estendido,
fiz a terra com os homens e os animais que estão
sobre a face da terra; e a dou a quem me apraz.
Jr 27:6 E agora eu entreguei todas estas terras
na mão de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu servo;
e ainda até os animais do campo lhe dei,
para que o sirvam.
Jr 27:7 Todas as nações o servirão a ele, e a seu filho,
e ao filho de seu filho, até que venha o tempo
da sua própria terra; e então muitas nações
e grandes reis se servirão dele.
Jr 27:8 A nação e o reino que não servirem a Nabucodonosor,
rei de Babilônia, e que não puserem o seu pescoço
debaixo do jugo do rei de Babilônia,
punirei com a espada, com a fome, e com a peste
a essa nação, diz o Senhor, até que eu os tenha
consumido pela mão dele.
Jr 27:9 Não deis ouvidos, pois, aos vossos profetas,
e aos vossos adivinhadores, e aos vossos sonhos,
e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores,
que vos dizem:
Não servireis o rei de Babilônia;
Jr 27:10 porque vos profetizam a mentira, para serdes removidos
para longe da vossa terra, e eu vos expulsarei dela,
e vós perecereis.
Jr 27:11 Mas a nação que meter o seu pescoço sob o jugo
do rei de Babilônia, e o servir, eu a deixarei na sua terra,
diz o Senhor; e lavrá-la-á e habitará nela.
Jr 27:12 E falei com Zedequias, rei de Judá,
conforme todas estas palavras:
Metei os vossos pescoços no jugo do rei
de Babilônia, e servi-o, a ele e ao seu povo, e vivei.
Jr 27:13 Por que morrereis tu e o teu povo,
à espada, de fome, e de peste, como o Senhor disse
acerca da nação que não servir ao rei de Babilônia?
Jr 27:14 Não deis ouvidos às palavras dos profetas que vos dizem:
Não servireis ao rei de Babilônia;
porque vos profetizam a mentira.
Jr 27:15 Pois não os enviei, diz o Senhor, mas eles profetizam
falsamente em meu nome; para que eu vos lance fora,
e venhais a perecer, vós e os profetas que vos profetizam.
Jr 27:16 Então falei aos sacerdotes, e a todo este povo, dizendo:
Assim diz o Senhor:
Não deis ouvidos às palavras dos vossos profetas,
que vos profetizam dizendo:
Eis que os utensílios da casa do senhor cedo
voltarão de Babilônia; pois eles vos profetizam a mentira.
Jr 27:17 Não lhes deis ouvidos; servi ao rei de Babilônia, e vivei.
Por que se tornaria esta cidade em assolação?
Jr 27:18 Se, porém, são profetas, e se está com eles
a palavra do Senhor, intercedam agora junto
ao Senhor dos exércitos, para que os utensílios
que ficaram na casa do Senhor,
e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém,
não vão para Babilônia.
Jr 27:19 Pois assim diz o Senhor dos exércitos acerca das colunas,
e do mar, e das bases, e dos demais utensílios
que ficaram na cidade,
Jr 27:20 os quais Nabucodonosor, rei de Babilônia,
não levou, quando transportou de Jerusalém
para Babilônia a Jeconias, filho de Jeoiaquim,
rei de Judá, como também a todos os nobres
de Judá e de Jerusalém;
Jr 27:21 assim pois diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel,
acerca dos utensílios que ficaram na casa do Senhor,
e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém:
Jr 27:22 Para Babilônia serão levados, e ali ficarão
até o dia em que eu os visitar, diz o Senhor;
então os farei subir, e os restituirei a este lugar.
Alguns desses utensílios foram levados embora em 605 a.C. (Dn 1.1-2) e outros em 597 a.C. (2Rs 24.13).  
No verso 22, a perspectiva de um exílio de duração definida (25.11; 27.7) é aplicada ao destino dos utensílios do templo, onde eles estariam depositando a sua falsa esperança, mas a palavra era muito dura: os utensílios não voltariam e ali ficariam até ao dia que ele, o Senhor, os visitasse, quando aí sim, os faria subir e seriam restituídos ao seu devido lugar, no templo do Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EU SOU DO MEU AMADO E MEU AMADO É MEU - Cantares 6:3

Com esse título, no Culto para Casais, estaremos pela graça de Deus ministrando uma palavra de Deus ao povo de Deus do Ministério Rio de Vida, vamos?




Esposa
10 O meu amado é alvo e rosado,
         o primeiro entre dez mil.
11 A sua cabeça é
         é como o ouro mais refinado,
os seus cabelos
         são crespos, pretos como o corvo.
12 Os seus olhos
         são como pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste.
13 As suas faces
         são como um canteiro de bálsamo, os montões de ervas aromáticas;
e os seus lábios
         são como lírios que gotejam mirra.
14 Os seus braços
         são como cilindros de ouro, guarnecidos de crisólitas;
e o seu corpo
         é como obra de marfim, coberta de safiras.
15 As suas pernas
         como colunas de mármore, colocadas sobre bases de ouro refinado;
o seu semblante
         como o Líbano, excelente como os cedros.
16 O seu falar
         é muitíssimo suave; sim, ele é totalmente desejável.
Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.
Coro
1 Para onde foi o teu amado,
         ó tu, a mais formosa entre as mulheres?
                   para onde se retirou o teu amado,
                            a fim de que o busquemos juntamente contigo?
         2 O meu amado
                   desceu ao seu jardim,
                            aos canteiros de bálsamo,
                                      para apascentar o rebanho nos jardins
                                               e para colher os lírios.
         3 Eu sou do meu amado,
                   e o meu amado é meu;

                            ele apascenta o rebanho entre os lírios.
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Jeremias 26:1-24 - JEREMIAS AMEAÇADO DE MORTE POR PREGAR.

Estamos na décima segunda parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 26.
XII. A SEVERIDADE E DURAÇÃO DO EXÍLIO (25.1-29.32) - continuação.
Como já dissemos, aqui, nesta parte, Jeremias prenunciou um exílio longo de setenta anos como punição pelo seu pecado persistente e adverte que a destruição seria quase total, uma ideia rejeitada pelos falsos profetas. Sua mensagem continua sofrendo a oposição dos falsos profetas, dos sacerdotes e do povo (26.1-29.32).
Também dividimos esta parte XII, em 5 seções para facilitar nossa compreensão do assunto: A. A predição de setenta anos de exílio (25.1-38) – já vista; B. A reação à predição do exílio (26.1-24) – veremos agora; C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22); D. O confronto com Hananias (28.1-17); E. Uma carta aos exilados sobre falsas profecias (29.1-32).
B. A reação à predição do exílio (26.1-24).
Dos versos 1 ao 24, veremos a reação à predição do exílio. Esse capítulo resume (vs. 2-6) o sermão pregado por Jeremias no templo numa ocasião anterior (veja o cap. 7) e registra a reação do povo a essas palavras do profeta (vs. 7-24). Jeremias é ameaçado de morte.
Esta palavra de Deus veio a Jeremias no princípio do reinado de Jeoaquim. Possivelmente, durante o seu primeiro ano (609-608 a.C.). O relato mais completo do sermão do templo (7.1-15) não é datado. Essa datação coloca Jeoaquim em primeiro plano como um dos líderes que rejeitaram as palavras de Jeremias (cap. 36).
O Senhor pede a Jeremias que vá e se ponha no átrio – vs. 2 -, provavelmente o átrio interior e ali dirija a palavra de Deus a todas as cidades de Judá que ali tem o hábito de adorar a Deus, na casa do Senhor.
O povo estava indo ao lugar de adoração, obviamente para adorarem, mas algo estava errado porque Jeremias estava ali em nome do Senhor falando ao povo as coisas de Deus e eles não estavam ouvindo aquele a quem estavam buscando.
Deve ser terrível você estar indo a igreja buscar justamente a Deus, mas recusar-se a ouvir o Deus que você está buscando.
Jeremias iria pregar e poderia ser possível que ouvissem, mas o mais provável é que não ouvissem o que ele diria. Eu acho isto pesado e triste, pois podemos ser presas fáceis de nosso próprio coração enganoso.
A palavra que ele Jeremias estava dizendo era antiga e Deus sempre pediu essas mesmas coisas, mas o povo parece que queria algo diferente porque estavam enjoados das coisas de Deus.
A palavra pronunciada por Jeremias era negativa e começava pelas consequências decorrentes de não darem ouvidos a Deus.
Todos ouviram a pregação de Jeremias, os sacerdotes, os profetas e todo o povo. A ênfase é sobre os números e tipos de pessoas para mostrar que quase toda a cidade rejeitou Jeremias.
Depois de Jeremias falar a palavra de Deus ao povo, qual a reação de toda a liderança e de todo o povo? Pegarem em Jeremias para ameaça-lo de morte. Mas, porquê? Por que ele estava pregando as verdades de Deus!
A rejeição então não era contra Jeremias, mas contra Deus aos quais estavam ali para buscá-lo. Como pode estarem ali a buscar a Deus e ao mesmo tempo rejeitarem a Deus. Isso é muito perturbador!
Certamente morrerás ou serás morto – vs. 8. Essas palavras costumavam ser proferidas como sentença para um crime grave (veja, p. ex., Êx 21.15-17; Dt 18.20). Fica claro que Jeremias foi considerado um falso profeta devido à crença presunçosa do povo de que o templo de Deus jamais poderia ser destruído (v. 9; cf. 7.4).
Aqui está um grande problema. O templo era maior do que Deus na mentalidade do povo ou era tão sagrado que se tornou em objeto de idolatria. Que perigo! Como somos lerdos em compreendermos as Escrituras e ágeis em aceitarmos porcarias.
O povo estava zangado com Jeremias que falava – vs. 9 - em nome do SENHOR. A frase sugere uma acusação de blasfêmia.
Eles se juntaram todos e começaram a querer julgar Jeremias e, pelo raciocínio deles, estavam considerando ele réu de morte, pois que falara contra a cidade e contra o templo. Eles  - vs. 11 – que se assentaram à entrada da porta nova do Senhor (as audiências costumavam ser realizadas às portas da cidade - Rt 4.1; Pv 31.23) tinham responsabilidade legal especial nas questões administrativas do reino. Sua chegada indica que o incidente público se tornou um processo judicial formal.
Jeremias – vs. 12 ao 15 – se defende, sem recuar ou desfazer sua pregação, pelo contrário, enfrenta os leões e exalta a palavra de Deus se colocando e se oferecendo inclusive à morte, se necessário fosse, em prol da palavra pregada.
A palavra dizia claramente para o povo se arrepender e emendar os seus caminhos com urgência para que o Senhor pudesse mudar seus planos já em andamento contra aquela cidade e contra o seu templo.
Surgem no meio deles homens sensatos, os príncipes, e afirmam que Jeremias não era réu de morte. Contrastando veementemente com o vs. 11, houve ali um reconhecimento notável da autenticidade do ministério profético de Jeremias.
Também se levantaram dentre o povo os anciãos em defesa de Jeremias e da palavra pregada. Citaram a Miqueias, o morastita que viveu um século antes. Seu caso é citado para apoiar o veredicto que acabou de ser declarado.
Sua profecia de que Jerusalém cairia (Mq 3.12; Jr 26.18) levou Ezequias e o povo a se arrependerem e Jerusalém foi poupada de uma derrota nas mãos dos assírios (Is 37.14-38).
Como Miqueias, Jeremias profetizou a destruição de Jerusalém para advertir o povo acerca da sua necessidade de se arrepender. A reação apropriada às suas palavras seria pedir a misericórdia de Deus e não tentar matar o seu profeta.
Também os anciãos citaram outro profeta com similaridades a Jeremias e a Miqueias, mas neste caso com a execução do profeta. É o caso de Urias vs. 20 ao 23 que até foi se refugiar no Egito, mas Elnatã, filho de Acbor, em nome do rei Jeoiaquim foi ao Egito e trouxe o profeta que diante do rei sofreu a pena de morte, sendo ferido à espada e depois o seu corpo lançado nas sepulturas da plebe (provavelmente um lugar no vale de Cedrom, a leste de Jerusalém - 2Rs 23.6), por causa de sua palavra.
Contrastar a atitude de Elnatã, em obediência ao rei indo buscar no Egito a Urias com a sua intervenção em favor de Jeremias em 36.12,25. Essa evidência de troca de papéis deve ter feito a vida de Jeremias parecer altamente precária.
Jr 26:1 No princípio do reino de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá,
veio da parte do Senhor esta palavra, dizendo:
Jr 26:2 Assim diz o Senhor:
Põe-te no átrio da casa do Senhor e dize a todas as cidades de Judá
que vêm adorar na casa do Senhor,
                todas as palavras que te mando que lhes fales;
                               não omitas uma só palavra.
                Jr 26:3 Bem pode ser que ouçam, e se convertam cada um
                               do seu mau caminho, para que eu desista do mal
                               que intento fazer-lhes por causa da maldade das suas ações.
                Jr 26:4 Dize-lhes pois:
                               Assim diz o Senhor:
                                               Se não me derdes ouvidos para andardes
                                                               na minha lei, que pus diante de vós,
                                               Jr 26:5 e para ouvirdes as palavras dos meus servos,
                                                               os profetas, que eu com insistência
                                                                              vos envio, mas não ouvistes;
                                               Jr 26:6 então farei que esta casa seja como Siló,
                                                               e farei desta cidade uma maldição
                                                                              para todas as nações da terra.
                Jr 26:7 E ouviram os sacerdotes, e os profetas, e todo o povo,
                               a Jeremias, anunciando estas palavras na casa do Senhor.
                Jr 26:8 Tendo Jeremias acabado de dizer tudo quanto
                               o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo,
                                               pegaram nele os sacerdotes, e os profetas,
                                                               e todo o povo, dizendo:
                                                                              Certamente morrerás.
                Jr 26:9 Por que profetizaste em nome do Senhor, dizendo:
                               Será como Siló esta casa,
                                               e esta cidade ficará assolada e desabitada?
                               E ajuntou-se todo o povo contra Jeremias, na casa do Senhor.
                Jr 26:10 Quando os príncipes de Judá ouviram estas coisas,
                               subiram da casa do rei à casa do Senhor, e se assentaram
                                               à entrada da porta nova do Senhor.
                Jr 26:11 Então falaram os sacerdotes e os profetas aos príncipes
                               e a todo povo, dizendo:
                                               Este homem é réu de morte, porque profetizou contra                                                             esta cidade, como ouvistes com os vossos
                                                                              próprios ouvidos.
                Jr 26:12 E falou Jeremias a todos os príncipes e a todo o povo,
                               dizendo:
                                               O Senhor enviou-me a profetizar contra esta casa,
                                               e contra esta cidade, todas as palavras que ouvistes.
                Jr 26:13 Agora, pois, melhorai os vossos caminhos e as vossas ações,
                               e ouvi a voz do Senhor vosso Deus,
                                               e o Senhor desistirá do mal que falou contra vós.
                Jr 26:14 Quanto a mim, eis que estou nas vossas mãos;
                               fazei de mim conforme o que for bom e reto aos vossos olhos.
                Jr 26:15 Sabei, porém, com certeza que, se me matardes a mim,
                               trareis sangue inocente sobre vós, e sobre esta cidade,
                                               e sobre os seus habitantes; porque, na verdade,
                                                               o Senhor me enviou a vós,
                                               para dizer aos vossos ouvidos todas estas palavras.
                Jr 26:16 Então disseram os príncipes e todo o povo aos sacerdotes
                               e aos profetas: Este homem não é réu de morte,
                                               porque em nome do Senhor, nosso Deus, nos falou.
                Jr 26:17 Também se levantaram alguns dos anciãos da terra,
                               e falaram a toda a assembléia do povo, dizendo:
                Jr 26:18 Miquéias, o morastita, profetizou nos dias de Ezequias,
                               rei de Judá, e falou a todo o povo de Judá, dizendo:
                                               Assim diz o Senhor dos exércitos:
                                               Sião será lavrada como um campo,
                                               e Jerusalém se tornará em montões de ruínas,
                                               e o monte desta casa como os altos de um bosque.
                Jr 26:19 Mataram-no, porventura, Ezequias, rei de Judá,
                               e todo o Judá? Antes não temeu este ao Senhor,
                                               e não implorou o favor do Senhor?
                               e não se arrependeu o Senhor do mal que falara contra eles?
                                               Mas nós estamos fazendo um grande mal
                                                               contra as nossas almas.
                Jr 26:20 Também houve outro homem que profetizava
                               em nome do Senhor:
                                               Urias, filho de Semaías, de Quiriate-Jearim,
                                               o qual profetizou contra esta cidade,
                                               e contra esta terra,
                                                              conforme todas as palavras de Jeremias;
                               Jr 26:21 e quando o rei Jeoiaquim, e todos os seus valentes,
                                               e todos os príncipes, ouviram as palavras dele,
                                                               procurou o rei matá-lo;
                                               mas quando Urias o ouviu, temeu, e fugiu,
                                                               e foi para o Egito;
                               Jr 26:22 mas o rei Jeoiaquim enviou ao Egito certos homens;
                                               Elnatã, filho de Acbor, e outros com ele,
                                               Jr 26:23 os quais tiraram a Urias do Egito,
                                                               e o trouxeram ao rei Jeoiaquim,
                                               que o matou à espada,
                                               e lançou o seu cadáver nas sepulturas da plebe.
                               Jr 26:24 Porém Aicão, filho de Safã, deu apoio a Jeremias,
                                               de sorte que não foi entregue na mão do povo,
                                                               para ser morto.
A história de Urias mostra que Jeremias não estava sozinho na sua pregação; também enfatiza que o livramento de Jeremias não é o ponto mais importante desse capítulo. Antes, o profeta deixa claro que os judaítas mereciam o exílio, pois rejeitaram a palavra de Deus a ponto de matarem um de seus profetas. Para melhor compreensão do destino contrastante dos heróis da fé, verificar Hb 11.32-38.
Deus não deixou Jeremias sem apoio. Aicão, filho de Safã, protegeu a Jeremias. Ele era um oficial do rei Josias (2Rs 22.12,14) e a sua proteção foi decisiva para livrar Jeremias.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
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A BÍBLIA VERSÍCULO X VERSÍCULO

 

Estudos em Jeremias versículo x versículo

 

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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Jeremias 25:1-38 - JEREMIAS PREDIZ 70 ANOS DE CATIVEIRO.

Estamos na décima segunda parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 25.
XII. A SEVERIDADE E DURAÇÃO DO EXÍLIO (25.1-29.32).
Aqui, nesta parte, Jeremias prenunciou um exílio longo, uma ideia rejeitada pelos falsos profetas.
De 25.1 até 29.32, estaremos vendo a severidade e a duração do exílio. Nesses capítulos, Jeremias prediz setenta anos de cativeiro na Babilônia para Judá como punição pelo seu pecado persistente e adverte que a destruição seria quase total (25.1-38). Sua mensagem continua sofrendo a oposição dos falsos profetas, dos sacerdotes e do povo (26.1-29.32).
Dividiremos esta parte XII, em 5 seções para facilitar nossa compreensão do assunto: A. A predição de setenta anos de exílio (25.1-38); B. A reação à predição do exílio (26.1-24); C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22); D. O confronto com Hananias (28.1-17); E. Uma carta aos exilados sobre falsas profecias (29.1-32).
A. A predição de setenta anos de exílio (25.1-38).
Na primeira seção, veremos a predição de setenta anos de exílio. O profeta prediz que Jerusalém permaneceria em ruínas por setenta anos. Depois desse tempo, Deus julgaria as nações e os exilados voltariam e reconstruiriam a cidade.
Esta foi a palavra de Deus que veio a Jeremias no ano quarto de Jeoaquim concernente a todo povo de Judá. O primeiro saque realizado pelos babilônios se deu em 605 a.C. (veja Dn 1.1).
Foram 23 anos de palavra profética da parte do Senhor, começando desde o ano 13 de Josias, filho de Amon, rei de Judá, usando Jeremias para anunciar a todo povo de Judá e a todos os habitantes de Jerusalém as coisas que o Senhor faria, mas o povo não ouviu as palavras do Senhor e, por isso, estariam agora colhendo as suas devidas consequências.
Por isso que tenho falado que a profecia ou a palavra profética da parte de Deus tem duas finalidades. Uma é salvar os que creem, são os corações de cera que se derretem diante do sol. Outra, é endurecer os que Deus quer entrar em juízo, são os corações de barro que diante do sol, não amolecem, antes se endurecem.
A persistência de Jeremias, falando insistentemente e anunciando com veemência a palavra do Senhor, foi apenas um reflexo da missão profética a Israel como um todo, como também o foi o seu insucesso em obter a resposta desejada.
Obviamente que o objetivo da palavra era a conversão e precisaria de ser anunciada para alcançar os arrependidos, mas o seu efeito ou consequência seria esta do endurecimento e do aparente fracasso. Nenhum pregador prega para endurecimento, mas para salvação, no entanto, sabe que pregando, uns endurecerão para sua própria ruína.
O Senhor levantou Jeremias e pediu a ele que pregasse para que se convertessem cada um de seu mau caminho e da maldade de suas ações para poderem habitar tranquilos na terra que o Senhor lhes deu, mas não quiseram mesmo ouvir.
O que não ouvindo, provocaram a ira o Senhor que fez vir contra eles toda sorte de mal por mãos dos babilônios e de seus aliados - (1.15; 6.1).
O rei Nabucodonosor, aqui retratado como servo do Senhor, estrangeiro, era um "servo" de Deus apenas no sentido de que havia sido designado para atuar como agente do seu julgamento.
Do mesmo modo, Ciro é chamado de "ungido" com o propósito de libertar os exilados para que pudessem regressar à sua terra (Is 45.1).
O julgamento de Judá faria parte de um julgamento mais amplo, uma vez que os babilônios destruiriam muitas nações. A descrição da invasão babilônica é semelhante à de Sf 1.1-3.8. Pela tomada do povo e pela destruição impingida, eles seriam para as outras nações objeto de espanto, e de assobio, e de perpétuo opróbrio. Confira 24.9 que também se refere aos perversos de Judá.
Em função disso, faria cessar a voz de gozo e a voz de alegria, a voz do noivo e a voz da noiva, o som das mós e a luz do candeeiro.
Nas culturas do antigo Oriente Próximo, setenta anos era o período padrão usado para descrever a duração do desprazer de um deus com o seu povo. Esse período podia ser estendido ou encurtado, dependendo da maneira como o povo reagia ao julgamento.
Em Dn 9, essa profecia dos setenta anos foi estendida sete vezes devido à falta de arrependimento do povo no exílio (veja a nota sobre Dn 9.24). O número setenta também corresponde aproximadamente ao número de anos entre a primeira deportação em 605 a (v. 1; Dn 1.1) e o ano de 538 a.C., quando os exilados começaram a regressar depois do decreto de Ciro.
O escritor de Crônicas (2Cr 36.20-23) e o profeta Zacarias (Zc 1.12) associam essa profecia à volta dos exilados e à reconstrução de Jerusalém que teve início em 539/538 a.C.
Quanto ao castigo dos opressores, daqueles que estariam sendo usados como aplicadores do juízo de Deus, pelo excesso cometido, o Senhor castigaria a iniquidade do rei da Babilônia. Essa declaração é desenvolvida nos caps. 50-51. O agente do castigo seria castigado pelos seus próprios pecados (50.18; cf. Is 10.5-7,12).
No verso 13, é que se fala que se trará àquela terra todas as palavras proferidas contra ela, tudo o quanto está escrito em um livro. A Septuaginta (a tradução grega do AT) coloca o material dos caps. 46-51 depois dessa frase. As duas seções apresentam temas semelhantes.
No verso 14 uma menção aos seus opressores e futuros conquistadores (uma referência à Média, à Pérsia e aos seus aliados) que ainda viriam sobre a Babilônia que naquela hora estava no auge e jamais pensaria nisso.
O cálice do furor do Senhor seria derramado sobre as nações as quais o Senhor enviaria a Jeremias – vs. 16. Um cálice de vinho é uma metáfora comum para julgamento (25.17,28; 49.12; 51.7; Is 51.17,22; Ez 23.31-33). A imagem do tremor decorrente da embriaguez muda abruptamente para o tremor provocado por um golpe mortal.
Profeticamente, Jeremias apanha o cálice das mãos do Senhor e os dá as nações para que bebam – vs. 17.
O povo de Deus seria julgado primeiro – foi Jerusalém e Judá que começaram a beber -, como convém àqueles que são mais privilegiados (25.29; Am 3.2). Deles, Deus faria uma desolação, um espanto, um assobio e uma maldição – vs. 18.
Em fim são muitas nações, reinos e povos. Foram dez versículos, do 17 ao 26, falando de cada região - Jerusalém, Judá, Egito, Uz, Asquelom, Gaza, Ecrom, Asdode (é bem provável que uma parte de Asdode tenha sido destruída pelos egípcios durante o século 7 a.C.), Edom, Moabe, Amom,      Tiro, Sidom, a Dedã, a Tema, a Buz, Arábia, Zinri, Elão, Média, todos os reis do Norte, os de perto e os de longe,  tanto um como o outro, e a todos os reinos da terra, que estão sobre a face da terra.
Gate, a quinta cidade da Filístia é omitida, pois, ao que parece, já havia sido destruída (também não é citada em Am 1.6-8). Veja também 47.1-7.
O Senhor castigaria o seu povo, mas não ignoraria a perversidade das outras nações. Trata-se de uma parte importante da teologia do julgamento contra as nações. A honra do nome de Deus estava em jogo no destino do seu povo.
O verso 27 fala claramente que seria para eles beberem, embriagarem-se, vomitarem e caírem de forma a que não mais se levantassem. De nada adiantaria recusarem a beber do cálice, pois haveriam de bebê-lo de qualquer maneira, quer quisessem, quer não – vs. 28.
Se a calamidade começasse justamente por Jerusalém, cidade que se chama pelo nome do Senhor, como não atingiria as demais cidades? O Senhor mesmo estaria chamando a espada sobre todos os moradores da terra pois que em juízo entra contra todos eles – vs. 29.
Jr 25:1 A palavra que veio a Jeremias acerca de todo o povo de Judá,
                no ano quarto de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá
                               (que era o primeiro ano de Nabucodonosor, rei de Babilônia,
                Jr 25:2 a qual anunciou o profeta Jeremias a todo o povo de Judá,
                               e a todos os habitantes de Jerusalém, dizendo:
                Jr 25:3 Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá,
                               até o dia de hoje, período de vinte e três anos,
                                               tem vindo a mim a palavra do Senhor,
                                                               e vo-la tenho anunciado,
                               falando-vos insistentemente; mas vós não tendes escutado.
                Jr 25:4 Também o Senhor vos tem enviado com insistência
                               todos os seus servos, os profetas mas vós não escutastes,
                                               nem inclinastes os vossos ouvidos para ouvir,
                               Jr 25:5 quando vos diziam:
                                               Convertei-vos agora cada um do seu mau caminho,
                                               e da maldade das suas ações, e habitai na terra que
                                                               o Senhor vos deu e a vossos pais,
                                                               desde os tempos antigos e para sempre;
                                               6 e não andeis após deuses alheios para os servirdes,
                                                               e para os adorardes, nem me provoqueis
                                                                              à ira com a obra de vossas mãos;
                                                                                              e não vos farei mal algum.
                Jr 25:7 Todavia não me escutastes, diz o Senhor, mas me provocastes
                               à ira com a obra de vossas mãos, para vosso mal.
                Jr 25:8 Portanto assim diz o Senhor dos exércitos:
                               Visto que não escutastes as minhas palavras
                                               Jr 25:9 eis que eu enviarei, e tomarei a todas as
                                                               famílias do Norte, diz o Senhor,
                                               como também a Nabucodonosor, rei de Babilônia,
                                                               meu servo, e os trarei sobre esta terra,
                                                               e sobre os seus moradores, e sobre todas
                                                                              estas nações em redor.
                                               e os destruirei totalmente,
                                               e farei que sejam objeto de espanto, e de assobio,
                                                               e de perpétuo opróbrio.
                Jr 25:10 E farei cessar dentre eles a voz de gozo e a voz de alegria,
                               a voz do noivo e a voz da noiva, o som das mós
                                               e a luz do candeeiro.
                Jr 25:11 E toda esta terra virá a ser uma desolação e um espanto;
                               e estas nações servirão ao rei de Babilônia setenta anos.
                Jr 25:12 Acontecerá, porém, que quando se cumprirem
                               os setenta anos, castigarei o rei de Babilônia,
                                               e esta nação, diz o Senhor,
                               castigando a sua iniqüidade, e a terra dos caldeus;
                                               farei dela uma desolação perpetua.
                Jr 25:13 E trarei sobre aquela terra todas as minhas palavras,
                               que tenho proferido contra ela, tudo quanto está escrito
                                               neste livro, que profetizou Jeremias
                                                               contra todas as nações.
                Jr 25:14 Porque deles, sim, deles mesmos muitas nações
                               e grandes reis farão escravos; assim lhes retribuirei
                                               segundo os seus feitos,
                                                               e segundo as obras das suas mãos.
Jr 25:15 Pois assim me disse o Senhor, o Deus de Israel:
                Toma da minha mão este cálice do vinho de furor,
                               e faze que dele bebam todas as nações, às quais eu te enviar.               
 Jr 25:16 Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão,
                               por causa da espada, que eu enviarei entre eles.
Jr 25:17 Então tomei o cálice da mão do Senhor,
                e fiz que bebessem todas as nações,
                               às quais o Senhor me enviou:
                Jr 25:18 a Jerusalém, e às cidades de Judá, e aos seus reis,
                               e aos seus príncipes, para fazer deles uma desolação,
                                               um espanto, um assobio e uma maldição,
                                                               como hoje se vê;
                Jr 25:19 a Faraó, rei do Egito, e a seus servos, e a seus príncipes,
                               e a todo o seu povo;
                Jr 25:20 e a todo o povo misto, e a todos os reis da terra de Uz,
                               e a todos os reis da terra dos filisteus, a Asquelom, a Gaza,
                                               a Ecrom, e ao que resta de Asdode;
                Jr 25:21 e a Edom, a Moabe, e aos filhos de Amom;
                Jr 25:22 e a todos os reis de Tiro, e a todos os reis de Sidom,                                                              
 e aos reis das terras dalém do mar;
                Jr 25:23 a Dedã, a Tema, a Buz e a todos os que habitam
                               nos últimos cantos da terra;
                Jr 25:24 a todos os reis da Arábia, e a todos os reis do povo misto
                               que habita no deserto;
                Jr 25:25 a todos os reis de Zinri, a todos os reis de Elão,
                               e a todos os reis da Média;
                Jr 25:26 a todos os reis do Norte, os de perto e os de longe,
                               tanto um como o outro, e a todos os reinos da terra,
                                               que estão sobre a face da terra;
                                                               e o rei de Sesaque beberá depois deles.
Jr 25:27 Pois lhes dirás:
                Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
                               Bebei, e embebedai-vos, e vomitai, e caí,
                                               e não torneis a levantar,
                                                               por causa da espada que eu vos enviarei.
                Jr 25:28 Se recusarem tomar o copo da tua mão para beber,
                               então lhes dirás:
                                               Assim diz o Senhor dos exércitos:
                                                               Certamente bebereis.
                Jr 25:29 Pois eis que sobre a cidade que se chama pelo meu nome,
                               eu começo a trazer a calamidade;
                                               e haveis vós de ficar totalmente impunes?
                               Não ficareis impunes; porque eu chamo a espada
                                               sobre todos os moradores da terra,
                                                               diz o Senhor dos exércitos.
                Jr 25:30 Tu pois lhes profetizarás todas estas palavras, e lhes dirás:
                               O Senhor desde o alto bramirá, e fará ouvir a sua voz
                                               desde a sua santa morada;
                                               bramirá fortemente contra a sua habitação;
                                               dará brados, como os que pisam as uvas,
                                                               contra todos os moradores da terra.
                Jr 25:31 Chegará o estrondo até a extremidade da terra,
                               porque o Senhor tem contenda com as nações,
                                               entrará em juízo com toda a carne;
                                               quanto aos ímpios, ele os entregará a espada,
                                                               diz o Senhor.
                Jr 25:32 Assim diz o Senhor dos exércitos:
                               Eis que o mal passa de nação para nação,
                                               e grande tempestade se levantará
                                                               dos confins da terra.
                Jr 25:33 E os mortos do Senhor naquele dia se encontrarão
                               desde uma extremidade da terra até a outra;
                                               não serão pranteados, nem recolhidos,
                                                               nem sepultados;
                                               mas serão como esterco sobre a superfície da terra.                
Jr 25:34 Uivai, pastores, e clamai; e revolvei-vos na cinza,
                               vós que sois os principais do rebanho;
                                               pois já se cumpriram os vossos dias
                                                               para serdes mortos, e eu vos despedaçarei,
                                               e vós então caireis como carneiros escolhidos.
                Jr 25:35 E não haverá refúgio para os pastores,
                               nem lugar para onde escaparem os principais do rebanho.
                Jr 25:36 Eis a voz de grito dos pastores,
                               o uivo dos principais do rebanho;
                                               porque o Senhor está devastando o pasto deles.
                Jr 25:37 E as suas malhadas pacíficas são reduzidas a silêncio,
                               por causa do furor da ira do Senhor.
                Jr 25:38 Deixou como leão o seu covil; porque a sua terra se tornou
                               em desolação, por causa do furor do opressor,
                                               e por causa do furor da sua ira.
O Senhor orienta Jeremias que anuncie a sua palavra contra todos os moradores da terra.
O Senhor tem uma contenda com as nações, por isso que fala às nações. Essa contenda é uma metáfora judicial pela qual o Senhor reivindica o seu direito de castigar os culpados (2.9). O nome do Senhor é justiça, JUSTIÇA NOSSA, por isso que não falhará ainda que pareça feroz e violento.
De nação para nação, o mal passa ou literalmente "sai", como quem vai para a guerra. Os babilônios seriam o instrumento da decisão divina em todo o mundo conhecido naquela época. Os mortos seriam tantos que se encontrariam eles de uma à outra extremidade da terra, sem haver quem os recolhesse, lamentasse ou sepultasse, mas antes seriam como esterco e adubo para a terra.
E quanto aos pastores? Uivai! Clamai! Revolvei-vos na cinza! Pois que chegada é a hora, sem misericórdias, do seu juízo e a calamidade vem com todas as forças.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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