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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

II Timóteo 1 1-18 - CRISTO, MEDIADOR DA ALIANÇA DA GRAÇA!

Paulo escreveu essa sua segunda epístola por volta de 64-68 d.C. para convidar Timóteo a visitá-lo em seus últimos dias e também com o objetivo de animar Timóteo em seu ministério contra os falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 1/4.
Breve síntese do capítulo 1.
Paulo novamente escreve a Timóteo e lhe dá conselhos, exortações, desabafa, explica seu ministério e o instrui. No vs. 6 ele fala da passagem de dons a Timóteo que se deu mediante a imposição de mãos sobre ele e lhe pede que reavives o dom de Deus recebido.
Paulo continua com o mesmo discurso de sempre e o mesmo zelo pelo evangelho procurando formar líderes que darão continuidade ao ministério. A palavra da salvação dos homens anunciada pelos homens não pode ficar encaixotada, mas deve ser anunciada com ousadia, poder, amor e moderação e assim solicita que Timóteo não se envergonhe do evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. SAUDAÇÕES (1.1-2).
Paulo identificou-se como o autor e Timóteo como o destinatário da carta. Paulo começou a carta do seu modo costumeiro, identificando-se e também o seu destinatário e oferecendo uma bênção.
Paulo se identifica como apóstolo de Cristo Jesus, alguém enviado como representante oficial e com autoridade de Cristo (1 Tm 1.1; 2Co 1.1) que estava ali pela vontade de Deus. Paulo estabelecia a sua autoridade com base unicamente na vontade de Deus (1Co 1.1; 2Co 1.1; Cl 1.1,10-16; Ef 1.1; Cl 1.1). E também de conformidade com a promessa da vida que está em Cristo Jesus. Uma das funções dos apóstolos era proclamar a vida eterna que está disponível em Cristo (1Tm 1.16).
Ele identifica Timóteo como o seu amado filho. Ou "querido filho" (1Co 4.17; cf. 1Tm 1.2). Paulo não tinha descendentes diretos conhecidos, mas aqui ele identifica Timóteo como seu filho espiritual (cf. Cl 4.19). A ele ministrava a tríplice bênção da graça, misericórdia e paz.
Paulo normalmente usava "graça" em lugar do cumprimento mais tradicional "saudações" (cf. Tg 1.1). Era característico que ele acrescentasse a saudação judaica "paz", que significa "saúde, plenitude de vida". Aqui e em ITm 1.2 ele também acrescentou "misericórdia".
II. PRIMEIRAS REFLEXÕES E EXORTAÇÕES (1.3-14).
Paulo tinha grande confiança em Timóteo e o encorajou a permanecer firme na verdade contra os falsos mestres. Paulo começou a principal parte de sua epístola com várias reflexões, seguidas de exortações a Timóteo.
Nessa seção, Paulo descreveu como ele se lembrava da fé e da história de vida de Timóteo (vs. 3-5). Em seguida, com base nesses fatos, ele exortou Timóteo (vs. 6-14). Assim, também dividimos, conforme a BEG: A. A fé de Timóteo e a maneira como ele foi criado (1.3-5) – veremos agora; e, B. Exortações a Timóteo (1.6-14) – também veremos agora.
A. A fé de Timóteo e a maneira como ele foi criado (1.3-5).
Na maioria de suas cartas (exceto em Gálatas, 1Timóteo e Tito), Paulo começa a relatar as suas preocupações com uma descrição de sua apreciação pelos seus leitores.
Aqui ele enfatizou a sua confiança na fé de Timóteo e no modo como ele havia sido criado.
Provavelmente, Paulo estava se lembrando das lágrimas que Timóteo havia derramado na última vez que havia estado com ele e por isso estava desejoso ou ansioso por vê-lo. Paulo antecipou o seu pedido registrado em 4,9,21.
Paulo também reconheceu a importância da criação de Timóteo, que aconteceu na condição santificada de um lar cristão. Timóteo era um excelente exemplo de uma criança que foi feita santa, separada do mundo, por causa da fé de seus pais (veja 1 Co 7.14).
O fato de ter parentes cristãos não assegurou a salvação de Timóteo, mas eles foram instrumentos usados por Deus para levá-lo à fé (a BEG recomenda aqui a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "O batismo de crianças ou de convertidos", em Cl 2).
B. Exortações a Timóteo (1.6-14).
Dos vs. 6 ao 14, Paulo dá a ele diversas exortações. Com base na criação de Timóteo na fé e no seu compromisso pessoal com Cristo, Paulo encorajou o seu jovem amigo a ser ousado na medida em que compartilhava com Paulo do sofrimento do ministério de Cristo.
Essa forte expressão “te admoesto que reavives o dom de Deus” sugere que Timóteo estava sendo menos vigoroso do que ele deveria ser ao fazer uso do dom espiritual que Deus lhe havia dado.
As palavras de Paulo a Timóteo indicam que cada crente é responsável por nutrir e desenvolver a obra do Espírito em sua própria vida.
Assim como é possível apagar o Espírito (ITs 5.19), é possível reavivar o dom do Espírito até ele se tornar em chamas. O vs. 6 também nos remete a I Tm 1.18 que fala que quando Paulo se dirige a Timóteo dando-lhe aquela instrução, segundo as profecias de que antecipadamente fora objeto, ele estava se referindo a um acontecimento (cf. 4.14; 2Tm 1.6ss.) em que um grupo de presbíteros, juntamente com Paulo, havia imposto as mãos sobre Timóteo (talvez quando 'Timóteo foi separado para o ministério).
Deus não nos deu o espírito de covardia – vs. 7 - ou "timidez". Aparentemente, Timóteo tinha uma reticência natural com relação à assertividade em seu ensino. A gravidade da situação em Éfeso exigia força e coragem. Deus nos tinha dado o espírito de poder, de amor e de equilíbrio, ou seja, mesmo na responsabilidade humana, tudo é de Deus, vem de Deus é para Deus. A Deus toda a glória, sempre!
Paulo não queria que Timóteo se envergonhasse dele e da sua situação de encarceramento. Essa era provavelmente a segunda vez que Paulo atava preso em Roma. Paulo deu a isso – essas tribulações - o nome de sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus – vs. 8.
O objetivo da eleição e do chamado de Deus é a santificação do seu povo (Ef 1.4). Seria interessante e oportuno ler o excelente artigo teológico “Santificação", em Ti 3.
O seu chamado não se deu pelas obras, mas pela graça Essa é uma maravilhosa afirmação de que todos os aspectos da salvação, incluindo a santificação, são alcançados inteiramente pela graça, não por mérito humano (Ef 2.8-9).
Da eleição incondicional "antes da fundação do mundo" (Ef 1.4) até a nossa glorificação final em Cristo (Rm 8.30), a salvação é inteiramente pela graça de Deus e conforme a sua própria determinação.
O decreto de Deus com relação à redenção é baseado unicamente no seu próprio propósito e na sua boa vontade. Em outros lugares, o propósito divino é identificado como misericórdia (Tt 3.5) e amor (Ef 1.4-5). Isso tudo antes mesmo dos tempos eternos, ou seja, essa é uma afirmação da natureza eterna da decisão divina de nos redimir por meio de Cristo (Ef 1.4; Tt 1.2; Ap 13.8).
Como mediador da aliança da graça, Cristo é Salvador (Tt 1.4; 2.13; 3.6), o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade. Mediante sua morte e ressurreição, Cristo abriu as podas para a vida eterna (11b 2.14-15; Ap 1.18).
A morte foi destruída no sentido de que ela não mais tem poder sobre Cristo (Rm 6.9) ou sobre aquela que estão em Cristo (Rm 6.11). A destruição final da morte acontecerá no julgamento do mundo quando Cristo voltar (1Co 15.51-57; Ap 20.11-15).
Paulo foi constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios e por isso estava sofrendo. Paulo estava na prisão (vs. 8; 2.9), mas não se envergonhava. Tendo advertido Timóteo a não se envergonhar de falar sobre Cristo (vs. 8), Paulo se apresentou como um modelo de ousadia em face do perigo e do sofrimento (2.8-10; 3.10-11) até aquele dia, ou seja até ao dia do julgamento (vs.18; 4.8).
Paulo orienta ele a guardar o modelo das sãs palavras – vs. 13. Esse tema percorre as epístolas pastorais (3.9; 4.6; 6.3; 2Tm 1.13-14; 2.2; 4.3; Tt 1.9,13; 2.1-2). São essas as palavras que dele tinha Timóteo ouvido na fé e no amor que há em Cristo Jesus.
Paulo fala para Timóteo guardar o bom depósito que pelo Espírito Santo habita em nós. Ou seja, a sã doutrina do evangelho (cf. I Tm 1.10-11; 6.20). Na época do Novo Testamento, a presença e o dom do Espírito Santo eram muito maiores do que na época do Antigo Testamento.
O poder do Espírito capacita os crentes a serem fiéis aos mandamentos de Deus. Entretanto, o poder que o Espírito Santo nos dá não vem sempre separadamente de nossa atenção a ele.
Paulo não somente encorajou Timóteo a ser determinado; ele relembrou a ele que (como o crescimento cristão em geral) é impossível amadurecer como um líder sem uma dependência consciente do Espírito Santo (cf. Cl 5.25).
III. SEGUNDAS REFLEXÕES E EXORTAÇÕES (1.15-2.26).
Paulo encorajou Timóteo a permanecer fiel em sua oposição aos falsos mestres, ao contrário de alguns outros que haviam se afastado da verdadeira fé.
Dos vs. 1.15 ao 2.26, veremos essas segundas reflexões e exortações. Paulo voltou-se para diversas outras reflexões que o levaram a continuar a exortar Timóteo.
Aqui o apóstolo instruiu diretamente Timóteo a resistir aos falsos mestres em Éfeso. Esse material é dividido em duas seções: uma discussão acerca de alguns outros companheiros de Paulo (1.15-18) e várias exortações a Timóteo (2.1-26). Elas formarão nossa divisão proposta, conforme segue: A. Colaboradores de Paulo (1.15-18) – veremos agora; e, B. Exortações a Timóteo (2.1-26).
A. Colaboradores de Paulo (1.15-18).
Paulo relembrou a Timóteo que muitos de seus companheiros o haviam abandonado no seu momento de provação e disse a ele a respeito de um outro que havia permanecido leal.
Paulo estava provavelmente usando uma hipérbole (um exagero intencional para causar efeito) a fim de comunicar que muitas pessoas na Ásia haviam sido desleais. O sentimento de Paulo era que quase todos da Ásia - provinda romana cuja principal cidade era Éfeso, onde Timóteo estava trabalhando como representante de Paulo nessa época - o haviam abandonado.
Entre os que o abandonaram estavam Figelo e Hermógenes. Essas pessoas não são mencionadas em nenhum outro lugar no Novo Testamento. O fato de Paulo tê-los mencionado aqui é provavelmente uma indicação de que ele havia contado com a ajuda deles. Aparentemente Timóteo sabia quem eram essas pessoas e o que elas haviam feito.
Já Onesíforo era um membro da igreja em Éfeso que havia se diferenciado dos outros por causa de sua lealdade a Paulo (v.18; cf. 4.19) que dele cuidou sem mesmo se envergonhar disso. É provável que Onesíforo – conforme o vs. 17 - tivesse viajado até Roma para ajudar Paulo. Paulo estava mesmo grato por ele tanto que ora por ele e pede ao Senhor misericórdia.
II Tm 1:1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus,
pela vontade de Deus,
de conformidade com a promessa da vida
que está em Cristo Jesus,
II Tm 1:2 ao amado filho Timóteo,
graça,
misericórdia
e paz,
da parte de Deus Pai
e de Cristo Jesus, nosso Senhor.
II Tm 1:3 Dou graças a Deus,
a quem, desde os meus antepassados,
sirvo com consciência pura,
porque, sem cessar, me lembro de ti
nas minhas orações, noite e dia.
II Tm 1:4 Lembrado das tuas lágrimas,
estou ansioso por ver-te,
para que eu transborde de alegria
II Tm 1:5 pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento,
a mesma que, primeiramente, habitou em tua avó Lóide
e em tua mãe Eunice,
e estou certo de que também, em ti.
II Tm 1:6 Por esta razão, pois, te admoesto
que reavives o dom de Deus que há em ti
pela imposição das minhas mãos.
II Tm 1:7 Porque Deus
não nos tem dado espírito de covardia,
mas de poder,
de amor
e de moderação.
II Tm 1:8 Não te envergonhes,
portanto, do testemunho de nosso Senhor,
nem do seu encarcerado,
que sou eu;
pelo contrário,
participa comigo dos sofrimentos,
a favor do evangelho,
segundo o poder de Deus,
II Tm 1:9 que nos salvou
e nos chamou com santa vocação;
não segundo as nossas obras,
mas conforme a sua própria determinação
e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos,
II Tm 1:10 e manifestada, agora,
pelo aparecimento de nosso
Salvador Cristo Jesus,
o qual não só destruiu a morte,
como trouxe à luz
a vida
e a imortalidade,
mediante o evangelho,
II Tm 1:11 para o qual eu fui designado
pregador,
apóstolo
e mestre
II Tm 1:12 e, por isso, estou sofrendo estas coisas;
todavia, não me envergonho,
porque sei em quem tenho crido
e estou certo de que ele
é poderoso para guardar
o meu depósito até aquele Dia.
II Tm 1:13 Mantém o padrão das sãs palavras
que de mim ouviste com fé
e com o amor que está em Cristo Jesus.
II Tm 1:14 Guarda o bom depósito,
mediante o Espírito Santo
que habita em nós.
II Tm 1:15 Estás ciente de que todos os da Ásia me abandonaram;
dentre eles cito Fígelo e Hermógenes.
II Tm 1:16 Conceda o Senhor misericórdia
à casa de Onesíforo,
porque, muitas vezes, me deu ânimo
e nunca se envergonhou das minhas algemas;
II Tm 1:17 antes, tendo ele chegado a Roma,
me procurou solicitamente até me encontrar.
II Tm 1:18 O Senhor lhe conceda, naquele Dia,
achar misericórdia da parte do Senhor.
E tu sabes, melhor do que eu,
quantos serviços me prestou ele
em Éfeso.
Assim como Paulo, estamos nós aqui no século XXI como pregadores do evangelho. Não mais como apóstolos mas como servos. Paulo foi apóstolo do Senhor e pelo evangelho sofreu muito, mas sua fé era forte e firme para o sustentar em todo tempo.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.