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sábado, 5 de dezembro de 2015

Romanos 6 1-23 - LIVRES! PARA SEMPRE LIVRES DO PECADO PELA GRAÇA.

Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual, notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus; ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 6/16, na parte II.
Breve síntese do capítulo 6.
Que capítulo profundo, interessante e esclarecedor. Ele fala do pecado e da graça procurando nos demonstrar que em Cristo somos novas criaturas já não mais dominadas pelo pecado, mas vivas pela e para a graça de Cristo Jesus.
Ele começa dizendo que seria correto, agora, permanecermos no pecado para a graça ser mais abundante? Sua resposta é taxativa, categórica e firme: de mondo nenhum! O que seria permanecer no pecado em primeiro lugar?
Não está parecendo opção pelo viver em pecado como se tivéssemos tal capacidade de não vivermos em pecado? Se nós morremos para o pecado, como ainda viveremos no pecado? Em Cristo, Deus me devolveu a capacidade de escolha de não permanecer no pecado?
Na verdade, em Cristo Jesus eu fui sepultado com ele. Eu mesmo morri com ele. Eu mesmo fui batizado na sua morte. Eu mesmo fui sepultado, com ele, o Senhor, na sua morte. Esta é uma realidade presente e futura. É o famoso “já e ainda não”: eu já morri com Cristo, mas ainda não!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A SALVAÇÃO PARA JUDEUS E GENTIOS (3.21-8.39) – continuação.
Como dissemos, a salvação vem para judeus e gentios do mesmo modo. Para todos, a justificação é somente mediante a fé, à parte das obras; e a santificação mediante a confiança no poder do Espírito Santo. Estamos vendo até o capítulo 8.39, a salvação para judeus e gentios. Tendo mostrado que tanto judeus como gentios são pecadores carentes de salvação, Paulo passou a explicar como a salvação alcança a todos.
Assim, seguindo a divisão proposta pela BEG, teremos duas divisões principais: A. A justificação (3.21-5.21) – estamos vendo: 1. Somente pela fé (3.21-31) – já vimos; 2. O exemplo de Abraão (4.1-25) – já vimos; 3. Os benefícios da justificação (5.1-11) – já vimos; 4. Cristo: o novo Adão (5.12-21) – já vimos; B. A santificação (6.1-8.39): 1. A destruição do domínio do pecado (6.1-23) – veremos agora; 2. A luta contra o pecado (7.1-25); 3. Vivendo pelo Espírito (8.1-39).
B. A santificação (6.1-8.39).
Até o capitulo oito, estaremos vendo a santificação. Tendo focado a justificação pela fé somente e os benefícios que vêm de Cristo para os que creem, Paulo passou a tratar da vida crista, ou da doutrina da santificação: sua consideração sobre o assunto se divide em três partes principais: a destruição do domínio do pecado (6.1-23), a luta permanente contra o pecado (7.1-25) e a vida no Espirito (8.1-39).
1. A destruição do domínio do pecado (6.1-23).
O próprio Paulo se preocupava com o fato real de que o pecado continua presente na vida dos crentes. Ele explicou que os seguidores de Cristo devem responder a essa realidade pelo entendimento da união deles com a morte e a ressurreição de Jesus (6.1-14) e por uma vida nele como servos da justiça (vs. 15-23).
Mortos e vivos em Cristo (6.1-14).
Naturalmente, a insistência de Paulo em afirmar que a abundância do pecado é enfrentada pela superabundância da graça (5.20) levanta a seguinte questão: Se o pecado faz a graça superabundar, por que, então, não pecarmos mais? O apóstolo respondeu que continuar sob o domínio do pecado é contradizer a nova identidade do crente em Cristo.
A resposta, óbvia, é taxativa: de modo nenhum! – vs. 2. Uma frase padrão para expressar um recuo chocado e total rejeição da ideia (3.31; 6.15; 7.7,13; 9.14; 11.1,11).
A ideia é que morremos para o pecado. Os crentes foram unidos com Cristo tanto na sua morte como na sua ressurreição, de modo que, num sentido espiritual e legal, a sua morte se tornasse a deles. Como resultado, eles não estão mais sob o domínio do pecado.
O batismo, como sinal e selo da nova aliança, une aqueles que têm fé salvadora com Cristo. Essa união com Jesus tem muitas implicações (a BEG sugere reflexões em seu excelente artigo teológico "A união com Cristo”, em Gl 6), mas Paulo se concentrou aqui na união dos crentes com ele em sua morte e ressurreição.
Jesus morreu no tocante ao pecado e à maldição da lei, e o mesmo acontece com os crentes. E assim como ele ressuscitou para uma nova vida, os que creem ressuscitam também para uma nova vida nele.
O "velho homem" se refere a Adão e às pessoas representadas por ele. A vida em Adão é "velha" para os crentes porque eles foram unidos com Cristo, o novo homem. Didaticamente, eu chamo essas duas naturezas de VENAM e de CRIVIM, ou seja, Velha Natureza Adâmica Morta e Cristo Vivem em Mim.
VENAM foi pregado na cruz com ele para que o corpo do pecado fosse destruído cabalmente. O corpo natural decaído é associado ao pecado porque está corrompido por ele e porque a vida pecaminosa em Adão é vivida num corpo corruptível.
No entanto, Paulo não quis dizer com isso que o corpo em si mesmo seja pecaminoso. Em outras passagens ele ensinou que o que é corruptível um dia será transformado em corpo físico incorruptível, renovado pelo Espírito (1Co 15.35-54). Com um corpo que não mais perece, os crentes desfrutarão (fisicamente) do esplendor da vida na nova terra (Ap 21.1-22.5).
Veja por exemplo um carro possante como uma Ferrari nas mãos de qualquer um. Os limites de velocidade existem, bem como as regras de trânsito. Quem comete infração não é o carro, mas o piloto. O carro tem potência e capacidades e não pode ser culpado de nada.
Embora a BEG comente que a união com Cristo em sua morte não elimina inteiramente a corrupção atual do corpo, a qual continuará a existir até que Jesus retorne em glória, eu prefiro dizer que sim, elimina completa e totalmente, mas que seus efeitos somente podem ser vividos atualmente na fé e futuramente, plenamente, sem necessidade de fé.
Já no presente momento, essa união põe fim ao papel do corpo como o lugar a partir do qual o pecado domina os crentes. O corpo de um cristão agora é um membro do corpo de Cristo (1 Co 6.15), o templo do Espírito Santo (1 Co 6.19), consagrado ao Senhor e que produz fruto santo em sua obra (6.13,22; 7.4; 12.1).
Veja o raciocínio de Paulo e ele está certíssimo: quem já morreu foi justificado do pecado – vs. 7. O apóstolo Paulo personificou o pecado como um monarca (5.21), como um general que usa várias partes do corpo como suas armas ("instrumentos"; vs. 13) e como um patrão que paga salário (vs. 23). Nesse contexto, a justificação do pecado significa a libertação da tirania do mesmo, e não de sua presença ou influência.
Ele continua em sua lógica argumentando que se já morremos com ele, agora, pois, também cremos que com ele viveremos! Isso inclui a ideia da ressurreição final do corpo. Porém, antes mesmo de Cristo retornar em glória, nós já experimentamos a renovação interior da vida da ressurreição (2Co 4.16; Ef 3.16), pois nos tornamos "vivos para Deus” (vs. 11).
Então ele nos aconselha a nos considerarmos mortos para o pecado – vs. 11. Reconhecer, levar em conta, perceber que isso (ou seja, o que foi dito nos vs. 1-10) é a verdade sobre cada crente.
E, com base nessa premissa, não devemos deixar, doravante, o pecado reinar em nós. Tendo em vista que o reino do pecado foi destruído, todas as tentativas por parte dele de recuperar o domínio podem e devem ser resistidas. O corpo (vs. 13), outrora regido por desejos pecaminosos, não deve mais ser submetido a eles. É uma guerra! Eles irão atacar, mas nós iremos resistir e vencer, sempre!
No lugar de oferecermos nosso corpo ao pecado, iremos, agora, oferece-los a Deus. Tal como outrora os crentes ofereceram a si mesmos de modo total ao pecado, eles agora devem se oferecer de modo total a Deus. Um novo Senhor assumiu a posição.
Agora, devemos agir como já ressurretos dentre os modos. Tudo isso deve ser feito de maneira consciente, como uma expressão deliberada da nossa nova identidade em Cristo.
Como nesse processo Deus é ativo e nós somos passivos, nós nos oferecemos a ele como forma de gratidão e alegria pelas suas bênçãos em Cristo.
A promessa de Paulo é que o pecado não terá domínio sobre nós. Essa é uma promessa, e não um mandamento ou uma exortação. Eu vejo tudo isso muito ligado à fé e eu estarei mais forte ou mais fraco, conforme eu sentir a minha fé, mais forte ou mais fraca. O meu esforço deve, portanto estar em manter-me o mais próximo quanto possível de Deus em comunhão com ele, dando glórias a ele e nele se alegrando, do contrário, mesmo tendo condições de resistir, não irei prevalecer.
Como “mortos” não estamos debaixo da lei, e sim da graça. Paulo não quis dizer com isso que os cristãos não têm nenhuma obrigação moral para com a lei de Deus (A BEG nos remete à reflexão em seu excelente artigo teológico “Os três usos da lei”, em SI 119).
Ao contrário, os crentes estão capacitados pelo Espírito de Deus para obedecer à sua lei (8.1-2). À luz desse contexto, "debaixo da lei" significa estar sob o senhorio e a condenação do pecado, tendo em vista que este é avultado por ela naqueles que estão em Adão (5.20; 6.20-23; 7.9-10).
Os crentes estão debaixo "da graça" no sentido de que estão em Cristo, aquele que fez superabundar a graça de Deus em resposta à abundância do pecado (5.15). Portanto, eles estão livres de sua tirania e condenação.
Servos da justiça (vs. 15-23).
Em virtude do exposto, alguém, malignamente, poderia argumentar então que melhor é pecar ainda mais porque estamos debaixo da graça e não da lei. Sua resposta também é taxativa: “de maneira nenhuma” – vs. 15.
O fato de que os cristãos não estão debaixo da lei (em Adão), mas sim da graça (em Cristo) pode parecer dar licença para a negligência moral. Todavia, Paulo negou isso.
O reino da graça em Cristo foi projetado para propiciar uma vida justa. A liberdade da graça é a liberdade no tocante ao senhorio do pecado e, portanto, para a obediência e serviço a Deus. Não se trata de uma liberdade para se submeter voluntariamente ao senhorio do pecado.
Embora Paulo não hesitasse em ressaltar a atividade humana na vida cristã ("vos ofereceis" no vs. 16; e "viestes a obedecer" no vs. 17), ele reconhecidamente atribuiu toda justiça à graça de Deus.
O oposto da escravidão do pecado é o comprometimento com o novo estilo de vida que a graça produz. Aqui estão em vista tanto o evangelho quanto o tipo de ensino dado nos capítulos 12-16, talvez com o próprio Cristo como o modelo (cf. Ef 4.20-21).
A ilustração da servidão é uma representação inadequada da vida cristã, especialmente no contexto romano, pois ela sugere a severidade da servidão humana, e assim, expressa de uma maneira não apropriada a verdade de que o jugo de Cristo é suave (Mt 11.28-30). Entretanto, talvez Paulo tenha aplicado essa metáfora por acreditar que o perigo maior estava em falhar no cumprimento da responsabilidade moral e pessoal para com o Senhor.
O fato é que antes éramos servos do pecado e oferecíamos os nossos membros à impureza e à maldade que leva ao pecado; agora, somos servos da justiça e devemos oferecer também nossos corpos à justiça que nos levará à santidade. Quem nos conduz à santidade é a graça de Deus.
Também era fato que quando éramos escravos do pecado, estávamos livres da justiça, mas qual seria o fruto disso cujo fim é a morte e cujas lembranças nos fazem corar diante do Espírito Santo?
Nessas expressões (vocês foram libertados do pecado; vocês se tornaram escravos de Deus) o apóstolo Paulo traçou o processo completo da salvação de uma pessoa.
Por meio da união com Cristo, nós somos libertos do juízo da lei e da tirania do pecado. Então nos tornamos servos da justiça porque temos nova vida em Cristo. Essa nossa nova vida nos leva a uma vida de santificação, ou santidade. E o resultado final de tudo isso é o dom da vida eterna.
Paulo concluiu com uma comparação espetacular entre os salários do pecado e os dons gratuitos de Deus. Paulo distinguiu o juízo (algo que merecemos) da salvação (algo que recebemos inteiramente pela graça).
Depois de termos visto, neste capítulo 6 que houve a destruição do domínio do pecado, no próximo capítulo, estaremos vendo a nossa luta contra o pecado e depois, no 8, a nossa vida no Espírito.
Rm 6:1 Que diremos, pois?
Permaneceremos no pecado,
para que seja a graça mais abundante?
 Rm 6:2 De modo nenhum!
Como viveremos ainda no pecado,
nós os que para ele morremos?
Rm 6:3 Ou, porventura, ignorais
que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus
fomos batizados na sua morte?
Rm 6:4 Fomos, pois, sepultados
com ele na morte pelo batismo;
para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos
pela glória do Pai,
assim também
andemos nós em novidade de vida.
Rm 6:5 Porque, se fomos unidos com ele
na semelhança da sua morte,
certamente, o seremos também
na semelhança da sua ressurreição,
Rm 6:6 sabendo isto:
que foi crucificado com ele o nosso velho homem,
para que o corpo do pecado seja destruído,
e não sirvamos o pecado como escravos;
Rm 6:7 porquanto quem morreu
está justificado do pecado.
Rm 6:8 Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos,
Rm 6:9 sabedores de que,
havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos,
já não morre; a morte
já não tem domínio sobre ele.
Rm 6:10 Pois, quanto a ter morrido,
de uma vez para sempre morreu para o pecado;
mas, quanto a viver, vive para Deus.
Rm 6:11 Assim também vós
considerai-vos mortos para o pecado,
mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Rm 6:12 Não reine, portanto,
o pecado em vosso corpo mortal,
de maneira que obedeçais às suas paixões;
Rm 6:13 nem ofereçais cada um
os membros do seu corpo ao pecado,
como instrumentos de iniquidade;
mas oferecei-vos a Deus,
como ressurretos dentre os mortos,
e os vossos membros, a Deus,
como instrumentos de justiça.
Rm 6:14 Porque o pecado
não terá domínio sobre vós;
pois não estais debaixo da lei,
e sim da graça.
Rm 6:15 E daí? Havemos de pecar
porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça?
De modo nenhum!
Rm 6:16 Não sabeis que
daquele a quem vos ofereceis
como servos para obediência,
desse mesmo a quem obedeceis
sois servos,
seja do pecado para a morte
ou da obediência para a justiça?
Rm 6:17 Mas graças a Deus porque,
outrora, escravos do pecado,
contudo, viestes a obedecer de coração
à forma de doutrina a que fostes entregues;
Rm 6:18 e, uma vez libertados do pecado,
fostes feitos servos da justiça.
Rm 6:19 Falo como homem,
por causa da fraqueza da vossa carne.
Assim como oferecestes os vossos membros
para a escravidão
da impureza
e da maldade para a maldade,
assim oferecei, agora, os vossos membros
para servirem à justiça
para a santificação.
Rm 6:20 Porque, quando éreis escravos do pecado,
estáveis isentos em relação à justiça.
Rm 6:21 Naquele tempo, que resultados colhestes?
Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais;
porque o fim delas é morte.
Rm 6:22 Agora, porém, libertados do pecado,
 transformados em servos de Deus,
tendes o vosso fruto para a santificação
e, por fim, a vida eterna;
Rm 6:23 porque o salário do pecado
é a morte,
mas o dom gratuito de Deus
é a vida eterna
em Cristo Jesus,
nosso Senhor.
No verso 16, ele fala em nos oferecermos como servos em obediência. Temos assim, então, dois senhores. Logo, pelo fato de me ter sobrado apenas duas escolhas, já sei que sou escravo! Ou sou escravo para a escravidão do pecado para a morte ou sou escravo para a liberdade da obediência para a justiça. Não é demais?
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.