sexta-feira, 25 de março de 2016
sexta-feira, março 25, 2016
Jamais Desista
I João 4 1-21 - EXAMINAI OS ESPÍRITOS!
Como já dissemos, João, o apóstolo amado,
escreveu sua primeira epístola para alertar sobre os falsos mestres que ensinavam
que Cristo não tinha verdadeiramente vindo em carne e incentivar um estilo de
vida apropriado para os seguidores do Cristo encarnado. Estamos vendo o
capítulo 4/5.
Breve
síntese do capítulo 4.
João, o discípulo amado, está nos ensinado com paciência e mansidão nos
provando e demonstrando o amor de Deus por meio de seu Filho o qual ele enviou
para nossa salvação.
Não podemos simplesmente dar crédito a qualquer um espírito que nos
fala, mas temos de prová-los se eles provêm ou não de Deus e como os
provaremos? Por meio de seu Filho! Falar em Deus e em seus atributos, mas negar
o Filho não é fazer parte de Deus.
Não basta tão somente crer no Filho, mas confessar que este veio em
carne! Toda pregação que não conduz o ouvinte a Cristo não é pregação, mas um
discurso que pode ou não ser agradável, mas não é pregação, nem pode gerar
neles a salvação da vida dos homens.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes,
conforme ajuda da BEG:
IV. "CRISTO ERA CARNE" E SUAS IMPLICAÇÕES MORAIS (4.1-21).
Cristo era totalmente humano, e qualquer
pessoa que ensine algo diferente disso segue o espírito do anticristo. Deus
demonstrou maravilhoso amor por nós ao enviar o seu Filho para se tornar carne.
Nós temos de aprender a demonstrar o mesmo tipo de amor uns pelos outros.
Veremos dos vs. 1 ao 21que "Cristo era
carne" e as suas implicações morais. João voltou-se para mais uma
perspectiva doutrinária que havia perturbado os seus leitores. A proposta de
divisão da BEG foi em 4 seções (veremos todas agora): A. Discernindo os
espíritos (4.1-6); B. Vivendo a encarnação (4.7-12); C. Confiança na encarnação
(4.13-16a); e, D. Vivendo no amor de Deus (4.16b-21).
A. Discernindo os espíritos (4.1-6).
Como iremos discernir os espíritos, ou,
como lhes provaremos. A menção de João do Espírito Santo em 3.24 trouxe à mente
a obra de outros espíritos na igreja e o modo de distinguir aqueles associados
com o Espírito Santo daqueles associados com o espírito do anticristo.
João, carinhosamente chamando seus leitores
de amados, os exorta dizendo para que eles não cressem a todo espírito, mas,
antes, provassem se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas tinham
saído pelo mundo.
Essa prova consistia em conhecer, primeiro,
o Espírito de Deus. Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é
de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o
espírito do anticristo. Essa questão já tinha sido previamente avisada de que
esse espírito enganador viria e já, naquela época operava.
Nessa passagem – vs. 1 -, João mencionou
espíritos múltiplos. Ele provavelmente estava se referindo às forças
sobrenaturais (anjos e demônios) que influenciavam os mestres na igreja.
Ele queria que seus leitores testassem os
espíritos porque havia muitos falsos profetas (cf. 1Co 12.10; 2Ts 2:2). João
não via o problema do falso ensino como uma questão meramente humana.
Ele chamou a atenção para as influências
sobrenaturais nos mestres porque percebeu que a igreja está envolvida numa
guerra espiritual (Ef 6.10-11).
João escolheu a maneira mais ostensiva para
expressar a plena encarnação de Jesus ao empregar a palavra "carne",
um termo frequentemente associado no Novo Testamento com o mundo pecaminoso.
Jesus não era pecador, mas ele tornou parte
deste mundo pecaminoso. Embora existam outros critérios a serem considerados, a
questão-chave na situação de que João tratou era a perspectiva de um mestre e
seu espírito na encarnação de Cristo: somente o espírito que afirmava a
encarnação era proveniente de Deus.
João consola os seus leitores dizendo para
eles que eles eram de Deus e que, portanto, já tinham vencido o maligno, pois
muito maior era o que estava neles do que o que operava no mundo. João apontou
para o mundo em sua hostilidade contra Deus como impregnado pelos propósitos do
diabo e por essa razão em antítese aos propósitos de Deus (veja 2.15-17).
Sendo do mundo, falam e são plenamente
ouvidos, mas estão mesmo em grandes apuros, presos nas redes do diabo. Como
despertá-los? João declarou claramente que um sinal distintivo dos verdadeiros
cristãos é que eles se submetem aos ensinamentos dos apóstolos.
Na igreja primitiva, falsos mestres levavam
muitos a negar a autoridade dos apóstolos que haviam sido designados por Jesus.
Nos tempos modernos, ações semelhantes são propostas por aqueles que negam a
autoridade de todo o ensino dos apóstolos no Novo Testamento.
Seguir Cristo significa seguir os ensinos
das autoridades que ele designou sobre a igreja (veja 1Co 14.37). Esse é um dos
testes cruciais para distinguir a obra Espírito da verdade do espírito da
falsidade.
B. Vivendo a encarnação (4.7-12).
João, a partir do vs. 7, voltou-se
novamente para a sua principal preocupação moral nesse livro: amar uns aos
outros. Ele trabalhou o tema da verdade da encarnação para fornecer um modelo
de amor cristão.
Deus é amor – vs. 8; veja também 4.16. A principal preocupação de
João era que seus leitores entendessem que o ato de Deus de enviar seu
unigênito Filho ao mundo (4.9) foi a manifestação suprema do amor.
Esse ato demonstrou tão magnífico amor que
João era capaz de dizer que Deus é amor, e que o amor é uma parte tão integral
do seu ser que ele personifica essa qualidade.
Dois equívocos comuns a respeito desse
versículo – nos chama a atenção a BEG - devem ser distinguidos da intenção do
João.
(1)
João
não disse: "o amor é Deus" (ou seja, que amor e Deus são sinônimos ou
permutáveis em todos os aspectos).
(2)
Nem
disse: "Deus é somente amor" (ou seja, que todos os outros atributos
de Deus — tais como santidade, justiça, poder ou sabedoria — são
insignificantes, ou nulos ou subcategorias do seu amor).
Todavia, nós deixamos de entender o louvor
oferecido a Deus nessa afirmação a menos que vejamos que João estava dominado
pelo divino amor demonstrado na encarnação do Filho de Deus.
João argumentou que o amor humano diminui
em importância quando comparado ao amor que Deus demonstrou a nós e por nós. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a
Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos
nossos pecados – vs. 10.
A lógica de João é que se Deus assim nos
amou, devemos também amar-nos uns aos outros. O amor de Deus deveria
influenciar os cristãos a amarem-se mutuamente. Tanto amor foi demonstrado aos
cristãos que eles não devem hesitar em mostrar o amor pelos outros.
O Espírito de Deus, que é amor, vive no
interior dos cristãos. Como resultado, a vida dos cristãos deveria ser
caracterizada pelo amor às outras pessoas. Os cristãos amam porque indiretamente
quem os ama está dentro deles. Deus pode ser visto indiretamente no fruto do
amor que seu Espírito produz nos cristãos.
Ninguém jamais viu a Deus e, no entanto devemos
amá-lo acima de todas as coisas e como será esse amor se não demonstrarmos isso
com nossos irmãos feitos à sua imagem e à sua semelhança?
C. Confiança na encarnação (4.13-16a).
João garantiu aos seus leitores que eles
poderiam confiar no seu testemunho de que Jesus era realmente Deus em carne.
Nisto conhecemos que permanecemos nele e
ele em nós: em que ele nos deu de seu Espírito! Essa, provavelmente, é uma
referência a João e aos outros apóstolos, como em 4.14. João sabia que ele estava
em Cristo por causa das demonstrações do Espírito em sua vida.
O testemunho de João com respeito a Jesus
era certo porque ele havia visto Jesus durante o ministério terreno dele.
Jesus é o Filho de Deus! Pelo menos alguns
docetistas afirmavam que Cristo era o Filho de Deus, no entanto, eles não criam
que eles eram a mesma pessoa humana e divina ao mesmo tempo. Eles afirmavam que
Jesus era simplesmente um ser humano em quem Cristo, o Filho de Deus, habitou
temporariamente. A declaração de João nega claramente esse ensino.
São verdades claras nesses trechos (vs. 13
a 16a):
ü
Ele
nos deu do seu Espírito.
ü
João
tinha visto e testificado que o Pai o tinha enviado.
ü
Quem
confessa o Filho, tanto Deus, como seu Espírito permanecessem nele.
ü
Deus
é amor.
ü
Quem
permanece em amor, permanece em Deus e Deus nele.
D. Vivendo no amor de Deus (4.16b-21).
Dos vs. 16b ao 21, João vai falar do viver no
amor de Deus. O amor de Deus transforma aqueles nos quais o amor habita,
criando neles o amor por Deus e pelos outros.
Novamente João trabalha a ideia de que Deus
é amor! Com isso, João não quis dizer que qualquer pessoa que ame algo ou
alguém vive em Deus. João tinha em mente o tipo de amor que ele afirmou em
1João: o amor dentro da comunidade cristã.
Repare que João trabalha neles a ideia do
dia do juízo preparando-os para manterem confiança diante dele. Novamente João
enfatizou quão importante é o amor ao se referir ao julgamento final (veja
2.28).
Embora eles não sejam como Cristo em termos
de perfeição em sua obediência, os cristãos são como ele em suas orientações
básicas, e eles permaneciam como Cristo fez em comparação com o mundo em geral
(Jo 5.44; 17.16). Isso acontece por causa do seu Espírito que em nós está.
Assim, no amor não existe o medo! O amor de
Deus é perfeito em si, e é também implicitamente perfeito (completo) quando os
cristãos o recebem (2.5; 4.12,17).
Os cristãos em si, no entanto, são
aperfeiçoados (completos) no amor de Deus no devido tempo (3.2). Mesmo assim, o
resíduo do medo pode temporariamente coexistir com o amor. O "perfeito
amor" de Deus "lança fora o medo" gradualmente, não
instantaneamente.
No vs. 20, João foi de uma
clareza fenomenal. Se alguém afirma que ama a Deus e odeia a seu irmão, como
nele o amor de Deus se aperfeiçoa? João
esclarece que quem não ama a seu irmão, ao qual vê, não pode amar a Deus, a
quem não vê. João antecipou uma objeção para sua ênfase no amor entre os
cristãos.
Alguns poderiam dizer que eles amam Deus
apesar do fato de não amarem uns aos outros. João negou totalmente essa possibilidade.
Seus antagonistas não conseguiam ver que amar o Deus invisível é muito mais
difícil do que amar as pessoas visíveis.
O amor de um cristão por Deus
inevitavelmente transborda no amor pelas outras pessoas. João afirmou aqui que
o amor pelas pessoas é uma prova essencial do amor a Deus.
No vs. 21, João aludiu ao ensino de Jesus
de que o maior mandamento deve estar junto com o segundo maior mandamento (Mt
22.38-39). Os dois mandamentos são inseparáveis. O próprio amor às outras
pessoas brota do amor de Deus; o amor por Deus é evidenciado pelo amor às
outras pessoas.
antes, provai os
espíritos se procedem de Deus,
porque
muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.
I Jo 4:2 Nisto reconheceis o Espírito de Deus:
todo espírito que
confessa
que
Jesus Cristo veio em carne é de Deus;
I Jo 4:3 e todo
espírito que não confessa
a
Jesus não procede de Deus;
pelo
contrário, este é o espírito do anticristo,
a
respeito do qual tendes ouvido que vem
e,
presentemente, já está no mundo.
I Jo 4:4 Filhinhos,
vós sois de Deus
e tendes vencido os
falsos profetas,
porque
maior é aquele que está em vós
do
que aquele que está no mundo.
I Jo 4:5 Eles procedem do mundo;
por essa razão,
falam da parte do mundo,
e o
mundo os ouve.
I Jo 4:6 Nós somos de Deus;
aquele que conhece
a Deus nos ouve;
aquele que não é da parte de Deus
não nos ouve.
Nisto reconhecemos
o espírito da
verdade
e o espírito do erro.
I Jo 4:7 Amados, amemo-nos uns aos outros,
porque o amor
procede de Deus;
e
todo aquele que ama
é
nascido de Deus
e
conhece a Deus.
I Jo 4:8 Aquele que não ama
não conhece a Deus,
pois
Deus é amor.
I Jo 4:9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós:
em haver Deus
enviado o seu Filho unigênito ao mundo,
para
vivermos por meio dele.
I Jo 4:10 Nisto consiste o amor:
não em que nós
tenhamos amado a Deus,
mas
em que ele nos amou
e
enviou o seu Filho como propiciação
pelos nossos pecados.
I Jo 4:11 Amados, se Deus de tal maneira nos amou,
devemos nós também
amar uns aos outros.
I Jo 4:12 Ninguém jamais viu a Deus;
se amarmos uns aos
outros,
Deus
permanece em nós,
e
o seu amor é, em nós, aperfeiçoado.
I Jo 4:13 Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós:
em que nos deu do
seu Espírito.
I Jo 4:14 E nós temos visto e testemunhamos
que o Pai enviou o
seu Filho como Salvador do mundo.
I Jo 4:15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus,
Deus permanece
nele,
e ele, em Deus.
I Jo 4:16 E nós conhecemos
e cremos no amor que Deus tem por nós.
Deus é amor,
e aquele que
permanece no amor
permanece
em Deus,
e
Deus, nele.
I Jo 4:17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor,
para que, no Dia do
Juízo,
mantenhamos
confiança;
pois,
segundo ele é,
também
nós somos neste mundo.
I Jo 4:18 No amor não existe medo;
antes, o perfeito
amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento;
logo, aquele que
teme
não
é aperfeiçoado no amor.
I Jo 4:19 Nós amamos
porque ele nos amou
primeiro.
I Jo 4:20 Se alguém disser:
Amo a Deus,
e
odiar a seu irmão,
é
mentiroso;
pois
aquele que não ama
a
seu irmão, a quem vê,
não
pode amar a Deus,
a
quem não vê.
I Jo 4:21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento:
que aquele que ama
a Deus
ame
também a seu irmão.
Outra característica forte em João, além do cuidado de sempre de estar
nos querendo conduzir ao Filho é a questão do amor e não do amor a Deus de
palavras, mas pela demonstração e pela prática com relação aos nossos irmãos.
Quem não ama a seu irmão ao qual vê, não pode, jamais, amar a Deus a
quem nem vê. A lógica dele é perfeita e seu argumento bem contundente. Se
abrigamos o ódio ou se há em nós intrigas e não o amor, ele é claro: estamos
perdidos e não conhecemos o Salvador da vida dos homens!
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel
Deusdete.
...
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1 comentários:
Muito bom, e esclarecedor. Parabéns
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.