Para nos situarmos na leitura e não
perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48
capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no
primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na terceira seção “3”,
alínea “j”, estamos no capítulo 21:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E
JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel
(8.1-24.27).
Aqui neste capítulo veremos a Babilônia
como a espada de Deus.
Essa seção consiste de três oráculos
reunidos em torno da imagem de uma espada (21.1-7,8-27,28-32). Com frequência,
o Antigo Testamento descreve Deus como um guerreiro.
O mal vem sobre os justos e os injustos – 21:1-7.
Como comandante do exército celestial, ele
lutou por Israel as suas batalhas e garantiu a sua segurança (Ex 15.3; Nm 10.9,
Dt 7.17-24; Js 6.15-19; Jz 20.28; I Sm 17.47; 2Cr 13.12; 20.15,17; 32.8; S124.8;
Is 9.6; 13.2-6; 31.4; 42.13; 113.9-14; Zc 14.3).
Sua espada havia sido empunhada contra os
inimigos de Israel (Dt 32.41; Is 31.8; 34.5-8; 66.16; Jr 25.31; 50.35-37; Sf
2.12), mas essa espada estava agora nas mãos dos babilônios e seria brandida
contra Judá e Jerusalém (cf. 1 Cr 21.14-16.21).
Foi à palavra do Senhor que veio novamente
ao seu profeta para pronunciar a Jerusalém as suas palavras. Ele deveria
profetizar contra os santuários e contra a terra de Israel de que o Senhor
estava contra eles e, portanto, tiraria a sua espada da bainha para exterminar
do meio dela tanto o justo quanto o ímpio – vs. 3 e 4.
Quando isso viesse a ocorrer, todos haveriam
de saber que do Senhor procedeu tudo isso, exterminando tanto o justo quanto o
ímpio – vs. 4.
Temos de nos lembrar da palavra do Senhor
que diz que a chuva e o sol vêm sobre o justo e o ímpio, assim, muitas vezes, o
próprio juízo. No entanto, cremos e assim pregamos que haverá depois uma
distinção entre um e outro, pois se não qual seria a recompensa ou a punição? –
Ec 9:2; Ml 4:1-3; Mt 5:45.
Embora seja real a realidade do mal na vida
do próprio justo ou daquele que persevera em continuar firme em sua fé, sabemos
que Deus é justo e fará justiça de forma que poderemos dizer que valerá a pena
continuarmos perseverantes em nossa fé – Rm 12:12; Rm 8:22, 23.
A espada, a espada – 21:8-27.
De 8 ao 17, embora o texto não especifique,
é possível que Ezequiel estivesse novamente usando um ato simbólico (4.1-3).
Rodopiando, cortando e golpeando com a espada numa dança dramática como parte
do oráculo.
A palavra do Senhor veio a ele pra
profetizar que a espada estava afiada e polida. Afiada para matar e para reluzir
é que estava polida.
Os versículos 10 e 13 estão relacionados ao
v. 27 em parte por suas alusões ao cetro de Judá (Gn 49.10). Um cetro de
madeira não tinha como competir contra uma espada de ferro. Judá era o alvo de
Nabucodonosor e não era um antagonista à altura da Babilônia.
Seria para Ezequiel gritar e uivar pois que
essa espada seria contra o povo e contra os príncipes de Israel, pois todos
estariam entregues à espada.
Dos versos 18 a 23, a palavra veio mais uma
vez a Ezequiel para propor a eles dois caminhos por onde a espada do rei da
Babilônia viria.
Ezequiel provavelmente desenhou um mapa que
se assemelhava a um Y invertido rabiscado sobre um tablete de cerâmica ou no
chão. Nabucodonosor viria do norte até uma encruzilhada na estrada.
O caminho à esquerda (a leste) seguia a
importante estrada Transjordaniana, comumente denominada Estrada Real, através
de Amom.
A rota à direita (oeste) levaria os
babilônios pela importante estrada internacional, a Via Maris, na planície
costeira não muito longe de Jerusalém.
A encruzilhada no caminho se referia
provavelmente à interseção dessas duas importantes rotas perto de Damasco. Ali,
na encruzilhada estava o rei da Babilônia fazendo suas adivinhações para saber
o caminho a tomar.
Os babilônios utilizavam vários meios para
discernir a vontade dos deuses: É por isso que o rei:
(1)Sacode
as flechas.
(2)Interroga
os ídolos do lar. Os ídolos eram objetos de culto; não se sabe como eles eram
usados para obter oráculos.
(3)Examina
o fígado. A adivinhação mediante o exame do contorno e da saúde assim como das
marcas no fígado de ovelhas e pássaros ("hepatoscopia") é uma prática
amplamente comprovada no antigo Oriente Próximo.
O povo de Jerusalém talvez desejasse que
essas adivinhações fossem falsas (v. 23), mas nesse caso essas sortes estavam
sendo controladas pelo Senhor (Nm 23.23; Pv 16.33), por causa de seus
propósitos.
Na mente de Nabucodonosor, os seus feitiços
é que lhe garantiam boas escolhas, mas mal sabia ele que o Senhor era que
estava por trás de tudo aquilo e deles, depois, demandaria toda iniquidade. Nabucodonosor
armou o cerco contra Jerusalém aproximadamente em Janeiro de 588 a.C. (v. 22).
A partir do vs. 28, Deus orienta o seu
profeta a profetizar e dizer acerca dos filhos de Amon e do opróbrio deles que
a espada, a espada (duplamente mencionada) estava desembainhada, polida para a
matança, para o consumo e para ser como relâmpago.
Ez 21:1 Ainda veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 21:2 Filho
do homem, dirige o teu rosto para Jerusalém,
e
derrama as tuas palavras contra os santuários,
e
profetiza contra a terra de Israel.
Ez 21:3 E dize à terra de Israel:
Assim diz o
Senhor:
Eis
que estou contra ti,
e
tirarei a minha espada da bainha,
e
exterminarei do meio de ti o justo e o ímpio.
Ez 21:4 E,
por isso que hei de exterminar do meio de ti
o
justo e o ímpio, a minha espada sairá da bainha
contra
toda a carne, desde o sul até o norte.
Ez 21:5 E
saberá toda a carne que eu, o Senhor,
tirei
a minha espada da bainha nunca mais voltará a ela.
Ez 21:6
Suspira, pois, ó filho do homem;
suspira
à vista deles com quebrantamento dos teus lombos
e
com amargura.
Ez 21:7 E
será que, quando eles te disserem:
Por
que suspiras tu dirás:
por
causa das novas, porque vêm;
e todo
coração desmaiará,
e todas as
mãos se enfraquecerão,
e todo
espírito se angustiará,
e todos os
joelhos se desfarão em águas;
eis
que vêm, e se realizarão, diz o Senhor Deus.
Ez 21:8 E veio a mim a palavra do
Senhor, dizendo:
Ez 21:9 Filho
do homem, profetiza, e dize:
Assim
diz o Senhor; dize:
A
espada, a espada está afiada e polida.
Ez 21:10 Para
matar está afiada, para reluzir está polida.
Alegrar-nos-emos
pois?
A
vara de meu filho é que despreza todo o madeiro.
Ez 21:11 E
foi dada a polir para ser manejada;
esta
espada está afiada e polida,
para
ser posta na mão do matador.
Ez 21:12
Grita e uiva, ó filho do homem,
porque
ela será contra o meu povo,
contra
todos os príncipes de Israel.
Estes
juntamente com o meu povo estão entregues à espada;
bate
pois na tua coxa.
Ez 21:13
Porque se faz uma prova;
e
que será se não mais existir a vara desprezadora,
diz
o Senhor Deus.
Ez 21:14 Tu
pois, ó filho do homem, profetiza,
e
bate com as mãos uma na outra;
e
dobre-se a espada até a terceira vez,
a espada dos
mortalmente feridos;
é
a espada para a grande matança, a que os rodeia.
Ez 21:15 Para
que se derreta o coração,
e
se multipliquem os tropeços, é que contra todas as suas
portas
pus a ponta da espada;
ah!
ela foi feita como relâmpago,
e
está aguçada para matar.
Ez 21:16 e
espada, une as tuas forças, vira-te para a direita;
prepara-te,
vira-te para a esquerda,
para
onde quer que o teu rosto se dirigir.
Ez 21:17
Também eu baterei com as minhas mãos uma na outra,
e
farei descansar a minha indignação;
eu,
o Senhor, o disse.
Ez 21:18 De novo veio a mim a palavra de
Senhor, dizendo:
Ez 21:19 Tu
pois, ó filho do homem,
propõe-te
dois caminhos,
por
onde venha a espada do rei de Babilônia.
Ambos
procederão de uma mesma terra;
e
grava um marco,
grava-o
no princípio do caminho da cidade.
Ez 21:20 Um
caminho proporás,
por
onde virá a espada contra Rabá dos filhos de Amom,
e
contra Judá, em Jerusalém, a fortificada.
Ez 21:21 Pois
o rei de Babilônia está parado na encruzilhada,
no
princípio dos dois caminhos, para fazer adivinhações;
ele
sacode as flechas,
consulta
os terafins,
atenta
para o fígado.
Ez 21:22 Na
sua mão direita estava a adivinhação
sobre
Jerusalém, para dispor os aríetes,
para
abrir a boca,
ordenando
a matança,
para levantar
a voz com júbilo,
para pôr os
aríetes contra as portas,
para levantar
tranqueiras,
para edificar
baluartes.
Ez 21:23 Isso
será como adivinhação vã aos olhos
daqueles
que lhes fizerem juramentos;
mas
ele se lembrará da iniqüidade,
para
que sejam apanhados.
Ez 21:24 Portanto assim diz o Senhor
Deus:
Visto que
fizestes ser lembrada a vossa iniqüidade,
descobrindo-se
as vossas transgressões,
aparecendo
os vossos pecados em todos os vossos atos;
visto
que viestes em memória,
sereis
apanhados com a mão.
Ez 21:25 E
tu, ó profano e ímpio príncipe de Israel,
cujo
dia é chegado no tempo da punição final;
Ez 21:26 assim diz o Senhor Deus:
Remove o
diadema, e tira a coroa; esta não será a mesma:
exalta
ao humilde, e humilha ao soberbo.
Ez 21:27 Ao
revés, ao revés, ao revés o porei;
também
o que é não continuará assim,
até
que venha aquele a quem pertence de direito;
e
lho darei a ele.
Ez 21:28 E
tu, ó filho do homem, profetiza e dize:
Assim
diz o Senhor Deus acerca dos filhos de Amom,
e
acerca do opróbrio deles; dize pois:
A espada, a
espada está desembainhada,
polida
para a matança, para consumir,
para
ser como relâmpago.
Ez 21:29
Enquanto eles têm visões vãs a teu respeito,
e
adivinham mentiras a fim de que seja posta
no
pescoço dos ímpios,
que
estão mortalmente feridos,
cujo dia é
chegado no tempo da punição final.
Ez 21:30 Torne
a tua espada à sua bainha.
No
lugar em que foste criado, na terra do teu nascimento,
eu
te julgarei.
Ez 21:31
Derramarei sobre ti a minha indignação,
assoprarei
contra ti o fogo do meu furor;
entregar-te-ei
nas mãos dos homens brutais,
destros
para destruírem.
Ez 21:32 Ao
fogo servirás de pasto;
o
teu sangue estará no meio da terra;
não
serás mais lembrado;
porque
eu, o Senhor, o disse.
Na seção anterior (vs. 18-23) parecia que
os babilônios atacariam Jerusalém e poupariam Amom. Essa terceira e última
canção da espada corrige esse mal-entendido, pois Amom também provaria a fúria
de Deus por meio dos babilônios (Jr 25.21).
Amom havia se unido a Jerusalém e ao Egito
contra os babilônios em 598 a.C. Entretanto, quando Jerusalém foi atacada, Amom
havia tirado vantagem do seu antigo aliado (Jr 27.3; 40.11,14; 41.10,15; 42.2;
cf. 2Rs 24.2).
Assim, Amon seria entregue ao fogo para
servir de pasto e o seu sangue estaria no meio da terra para não ser mais
lembrada, por causa da palavra do Senhor contra ela.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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1 comentários:
Glórias a Deus,pelo excelente estudo:)
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devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.