sábado, 10 de outubro de 2015
sábado, outubro 10, 2015
Jamais Desista
Lucas 23.1-56 - A JUSTIÇA DO HOMEM É FALHA: CONDENARAM JESUS!
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 23, parte VI.
VI. OS ÚLTIMOS DIAS DE JESUS EM JERUSALÉM (22.1-24.53) - continuação.
Estamos vendo agora o penúltimo capítulo do
livro do Evangelho de Lucas onde estão registrados os últimos dias de Jesus em
Jerusalém. Lucas relatou, como já observamos, os acontecimentos dos últimos
dias da vida de Jesus - quando o seu ministério chegou ao clímax. Ele se
concentra no sofrimento de Jesus em favor de seu povo, salientando também a
glória de Cristo após sua ressurreição, bem como o futuro da igreja após a
ascensão de Cristo.
Para melhor exploração do conteúdo,
estamos, seguindo a divisão proposta da BEG, a divisão da presente parte em 7
seções: A. A conspiração para trair Jesus (22.1-6) – já vimos; B. O cenáculo (22.7-38) – já vimos; C. O Getsêmani (22.39-53) – já vimos; D. A negação de Pedro (22.54-62) – já vimos; E. Os julgamentos de Jesus (22.63-23.25) – concluiremos agora; F. A crucificação
(23.26-56) – veremos agora; G. A
ressurreição (24.1-49); e, H. A ascensão (24.50-53).
Breve síntese do capítulo 23.
Lucas 23 narra o julgamento, a condenação,
a crucificação e a morte de Jesus com riqueza de detalhes que impressiona o
leitor.
Até Pilatos e Herodes com Jesus vieram a
reatar a amizade que tinham. Era dever deles e responsabilidade julgá-lo com
justiça, mas essa estava cega e não seguiu a Deus, antes o ventre dos homens que
queriam a sua morte.
O homem tem o senso de justiça nele por
causa da graça soberana de Deus, único justo. A justiça é um atributo da
divindade e se fôssemos personificá-la trazendo à existência entre nós teríamos
de chamá-la de Deus. Deus é justiça e a justiça está com Deus.
Quando apelamos para a justiça, estamos
apelando para Deus. Quando nos queixamos que ela foi torcida, estamos com isso
dizendo ou clamando a Deus que a execute, pois passamos a falar em seu nome.
Ninguém ali queria nada com a justiça, por isso o resultado absurdo de
condenação à morte por crucificação.
Jesus morreu! Sua traição, prisão,
acusação, julgamento, condenação, sofrimento, castigo, crucificação e morte
ocorreram dentro de um período de mais ou menos 12 horas. Foi tudo tão rápido!
Os discípulos perderam o chão e ainda estavam absortos em pensamentos sem
entenderem bem o que estava se sucedendo.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
E. Os julgamentos de Jesus (22.63-23.25) - continuação.
Até o vs. 25, veremos como foram os
julgamentos de Jesus. Lucas registra as injustiças e as insolências cometidas
contra Jesus em seu julgamento.
Levantou-se toda a assembleia para levar
Jesus a Pilatos. Não era necessário que todos comparecessem, mas um grupo grande
impressionaria Pilatos pela sua seriedade e solidariedade.
A acusação de toda essa assembleia era que
Jesus estaria pervertendo a nação – vs. 2. Uma acusação curiosamente vaga. Também
de que estaria vedando pagar tributo a César. Na verdade, Jesus havia dito
exatamente o contrário (20.25). E ainda que estivesse afirmando ser ele o
Cristo, o Rei. Na seção registrada por Lucas, Jesus se recusou explicitamente a
fazer uso desse termo (22.67-68). Contudo, em Mt 16.17, ele confirmou a
confissão de Pedro com relação a isso.
Assim, num certo sentido essa acusação era
verdadeira, porém incorreta no sentido que os judeus estavam apresentando aos
romanos, ou seja, de que Jesus afirmava ser um líder político que rivalizava
com César. Logo, essa acusação, como todas as outras, era falsa.
Pilatos deve ter se impressionado com toda
a assembleia e também lhe fez uma pergunta se seria ele o rei dos judeus. Num
sentido que era crucialmente importante, Jesus era o Rei dos judeus, de modo
que ele não poderia negar. Porém, ele não era rei no sentido que Pilatos
entendia o termo e, portanto, não podia confirmar. Logo, a sua resposta foi
vaga e neutra (cf. Jo 18.33-38), o que foi suficiente para Pilatos perceber que
Jesus não era um revolucionário.
No império Romano, o julgamento geralmente
era realizado na província onde o crime foi cometido, porém podia ser
transferido para a província natal do acusado. Pilatos aproveitou-se dessa
minúcia jurídica para enviar Jesus a Herodes. Somente Lucas registra esse
detalhe.
Ao ver Jesus que tinha sido enviado a
Herodes por Pilatos muito se alegrou com ele e esperava ver ali, pessoalmente,
algum tipo de sinal ou feito extraordinário, mas Jesus nada lhe respondia.
Herodes foi a única pessoa com quem Jesus se recusou a falar.
Herodes fez pouco caso de Jesus e não
considerou com seriedade as acusações contra ele. Além disso, o tratou com
desprezo, escarneceu dele e ainda fê-lo vestir um manto aparatoso e o devolveu
a Pilatos, com quem, a partir desse momento, reateve sua amizade.
Jesus comparece pela segunda vez diante de
Pilatos e este reunindo seus acusadores e todo o povo resolve apenas castigá-lo
e depois soltá-lo. De acordo com a lei romana, uma pessoa poderia receber uma
surra leve como uma advertência para que fosse mais cuidadoso no futuro.
Pilatos esperava que com esse procedimento conseguisse aplacar a ira dos judeus
e ao mesmo tempo libertar um homem que ele sabia ser inocente.
A tradição de libertar um prisioneiro
durante a Páscoa não tem sido comprovada por fontes extra bíblicas, mas esse
tipo de costume era bastante praticado nesse período, e a oferta de Pilatos não
é implausível.
A multidão gritava por Barrabás, um homem
que seria desconhecido não fosse esse registro. Seu nome significa "filho
do pai”, e Lucas relata que seus crimes eram rebelião e assassinato. Barrabás
era visivelmente um criminoso, mas para a multidão de Jerusalém ele pode ter
sido considerado como um herói do movimento da resistência.
Pilatos ainda tentou evitar a condenação de
Jesus, brincando com sua plateia, mas eles insistiam com ele que não soltasse a
Jesus, mas sim a Barrabas. Pilatos então cede ao desejo da multidão e de seus
acusadores, liberta Barrabas e condena Jesus à crucificação.
A máxima autoridade humana que poderia e
deveria cumprir o seu papel diante de Deus, com o próprio Deus, falhou torcendo
e pervertendo toda a justiça.
F. A crucificação (23.26-56).
Até o vs. 56, estaremos vendo a
crucificação. Lucas registrou os detalhes da morte de Jesus para que esse
acontecimento nunca mais fosse esquecido.
Jesus estava conduzindo em seus ombros as
madeiras que seriam usadas para crucificá-lo, mas estava exausto e os próprios
guardas constrangeram um cireneu, chamado Simão a ajudá-lo.
Era costume o condenado carregar a própria
cruz, ou pelo menos a barra horizontal, até o lugar onde seria crucificado.
Jesus começou carregando a sua cruz (Jo 19.17), mas pode ter enfraquecido por
causa dos açoites que levou antes da crucificação (Mc 15.15).
Os soldados recrutaram um homem dentre a
multidão, chamado Simão. Ele era de Cireneu (no norte da África), e
posteriormente os seus filhos ficaram conhecidos na igreja (Mc 15.21).
Somente Lucas registrou esse incidente –
vs. 27 a 30 - das mulheres que se batiam no peito e o lamentavam. Deveria haver
muitos seguidores de Jesus em Jerusalém, mas somente uns poucos devem ter
ajuntado para observar o julgamento mais de perto, uma vez que todo o espaço
estava ocupado pelos opositores de Jesus.
Jesus se dirige a elas como filhas de
Jerusalém. Uma referência às mulheres locais, e não às peregrinas da Galileia.
Jesus estava preocupado com elas (e não com ele mesmo) e chamou-lhes a atenção
para os sofrimentos terríveis que viriam sobre a terra. Ele queria que elas se
arrependessem em vez de simpatizarem com ele.
No vs. 31, Jesus concluiu seu arrazoado
diante delas dizendo que se aquilo tudo estava acontecendo com ele – lenho verde
– imagina com o que fará com o lenho seco – todos eles? Com certeza um dito
proverbial, possivelmente sugerindo que se Jesus (que era inocente) estava
sendo crucificado, coisa muito pior aconteceria com os judeus (que eram
culpados).
No caminho, haviam mais dois que seriam
crucificados juntos com Jesus – vs.32.
Chegaram então ao Calvário. Do latim,
calvaria, de onde provém a nossa palavra "caveira". Os quatro
Evangelhos relatam que Jesus foi crucificado entre dois ladrões; em sua morte
ele "foi contado com os transgressores" (Is 53.12).
Jesus estava sendo crucificado
impiedosamente e mesmo assim orava pedindo perdão aos seus ofensores, tanto os
judeus como os romanos. Os soldados, no
entanto, ali estavam repartindo as suas vestes. Tradicionalmente, as roupas do
condenado eram repartidas entre aqueles que o crucificaram. Assim, esses
soldados cumpriram involuntariamente a profecia de SI 22.18.
As autoridades, e não o povo, é que
zombavam – vs. 35. É curioso que falassem sobre "o Cristo" e "o
escolhido" quando Jesus parece não ter utilizado nenhum desses títulos com
regularidade.
Também os soldados escarneciam dele e o
provocavam a descer ali da cruz pedindo a ele que, pelo menos, salvasse a si
mesmo. Sobre a sua cruz estava escrito em letras gregas, romanas e hebraicas a
frase ESTE É O REI DOS JUDEUS – VS. 38.
Dos versos de 39 a 43, vemos a conversa que
tiveram os três crucificados, pendurados na cruz. Um zombava também, mas o
outro creu no crucificado e Jesus prometeu a ele que naquele mesmo dia estariam
juntos no paraíso. Nesse crente da última hora havia algum grau de confiança,
pois esse homem acreditava que Jesus não seria aniquilado na morte, mas sim que
estava indo para o reino celeste, ou para o paraíso, uma palavra de origem
persa que significa "jardim", e mais tarde veio a indicar o lugar dos
abençoados (2Co 12.4; Ap 2.7).
Já era quase a hora sexta, cerca de
meio-dia. Como não havia relógios nesse tempo, os horários eram aproximados. Jo
19.14 indica que Pilatos pronunciou a sentença de Jesus "cerca da hora
sexta".
A diferença pode se referir à possibilidade
de João ter usado a mesma medição do tempo observada pelos romanos, que
iniciavam a contagem das horas a partir da meia-noite, e não pela manhã como
faziam os judeus.
Em pleno meio-dia acabou tendo trevas
naquele lugar até a hora nona – a hora da morte de Jesus. Não foi um eclipse,
pois era período da lua cheia (ou quase cheia) e a Páscoa ocorria no décimo
quarto dia do mês (Lv 23.5), sendo que os meses eram calculados de acordo com o
calendário lunar.
Durante a lua cheia (ou quase cheia) a
terra está entre o sol e a lua, tornando impossível um eclipse solar, pois este
somente ocorre quando a lua se coloca entre a terra e o sol. Logo, o que
ocorreu aqui foi uma escuridão sobrenatural ligada à morte de Jesus.
Jesus morreu e rasgou-se o véu do
santuário de alto a baixo – vs. 45. O véu fazia separação entre o Santo dos
Santos e o restante do templo. A morte de Jesus forneceu acesso à presença de
Deus.
Os Evangelhos de Mateus e Marcos enfatizam
a terrível natureza da morte de Jesus em favor dos pecadores. O Evangelho de
Lucas não desmente esse aspecto e inclui as palavras de Jesus para demonstrar
que sua morte estava de acordo com a vontade do Pai. Foi nesse momento que Jesus
exclamou em alta voz “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” e expirou. Uma
maneira incomum de se referir à morte. Nenhum dos Evangelhos utiliza uma
terminologia comum para a morte de Jesus, o que pode indicar que seus
escritores consideraram a morte dele como algo extraordinário.
Até o centurião que tudo presenciou ali
pode constatar que havia morrido um justo. O modo como Jesus morreu demonstrou
que era um homem "justo". Mateus e Marcos utilizam a expressão
"Filho de Deus" (Mt 27.54; Mc 15.39). Nesse contexto, as duas
referências transmitem o mesmo sentido (Mc 15.39).
Agora era a hora da multidão também se
lamentar e baterem em seus peitos. Um sinal de lamento. Para a multidão, até
agora a crucificação de Jesus estava sendo um espetáculo de entretenimento;
porém a morte de Jesus deixou-os tristes e pesarosos. O Evangelho de Lucas não
relata qual foi o efeito da morte sobre os discípulos que a testemunharam.
José de Arimatéia é mencionado apenas nos
relatos do sepultamento de Jesus, e os quatro Evangelhos estão de acordo em que
ele tomou a iniciativa.
A localização de Arimatéia é incerta (Mc
15.43), mas de qualquer modo, José parece que fixou residência em Jerusalém (onde
possuía um túmulo naquela vizinhança).
Ele era um membro do Sinédrio e deve ter
estado ausente quando ocorreu a votação sobre a execução de Jesus, pois está
escrito que "todos" concordaram (Mc 14.64). A frase "que
esperava o reino de Deus" (vs. 51) indica que ele era um seguidor de
Jesus.
Foi ele que tomou as primeiras medidas para
liberação do corpo de Jesus. Primeiro ele o envolveu num lençol de linho – vs.
53 - na verdade, uma mortalha (colocada por cima dos "lençóis" citados
em Jo 19.40), pois ele seria colocado num túmulo aberto em rocha. Esse tipo de
túmulo geralmente possuía espaço para vários corpos, porém nenhum havia sido
colocado ali ainda (Mc 15.46).
Esse era conhecido como o dia da
preparação, uma sexta-feira, o dia em que as pessoas se preparavam para o
sábado. Tudo, então, deveria ser acelerado para terem o sábado livre.
Não houve tempo suficiente na sexta-feira
para que os seguidores de Jesus fizessem os preparativos para o sepultamento da
maneira como gostariam. As mulheres observaram onde o corpo foi sepultado,
evidentemente com o objetivo de retornar ao lugar e terminar o sepultamento
após o encerramento do sábado.
José e Nicodemos deixaram no túmulo uma
quantidade considerável de mirra e aloés (Jo 19.39), porém as mulheres também
queriam dar a sua contribuição e prepararam bálsamo e aromas durante o tempo
que ainda restava da sexta-feira.
Já estava começando o sábado e nada foi
feito nesse dia – vs. 56.
levaram Jesus
a Pilatos.
Lc 23:2 E ali
passaram a
acusá-lo, dizendo:
Encontramos
este homem pervertendo a nossa nação,
vedando
pagar tributo a César
e
afirmando ser ele o Cristo, o Rei.
Lc 23:3
Então, lhe perguntou Pilatos:
És
tu o rei dos judeus?
Respondeu
Jesus:
Tu
o dizes.
Lc 23:4 Disse
Pilatos aos principais sacerdotes e às multidões:
Não
vejo neste homem crime algum.
Lc 23:5
Insistiam, porém, cada vez mais, dizendo:
Ele
alvoroça o povo,
ensinando
por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.
Lc 23:6 Tendo
Pilatos ouvido isto,
perguntou
se aquele homem era galileu.
Lc 23:7 Ao
saber que era da jurisdição de Herodes,
estando
este, naqueles dias, em Jerusalém, lho remeteu.
Lc 23:8
Herodes, vendo a Jesus,
sobremaneira
se alegrou,
pois
havia muito queria vê-lo,
por
ter ouvido falar a seu respeito;
esperava
também vê-lo fazer algum sinal.
Lc
23:9 E de muitos modos o interrogava;
Jesus,
porém, nada lhe respondia.
Lc 23:10 Os
principais sacerdotes e os escribas ali presentes
o
acusavam com grande veemência.
Lc 23:11 Mas
Herodes,
juntamente
com os da sua guarda,
tratou-o
com desprezo,
e,
escarnecendo dele,
fê-lo
vestir-se de um manto aparatoso,
e
o devolveu a Pilatos.
Lc 23:12
Naquele mesmo dia,
Herodes
e Pilatos se reconciliaram,
pois,
antes, viviam inimizados um com o outro.
Lc 23:13
Então, reunindo Pilatos
os
principais sacerdotes, as autoridades e o povo,
Lc 23:14
disse-lhes:
Apresentastes-me
este homem como agitador do povo;
mas, tendo-o
interrogado na vossa presença,
nada
verifiquei contra ele dos crimes
de
que o acusais.
Lc
23:15 Nem tampouco Herodes,
pois
no-lo tornou a enviar.
É, pois,
claro que nada contra ele
se
verificou digno de morte.
Lc
23:16 Portanto, após castigá-lo,
soltá-lo-ei.
Lc
23:17 [E era-lhe forçoso soltar-lhes um detento
por
ocasião da festa.]
Lc 23:18 Toda
a multidão, porém, gritava:
Fora
com este!
Solta-nos
Barrabás!
Lc 23:19
Barrabás estava no cárcere
por
causa de uma sedição na cidade
e
também por homicídio.
Lc 23:20
Desejando Pilatos soltar a Jesus,
insistiu
ainda.
Lc 23:21
Eles, porém, mais gritavam:
Crucifica-o!
Crucifica-o!
Lc 23:22
Então, pela terceira vez, lhes perguntou:
Que
mal fez este?
De fato, nada
achei contra ele para condená-lo à morte;
portanto,
depois de o castigar,
soltá-lo-ei.
Lc 23:23 Mas
eles instavam com grandes gritos,
pedindo
que fosse crucificado.
E
o seu clamor prevaleceu.
Lc
23:24 Então,
Pilatos
decidiu atender-lhes o pedido.
Lc 23:25
Soltou aquele que estava encarcerado
por
causa da sedição e do homicídio,
a
quem eles pediam;
e, quanto a
Jesus,
entregou-o
à vontade deles.
Lc 23:26 E, como o conduzissem,
constrangendo
um cireneu,
chamado
Simão, que vinha do campo,
puseram-lhe
a cruz sobre os ombros,
para
que a levasse após Jesus.
Lc 23:27 Seguia-o numerosa multidão de
povo,
e também
mulheres que batiam no peito
e o
lamentavam.
Lc 23:28 Porém Jesus,
voltando-se
para elas, disse:
Filhas
de Jerusalém,
não
choreis por mim;
chorai,
antes,
por
vós mesmas e por vossos filhos!
Lc 23:29
Porque dias virão em que se dirá:
Bem-aventuradas
as estéreis,
que
não geraram,
nem
amamentaram.
Lc 23:30
Nesses dias, dirão aos montes:
Caí
sobre nós!
E aos
outeiros:
Cobri-nos!
Lc 23:31
Porque, se em lenho verde
fazem
isto,
que será no
lenho seco?
Lc 23:32 E também eram levados outros
dois,
que eram
malfeitores, para serem executados com ele.
Lc 23:33 Quando chegaram
ao lugar
chamado Calvário,
ali
o crucificaram,
bem
como aos malfeitores,
um
à direita, outro à esquerda.
Lc 23:34 Contudo, Jesus dizia:
Pai,
perdoa-lhes,
porque
não sabem o que fazem.
Então, repartindo as vestes dele,
lançaram
sortes.
Lc 23:35 O povo estava ali
e a tudo
observava.
Também as autoridades zombavam e diziam:
Salvou os
outros;
a
si mesmo se salve,
se
é, de fato,
o
Cristo de Deus, o escolhido.
Lc 23:36 Igualmente
os soldados o
escarneciam
e,
aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo:
Lc
23:37 Se tu és o rei dos judeus,
salva-te
a ti mesmo.
Lc 23:38 Também sobre ele estava esta epígrafe
[em letras
gregas, romanas e hebraicas]:
ESTE
É O REI DOS JUDEUS.
Lc 23:39 Um dos malfeitores crucificados
blasfemava contra ele, dizendo:
Não és tu o
Cristo?
Salva-te
a ti mesmo e a nós também.
Lc 23:40 Respondendo-lhe, porém, o
outro,
repreendeu-o,
dizendo:
Nem
ao menos temes a Deus,
estando
sob igual sentença?
Lc 23:41 Nós,
na verdade, com justiça,
porque
recebemos o castigo
que
os nossos atos merecem;
mas
este
nenhum
mal fez.
Lc
23:42 E acrescentou:
Jesus,
lembra-te de
mim quando vieres no teu reino.
Lc
23:43 Jesus lhe respondeu:
Em
verdade te digo
que
hoje estarás comigo no paraíso.
Lc 23:44 Já era quase a hora sexta,
e,
escurecendo-se o sol,
houve
trevas sobre toda a terra
até
à hora nona.
Lc 23:45 E rasgou-se
pelo meio
o
véu do santuário.
Lc 23:46 Então, Jesus clamou em alta
voz:
Pai, nas tuas
mãos entrego o meu espírito!
E, dito isto,
expirou.
Lc 23:47 Vendo o centurião
o que tinha
acontecido,
deu
glória a Deus, dizendo:
Verdadeiramente,
este homem era justo.
Lc 23:48 E todas as multidões
reunidas para
este espetáculo,
vendo
o que havia acontecido,
retiraram-se
a lamentar,
batendo
nos peitos.
Lc 23:49 Entretanto,
todos os
conhecidos de Jesus
e as mulheres
que o tinham seguido desde a Galiléia
permaneceram
a contemplar de longe estas coisas.
Lc 23:50 E eis que certo homem,
chamado José,
membro
do Sinédrio, homem bom e justo
Lc 23:51 (que
não tinha concordado com o desígnio
e
ação dos outros), natural de Arimatéia, cidade dos judeus,
e
que esperava o reino de Deus,
Lc 23:52
tendo procurado a Pilatos,
pediu-lhe
o corpo de Jesus,
Lc 23:53 e,
tirando-o do madeiro,
envolveu-o
num lençol de linho,
e
o depositou num túmulo aberto em rocha,
onde
ainda ninguém havia sido sepultado.
Lc 23:54 Era o dia da preparação,
e começava o
sábado.
Lc 23:55 As mulheres que tinham vindo da
Galiléia com Jesus,
seguindo,
viram
o túmulo
e
como o corpo fora ali depositado.
Lc 23:56
Então,
se
retiraram para preparar aromas e bálsamos.
E, no sábado,
descansaram,
segundo
o mandamento.
O sábado estava
começando e ninguém poderia fazer coisa alguma, assim, deixaram para o dia
seguinte para os preparativos gerais com relação ao corpo de Jesus. No sábado
descansaram, segundo o mandamento. Há pouco Jesus estava com eles e agora não
mais, mas morto.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.