Estaremos vendo o detalhamento das condições da
aliança até o capítulo 26 e em cada capítulo será abordado algum aspecto que
Moisés queria enfatizar àquela segunda geração.
No presente capítulo, 14, veremos a proibição da
mutilação do corpo – vs. 1-2 (Lv 19:27,28); leis sobre os animais limpos e os
imundos – vs. 3-21 (Lv 11:1-47); instruções acerca dos dízimos – vs. 22-29.
Essa mutilação do corpo devia se dar por ocasião dos
cultos pagãos e de adoração aos mortos por oferecer à divindade sacrifícios e
penitências, mas Deus estava requerendo deles separação dessas coisas.
Eles pertenciam a Deus – vs. 2 – e portanto estavam
sujeitos às leis de Deus e não às práticas pagãs. Deus os havia escolhido para
serem seu povo e sua herança para sempre.
“Aqui Moisés
seguindo o que Deus lhe falou – sempre é assim em todo pentateuco – instrui os
israelitas a diferenciar os animais puros dos impuros, ou limpos e imundos,
sendo que o cadáver de todos eles era considerado imundo.
O princípio da
divisão dos animais não era baseado em critérios científicos ou de saúde, mas
por questões teológica e princípios morais, principalmente ligados ao sangue.
Para os
israelitas, Deus deixou claro que não se comesse do sangue porque o sangue é
vida.
Gênesis
9:4Carne,
porém, com suavida, istoé, com seusangue, não
comereis.
Levítico
17:11Porque
avidada
carne está nosangue. Eu vô-lo
tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquantoéosangueque
fará expiação em virtude davida.
Levítico
17:14Portanto,
avidade
toda carneéo seusangue; por isso, tenho dito aos filhos de
Israel: não comereis osanguede nenhuma carne, porque avidade
toda carneéo seusangue; qualquer que o comer será eliminado.
Deuteronômio
12:23Somente
empenha-te em não comeres osangue, pois osangueéavida; pelo que não
comerás avidacom a carne.
Deuteronômio
19:6para
que o vingador dosanguenão persiga o homicida, quando se
lhe enfurecer o coração, e o alcance, por ser comprido o caminho, e lhe tire
avida, porque nãoéculpado
de morte, pois não o aborrecia dantes.
E os animais
considerados imundos eram justamente aqueles que comiam sangue ou que estavam e
se alimentavam de cadáveres. Todos eles eram considerados imundos e impróprios
também para os sacrifícios.
Afora isso,
parece também que a classificação seguia um outro padrão como uma certa
violação da ordem natural de sua locomoção, exemplo criaturas aladas que andam
ao invés de voar.
O certo é que
tudo isso está fortemente ligado à queda do homem.
Eles também
ficavam impuros até a tarde porque os sacrifícios oferecidos ao pôr do sol
restauravam a pureza de qualquer um que tivesse sido contaminado durante o dia.”[1]
Dt
14:1 Filhos sois do SENHOR vosso Deus;
não vos dareis golpes, nem
fareis calva entre vossos olhos
por causa de
algum morto.
Dt 14:2 Porque és povo santo ao
SENHOR teu Deus;
e o SENHOR te
escolheu, de todos os povos que há sobre
a
face da terra, para lhe seres o seu próprio povo.
Dt 14:3 Nenhuma coisa abominável
comereis.
Dt 14:4 Estes são os animais que
comereis:
o boi, a ovelha,
e a cabra. Dt 14:5 O veado e a corça,
e
o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça,
e
o gamo.
Dt 14:6 Todo o
animal que tem unhas fendidas,
divididas
em duas, que rumina, entre os animais,
aquilo
comereis.
Dt 14:7 Porém
estes não comereis, dos que somente
ruminam,
ou que têm a unha fendida:
o camelo, e a
lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm
a
unha fendida; imundos vos serão.
Dt 14:8 Nem o
porco, porque tem unha fendida,
mas
não rumina; imundo vos será; não comereis da
carne
destes, e não tocareis nos seus cadáveres.
Dt 14:9 Isto comereis de tudo o
que há nas águas;
tudo o que tem
barbatanas e escamas comereis.
Dt 14:10 Mas tudo
o que não tiver barbatanas nem escamas
não
o comereis; imundo vos será.
Dt 14:11 Toda a ave limpa
comereis. Dt 14:12 Porém estas são as que
não comereis: a
águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
Dt 14:13 E o
abutre, e o falcão, e o milhafre,
segundo
a sua espécie.
Dt 14:14 E todo o
corvo, segundo a sua espécie.
Dt 14:15 E o
avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião,
segundo
a sua espécie.
Dt 14:16 E o
bufo, e a coruja, e a gralha, Dt 14:17 E o cisne,
e
o pelicano, e o corvo marinho,
Dt 14:18 E a
cegonha, e a garça, segundo a sua espécie,
e
a poupa, e o morcego.
Dt 14:19 Também todo o inseto
que voa, vos será imundo;
não se comerá.
Dt 14:20 Toda a ave limpa
comereis. Dt 14:21 Não comereis nenhum
animal morto; ao
estrangeiro, que está dentro das tuas
portas,
o darás a comer, ou o venderás ao estranho,
porquanto
és povo santo ao SENHOR teu Deus.
Não cozerás o cabrito com leite
da sua mãe.
Dt
14:22 Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente,
que cada ano se recolher do
campo.
Dt 14:23 E, perante o SENHOR teu
Deus, no lugar que escolher
para ali fazer
habitar o seu nome, comerás os dízimos
do
teu grão, do teu mosto e do teu azeite,
e
os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas;
para que aprendas a temer ao
SENHOR teu Deus todos os dias.
Dt 14:24 E quando o caminho te
for tão comprido
que os não possas
levar, por estar longe de ti o lugar
que escolher o
SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome, quando
o SENHOR teu Deus te tiver abençoado;
Dt 14:25 Então vende-os, e ata o
dinheiro na tua mão,
e vai ao lugar
que escolher o SENHOR teu Deus;
Dt 14:26 E aquele dinheiro darás
por tudo o que deseja a tua alma,
por vacas, e por
ovelhas, e por vinho, e por bebida forte,
e
por tudo o que te pedir a tua alma;
come-o ali
perante o SENHOR teu Deus,
e alegra-te, tu e a tua casa;
Dt 14:27 Porém não desampararás
o levita que está dentro
das tuas portas;
pois não tem parte nem herança contigo.
Dt 14:28 Ao fim de três anos
tirarás todos os dízimos
da tua colheita
no mesmo ano, e os recolherás
dentro
das tuas portas;
Dt 14:29 Então virá o levita
(pois nem parte nem herança
tem contigo), e o
estrangeiro, e o órfão, e a viúva,
que estão dentro
das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão;
para que o SENHOR
teu Deus te abençoe em toda a obra
que
as tuas mãos fizerem.
A lei do dízimo foi expressa já no tempo de Abraão,
bem anterior à entrega da lei, no Sinai – Gn 14:20; 28:22. Também Lv 27:30-33
especifica que os dízimos dos animais não deveriam ser seletivos, mas sim “de
tudo o que passar debaixo do bordão do pastor”.
Conforme se vê em 12:17, os dízimos e as primícias
deveriam ser levadas ao santuário. A ordem para comer dos dízimos e das
primícias não significava que o adorador comia tudo – se comesse seria mesmo
uma contradição com o propósito dos dízimos -, mas sim, que deveria comer parte
dessas ofertas em comunhão alegre com os sacerdotes, os levitas e os pobres.
Sobre a questão dos dízimos, há quem defenda que
eles cessaram, como cessou a lei e que portanto se tratam de leis antigas que
não interessam, nem devem ser consideradas porque vivemos nos tempos da graça.
Eu não vejo assim, nem a teologia reformada da qual
procuro me adequar cada vez mais também não é assim. Veja os seguintes artigos
interessantes sobre o assunto:
Meu ponto de vista, como diz sabiamente Pr. Solano
Portela, não está firmado em cima dos argumentos tradicionais, que são firmados
na Lei Cerimonial-Religiosa do Antigo Testamento, de aplicabilidade temporária;
mas no fato de que o dízimo antecede a dádiva da lei cerimonial e judicial de
Israel; bem como que a proporcionalidade, sistematização e planejamento são
princípios ensinados por Paulo - e não são antagônicos à voluntariedade,
consciência e alegria no dar.
Confira os argumentos de quem entende e pode agregar
valor quanto ao assunto para assim aprendermos mais e mais:
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.