Parte II: A MONARQUIA DIVIDIDA - I Reis
12:1 a II Reis17:41.
O.
Em Judá (750-715 a.C.): Jotão e Acaz 15: 32 - 16:20 - continuação.
Esta é a parte “O” que vai de “A” até
“Q”. O historiador agora está de volta para Judá e vai descrever a história de
mais dois reis: 1. Jotão. 2. Acaz.
2.
Acaz de Judá (735-715 a.C.): 16: 1 – 20.
Neste capítulo, veremos o reinado e a história
desse perverso rei Acaz que ao contrário de seu pai, Jotão, e de seus
antepassados, Davi, perpetuou a idolatria em Judá, chegando a colocar um altar
pagão no templo em Jerusalém.
Tendo morrido seu pai, Jotão, passou a
reinar em seu lugar, seu filho Acaz. Provavelmente, também, Acaz tenha sido
corregente com seu pai, no início de seu reinado. O ano era o 17º do reinado de
Peca, filho de Remalias. Quando começou a reinar tinha 20 anos e reinou por 16
anos em Jerusalém.
Como nas demais citações de outros
reis, neste caso, o autor não revela o nome de sua mãe, como de costume. E dos
reis de Judá, este é um dos 12, do total de 20 reis em Judá, que não fizeram o
que era reto diante de Deus como fora os seus pais.
A opção de Acaz foi andar nos caminhos
de que andaram os reis de Israel, chegando ao cúmulo de sacrificar seu próprio filho
como sacrifício, conforme as abominações dos gentios que o Senhor tinha lançado
fora de diante dos filhos de Israel. Além disso, ainda sacrificou e queimou
incenso nos altos e nos outeiros, como ainda debaixo de toda árvore frondosa.
Conforme a BEG, o pecado de Jeroboão I –
I Re 12:26-33 -, perpetuado por todos os reis subsequentes de Israel, foi a
criação de sua própria religião, que prescrevia a adoração em Betel e Dã em vez
de Jerusalém. A tristeza aqui é ver a rejeição dos caminhos do Senhor para
tentar alcançá-lo ao seu próprio jeito. Sinceramente, nem faz isso sentido
algum.
Esses locais de adoração no norte se
tornaram canais para práticas e crenças religiosas pagãs no Reino do Norte. Do mesmo
modo, Acaz introduziu um altar estrangeiro em Jerusalém e, como Jeroboão I,
oficiou os sacrifícios iniciais nesse novo altar – vs 10-13; I Re 12:32-33. Simplesmente,
Acaz desprezou tudo o que seus pais ensinaram a ele e optou pelos maus caminhos
proibidos por Deus, conforme se fazia em Israel.
Quanto à atrocidade do sacrifício de
crianças, era praticada por algumas das nações vizinhas de Judá, mas esse
ritual hediondo era proibido pela Torá – Lv 18:21; Dt 18:10; II Re 3:27. No entanto,
Acaz não foi o único rei de Judá a sacrificar seu próprio filho – 17:17; 21:6;
23:10; Jr 7:31; 32:35. A intenção disso era sempre a mesma, ou seja, obter mais
poder, mais força e agradar uma divindade por troca de favores com ela. Eu faço
isso para ela e ela faz isso para mim.
Judá, destarte, estava se tornando
indistinguível de Israel e das nações que Deus havia expulsado para que seu
povo pudesse habitar na terra. Tornou-se não em exemplo para as demais nações,
mas invejosa das outras nações.
Acaz foi atacado por Rezim, rei da
Síria e por Peca, rei de Israel, mas conseguiu se safar deles. O profeta Isaias
interferiu nessa crise, aconselhando o indeciso Acaz a confiar no Senhor – Is 7:1-17.
Obteve ajuda de Tiglate-Pileser, rei da
Assíria, em troca de ouro e prata que se achavam na Casa do Senhor e nos
tesouros da casa do rei. Este aceitou os presentes e atacou a Damasco, matou
seu rei Rezim, tomou-a e levou cativo o seu povo para Quir. Essa destruição da
Síria foi em cumprimento às profecias de Isaias – Is 7:16 e do profeta Amós –
Am 1:5.
Depois disso, foi Acaz para Damasco
para se encontrar com o rei da Assíria, Tiglate-Pileser e viu ali um altar que
fez questão de copiar e imitar. Urias, o sacerdote fez exatamente como lhe
pedira Acaz e ao retornar já estava pronto, onde pode fazer seus sacrifícios e
usar o altar de bronze que havia sido removido de seu local para práticas de
adivinhações.
Acaz, simplesmente, não somente foi
idólatra e praticou abominações terríveis, como por exemplo o sacrifício de seu
próprio filho, mas foi além, pervertendo e corrompendo o verdadeiro culto do
templo, mudando seus costumes e práticas.
Acaz finalmente morreu e foi sepultado
junto a seus pais, na cidade de Davi e seu filho, Ezequias reinou em seu lugar.
II
Re 16:1 No ano dezessete de Peca, filho de Remalias,
começou a reinar Acaz, filho de
Jotão, rei de Judá.
II Re 16:2 Tinha Acaz vinte anos de
idade quando começou a reinar,
e reinou dezesseis anos
em Jerusalém, e não fez o que era reto
aos olhos do
SENHOR seu Deus, como Davi,
seu
pai.
II Re 16:3 Porque andou
no caminho dos reis de Israel,
e até a seu
filho fez passar pelo fogo, segundo as
abominações
dos gentios que o SENHOR lançara
fora
de diante dos filhos de Israel.
II Re 16:4 Também sacrificou, e
queimou incenso nos altos
e nos outeiros, como
também debaixo de todo o arvoredo.
II Re 16:5 Então subiu Rezim, rei da
Síria, com Peca,
filho de Remalias, rei
de Israel, a Jerusalém, para pelejar;
e cercaram a
Acaz, porém não o puderam vencer.
II Re 16:6 Naquele mesmo tempo
Rezim, rei da Síria,
restituiu Elate à Síria,
e lançou fora de Elate os judeus;
e os sírios vieram a
Elate, e habitaram ali até ao dia de hoje.
II Re 16:7 E Acaz enviou mensageiros
a Tiglate-Pileser,
rei da Assíria, dizendo:
Eu sou teu servo e teu
filho; sobe, e livra-me das mãos do rei
da
Síria, e das mãos do rei de Israel,
que
se levantam contra mim.
II Re 16:8 E tomou Acaz a prata e o
ouro que se achou na casa do
SENHOR, e nos tesouros
da casa do rei, e mandou um
presente ao
rei da Assíria.
II Re 16:9 E o rei da Assíria lhe
deu ouvidos; pois o rei da Assíria
subiu contra Damasco, e
tomou-a e levou cativo o povo para
Quir, e matou
a Rezim.
II Re 16:10 Então o rei Acaz foi a
Damasco, a encontrar-se com
Tiglate-Pileser, rei da
Assíria; e, vendo um altar que estava em
Damasco, o
rei Acaz enviou ao sacerdote Urias
o desenho e o modelo do
altar, conforme toda a sua feitura.
II Re 16:11 E Urias, o sacerdote,
edificou um altar conforme tudo o
que o rei Acaz lhe tinha
enviado de Damasco;
assim o fez o
sacerdote Urias, antes que o rei Acaz
viesse
de Damasco.
II Re 16:12 Vindo, pois, o rei de
Damasco, viu o altar;
e o rei se chegou ao
altar, e sacrificou nele.
II Re 16:13 E queimou o seu
holocausto, e a sua oferta de alimentos,
e derramou a sua
libação, e espargiu o sangue dos seus
sacrifícios
pacíficos sobre o altar.
II Re 16:14 Porém o altar de cobre,
que estava perante o SENHOR,
ele tirou de diante da
casa, de entre o seu altar e a casa do
SENHOR, e pô-lo ao lado
do altar, do lado do norte.
II Re 16:15 E o rei Acaz ordenou a
Urias, o sacerdote, dizendo:
Queima no grande altar o
holocausto da manhã,
como também a
oferta de alimentos da noite,
o holocausto
do rei e a sua oferta de alimentos,
e o
holocausto de todo o povo da terra, a sua oferta de
alimentos, as
suas ofertas de bebidas e todo o sangue
dos
holocaustos, e todo o sangue dos sacrifícios
espargirás
nele; porém o altar de cobre será para mim,
para
nele inquirir.
II Re 16:16 E fez Urias, o
sacerdote, conforme tudo
quanto o rei Acaz lhe
ordenara.
II Re 16:17 E o rei Acaz cortou as
cintas das bases,
e de cima delas tomou a
pia, e tirou o mar de sobre os bois de
cobre, que
estavam debaixo dele, e pô-lo sobre um
pavimento
de pedra.
II Re 16:18 Também a coberta que,
para o sábado,
edificaram na casa, e a
entrada real externa, retirou da casa do
SENHOR, por
causa do rei da Assíria.
II Re 16:19 Ora, o mais dos atos de
Acaz e o que fez,
porventura não está escrito no livro
das crônicas dos reis de Judá?
II Re 16:20 E dormiu Acaz com seus
pais, e foi sepultado junto a seus
pais, na cidade de Davi;
e Ezequias,
seu filho, reinou em seu lugar.“
Acaz foi um péssimo exemplo de rei que
começou seu reinado ainda jovem, com apenas 20 anos e reinou por 16, sendo
depois substituído por seu filho Ezequias. Viveu ao todo 36 anos, mas foi esse exemplo,
como já dito, do que não se pode imitar, nem copiar, nem se fazer.
Infelizmente, enquanto estivermos nessa
vida teremos muitos Acaz em nossos caminhos e pior na posição de autoridade
máxima, apenas sendo instrumento do maligno para destruição e ruina de todos.
Isso acontece por causa dos limites da
graça e da misericórdia de Deus terem atingido o grau máximo de tolerância. O surgimento
de Acaz em Judá era um prenúncio do que estava por vir para Judá em breve, se
não se arrependessem. O fato é que não se arrependerão e serão levados cativos.
Veremos isso mais à frente.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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2 comentários:
Qual foi o filho que o rei Acaz sacrificou no fogo?
parabéns pelo texto...
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