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terça-feira, 22 de março de 2016

I João 1 1-10 - JESUS É DEUS - A LUZ DO MUNDO.

João, o apóstolo amado, escreveu sua primeira epístola para alertar sobre os falsos mestres que ensinavam que Cristo não tinha verdadeiramente vindo em carne e incentivar um estilo de vida apropriado para os seguidores do Cristo encarnado. Estamos vendo o capítulo 1/5.
Breve síntese do capítulo 1.
Jesus está sempre atento às nossas vidas, interessa-se por nós e toma a iniciativa de nos encontrar a fim de nos anunciar a sua palavra. Aqueles que são dele, o ouvirão e o obedecerão; os demais, o rejeitarão.
Veremos aqui nesse capítulo que Deus é luz e que nele não há trevas alguma e assim por ele ser luz, a comunhão resplandece e conseguimos nos relacionar exercitando o perdão.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. PRÓLOGO (1.1-4).
João testemunhou a respeito da realidade da encarnação de Jesus, que ele tinha visto diretamente, na esperança de que seus leitores reafirmassem essa verdade essencial do evangelho.
João iniciou o seu escrito fazendo um resumo dos acontecimentos importantes da sua vida e do seu ministério cristão. Jesus Cristo foi o ponto principal de sua vida. João era um das testemunhas escolhidas que foram privilegiados por terem visto, ouvido e tocado alguém que existiu desde o início: o Filho de Deus, cuja comunhão eterna com o Pai estava sendo agora estendida a outras pessoas.
A expansão dessa comunhão ocorre por meio das proclamações de João e dos outros apóstolos; isso é feito por meio da própria escrita de I João, que convida seus leitores a receberem essa proclamação e a se alegrarem por ela.
João sempre gostou de falar de Cristo começando no princípio, desde a criação, desde os primórdios. Assim, esse versículo repete Jo 1.1 (o qual repete Gn 1.1); ambas as passagens realçam a encarnação como um acontecimento tão importante quanto a própria criação, pois foi o começo de uma nova criação, a recriação dos céus e da terra (Is 65.17; 66.22; 2Co 5.17; Gl 6.15; Ap 21.1).
Esses verbos vívidos e sensoriais “ouvido”, “visto”, “contemplamos”, “apalparam” defendem a realidade da natureza humana de Cristo contra a especulação docética de que Jesus não era totalmente humano (2.22; 4.2-3).
O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos – vs. 1 - a respeito da Palavra da vida ou do Verbo da vida.
O tema da proclamação de João é Jesus, a Palavra encarnada (Jo 1.1,14). João proclamou também a mensagem sobre a vida eterna concedida por Jesus. Esses verbos “visto” e “ouvido” no pretérito perfeito referem-se às palavras ditas anteriormente em 1.1-2 e enfatizam que a proclamação de João era sobre o Cristo encarnado.
O testemunho de João é convincente e forte. A vida se manifestou; nós a vimos e dela testemunhamos, e proclamamos a vocês a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada – vs. 2.
A vida se manifestou para ter comunhão conosco. Houve um propósito claro nisso tudo e ele foi movido pelo amor. Na verdade mesmo a vida estava nele e ele era a vida e a luz que dá vida aos homens. Somente por ouvir e crer na proclamação do evangelho era possível que alguém tivesse comunhão com João e com os outros apóstolos.
Participar dessa comunhão era importante porque os apóstolos haviam desfrutado de uma relação íntima com o Pai e seu Filho. O relacionamento com o povo de Deus não pode ser separado do relacionamento com Deus. Ambos são possíveis somente por meio da crença no evangelho.
Por isso é que nós proclamamos – vs. 3 - e devemos mesmo abrir nossas bocas sobre o que vimos e ouvimos para que outros também tenham comunhão conosco. Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
João afirma que escrevia essas coisas para que a nossa alegria fosse completa. João provavelmente estava se referindo a si mesmo e ao seu grupo.
Até aqui, os leitores foram referidos com 'vós' e ‘vossos’. É possível, no entanto, que ele tivesse em mente não apenas o seu próprio regozijo, mas também o de seus leitores.
João mostrou que, por causa do que ele sabia de seus leitores, ele ainda não estava cheio de alegria. No entanto, se eles entendessem as suas instruções, cressem nelas e as seguissem, o seu regozijo seria completo.
Os cristãos deveriam regozijar-se pelo que havia de louvável nos companheiros cristãos, bem corno entristecer-se pelas suas imperfeições (1Co 12.26-27; 1 Ts 3.6).
II. "DEUS É LUZ" E SUAS IMPLICAÇÕES MORAIS (1.5-2.2).
Deus é pura luz, e aqueles que o seguem devem ser puros como Deus e seguir os seus mandamentos — especialmente o mandamento para amar.
Dos vs. 1.5 ao 2.2, veremos João explanando que “Deus é luz” e as suas implicações morais. João começou a abordar os problemas que os seus leitores apresentavam ao chamar a atenção para a santidade moral de Deus e as implicações dessa santidade para os cristãos.
Seguindo a divisão proposta pela BEG, dividiremos essa parte em cinco seções: A. Deus, a luz (1.5) – veremos agora; B. Vivendo na luz (1.6-2.2) – começaremos a ver agora; C. Obediência aos mandamentos (2.3-6); D. O novo mandamento (2.7-11); E. A garantia (2.12-14); e, F. O amor por Deus e pelo mundo (2.15-17).
A. Deus, a luz (1.5).
O vs. 5 é claro ao afirmar que Deus é luz e que nele não há treva alguma. João descreveu a santidade de Deus equiparando-a à luz, pois Deus é luz. Essas palavras lembram o capítulo de abertura do Evangelho de João, no qual Jesus é chamado de “a verdadeira luz” (Jo 1.9).
Também isso nos remete aos capítulos 8 e 9 de João onde ele proclama na Festa dos Tabernáculos que ele era a luz da vida que rompeu num mundo de pecado e trevas.
No capítulo 9 do evangelho de João os discípulos e os fariseus queriam entender porque aquele homem nascera cego e, ignorantemente, associavam sua cegueira à sua condição de pecador, mas Jesus lhes disse que ele assim nascera para que nele se manifestassem as obras de Deus. Do que falava o Senhor? Daquele cego de nascença específico ou de todos os cegos de nascença em geral?
Ai, então ele proclama uma verdade fundamental: EU SOU A LUZ DO MUNDO!
Esse capítulo 9 que ora acabamos de sintetizar está dentro da primeira parte da divisão em três partes do Evangelho de João, qual seja, o ministério público de Jesus. Até o próximo capitulo – cap. 10 -, vê-se Jesus curando e ensinando, como sempre fez e faz em seu ministério.
Jesus, a luz do mundo (8.12; 9.5) concedeu visão a um homem cego (9.1-34). Esse é um relato que serve para expor a condenação da cegueira espiritual daqueles que o rejeitam (9.35-10.21).
Reparem que foi no capítulo 8, depois de acudir a mulher apanhada em adultério, na Festa dos Tabernáculos, que falando novamente ao povo, Jesus se levantou para proclamar algo muito forte de que ele era a luz do mundo!
Durante aquela Festa dos Tabernáculos, velas eram acesas durante a celebração e simbolizavam a coluna de fogo que conduziu os israelitas pelo deserto.
Sem dúvida a festa representa esse fato, uma vez que Jesus é a luz simbolizada na coluna de fogo. Ele é a presença gloriosa de Deus que os israelitas viram no deserto (cf. 1.9).
Essa declaração é muito interessante e equivale a afirmar a sua divindade, pois somente Deus é identificado com a luz (I Jo 1.5).
As palavras "Eu sou" relembram Êx 3.14 (6.35) e quando ele diz que quem o segue terá a “luz da vida”, Jesus estava se referindo claramente a sua realidade espiritual.
Quando ele diz que era a luz do mundo ele estava afirmando a segunda ou terceira ocorrência de sete, no total, relacionada ao “EU SOU” no Evangelho de João.
Ele estava relembrando as palavras de Êxodos 3.14 (E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.) e desse modo constituindo uma afirmação explícita de sua divindade.
Aqui em I João e em seu Evangelho, João aludiu à luz primeva que rompeu nas trevas da criação (Gn 1.1-4). Nessas passagens, as trevas representam o pecado e a morte; e a luz, a bondade e a vida, e não há nele treva nenhuma.
Embora a luz seja também associada com a glória de Deus (a BEG recomenda ler seu excelente artigo teológico “A glória de Deus", em Ez 1), aqui está mais estreitamente associada com a santidade moral de Deus e ao fato de que ele não tem ligação com as trevas do mal.
Deus é perfeito, inteiramente sem pecado, e seu povo deveria buscá-lo por essa mesma qualidade.
B. Vivendo na luz (1.6-2.2).
A afirmação de João que Deus é luz apresenta uma base para a sua visão de que verdadeiros cristãos caminham na luz de Deus ao se esforçarem para ser santos, assim como Deus é.
A partir do vs. 6 até ao 10, ele, João, inicia uma série de conjecturas envolvendo o “se isso..., então aquilo”:
·         Se afirmarmos que temos comunhão com ele, mas andamos nas trevas,
­  Mentimos e não praticamos a verdade.
João contrastou em termos absolutos duas maneiras opostas de viver. O verbo grego traduzido como "andarmos" sugere que ele tinha em mente exemplos comuns da vida, ou estilos de vida consistentes.
Caminhar na luz não significa perfeição ou impecabilidade. Todos pecam (1.8,10), e até mesmo aqueles que caminham na luz pecam quando os objetivos e os padrões de suas vidas extraviam-se pelos caminhos das trevas.
·         Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz,
­  Temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
É por isso que João advertiu seus leitores contra o pecado (2.1). Os verdadeiros cristãos são libertos do domínio ou da dominação do pecado, mas não de suas influências (mais uma recomendação da BEG de seu excelente artigo teológico 'Santificação', em Tt 3).
Como João enfatizou ao longo de toda a sua carta, um relacionamento correto com Deus por meio do sangue de Cristo está intimamente ligado à comunhão com outros cristãos.
Aqueles que são perdoados de seus pecados viverão na comunhão e no amor com outros que também foram perdoados. Amor, luz, comunhão, relacionamento, pecado e perdão estão vivamente presentes em I João.
·         Se afirmarmos que estamos sem pecado,
­  Enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.
Se dissermos que não temos pecado – vs. 8 – estaremos mentindo. Provavelmente não uma negação do pecado como culpa geral ou uma influência ativa, mas a recusa a admitir ter cometido qualquer ato pecaminoso.
João não tinha em vista os cristãos que ocasionalmente interpretavam erroneamente a pecaminosidade de suas ações ou negavam seus pecados a fim de escondê-lo dos outros, mas os incrédulos que se viam como impecáveis.
Quem esconde a verdade dessa forma a si mesmo está se enganando. O grego sugere uma ativa rejeição da verdade e não simplesmente uma concepção incorreta. A verdade não está em nós – vs. 8 – é uma forte afirmação de que aqueles que enganam a si mesmos desse modo não são salvos (cf. 2.4; 5.6).
Ao negar seus pecados, eles também negam suas necessidades do perdão encontrado em Cristo e, desse modo, rejeitam a verdade do evangelho.
·         Se confessarmos os nossos pecados,
­  Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.
Apesar do pecado, no entanto, se confessarmos nossos pecados – vs. 9 – ele é poderoso para nos perdoar e nos purificar.
Quando depositamos a confiança em Cristo, somos justificados e perdoados no tribunal do céu (Rm 5.1; I Jo 2.12; a BEG recomenda ler seu excelente artigo teológico “Justificação e mérito”, em Rm 3).
Nesse sentido final, o destino último dos verdadeiros cristãos não depende da confissão de seus pecados diários. Mesmo assim, nós não experimentamos o total benefício de nossa justificação nesta vida.
Como resultado, como os cristãos verdadeiros pecam, eles necessitam da experiência do perdão de Deus. Nós desfrutamos mais das bênçãos de Deus do que de sua disciplina temporária (Hb 12.5-11) quando reconhecemos imediatamente os nossos pecados diante dele.
A inflexível e repetida rebelião contra Deus pode indicar que uma pessoa não tem a fé que salva, mas aqueles que genuinamente confiam em Cristo para a salvação irão atender aos chamados de João para a confissão.
·         Se afirmarmos que não temos cometido pecado,
­  Fazemos de Deus um mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Dizer que não temos cometido pecado é uma negação explícita de ter cometido atos pecaminosos (cf. o vs. 8). Assim, sua palavra não está em nós. Outra insistência de que aqueles que negam seus próprios pecados não são salvos (cf. o v. 8; 2.14).
Exatamente como a verdade não está naqueles que negam seus pecados (vs. 8), a palavra de Deus também não está.
Essas palavras advertem contra qualquer alegação de que os cristãos possam viver sem pecar nesta vida.
I Jo 1:1 O que era desde o princípio,
o que temos ouvido,
o que temos visto com os nossos próprios olhos,
o que contemplamos,
e as nossas mãos apalparam,
com respeito ao Verbo da vida
I Jo 1:2 (e a vida se manifestou,
e nós a temos visto,
e dela damos testemunho,
e vo-la anunciamos,
a vida eterna,
a qual estava com o Pai
e nos foi manifestada),
I Jo 1:3 o que temos visto
e ouvido anunciamos também a vós outros,
para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco.
Ora, a nossa comunhão é
com o Pai
e com seu Filho, Jesus Cristo.
I Jo 1:4 Estas coisas, pois, vos escrevemos
para que a nossa alegria seja completa.
I Jo 1:5 Ora, a mensagem que, da parte dele,
temos ouvido
e vos anunciamos é esta:
que Deus é luz,
e não há nele treva nenhuma.
I Jo 1:6 Se dissermos que mantemos comunhão com ele
e andarmos nas trevas,
mentimos
e não praticamos a verdade.
I Jo 1:7 Se, porém, andarmos na luz,
como ele está na luz,
mantemos comunhão uns com os outros,
e o sangue de Jesus, seu Filho,
nos purifica de todo pecado.
I Jo 1:8 Se dissermos que não temos pecado nenhum,
a nós mesmos nos enganamos,
e a verdade não está em nós.
I Jo 1:9 Se confessarmos os nossos pecados,
ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça.
I Jo 1:10 Se dissermos que não temos cometido pecado,
fazemo-lo mentiroso,
e a sua palavra não está em nós.
Deus nos chamou para a comunhão e não para intrigas, nem para rachas, nem para divisões. Se estamos enfrentando intrigas, rachas e divisões o que faremos diante da palavra de Deus? Vamos nos esforçar, amados, com o custo próprio de nós mesmos, a fim de que vençamos, pelo amor, as nossas tolices.
Quando achamos que o outro tem de mudar para podermos ter comunhão é porque ainda somos meninos e não aprendemos a amar. Nunca é o outro que precisa mudar quando você decide amar....
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.