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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Jó 20:1-29 - ZOFAR EM SUA RÉPLICA ACUSA JÓ NOVAMENTE

Parte II - DIÁLOGOS ENTRE JÓ E SEUS AMIGOS – 3:1 a 27:23.
C. O segundo ciclo de discursos – 15:1 – 21:34.
Estamos, agora, nessa parte “C”, que foi dividida, como na BEG, em seis partes igualmente: 1. Elifaz – 15:1 – 35 – já vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 16:1 – 17:16 – já vista. 3. Bildade – 18:1 – 21 – já vista. 4. A resposta de Jó a Bildade – 19:1 – 29 – já vista. 5. Zofar – 20:1 – 29 – veremos agora. 6. A resposta de Jó a Zofar – 21:1 – 34.
5. Zofar – 20:1 – 29.
Chegou a vez, na ordem, de Zofar fazer a sua réplica e depois Jó lhe responder.
Até aqui tem sido repetido o mesmo processo das acusações, da tentativa de defender Deus – assim pensavam e criam - e da falta de consideração para com Jó, das respostas de Jó sempre defensivas e depois voltadas para Deus.
Este capítulo é outra declaração eloquente sobre o destino dos ímpios. Nele, Zofar, o naamatita, expressa a verdade do governo moral do mundo por Deus, mas deixa de aplica-la corretamente à situação de Jó.
Zofar, primeiramente, nos três primeiros versículos, fará acusações pessoais a Jó admitindo que este tinha lhe ofendido pessoalmente com as suas respostas.
Como pode uma pessoa estar errada e ao mesmo tempo convencida de que está certa, não estando de fato? É por isso que as discussões se tornam acaloradas e muitas vezes perigosas.
Quando uma pessoa se convence de algo, ainda que a luz brilhe ao seu lado mostrando o seu erro, ela insistirá em permanecer nas trevas afirmando estar vendo grande luz.
Quando Jesus Cristo falava, ele era a luz e a verdade, duas coisas aconteciam com sua plateia. Uma parte dela era como a cera diante do sol e se derretia diante dele. Outra parte era como o barro e se endurecia diante dele.
Em seguida, Zofar, dos versos  4 ao 29, fará a afirmação da sabedoria proverbial onde explicará que os caminhos dos justos e dos ímpios, desse ponto de vista, seguirá dois caminhos distintos.
O resumo de sua ladainha será que as pessoas sofrem porque merecem e recebem a bênção de Deus se também a merecem. É a teologia das obras e dos méritos, onde se entende que há justiça.
Seríamos nós teólogos reformados contra a teologia das obras? Não nos parece justo que recebamos aquilo que plantamos? E não nos retribuirá o Senhor conforme as nossas obras? Não está claramente escrito que quem pratica algo é responsável pelo que praticou?
Sim, tudo isso é verdade; no entanto, as Escrituras também são claras ao dizer que não há nenhum de nós justos diante de Deus. Todos nós pecamos e nos desviamos de Deus. Nossas melhores obras são comparadas, na Bíblia, a trapos de imundície.
Nós, os teólogos reformados, cremos na depravação total, isto é, que o homem é concebido em pecado e que portanto se torna um pecador diante de Deus, incapaz de com suas obras comprar a sua salvação ou pagar por ela ou com elas agradar a Deus de forma a sermos considerados justos diante dele.
Todo pecador peca. Assim, como pecadores, pecamos ou seja, onde está o livre-arbítrio quando o que fazemos é pecar? Somente teríamos o livre-arbítrio se nós pudéssemos não pecar. Podemos? Se podemos, então, por que Jesus Cristo morreu por nós, os pecadores?
A questão é delicada e merece atenção, mas deixaremos isso para outro momento. Por enquanto basta entendermos que Jesus Cristo é a nossa justiça. Ele não nos torna justos – se tornasse não seria justo -, mas ele nos justifica diante de Deus ao sofrer por nós a condenação que era nossa.
Ele é nosso Redentor e Salvador. Zofar, não entendia isso e Jó compreendia que seu Redentor vivia e que por fim se levantaria sobre a terra.
Zofar cria que ele conseguiria pagar e ser justo, apesar de se reconhecer pecador, não é engraçado? Assim, ele condenava Jó e no seu raciocínio, Jó estava sofrendo por que merecera.
Jó 20:1 Então respondeu Zofar, o naamatita, e disse:
                Jó 20:2 Visto que os meus pensamentos me fazem responder,
                               eu me apresso.
                Jó 20:3 Eu ouvi a repreensão, que me envergonha,
                               mas o espírito do meu entendimento responderá por mim.
Jó 20:4 Porventura não sabes tu que desde a antiguidade,
                desde que o homem foi posto sobre a terra,
                Jó 20:5 O júbilo dos ímpios é breve,
                               e a alegria dos hipócritas momentânea?
                Jó 20:6 Ainda que a sua altivez suba até ao céu,
                               e a sua cabeça chegue até às nuvens.
                Jó 20:7 Contudo, como o seu próprio esterco, perecerá para sempre;
                               e os que o viam dirão: Onde está?
                Jó 20:8 Como um sonho voará, e não será achado,
                               e será afugentado como uma visão da noite.
                Jó 20:9 O olho, que já o viu, jamais o verá,
                               nem o seu lugar o verá mais.
                Jó 20:10 Os seus filhos procurarão agradar aos pobres,
                               e as suas mãos restituirão os seus bens.
                Jó 20:11 Os seus ossos estão cheios do vigor da sua mocidade,
                               mas este se deitará com ele no pó.
                Jó 20:12 Ainda que o mal lhe seja doce na boca,
                               e ele o esconda debaixo da sua língua,
                Jó 20:13 E o guarde, e não o deixe, antes o retenha no seu paladar,
                               Jó 20:14 Contudo a sua comida se mudará nas suas
                                               entranhas; fel de áspides será interiormente.
                               Jó 20:15 Engoliu riquezas, porém vomitá-las-á;
                                               do seu ventre Deus as lançará.
                               Jó 20:16 Veneno de áspides sorverá;
                                               língua de víbora o matará.
                Jó 20:17 Não verá as correntes,
                               os rios e os ribeiros de mel e manteiga.
                Jó 20:18 Restituirá o seu trabalho, e não o engolirá;
                               conforme ao poder de sua mudança, e não saltará de gozo.
                Jó 20:19 Porquanto oprimiu e desamparou os pobres,
                               e roubou a casa que não edificou.
                Jó 20:20 Porquanto não sentiu sossego no seu ventre;
                               nada salvará das coisas por ele desejadas.
                Jó 20:21 Nada lhe sobejará do que coma;
                               por isso as suas riquezas não durarão.
                Jó 20:22 Sendo plena a sua abastança, estará angustiado;
                               toda a força da miséria virá sobre ele.
                Jó 20:23 Mesmo estando ele a encher a sua barriga,
                               Deus mandará sobre ele o ardor da sua ira,
                                               e a fará chover sobre ele quando for comer.
                Jó 20:24 Ainda que fuja das armas de ferro,
                               o arco de bronze o atravessará.
                Jó 20:25 Desembainhará a espada que sairá do seu corpo,
                               e resplandecendo virá do seu fel;
                                               e haverá sobre ele assombros.
                Jó 20:26 Toda a escuridão se ocultará nos seus esconderijos;
                               um fogo não assoprado o consumirá, irá mal
                                               com o que ficar na sua tenda.
                Jó 20:27 Os céus manifestarão a sua iniquidade;
                               e a terra se levantará contra ele.
                Jó 20:28 As riquezas de sua casa serão transportadas;
                               no dia da sua ira todas se derramarão.
                Jó 20:29 Esta, da parte de Deus,
                               é a porção do homem ímpio;
                               esta é a herança que Deus lhe decretou.
Ao falar da parte do ímpio e de sua porção e de sua herança, Zofar falara corretamente. A Bíblia é clara que o ímpio não subsistirá e que no fim perecerá.
A condenação do ímpio é certa, é justa, é merecida. A sua parte será com Satanás e seus seguidores, com o inferno e com a morte que serão lançados no lago de fogo e enxofre para sempre. Para este ímpio não haverá salvação!
A salvação não é um direito do homem caído. Ele não exerce escolhas para assim ficar livre de sua condenação. Ele não pode escolher entre ser ou não ser condenado. Ele já está condenado para sempre.
A salvação é um ato soberano de Deus naqueles que ele conheceu, predestinou, chamou, justificou e glorificou – Rm 8:29-30. Ou seja a salvação é um ato monergista.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.