quarta-feira, 3 de junho de 2015
quarta-feira, junho 03, 2015
Jamais Desista
Oseias 5:1-15 - AS NOSSAS PÉSSIMAS ESCOLHAS JUSTIFICAM OS JULGAMENTOS SEVEROS DE DEUS.
Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 5, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexões, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7).
Segunda ação.
Como já dissemos, Oseias desenvolve uma
ação legal contra os sacerdotes, o povo e os príncipes, demonstrando que esses
mereciam o julgamento de Deus. Os líderes da adoração, a nobreza e o povo foram
acusados de prostituição religiosa.
O começo deste capítulo é com a mesma
palavra do capítulo anterior. Ele começa dizendo para ouvir o que haveria de
proclamar.
Os acusados foram intimados a ouvir de que
se tratava o processo (veja 4.1). Todos deveriam escutar, sacerdotes, a casa de
Israel, a casa do rei. Os sacerdotes eram os responsáveis pelo ensino da lei
(4.6) e a casa real pela administração da justiça.
A Casa de Israel eram os israelitas. Contra
eles se dirigiu o juízo de Deus e eles se tornaram um laço para Mispa e uma
rede estendida sobre o Tabor, ou seja, o povo caiu em pecado quando tolamente
seguiu a liderança pecaminosa dos sacerdotes e da realeza.
Essa Mispa, provavelmente, Mispa em
Benjamim, conforme BEG, era local do circuito de julgamento de Samuel (1 Sm
7.5-6; 10.17-24), não Mispa em Gileade (Gn 31.43-55).
Já essa Tabor, era uma famosa montanha no
extremo sul do vale de Jezreel (Dt 33.19; Jz 4.6; SI 68).
Esse e outros locais, no Reino do Norte,
eram armadilhas para o culto de Baal.
O verso 2 fala que os revoltosos se aprofundaram
na corrupção; no entanto, o Senhor iria castigar a todos eles. Quem são esses
revoltosos se não aqueles que rejeitaram ao Senhor e negaram o conhecimento do
Santo para seguirem seus próprios caminhos malignos?
O caminho de quem rejeita o Senhor não é
nada bom, como vimos no capítulo anterior e essa advertência da corrupção
parece um upgrade desse mal caminho, dessa péssima escolha dos homens.
Nosso Brasil, hodiernamente, está
enfrentando uma onda terrível de corrupção, basta ver o atual escândalo da
Petrobrás e o montante de dinheiro envolvido em falcatruas. Não seria isso, já
consequência dessa rejeição que agora se aprofundam na corrupção? A palavra de Deus
é clara que, em seguida, Deus os castigaria.
Deus diz que conhecia Efraim, ou seja,
Israel (cf. 4.17; 5.5; 11.8) e indaga porque tinham se escondido para caírem na
prostituição e se contaminado?
As ações deles não permitiam que eles
mesmos voltassem para Deus por causa do espírito de prostituição, ou seja, por
causa da participação deles nos rituais cananeus de fertilidade.
Aprisionados pelos seus atos pecaminosos
(4.10; 7.2; 9.15; 12.2) e possuídos por um espírito de prostituição (cf. 4.12),
os adeptos não reconheciam o Senhor e nem o conheciam (4.1,6) e não poderiam
voltar ou se arrepender (cf. Jr 13.23; A BEG, aqui, recomenda a leitura e
reflexão de seu texto, um artigo teológico chamado “Chamado efetivo e
conversão", em At 16).
No processo que o Senhor instaurou contra o
seu povo (4.1), seus próprios crimes testemunhavam contra eles (Dt 1.43; 1 Sm
12.3; 2Sm 1.16; Ez 16.56-57). Agora era a vez da soberba que os acusava – vs.
5.
No verso 6, o absurdo da hipocrisia, pois
que com seus animais levando-os ao sacrifício, pensavam em buscar ao Senhor do
seu jeito e do seu modo e não como Deus queria que envolvia arrependimento e
conversão. O Senhor sentenciou Israel à futilidade na adoração. Ele não seria
encontrado por meio dos sacrifícios do povo (4.13; 5.15; 1Sm 15.7-35; 2Rs 3.27,
Is 1.11-17; Am 5.4-5), e a adoração corrupta do povo faria Deus rejeitá-lo.
Eles estava sendo acusados de aleivosamente
estarem se havendo contra o Senhor gerando destarte filhos bastardos ou
estranhos. Como uma esposa e mãe infiel, Israel deu à luz bastardos religiosos
(4.6,13-14), da mesma maneira que se seus adultérios e prostituições literais,
sempre no contexto da adoração a Baal, resultaram em gravidezes e crianças
bastardas.
As festas por meio das quais o povo pensava
que o Senhor mandaria bênçãos para os ventres e as colheitas, na realidade lhes
seriam por julgamento (cf. Is 1.13; Jr 2.27) trazendo-lhes o juízo e não a
colheita abundante.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14)
A partir do verso 8 até o capítulo 8.14,
estaremos vendo a iminente derrota na guerra.
Oseias chamou a nação para se preparar para
o ataque que sofreriam pelo instrumento do julgamento de Deus. Oseias tinha em
mente muitos ataques feitos pela Assíria durante o período de julgamento
(734-722 a.C.), incluindo algumas incursões por parte dos judaítas.
A destruição de Samaria pela Assíria, em
722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a
trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses
capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos dividem-se em quatro
partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – veremos agora; b. A hipocrisia que
resultou em derrota (6.1-7.2); c. Os líderes corruptos e as alianças que
resultaram em derrota (7.3-16); e, d. A segunda convocação para a derrota na
guerra (8.1-14).
a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15).
Até o verso 15, encerrando este capítulo
estaremos vendo essa convocação para a derrota na guerra, a primeira convocação
para a derrota na guerra. Oseias chamou os israelitas para se prepararem para
uma guerra que eles já sabiam que iriam perder porque estavam sob o julgamento
de Deus.
Que triste essa situação de derrota por
causa das nossas péssimas escolhas que justificam os julgamentos e juízos de
Deus. Tudo poderia ter sido diferente, mas agora era essa a consequência amarga
de seus atos antecedentes tresloucados. Assim, também somos nós, em nossas
idiossincrasias, teimando em rejeitar o conhecimento de Deus e se aprofundando
depois na corrupção.
Esses três imperativos foram o grito do
atalaia para alertar sobre a aproximação do inimigo.
·
Tocai.
·
Levantai.
·
Cuidado.
Em Gibeá, em Ramá e em Bete-Áven. Conforme
a BEG, essas cidades benjamitas eram dispostas em linha reta em direção ao
norte a partir de Jerusalém: Gibeá, 5 km; Ramá, 8 km; Bete-Áven (ou seja,
Betel), 17 km. Por várias vezes, essas cidades foram reclamadas por Israel ou
por Judá (1 Rs 15.16-22; 2Rs 16.5).
Pelo seu profeta, Deus diz que Efraim seria
arrasado no dia do castigo e entre as tribos de Israel ele proclamava o que
aconteceria.
Os líderes de Judá eram os que estavam
mudando os marcos dos limites e por isso, sobre eles derramaria o Senhor a sua
ira como uma inundação. A precipitada anexação do território benjamita por Judá
(1Rs 15.16-22) provocou a ira de Deus; os limites territoriais eram sagrados
para o Senhor, que era o dono da terra e esperava que ela fosse dividida como
ele havia ordenado (Dt 19.14; 27.17; Já 24.2; Pv 22.28; 23.10). Veja CB 36.
A escolha de Efraim foi andar após a sua
vaidade – vs. 11 – por isso que ele estava sendo oprimido e quebrantado no
juízo de Deus. Para eles, o Senhor então seria como a traça e para com Judá
seria Deus como a podridão, ou seja, seriam coisas destruidoras das coisas de
valor.
Assim que Efraim e Judá viram a sua própria
desgraça e ruína ao invés de se voltarem para o seu Senhor que tinha e tem
poder contra essas coisas correram para a Assíria. Em vez de se voltar para o
Senhor para que ele os curasse dos sofrimentos infligidos pelo inimigo (cf. Is
1.5-6; Jr 30.12-13), os israelitas se voltaram para a Assíria, em busca da
ajuda do grande rei, mas quem disse que eles tinham condições de curá-los? Eles
não poderiam sarar nem Israel, nem Judá de seus tumores. Registros assírios
falam do tributo pago por Menaém e Oseias; compare com 2Rs 15.16-22; 17.3.
1 Ouvi isto,
ó sacerdotes,
e escutai,
ó casa de
Israel,
e dai ouvidos,
ó casa do
rei;
porque
contra vós se dirige este juízo;
pois
que vos tornastes um laço para Mizpá,
e
uma rede estendida sobre o Tabor.
2 Os
revoltosos se aprofundaram na corrupção;
mas
eu os castigarei a todos eles.
3 Eu conheço
a Efraim, e Israel não se me esconde;
porque
agora te tens prostituído, ó Efraim,
e
Israel se contaminou.
4 As suas
ações não lhes permitem voltar para o seu Deus;
porque
o espírito da prostituição está no meio deles,
e
não conhecem ao Senhor.
5 A soberba
de Israel testifica contra eles;
e
Israel e Efraim cairão pela sua iniqüidade,
e
Judá cairá juntamente com eles.
6 Eles irão
com os seus rebanhos e com as suas manadas,
para
buscarem ao Senhor,
mas
não o acharão;
ele
se retirou deles.
7
Aleivosamente se houveram contra o Senhor,
porque
geraram filhos estranhos;
agora
a festa da lua nova os consumirá,
juntamente
com as suas porções.
8 Tocai a
corneta em Gibeá, a trombeta em Ramá;
soltai
o alarma em Bete-Áven;
após
ti, ó Benjamim.
9 Efraim será
para assolação no dia do castigo:
entre
as tribos de Israel declaro o que é certo.
10 Os
príncipes de Judá são como os que removem os marcos;
derramarei,
pois, o meu furor sobre eles como água.
11 Efraim
está oprimido e quebrantado no juízo,
porque
foi do seu agrado andar após a vaidade.
12 Portanto
para Efraim serei como a traça
e para
a casa de Judá como a podridão.
13 Quando
Efraim viu a sua enfermidade,
e
Judá a sua chaga,
recorreu
Efraim à Assíria e enviou ao rei Jarebe;
mas
ele não pode curar-vos,
nem
sarar a vossa chaga.
14 Pois para
Efraim serei como um leão,
e
como um leão novo para a casa de Judá;
eu,
sim eu despedaçarei,
e
ir-me-ei embora;
arrebatarei,
e não haverá quem livre.
15 Irei, e
voltarei para o meu lugar,
até
que se reconheçam culpados
e
busquem a minha face;
estando
eles aflitos,
ansiosamente
me buscarão.
Por conta disso o Senhor seria contra eles
como um leão. Mesmo com a ajuda assíria, Israel era uma presa indefesa diante
do leão poderoso e faminto, o Senhor (cf. 13.7; Am 1.2; 3.8).
A consequência do descaso seria o abando do
próprio Senhor por eles, pois que iria e voltaria ao seu lugar – vs. 15 - até
que eles se reconhecessem culpados.
Deus, em ira, recolher-se-ia em seu
santuário celestial (contraste com Dt 33.2; Jz 5.4; Am 1.2; cf. SI 46.4) até
que o seu povo verdadeiramente se arrependesse (3.5).
...
2 comentários:
Deus seja louvado pela vida do irmão Daniel :)
Olá Daniel, me chamo Douglas, sou de colatina no Espírito Santo, li hoje esse capítulo da bíblia e achei muito interessante e atual com a realidade de hoje, tanto com a sociedade e tanto uma reflexão de minha vida mesmo. Sempre peço a Deus para que eu possa ver a realidade, enxergar as coisas da forma que elas são, porém é muito difícil, pois o que Deus deixou claro pra mim no geral do texto, e que as coisas do mundo acabam realmente com a gente, podemos viver uma mesma vida sem as coisas do mundo que nos cercam, mas as vezes usamos como escape uma saída pra tentar fugir da realidade da vida e nos deixamos ir pelos "vícios da vida", o consumismo mesmo é um exemplo real disso, como o cigarro, o álcool, cerveja, a cocaína, maconha, sexo, entre outros.
Tem algum vício que você ache que é de menos intensidade que outros para Deus?
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.