Os reinados deste período dividido, que ora
teremos a oportunidade de estudar, mostram como o povo de Deus recebeu as
bênçãos e também os julgamentos divinos numa época em que se encontrava
desunido.
II Cr 10:1-19 Segmentação e Reflexões
O cronista – bem como também nós, em nossas
reflexões com as adaptações ao texto que se fizerem necessárias -, usará de
modo seletivo o material de I Rs 12:1 – II Rs 17.41.
Seu registro do período dividido evita
grande parte da condenação enérgica do norte encontrada em Reis e se concentra
nos acontecimentos em Judá, a cidade do templo e do rei.
Ao longo dessa seção, ele relatará como o
nível de fidelidade nacional a Deus determinou as condições no reino.
Dividiremos esta parte, conforme BEG, em
três: A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá – 10:1 a 21:3. B. A corrupção
do norte em Judá – 21:4 a 24:27. C. A deterioração decorrente da obediência
superficial – 25:1 a 28:27.
De forma didática, esses acontecimentos
visavam dar aos leitores pós-exílio uma visão mais clara das escolhas que
resultariam em bênção ou maldição em seu próprio tempo.
A. Julgamentos e bênçãos crescentes em Judá – 10:1 a 21:3.
A primeira fase do reino dividido
compreende – e também será nossa divisão para nossas reflexões – 4 partes: 1. O
reinado de Roboão (10:1 - 12:16). 2. O reinado de Abias (13:1 - 14:1a). 3. O
reinado de Asa (14:1b - 16:14). 4. O reinado de Josafá (17:1 – 21:3).
Os temas comuns entre esses reinados serão,
como teremos a oportunidade de verificar:
·O
foco sobre a separação do Reino do Norte.
·As
narrativas de batalhas.
·As
reações à palavra de Deus.
1. O reinado de Roboão (10:1 - 12:16).
O relato sobre Roboão inclui boa parte do
texto de Reis (cf. 10:1 -11:4 com I Rs 12:1-24; 12:9-16 com I Rs 14:21,25-31),
expandido e reorganizado com uma ênfase teológica.
Dividiremos o reinado de Roboão em três
seções paralelas: a. O pecado inicial de Roboão, o encontro profético e a
benção - 10:1 - 11:23. b. O pecado
posterior de Roboão, o encontro profético e a bênção - 12:1-12). c. O final do
reinado de Roboão – 12:13 – 16, onde o cronista acrescentará um resumo do
reinado e um aviso de morte.
Cada uma das partes consistirá numa
situação problemática, num encontro profético e numa bênção divina.
Mediante esse arranjo, ele mostrará aos
seus leitores pós-exílio um exemplo da maldição de Deus contra o orgulho e a
infidelidade e ressaltará os benefícios de viver em humildade e obediência à
palavra profética.
a. O pecado inicial de Roboão, o encontro profético e a benção - 10:1
- 11:23.
Esses capítulos tratam dos primeiros anos
do reinado de Roboão. Também os dividiremos em duas partes as quais estarão
relatando como seus pecados levaram Israel à rebelião (10:1-19) e falarão de
sua sujeição à palavra profética de bênção (11:1-23).
(1) O pecado de Roboão e a rebelião de Israel – 10:1-19.
A primeira seção sobre o reinado de Roboão
se concentrará em seus três primeiros anos como rei (11:17), um período durante
o qual houve conflito entre Judá e Israel.
Podemos didaticamente dividir em duas
partes, com seus trechos paralelos em I Reis – Roboão, de forma insensata e
abusiva, causa separação entre as tribos – vs 1 ao 15, texto paralelo em I Rs
12:1-15; dez tribos seguem Jeroboão – vs 16 – 19, texto paralelo em I Rs
12:16-20.
Roboão reinou de 930 a 913 a.C. No período
da monarquia dividida, o cronista usa essa expressão e outras semelhantes para
indicar: somente o Reino do Sul (11:3; 12:1; 28:23), somente o Reino do Norte
(v. 16; 11:13; 13:4,15), ou os dois reinos juntos (18:16; 24:5).
Com a morte de Salomão, seu filho Roboão
reinou em seu lugar sem problemas algum por parte dos filhos de Israel. Foi em
Siquém, um importante centro israelita – Js 8:30-35; 24:1-33 – situado na
região norte de Efraim, cerca de 60 km de Jerusalém, que ele foi reunido com o
povo para o fazerem rei.
Jeroboão ainda se achava no Egito, mas
mandaram chama-lo porque Salomão já tinha morrido e não mais poderia prejudicá-lo
e ele veio atendendo ao apelo do povo que por ele tinha estima, devido seu
espírito de liderança e capacidade.
Ele veio e já foi procurar, pacificamente,
ao novo rei prometendo lealdade e servidão por todo o tempo de sua vida e assim
parecia que ia ser.
No entanto, Roboão não toma partido nem diz
o que pensa, mas sabiamente, resolve consultar seus conselheiros e começa com
os que dantes eram conselheiros de seu pai, mais maduros e experientes. Por fim
consulta também aos jovens que com ele estavam começando o reinado.
As opiniões de ambos não foram unânimes,
pelo contrário, enquanto os anciãos aprovavam a solicitação de Jeroboão, os
jovens, a condenavam e mandaram Roboão falar-lhes asperamente.
Roboão atende aos conselhos dos jovens e
fala duramente com Jeroboão que saiu dali para se tornar um líder rebelde por
todo o tempo da vida de ambos.
Na multidão dos conselhos, já dizia o
sábio, está a sabedoria! “Provérbios 24:6 Com medidas de prudência farás a
guerra; na multidão de conselheiros está a vitória.”. No entanto,
embora a vitória ou a sabedoria esteja na multidão, a escolha dela é outra
coisa! Roboão escolheu não a sabedoria, nem a vitória, mas justamente aquilo
que Deus tinha decidido.
Era plano de Deus essa divisão e nada
mudaria isso! Foi profetizado pelo profeta Aias e agora estava para se suceder.
Porque esta revolta vinha do SENHOR, para confirmar a palavra que o SENHOR
tinha falado pelo ministério de Aías, o silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
Nos eventos da história, os sábios
entenderão, mas os outros serão atropelados, sem nada entenderem. Por isso que
Daniel fala de que os sábios entenderão e ensinarão a muitos, mas somente
entenderão e serão igualmente alcançados aqueles que temem a Deus e andam
segundo o seu propósito.
Daniel 11:33Ossábiosentre o povo ensinarão a muitos;
todavia, cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por
algum tempo.
Daniel 11:35Alguns dossábioscairão para serem provados,
purificados e embranquecidos, até ao tempo do fim, porque se dará ainda no
tempo determinado.
Daniel 12:3Os que foremsábios, pois,
resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à
justiça, como as estrelas, sempre e eternamente.
Daniel 12:10Muitos serão purificados, embranquecidos e
provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles
entenderá, mas ossábiosentenderão.
Em tudo isso, Deus jamais violou o direito
de escolha de qualquer um, nem deixou de ser soberano. Quem tiver ouvidos para
ouvir, que ouça!
Até Adorão, que estava sobre os tributos
que o rei Roboão enviara fora apedrejado e assim estava consagrada a divisão
dos reinos. Agora Roboão era o rei unicamente de Judá e Benjamim e Jeroboão, o rei
do norte, da outras dez tribos de Israel.
II Cr 10:1 E foi Roboão a Siquém, porque
todo o Israel se reunira ali,
para
fazê-lo rei. II Cr 10:2 Sucedeu que, ouvindo-o Jeroboão,
filho
de Nebate (o qual estava então no Egito para onde
fugira
da presença do rei Salomão), voltou do Egito,
II
Cr 10:3 Porque enviaram a ele, e o chamaram; e vieram,
Jeroboão
e todo o Israel, e falaram a Roboão dizendo:
II
Cr 10:4 Teu pai fez duro o nosso jugo;
agora,
pois, alivia tu a dura servidão de teu
pai,
e o pesado jugo que nos impôs,
e
nós te serviremos.
II
Cr 10:5 E ele lhes disse:
Daqui
a três dias voltai a mim. Então o povo se foi.
II
Cr 10:6 E tomou Roboão conselho com os anciãos,
que
estiveram perante Salomão seu pai, enquanto viveu,
dizendo:
Como
aconselhais vós que se responda a este povo?
II
Cr 10:7 E eles lhe falaram, dizendo:
Se
te fizeres benigno e afável para com este povo,
e
lhes falares boas palavras, todos os dias serão teus servos.
II
Cr 10:8 Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe deram;
e
tomou conselho com os jovens, que haviam crescido com
ele,
e estavam perante ele.
II
Cr 10:9 E disse-lhes:
Que
aconselhais vós, que respondamos a este povo,
que
me falou, dizendo:
Alivia
o jugo que teu pai nos impôs?
II
Cr 10:10 E os jovens, que com ele haviam crescido,
lhe
falaram, dizendo:
Assim
dirás a este povo, que te falou:
Teu
pai agravou o nosso jugo, tu porém alivia-nos;
assim,
pois, lhe falarás:
O
meu dedo mínimo é mais grosso
do
que os lombos de meu pai.
II
Cr 10:11 Assim que, se meu pai vos carregou de um jugo pesado,
eu
ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com
açoites,
porém eu vos castigarei com escorpiões.
II
Cr 10:12 Veio, pois, Jeroboão, e todo o povo, ao terceiro dia,
a
Roboão, como o rei havia ordenado, dizendo:
Voltai
a mim ao terceiro dia.
II
Cr 10:13 E o rei lhes respondeu asperamente;
porque
o rei Roboão deixara o conselho dos anciãos.
II
Cr 10:14 E falou-lhes conforme o conselho dos jovens, dizendo:
Meu
pai agravou o vosso jugo, porém eu o aumentarei mais;
meu
pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei
com
escorpiões.
II
Cr 10:15 Assim o rei não deu ouvidos ao povo,
porque
esta mudança vinha de Deus,
para
que o SENHOR confirmasse a sua palavra,
a
qual falara pelo ministério de Aías,
o
silonita, a Jeroboão, filho de Nebate.
II Cr 10:16 Vendo, pois, todo o Israel,
que o rei não lhe dava ouvidos,
tornou-lhe
o povo a responder, dizendo:
Que
parte temos nós com Davi? Já não temos herança
no
filho de Jessé.
Cada
um à sua tenda, ó Israel!
Olha
agora pela tua casa, ó Davi.
Assim
todo o Israel se foi para as suas tendas.
II
Cr 10:17 Porém, quanto aos filhos de Israel, que habitavam nas
cidades
de Judá, sobre eles reinou Roboão.
II
Cr 10:18 Então o rei Roboão enviou a Hadorão,
que
tinha cargo dos tributos; porém os filhos de Israel
o
apedrejaram, e ele morreu.
Então
o rei Roboão se esforçou para subir ao seu carro,
e
fugiu para Jerusalém.
II
Cr 10:19 Assim se rebelaram os israelitas contra a casa de Davi,
até
ao dia de hoje.
Veja que no verso 15, o texto segue Reis e
explica que a reação de Roboão deve ser considerada à luz dos propósitos
soberanos de Deus. A profecia de Aías a Jeroboão (1 Rs 11:29-39) se cumpriu com
essa reviravolta.
A soberania divina vai além das ações
pecaminosas dos seres humanos.
Sobre o assunto, não podemos deixar de
aproveitar a oportunidade para ver um vídeo lançado pela Editora Fiel “Qual a
Relação Entre um Deus Soberano e o Nosso Pecado?” por, R. W. Glenn (pastor da
Redeemer Bible Church, desde 2002. Serviu por mais de sete anos como um dos
pastores da Calvary Baptist Church, em East Millstone, NJ....) – link do vídeo:
http://fiel.in/1uMtFu3.
Estamos no capítulo 9, no último capítulo
da Parte II e nossas reflexões se encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a
II CR 9:31.
B. O reinado de Salomão – II Cr
1:1 a 9:31.
Como já dissemos, estamos seguindo o
quiasmo encontrado nos primeiros nove capítulos deste início de II Crônicas.
Trata-se, como já falamos, de um quiasmo amplo (A B C D D' C' B' A’).
O padrão do reinado de Salomão é:
(A)
A grande sabedoria e riqueza de Salomão (1:1-17) – já vista.
(B) Assistência internacional (2:1-18) – já vista.
(C) A construção e os móveis e
utensílios do templo (3:1-5:1) – já vista.
(D) A dedicação do templo (5:2-7:10) – já vista.
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22) – já vista.
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16) – já
vista.
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21) – encerraremos
agora.
(A')
A grande sabedoria e riqueza (9:22-28) – também encerraremos agora.
O cronista encerra com um relato sucinto da
morte de Salomão (9:29-31) – será finalizado neste capítulo.
Esta parte “B”, que irá até o capítulo 9,
foi também dividido em nove partes, como o quiasmo acima, ao qual estamos já
seguindo.
No presente capítulo 9, encontraremos os
seguintes trechos paralelos em I Reis: A rainha Sabá visita a Salomão – vs 1 ao
12, texto paralelo em I Re 10:1 ao 13. As riquezas de Salomão – vs 13 ao 28,
texto paralelo em I Re 10:14 ao 29. A morte de Salomão – vs 29 ao 31, texto
paralelo em I Re 11:41 ao 43.
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21) – continuação
Aqui o cronista tem se voltado para o tema
do reconhecimento internacional recebido por Salomão. A passagem se concentra
em Hirão – vs. 8:17 e 18, já vistos – e na rainha de Sabá – 9:1-12. A passagem
também segue seu texto paralelo em I Re 9:26 até 10:13.
A rainha de Sabá – II Cr 9:1-13 e I Re 9:26 – 10:13.
O domínio de Salomão tinha se estendido até
ao Oriente e suas ações prejudicaram o comércio das caravanas Árabes. A rainha
de Sabá fez uma visita a Salomão, em parte para negociar um acordo comercial,
mas acabou se surpreendendo com suas aptidões e realizações.
Até Jesus Cristo, o Messias esperado, falou
da visita dela a Salomão. Lucas 11:31 A
rainha do Sul se levantará, no Juízo, com os homens desta geração e os
condenará; porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão.
E eis aqui está quem é maior do que Salomão.
Isso demonstra que sua viagem não teve a
motivação principal do acordo comercial, mas este com certeza acabou
acontecendo.
Essa visita da rainha de Sabá foi, como já
dissemos, mencionada por Cristo na qual, conta-se que ela saiu de sua terra
para ouvir o que Salomão falava e que ao encontrá-lo verificou que nem a metade
falaram sobre a sabedoria e sobre as palavras dele e ali estava ele, maior do
que Salomão.
Dentre os homens pecadores, filhos de Adão,
de fato, nunca houve, nem havia, nem haverá, conforme as Escrituras mesmo
dizem, homem mais sábio e poderoso do que Salomão.
Sua sabedoria excedia em tudo e em todos os
conhecimentos e níveis. Ele nem tinha buscado isso, antes queria tão
simplesmente ser justo para com o povo de Deus e fazer justiças.
Era esse desejo de justiça, tão somente, o
desejo de seu coração quando disse a Deus o que gostaria de receber diante da
pergunta de Deus: “Pede-me o que queres
que eu te dê” – I Re 3:5.
No entanto, Deus tanto se agradou de seu
pedido por justiça e ainda mais que não era para a sua própria glória, mas
buscando o bem geral da nação onde ele estava sendo posto como rei que Deus o
honrou e lhe deu muito mais do que ele queria e lhe deu sabedoria,
conhecimento e riquezas.
Assim, foi que a rainha de Sabá que veio do
Egito, desconfiada, mas ficou pasma diante do rei Salomão que em tudo excedia
as suas próprias expectativas e ela conversou com o rei e lhe fez perguntas e
ele respondeu a todas elas.
Ela se admirou da organização, das
construções, dos palácios, obras, objetos, riquezas, bens, servos e com ele fez
acordos comerciais e ainda deixou todo aquele ouro ali na terra de Israel, o
equivalente em toneladas a 4,5 Ton.
Saiu dali feliz e alegre por ter conhecido
alguém especial demais e voltou para sua terra levando um pouco do que
aprendera e, com certeza, um pouco da fé em Deus que lhe apareceu dando-lhe
todas essas coisas.
Enquanto Salomão foi honrado, nosso Senhor,
maior do que Salomão, foi totalmente desprezado em sua primeira vinda, mas
estamos aguardando o seu retorno, o qual se dará em breve, sendo que todo o
olho o verá.
(A') A grande sabedoria e riqueza
(9:22-28).
Sem dúvidas, esse reconhecimento internacional
e suas riquezas prefiguraram a esperança de Israel de alcançar prosperidade e
reconhecimento entre as nações no período pós-exílico.
Como dissemos, a rainha de Sabá tinha se
admirado da organização, das construções, dos palácios, obras, objetos,
riquezas, bens, servos e, por conta disso, com ele fez acordos comerciais e
ainda deixou todo aquele ouro ali na terra de Israel, o equivalente em
toneladas a 4,5 Ton. Realmente essa visita trouxe muitos benefícios para
Israel.
A movimentação de ouro anual no reinado de
Salomão chegava perto das 25 toneladas, ou seja, os 666 talentos de ouro.
Também outras materiais preciosos e madeiras e todo tipo de joias, brilhantes.
De fato, era um reinado próspero e rico, muito abastado também em mantimentos e
especiarias.
II Cr 9:1 E ouvindo a rainha de Sabá a
fama de Salomão,
veio
a Jerusalém, para prová-lo com questões difíceis,
com
um grande séquito, e com camelos
carregados
de especiarias;
ouro
em abundância e pedras preciosas;
e
foi a Salomão, e falou com ele de tudo
o
que tinha no seu coração.
II
Cr 9:2 E Salomão lhe respondeu a todas as suas questões;
e
não houve nada que não lhe pudesse esclarecer.
II
Cr 9:3 Vendo, pois, a rainha de Sabá a sabedoria de Salomão,
e
a casa que edificara; II Cr 9:4 E as iguarias da sua mesa,
o
assentar dos seus servos, o estar dos seus criados,
e
as vestes deles; e os seus copeiros e as vestes deles;
e
a sua subida pela qual ele chegava à casa do SENHOR,
ela
ficou como fora de si.
II
Cr 9:5 Então disse ao rei:
Era
verdade a palavra que ouvi na minha terra acerca
dos
teus feitos e da tua sabedoria.
II
Cr 9:6 Porém não cria naquelas palavras, até que vim,
e
meus olhos o viram, e eis que não me disseram
a
metade da grandeza da tua sabedoria;
sobrepujaste
a fama que ouvi.
II
Cr 9:7 Bem-aventurados os teus homens,
e
bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante
de
ti, e ouvem a tua sabedoria!
II
Cr 9:8 Bendito seja o SENHOR teu Deus, que se agradou de ti
para
te colocar no seu trono como rei para o SENHOR
teu
Deus; porque teu Deus ama a Israel,
para
estabelecê-lo perpetuamente;
por
isso te constituiu rei sobre eles para fazeres
juízo
e justiça.
II
Cr 9:9 E deu ao rei cento e vinte talentos de ouro,
e
especiarias em grande abundância, e pedras preciosas;
e
nunca houve tais especiarias, quais a rainha de Sabá
deu
ao rei Salomão.
II
Cr 9:10 E também os servos de Hirão e os servos de Salomão,
que
de Ofir tinham trazido ouro, trouxeram madeira
de
algumins, e pedras preciosas.
II
Cr 9:11 E, da madeira de algumins, o rei fez balaústres,
para
a casa do SENHOR, e para a casa do rei,
como
também harpas e saltérios para os cantores,
quais
nunca dantes se viram na terra de Judá.
II
Cr 9:12 E o rei Salomão deu à rainha de Sabá
tudo
quanto ela desejou, e tudo quanto lhe pediu,
mais
do que ela mesma trouxera ao rei.
Assim
voltou e foi para a sua terra, ela e os seus servos.
II Cr 9:13 E o peso do ouro, que vinha
em um ano a Salomão,
era
de seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro,
II
Cr 9:14 Afora o que os negociantes e mercadores traziam;
também
todos os reis da Arábia, e os governadores da mesma
terra
traziam a Salomão ouro e prata.
II
Cr 9:15 Também fez o rei Salomão
duzentos
paveses de ouro batido; para cada pavês destinou
seiscentos
siclos de ouro batido.
II
Cr 9:16 Como também trezentos escudos de ouro batido;
para
cada escudo destinou trezentos siclos de ouro;
e
Salomão os pôs na casa do bosque do Líbano.
II
Cr 9:17 Fez mais o rei um grande trono de marfim,
e
o revestiu de ouro puro.
II
Cr 9:18 E o trono tinha seis degraus, e um estrado de ouro,
que
eram ligados ao trono, e encostos de ambos os lados
no
lugar do assento; e dois leões
estavam
junto aos encostos.
II
Cr 9:19 E doze leões estavam ali de ambos os lados,
sobre
os seis degraus; outro tal não se fez em nenhum reino.
II
Cr 9:20 Também todas as taças do rei Salomão eram de ouro,
e
todos os vasos da casa do bosque do Líbano, de ouro puro;
a
prata reputava-se por nada nos dias de Salomão.
II
Cr 9:21 Porque, indo os navios do rei com os servos de Hirão,
a
Társis, voltavam os navios de Társis, uma vez em três anos,
e
traziam ouro e prata, marfim, bugios e pavões.
II
Cr 9:22 Assim excedeu o rei Salomão a todos os reis da terra,
em
riquezas e sabedoria.
II
Cr 9:23 E todos os reis da terra buscavam a presença de Salomão,
para
ouvirem a sabedoria que Deus tinha posto
no
seu coração.
II
Cr 9:24 E cada um trazia o seu presente, vasos de prata,
e
vasos de ouro, e roupas, armaduras, especiarias, cavalos
e
mulas; assim faziam de ano em ano.
II
Cr 9:25 Teve também Salomão quatro mil estrebarias
para
os cavalos de seus carros, e doze mil cavaleiros;
e
colocou-os nas cidades dos carros,
e
junto ao rei em Jerusalém.
II
Cr 9:26 E dominava sobre todos os reis, desde o rio até à terra
dos
filisteus, e até ao termo do Egito.
II
Cr 9:27 Também o rei fez que houvesse prata em Jerusalém
como
pedras, e cedros em tanta abundância
como
os sicômoros que há pelas campinas.
II
Cr 9:28 E do Egito e de todas aquelas terras traziam
cavalos
a Salomão.
II Cr 9:29 Os demais atos de Salomão, tanto
os primeiros como os últimos,
porventura
não estão escritos no livro das crônicas de Natã, o profeta,
e
na profecia de Aías, o silonita, e nas visões de Ido,
o
vidente, acerca de Jeroboão, filho de Nebate?
II
Cr 9:30 E reinou Salomão em Jerusalém quarenta anos
sobre
todo o Israel.
II
Cr 9:31 E dormiu Salomão com seus pais, e o sepultaram
na
cidade de Davi seu pai;
e
Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.
Relato sucinto da morte de Salomão (9:29-31).
Antes de finalizarmos essa Parte II, em II Crônicas, queremos ressaltar que o presente cronista, aqui, omitiu a profanação do culto por Salomão, conforme se vê em I Re 9:26 a 11:13. Depois do relato de como Salomão instituiu
o templo como único local aceitável para a adoração a Deus, o autor, em Reis,
de I Re 9:26 a 11:13, tinha se voltado para
um período da vida do rei durante o qual ele profanou o culto em Israel.
Conforme o autor de I Reis, essas
indicações já foram antes previamente preparadas pelo narrador bíblico – I Re 3:1-3;
7:8; 9:24-26 -, mas agora estava tratando diretamente do envolvimento de
Salomão com outras nações – I Re 9:26 a 10:29 - o que o levou a se casar com
várias mulheres estrangeiras que, tragicamente,
conduziram Salomão à idolatria – I Re 11:1-13.
Tudo isso foi omitido aqui nessa narrativa,
pois era desejo do cronista apresentar Salomão como um modelo para a comunidade
pós-exílio. O autor omite os problemas causados pelas esposas estrangeiras do
rei – I Re 11:1-40.
Ele
passa da glória do rei diretamente para o final do seu reinado, de maneira
semelhante àquela como deixou fora o pecado de Davi com Bate-Seba e os
problemas decorrentes ocorridos em seu reino.
Estamos no capítulo 8 e nossas reflexões se
encontram aqui:
Parte II – O REINO UNIDO – 9:35 a
II CR 9:31.
B. O reinado de Salomão – II Cr
1:1 a 9:31.
Como já dissemos, estamos seguindo o
quiasmo encontrado nos primeiros nove capítulos deste início de II Crônicas.
Trata-se, como já falamos, de um quiasmo amplo (A B C D D' C' B' A’).
O padrão do reinado de Salomão é:
(A)
A grande sabedoria e riqueza de Salomão (1:1-17) – já vista.
(B) Assistência internacional (2:1-18) – já vista.
(C) A construção e os móveis e
utensílios do templo (3:1-5:1) – concluiremos neste capítulo.
(D) A dedicação do templo (5:2-7:10) – estamos vendo
agora.
(D') A resposta divina à dedicação (7:11-22).
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16).
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21).
(A')
A grande sabedoria e riqueza (9:22-28).
O cronista encerra com um relato sucinto da
morte de Salomão (9:29-31).
Esta parte “B”, que irá até o capítulo 9,
foi também dividido em nove partes, como o quiasmo acima, ao qual estamos já
seguindo.
No presente capítulo 8, encontraremos
somente um trecho paralelo em I Reis: As demais atividades de Salomão – vs 1 ao
17, texto paralelo em I Re 9:10 ao 28.
(C') A conclusão da construção do templo (8:1-16).
Aqui o cronista relatará vários projetos de
construção e organização do templo, em paralelo com o material de 3:1 a 5:1 e
para isso, segue aproximadamente o texto de I Re 9:10-28.
Dá para se notar a sua preocupação em
mostrar ao povo do pós-exílio somente aspectos positivos e edificantes do
reinado de Salomão e isso, verdadeiramente, não é bom!
Aqueles que serviram a Salomão depois das
construções, num paralelo com 5:1-18, o narrador bíblico irá falar de 1. Hirão –
8:1-6; I Re 9:10-14 e, em seguida, de 2. Trabalhadores conscritos – 8: 7-16; I
Re 9:15-23.
1. Hirão – 8:1-6; I Re 9:10-14.
Depois dos vinte anos de construções, Hirão
que muito ajudou nessas obras, esperava da parte de Salomão uma melhor paga
para ele, mas Salomão lhe deu terras que não foram bem recebidas.
Hirão chegou a dar para as construções
cerca de quatro toneladas e meia de outro (120 talentos) e o pagamento que
recebeu de Salomão foi de vinte cidades da Galiléia que não o agradou.
Salomão havia dado essas cidades a Hirão, e
este, posteriormente, as devolveu (1 Rs 9.10-14). O autor omite esse detalhe a
fim de se concentrar nas benfeitorias realizadas por Salomão nesses lugares.
2. Trabalhadores
conscritos – 8: 7-16; I Re 9:15-23.
Ainda há mais detalhes sobre os
trabalhadores e as obras que realizaram depois da construção do templo.
Houve na época das construções o emprego de
mão de obra forçada tanto da parte dos egípcios como das terras que deveriam
ter sido eliminadas de Israel como os amorreus, heteus, perizeus, heveus, e
jebuseus. Salomão não se utilizou de trabalho escravo ou forçado da parte dos filhos
de Israel.
As obras de Salomão construídas no período
foram:
·A
Casa do Senhor.
·A
sua própria casa – seu palácio real.
·As
fortificações das cidades de Milo, Jerusalém – construção do muro -, Hazon,
Megido e Gezer.
Com isso ele estava se garantindo nas rotas
comerciais de forma que nada ali passava sem que ele tivesse controle e sem que
pudesse exercer fiscalizações e cobrar taxas e impostos.
O narrador bíblico menciona novamente a
mudança da filha de Faraó e as práticas de sacrifícios, exclusivamente, no
templo como seria feito doravante.
O livro de Reis também relata que Salomão
transferiu a sua esposa egípcia para outro lugar (1 Rs 9.24). O cronista aqui acrescenta
o detalhe referente à sua motivação.
Salomão tirou a sua esposa gentia da cidade
de Davi em consideração à arca e ao complexo constituído pelo templo e pelo
palácio.
Ao contrário dos autores dos livros de Reis
(1 Rs 11:1-13) e Neemias (Ne 13:26-27), o cronista não comenta de maneira
negativa os casamentos de Salomão com as mulheres estrangeiras.
Assim, ele, nas festas instituídas por Deus
– Festa dos Pães Asmos (incluindo a Páscoa), a Festa das Semanas e a Festa dos
Tabernáculos (Ex 23:14-17; 34:18-24; Lv 23:1-44; Dt 16:1-17) - sempre estava a
oferecer sacrifícios pacíficos e holocaustos ao Senhor.
Nos versos 12 e 13, podemos ver que
motivado pelo interesse do templo, o cronista fornece detalhes acerca do culto,
dos levitas e dos sacerdotes que vão além do material dos livros de Reis que
lhe serviram de fonte.
II Cr 8:1 E sucedeu, ao fim de vinte
anos,
nos
quais Salomão edificou a casa do SENHOR,
e
a sua própria casa,
II
Cr 8:2 Que Salomão edificou as cidades que Hirão lhe tinha dado;
e
fez habitar nelas os filhos de Israel.
II
Cr 8:3 Depois foi Salomão a Hamate-Zobá, e a tomou.
II
Cr 8:4 Também edificou a Tadmor no deserto,
e
todas as cidades de provisões, que edificou em Hamate.
II
Cr 8:5 Edificou também a alta Bete-Horom, e a baixa Bete-Horom;
cidades
fortes, com muros, portas e ferrolhos;
II
Cr 8:6 Como também a Baalate, e todas as cidades de provisões,
que Salomão tinha, e todas as
cidades dos carros
e
as cidades dos cavaleiros;
e
tudo quanto, conforme ao seu desejo,
Salomão
quis edificar em Jerusalém, e no Líbano,
e
em toda a terra do seu domínio.
II Cr 8:7 Quanto a todo o povo, que tinha
ficado dos heteus,
amorreus,
perizeus, heveus e jebuseus, que não eram de Israel,
II
Cr 8:8 Dos seus filhos, que ficaram depois deles na terra,
os
quais os filhos de Israel não destruíram,
Salomão
os fez tributários, até ao dia de hoje.
II
Cr 8:9 Porém, dos filhos de Israel, Salomão não fez servos
para
sua obra (mas eram homens de guerra, chefes dos seus
capitães,
e capitães dos seus carros e cavaleiros),
II
Cr 8:10 Destes, pois, eram os chefes dos oficiais
que
o rei Salomão tinha, duzentos e cinqüenta,
que
presidiam sobre o povo.
II Cr 8:11 E Salomão fez subir a filha
de Faraó da cidade de Davi
para
a casa que lhe tinha edificado; porque disse:
Minha
mulher não morará na casa de Davi, rei de Israel,
porquanto
santos são os lugares nos quais entrou
a
arca do SENHOR.
II Cr 8:12 Então Salomão ofereceu
holocaustos ao SENHOR,
sobre
o altar do SENHOR, que tinha edificado diante do pórtico,
II
Cr 8:13 E isto segundo a ordem de cada dia, fazendo ofertas
conforme
o mandamento de Moisés, nos sábados e nas luas
novas,
e nas solenidades, três vezes no ano;
na
festa dos pães ázimos,
na
festa das semanas,
e
na festa das tendas.
II Cr 8:14 Também, conforme à ordem de
Davi seu pai,
designou
as turmas dos sacerdotes para seus ministérios,
como
também as dos levitas acerca dos seus cargos,
para
louvarem e ministrarem diante dos sacerdotes,
segundo
o que estava ordenado para cada dia,
e
os porteiros pelas suas turmas a cada porta;
porque
assim tinha mandado Davi,
o
homem de Deus.
II
Cr 8:15 E não se desviaram do mandado do rei aos sacerdotes
e
levitas, em negócio nenhum, nem acerca dos tesouros.
II
Cr 8:16 Assim se preparou toda a obra de Salomão,
desde
o dia da fundação da casa do SENHOR, até se acabar;
e
assim se concluiu a casa do SENHOR.
II Cr 8:17 Então foi Salomão a
Eziom-Geber, e a Elote, à praia do mar,
na
terra de Edom.
II
Cr 8:18 E enviou-lhe Hirão, por meio de seus servos, navios,
e
servos práticos do mar, e foram com os servos de Salomão
a
Ofir, e tomaram de lá quatrocentos e cinqüenta
talentos
de ouro;
e
os trouxeram ao rei Salomão.
Veremos a partir de agora mais informações
sobre as relações internacionais de Salomão.
(B') O reconhecimento internacional (8:17-9:21)
A partir do verso 17, veremos Israel se
envolvendo com várias relações comerciais internacionais que trouxeram bênçãos
econômicas para Israel e, desse modo, ficaram extremamente valiosas para a
nação, no entanto, por causa do envolvimento de Salomão com muitas mulheres
estrangeiras, isso acabou pervertendo o seu coração e este acabou profanando o culto
ao Senhor.
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