quarta-feira, 16 de julho de 2014
quarta-feira, julho 16, 2014
Jamais Desista
Jó 6:1-22 - A PRIMEIRA RESPOSTA DE JÓ A SEUS AMIGOS
Estamos
na parte II de cinco de nossa divisão proposta, que vai tratar do diálogo entre
Jó e os seus amigos. Jó se defendendo e seus amigos o acusando ao invés de
consolá-lo – Jó 6:14.
B.
O primeiro ciclo de discursos – 4:1 – 14:22.
Como
já dissemos, os discursos fazem referência a muitas perspectivas diferentes e
possíveis explicações, mas todas são insuficientes.
Como
na BEG, dividimos esta extensa parte em seis: 1. Elifaz – 4:1 – 5:27 – já
vista. 2. A resposta de Jó a Elifaz – 6:1 – 7:21. 3. Bildade – 8:1 – 22. 4. A
resposta de Jó a Bildade – 9:1 – 10:22. 5. Zofar – 11:1 – 20. 6. A resposta de
Jó a Zofar – 12:1 – 14:22.
2. A resposta de Jó a
Elifaz – 6:1 – 7:21.
Serão
dois capítulos que falarão da resposta de Jó ao primeiro discurso. Para cada
discurso de um de seus amigos, haverá uma resposta de Jó.
Teremos
a oportunidade de ver que Jó repreenderá Elifaz por dizer palavras presunçosas
e insensíveis, além de falsas, a seu respeito 6:1-30. Em seguida, veremos que
ele dirigirá a sua queixa a Deus – 7:1-27.
Elifaz
foi o primeiro a discursar e agora Jó está respondendo a ele. A suma de sua
resposta pode ser notada no vs. 14 que explica nitidamente que um verdadeiro
amigo deveria estar consolando e não sendo peso naquele momento tão delicado e
de profundas dores.
A
resposta primeira de Jó é uma defesa das acusações insinuadas e das acusações
de forma direta contra ele. Não haveria necessidades, da parte de Jó, em se
defender, mas ao se defender, nos possibilitou conhecer a sua mente, sua vida,
seus pensamentos e a sua consciência as quais eram retas e perfeitas diante de
Deus.
Ninguém
tem dúvidas de que Jó era pecador como todos nós também o somos, mas havia algo
na vida dele que devemos igualmente viver.
A
sua fé era algo muito forte e sua aproximação com Deus algo invejável. Isso é
que dava forças a Jó para manter-se íntegro diante de sua consciência a despeito
das fortes e bem elaboradas acusações de seus amigos.
Jó
rejeitou cabalmente o que Elifaz lhe falou como algo que se aplicaria ao seu
sofrimento, principalmente aquele argumento perspicaz e agudo que parecia uma
espada afiada de dois gumes que estava penetrando lentamente em suas entranhas,
o ferindo gravemente.
Refiro-me
àquela fala, nos versos 6 e 7, do capítulo 5, de que nem a aflição brotava da
terra, nem a desgraça nascia do chão, isto é, que não haveria sofrimento sem
causa. Logo, se Jó estava sofrendo é porque ele tinha dado causa e isso era tão
certo como as faíscas das brasas que sempre voam para cima.
No
entanto, Jó sabia que sua aflição não estava fora do controle de Deus, por isso
que disse que as flechas do Todo-Poderoso estavam sobre ele – vs. 3 e 4.
No
vs. 25 ele exclama dizendo como eram persuasivas as palavras retas, ou seja, a
diferença entre Jó e seus amigos estava ali resumida.
Quando
lemos os discursos dos amigos, percebemos que eles diziam chavões que muitas
vezes estavam corretos na esfera abstrata, mas que não se aplicavam
necessariamente a Jó. Na verdade, eles o acusavam falsamente de ter levado uma
vida pecaminosa pela qual estaria sendo castigado.
Jó insiste em dizer palavras honestas sobre a sua
vida. Ele não havia abandonado Deus ou vivido de um modo libertino.
Jó
6:1 Então Jó respondeu, dizendo:
Jó 6:2 Oh! se a minha mágoa
retamente se pesasse,
e a minha miséria
juntamente se pusesse numa balança!
Jó 6:3 Porque, na verdade, mais
pesada seria,
do que a areia
dos mares; por isso é que as minhas palavras
têm
sido engolidas.
Jó 6:4 Porque as flechas do
Todo-Poderoso estão em mim,
cujo ardente
veneno suga o meu espírito;
os
terrores de Deus se armam contra mim.
Jó 6:5 Porventura zurrará o
jumento montês junto à relva?
Ou mugirá o boi
junto ao seu pasto?
Jó 6:6 Ou
comer-se-á sem sal o que é insípido?
Ou haverá gosto
na clara do ovo?
Jó 6:7 A minha alma recusa
tocá-las,
pois são para mim
como comida repugnante.
Jó 6:8 Quem dera que se
cumprisse o meu desejo,
e que Deus me
desse o que espero!
Jó 6:9 E que Deus quisesse
quebrantar-me, e soltasse a sua mão,
e me acabasse!
Jó 6:10 Isto ainda seria a minha
consolação, e me refrigeraria no meu
tormento, não me
poupando ele;
porque
não ocultei as palavras do Santo.
Jó 6:11 Qual é a minha força,
para que eu espere?
Ou qual é o meu
fim, para que tenha ainda paciência?
Jó 6:12 E porventura a minha
força a força da pedra?
Ou é de cobre a
minha carne?
Jó 6:13 Está em mim a minha
ajuda?
Ou desamparou-me a verdadeira sabedoria?
Jó 6:14 Ao que está aflito devia
o amigo mostrar compaixão,
ainda ao que
deixasse o temor do Todo-Poderoso.
Jó 6:15 Meus irmãos
aleivosamente me trataram, como um ribeiro,
como a torrente
dos ribeiros que passam,
Jó 6:16 Que estão encobertos com
a geada,
e neles se
esconde a neve,
Jó 6:17 No tempo em que se
derretem com o calor, se desfazem,
e em se
aquentando, desaparecem do seu lugar.
Jó 6:18 Desviam-se as veredas
dos seus caminhos;
sobem ao vácuo, e
perecem.
Jó 6:19 Os caminhantes de Tema
os vêem;
os passageiros de
Sabá esperam por eles.
Jó 6:20 Ficam envergonhados, por
terem confiado
e, chegando ali,
se confundem.
Jó 6:21 Agora sois semelhantes a
eles; vistes o terror, e temestes.
Jó 6:22 Acaso disse eu:
Dai-me ou
oferecei-me presentes de vossos bens?
Jó 6:23 Ou
livrai-me das mãos do opressor?
Ou redimi-me das
mãos dos tiranos?
Jó 6:24 Ensinai-me, e eu me
calarei; e fazei-me entender em que errei.
Jó 6:25 Oh! quão fortes são as
palavras da boa razão!
Mas que é o que
censura a vossa argüição?
Jó 6:26 Porventura buscareis
palavras para me repreenderdes,
visto que as razões
do desesperado são como vento?
Jó 6:27 Mas antes lançais sortes
sobre o órfão;
e cavais uma cova
para o amigo.
Jó 6:28 Agora, pois, se sois
servidos, olhai para mim;
e vede se minto
em vossa presença.
Jó 6:29 Voltai, pois, não haja iniquidade; tornai-vos, digo,
que ainda a minha
justiça aparecerá nisso.
Jó 6:30 Há porventura iniquidade na minha língua?
Ou não poderia o
meu paladar distinguir coisas iníquas?
No
último verso deste capítulo, Jó falou acerca das palavras dos seus amigos como
um alimento ruim e então ele pede a eles que mudem a comida com a qual estavam
se alimentando.
No
próximo capítulo, Jó se voltará para Deus e a ele apresentará as suas queixas
buscando alívio e respostas.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.