INSCREVA-SE!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

João 16.1-33 - JESUS ENVIA O ESPÍRITO SANTO COM UMA MISSÃO.

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 16, da parte III.
Breve síntese do capítulo 16
Em João 16, encontraremos Jesus falando do Consolador que somente virá e ficará conosco - como está aqui agora comigo e contigo - porque Jesus foi para o Pai que foi aquele que o enviou para nos salvar.
Assim, o convencimento de que somos pecadores, da justiça de Deus e do consequente juízo vindouro somente vem por causa do Espírito Santo. Também é ele quem nos guia a toda a verdade e é também quem nos anuncia as coisas que hão de vir. Quando conversamos com alguém querendo convencer essa pessoa sobre a existência de Deus, se não for o Espírito Santo, jamais teremos êxito.
Evangelizar sem o Espírito Santo confiando na nossa capacidade de persuasão é ledo engano. É o Espírito Santo quem convence o homem e não a nossa pretensa capacidade ou letras.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O MINISTÉRIO DE JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS (13.1-17.26) - continuação.
Como já falamos, em seus últimos dias, Jesus concentrou-se em ministrar a seus discípulos para prepará-los para a sua partida; ele os serviu, os confortou e orou por eles.
Assim, dividimos essa terceira parte em três seções: A. A cerimônia do lava-pés e a profecia da traição (13.1-38) – já vimos; B. O discurso de despedida (14.1-16.33) – concluiremos agora; e, C. A oração intercessória (17.1-26).
B. O discurso de despedida (14.1-16.33) - continuação.
O discurso de despedida ocupa os capítulos 14 a 16. João registra as várias maneiras pelas quais Jesus confortou os seus discípulos enquanto eles enfrentavam a iminência de sua morte e quanto às provações que viriam nos anos seguintes.
Esse material está dividido em cinco seções: a. A morada (14.1-4) – já vimos; b. O caminho (14.5-14) – já vimos; c. O Espírito Santo (14.15-31) – já vimos; d. A videira e os ramos (15.1-17) – já vimos; e, e. O consolo durante a perseguição (15.18-16.33) – concluiremos agora.
e. O consolo durante a perseguição (15.18-16.33) - continuação.
Falamos que a oposição do mundo contra os eleitos de Deus é articulada em termos bastante fortes (14.17). O ódio do mundo não é devido aos erros dos cristãos, mas sim aos acertos.
Jesus acabou de se comparar a uma videira verdadeira, plantada por seu Pai e nós, nele, somos os ramos que haverão de produzir muitos frutos; agora, ele nos apresentará o Consolador.
Esse capítulo 16 é uma continuação do ensino de Jesus sobre a oposição que os discípulos enfrentariam no mundo; os vs. 5-15 retomam o ensinamento sobre o Espírito Santo.
Enquanto estava na terra com seus discípulos, Jesus os ensinava e os encorajava à medida que as necessidades iam surgindo. Nesse momento, com o tempo se esgotando, eles precisavam saber sobre as perseguições vindouras e sobre o ministério do Espírito Santo.
Jesus os prepara nos 4 primeiros versos e no verso 5 ele anuncia que irá para aquele que o enviou. Embora Pedro tenha perguntado especificamente sobre isso e Tomé sugerido a mesma coisa (13.36; 14.5), a pergunta deles surgiu mais pelo fato de perceberem a partida iminente de Jesus do que por um desejo de compreender a natureza e as implicações do seu destino (vs. 6).
Aqui – vs. 5 -, Jesus desafia seus discípulos a pensarem sobre a importância de sua partida - particularmente sobre a vinda do Espírito Santo.
Os discípulos estavam obviamente angustiados com a ideia da partida de Jesus; porém, enquanto a presença de Jesus estava limitada a um só local nos dias do seu ministério terreno, a vinda do Espírito Santo no Pentecostes os asseguraria da presença de Deus ao lado deles por onde quer que fossem (Mt 28.20).
Contudo, a vinda do Espírito Santo no Pentecostes estava condicionada ao retorno de Cristo para o céu.
O papel de convencer o mundo do pecado pertence a ele. Provavelmente não se refere à convicção que conduz ao arrependimento e à salvação, mas à manifestação da culpa inescusável da humanidade. Ele é quem convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo – vs. 8:
·         Convencer do pecado – vs. 9 - a gravidade da incredulidade é salientada, sem que isso exclua outras formas de pecado. Jesus veio em nome de seu Pai anunciou a verdade e os homens, no geral, a rejeitaram, ou seja, não creram nele.
·         Convencer da justiça – vs. 10 - os pecadores não podem ser considerados justos em razão de suas próprias obras, mas somente com base no mérito da obra substitutiva de Cristo. A obra de Jesus elimina pecados e a sua obediência perfeita é considerada como se fosse dos pecadores. É pelo mérito da ressurreição (Rm 4.251 e da ascensão de Cristo que a justificação para os pecadores é atestada.
·         Convencerá do juízo – vs. 11 - Satanás e aqueles sobre quem ele governa serão derrotados pela justiça divina de Deus, cuja sentença já foi proferida.
É também papel ou missão do Espírito Santo nos guiar a toda a verdade. Obviamente, isso se refere à verdade da salvação de Deus, e não a um conhecimento técnico sobre todas as coisas ou uma nova doutrina vinda do além.
Esse ato de guiar à verdade está relacionado especificamente ao ministério dos apóstolos como veículos da nova Escritura, que ocuparia seu lugar ao lado do Antigo Testamento.
·         O Espírito os relembrará do passado (tudo o que foi registrado nos Evangelhos; 14.26).
·         O Espírito os instruirá acerca do presente (os registros em Atos e nas epístolas; 14.26; 15.26; 16.13).
·         O Espírito revelará as coisas por vir (os registros em Apocalipse; 16.13).
O ensino do Espírito não é feito independentemente do ensino do Pai e do Filho, porém ocorre como parte do plano da redenção e em concordância total com as três pessoas da Trindade.
Por isso que Ele iria glorificar a Jesus. Uma vez que o plano da redenção está centralizado em Cristo, esse é o tópico no qual o Espírito concentrará o seu ensino (15.26). Mais uma vez é enfatizado o relacionamento íntimo entre as três pessoas da Trindade (17.10).
Quando ele diz no verso 16 “um pouco... outra vez um pouco”, a primeira referência aponta, sem dúvida, para a crucificação, que tiraria Jesus dentre eles; a segunda pode se referir à ressurreição, à vinda do Espírito Santo ou à segunda vinda de Cristo.
A ressurreição se encaixa melhor com a proximidade imediata da profecia; a segunda vinda se ajusta melhor à questão da alegria nesse contexto.
Os discípulos associaram as palavras de Jesus no vs. 10 com a sua afirmação no vs. 16, e isso tornou ainda mais difícil entender o sentido do que Jesus estava dizendo, uma vez que o primeiro se refere à ascensão, e o segundo, à crucificação.
A crucificação de Jesus, que causaria a impressão de que os inimigos de Cristo haviam triunfado, iria perturbar profundamente os discípulos.
Todavia, considerando que essa morte substitutiva assegura a salvação de todos os que creem em Jesus, toma-se objeto de regozijo e gratidão, numa analogia semelhante ao parto, que é uma experiência dolorosa para a mãe durante o momento do nascimento, mas depois se toma fonte de muita alegria.
As bênçãos que a obra redentora de Deus nos concede não podem ser canceladas por nenhum poder humano ou satânico. O propósito gracioso de Deus nos garante a natureza perpétua da alegria da salvação (10.28; Fp 1.6).
No vs. 23, são usados dois verbos gregos diferentes – “perguntareis” e “pedirdes”. O primeiro se refere geralmente a pedir informações, e o segundo fazer uma petição.
Se percebermos essa distinção, observaremos que após a ascensão, os discípulos receberam revelação da verdade por meio do Espírito Santo.
As orações devem ser dirigidas ao Pai em nome de Cristo (isto é, como representantes de Cristo, com autoridade delegada por ele).
Os discípulos faziam suas orações a Deus e seus pedidos a Jesus. A diferença é que, no futuro próximo, eles poderiam se dirigir ao Pai diretamente e com confiança, empossados com a autoridade de Cristo como seus representantes.
Jesus não está negando o seu ministério de intercessão (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1); antes, está dizendo que seus discípulos atingiriam certo grau de maturidade na oração no qual Jesus não precisaria mais interceder em oração como se eles fossem neófitos.
As três pessoas da Trindade estão unidas plenamente em seu amor comum pelos cristãos (3.16). Estes, por sua vez, estão unidos tanto ao amor pela Trindade como na fé pelas três pessoas da divindade.
A encarnação é descrita como Jesus vindo do Pai e entrando no mundo; a ascensão, como Jesus deixando o mundo e retornando para o Pai (17.13). Isso explica para onde Jesus estava indo e por que os seus discípulos não o veriam mais (vs. 5-6,16-17).  
Os discípulos entenderam finalmente que ele mesmo sabia todas as coisas. Somente Deus é onisciente, e não precisa ouvir as nossas perguntas para saber o que se passa na nossa mente. Os discípulos reconheceram a origem e a natureza divina de Cristo.
Jesus não desencorajou esse reconhecimento de sua divindade. Pelo contrário, ele a aceitou e a endossou – vs. 31. No entanto, afirmou a eles que seriam dispersos quando ele, Jesus, fosse ferido. Uma referência à covardia dos discípulos, que abandonariam Jesus no momento de sua prisão (Mt 26.56).
Jesus nunca esteve só, porque o Pai estava com ele sempre. Isso foi verdade quanto à maior parte do período da Paixão do Senhor. Porém, o seu grito de angústia – “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46; Mc 15.34) - deixou claro que Jesus também aceitou ser separado do Pai, a quem estava unido de modo tão magnífico.
Jesus passou pelo sofrimento dessa separação a fim de carregar os pecados em nosso lugar. Um contraste entre a paz e alegria de Cristo (vs. 21.22,24) e as aflições e dificuldades do mundo. A vitória, porém, pertence a Cristo.
Jo 16:1 Tenho-vos dito estas coisas
para que não vos escandalizeis.
Jo 16:2 Eles vos expulsarão das sinagogas;
mas vem a hora em que todo o que vos matar
julgará com isso tributar culto a Deus.
Jo 16:3 Isto farão porque
não conhecem o Pai,
nem a mim.
Jo 16:4 Ora, estas coisas vos tenho dito
para que, quando a hora chegar,
vos recordeis de que eu vo-las disse.
Não vo-las disse desde o princípio,
porque eu estava convosco.
Jo 16:5 Mas, agora, vou para junto daquele que me enviou,
e nenhum de vós me pergunta:
Para onde vais?
Jo 16:6 Pelo contrário, porque vos tenho dito estas coisas,
a tristeza encheu o vosso coração.
Jo 16:7 Mas eu vos digo a verdade:
convém-vos que eu vá,
porque, se eu não for,
o Consolador não virá para vós outros;
se, porém, eu for,
eu vo-lo enviarei.
Jo 16:8 Quando ele vier, convencerá o mundo
do pecado,
da justiça
e do juízo:
Jo 16:9 do pecado,
porque não crêem em mim;
Jo 16:10 da justiça,
porque vou para o Pai,
e não me vereis mais;
Jo 16:11 do juízo,
porque o príncipe deste mundo já está julgado.
Jo 16:12 Tenho ainda muito que vos dizer,
mas vós não o podeis suportar agora;
Jo 16:13 quando vier, porém,
o Espírito da verdade,
ele vos guiará a toda a verdade;
porque não falará por si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver ouvido
e vos anunciará as coisas
que hão de vir.
Jo 16:14 Ele me glorificará,
porque há de receber do que é meu
e vo-lo há de anunciar.
Jo 16:15 Tudo quanto o Pai tem é meu;
por isso é que vos disse que há de receber do que é meu
e vo-lo há de anunciar.
Jo 16:16 Um pouco,
e não mais me vereis;
outra vez um pouco,
e ver-me-eis.
Jo 16:17 Então, alguns dos seus discípulos disseram uns aos outros:
Que vem a ser isto que nos diz:
Um pouco,
e não mais me vereis,
e outra vez um pouco,
e ver-me-eis;
e: Vou para o Pai?
Jo 16:18 Diziam, pois:
Que vem a ser esse - um pouco?
Não compreendemos o que quer dizer.
Jo 16:19 Percebendo Jesus que desejavam interrogá-lo, perguntou-lhes:
Indagais entre vós a respeito disto que vos disse:
Um pouco,
e não me vereis,
e outra vez um pouco,
e ver-me-eis?
Jo 16:20 Em verdade, em verdade eu vos digo
que chorareis e vos lamentareis,
e o mundo se alegrará;
vós ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
Jo 16:21 A mulher, quando está para dar à luz,
tem tristeza, porque a sua hora é chegada;
mas, depois de nascido o menino,
já não se lembra da aflição,
pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo um homem.
Jo 16:22 Assim também agora vós tendes tristeza;
mas outra vez vos verei;
o vosso coração se alegrará,
e a vossa alegria ninguém poderá tirar.
Jo 16:23 Naquele dia, nada me perguntareis.
Em verdade, em verdade vos digo:
se pedirdes alguma coisa ao Pai,
ele vo-la concederá em meu nome.
Jo 16:24 Até agora nada tendes pedido em meu nome;
pedi
e recebereis,
para que a vossa alegria seja completa.
Jo 16:25 Estas coisas vos tenho dito por meio de figuras;
vem a hora em que não vos falarei por meio de comparações,
mas vos falarei claramente a respeito do Pai.
Jo 16:26 Naquele dia,
pedireis em meu nome;
e não vos digo que rogarei ao Pai por vós.
Jo 16:27 Porque o próprio Pai vos ama,
visto que me tendes amado
e tendes crido que eu vim da parte de Deus.
Jo 16:28 Vim do Pai
e entrei no mundo;
todavia, deixo o mundo
e vou para o Pai.
Jo 16:29 Disseram os seus discípulos:
Agora é que falas claramente
e não empregas nenhuma figura.
Jo 16:30 Agora, vemos que sabes todas as coisas
e não precisas de que alguém te pergunte;
por isso, cremos que, de fato,
vieste de Deus.
Jo 16:31 Respondeu-lhes Jesus:
Credes agora?
Jo 16:32 Eis que vem a hora
e já é chegada,
em que sereis dispersos,
cada um para sua casa,
e me deixareis só;
contudo, não estou só,
porque o Pai está comigo.
Jo 16:33 Estas coisas vos tenho dito
para que tenhais paz em mim.
No mundo,
passais por aflições;
mas tende bom ânimo;
eu venci o mundo.
Tudo o que o Pai tem é meu! Quem poderia dizer algo assim? Somente Jesus Cristo poderia e disse mais ainda: por isso que eu disse que iriam receber do que é meu e iriam anunciar. Em seguida, lhes anuncia sua partida breve e seu retorno quando iriam entristecer-se por um pouco e depois se alegrarem indefinidamente.
Ele termina este capítulo nos falando para termos bom ânimo diante das aflições por causa do seu nome porque ele venceu o mundo. 
...
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.

0 comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.