INSCREVA-SE!

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Ester :2-23 - ESTER, A MAIS BELA DE TODAS, SE TORNA RAINHA PELA PROVIDÊNCIA DE DEUS.

Aqui estamos nós na Parte V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3, em continuidade às nossas reflexões neste livro de Ester cuja principal finalidade é o estabelecimento da Festa de Purim como um memorial pelo livramento que Deus concedeu ao seu povo e como um lembrete para que permanecessem fiéis a ele mesmo quando estivessem vivendo sob opressão.
Como já frisamos, a história de Ester está cronologicamente inserida dentro de Esdras e Neemias (repare: em Esdras, Ciro e Dario eram os reis dos persas; em Ester, Xerxes era Assuero, filho de Dario, seu marido e em Neemias, Artaxerxes, filho de Xerxes, era o rei).
Dividiremos, como também já explicamos, essa última parte de nosso estudo em 6 partes. (1) Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista. (2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – veremos agora. (3) O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14. (4) O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10. (5) O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32. (6) Epílogo – 10:1-3.
(2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15.
Deus havia elevado Mordecai e Ester à proeminência na corte persa, mas eles foram ameaçados pelo decreto de Hamã, que ordenava o genocídio dos judeus.
Não foi sem propósitos que eles foram elevados a tão grande posto na corte persa. Se observarmos bem toda a história, como Mordecai mesmo irá falar em algum momento mais adiante – vs 4:14 -, eles estavam sendo elevados por causa do povo de Deus.
Repare que foi assim que aconteceu também com José no Egito que Deus levantou por causa do povo de Deus. Igualmente com Moisés que da morte certa passou a ser o filho de Faraó e pode depois ser o grande libertador de todo o povo de Israel.
O primeiro decreto do rei resultaria em perigo mortal para Israel. Esses capítulos relembram os acontecimentos que levaram ao decreto de Assuero sobre o genocídio dos judeus.
Eles se dividem em três partes: A. A ascensão da rainha Ester (2:1-18); B. A conspiração contra o rei revelada por Mordecai (2:19-23); e, C. A promoção de Hamã e seu plano contra os judeus (3:1-15).
A. A ascensão da rainha Ester (2:1-18)
A ascensão da rainha Ester se deu por um decreto do rei, em 479 a.C., após as guerras de Assuero contra os gregos.
No texto original, é usado o mesmo verbo raro em 2:1 “apaziguado” e 7:10 “aplacou”, o que sugere um paralelo entre a destituição de Vasti por desobediência ao rei e o enforcamento de Hamã, por inveja de Mordecai.
A lembrança de Vasti no coração do rei fez com que ele pusesse, por sugestão dos jovens do rei – vs 2 - comissários – vs 3 – encarregados de buscarem em seu reino uma mulher bonita, atraente e que pudesse substituir Vasti.
Agora começa e entrar a história de um judeu benjamita, Mordecai - nome derivado de Merodaque, o deus protetor da Babilônia, ainda que, como Ester, também possa ele ter tido um nome judaico.
Instrui-nos a BEG que a descoberta do nome babilónico Mardukaya em textos, incluindo um com data aproximada de 485 a.C., e a descoberta de um arquivo de textos em Nipur (cerca de 160 km ao sul da atual Bagdá) contendo os nomes dos judeus da época de Artaxerxes 1 e Dario II, apontam para a autenticidade do nome de Mordecai e, mais genericamente, para a historicidade dos acontecimentos narrados.
Mordecai era um judeu que vivia na cidadela de Susã, o que sugere que talvez fosse ele um oficial do governo persa. Os nomes em sua genealogia provavelmente refiram-se aos seus antepassados remotos, em vez de aos imediatos: Simei (II Sm 16:5-14) e Quis (I Sm 9:1-2; I Cr 8:313).
A referência de que "fora transportado... com os exilados... com Jeconias... a quem Nabucodonosor..." (vs. 6) em 597 a.C. (II Re 24:6-17; 25:27-30) não é a Mordecai, mas a seus antepassados, e isso pode indicar que sua família pertencia à nobreza judaica (2Rs 24:10-16).
A ligação de Mordecai com Saul, que também era um benjamita, ganha importância quando tomamos conhecimento de que Hamã, inimigo de Mordecai, pode ter sito um parente distante do amalequita Agague, inimigo de Saul.
Foi Mordecai, o benjamita, quem criou Hadassa, nome hebraico para Ester, que significa "murta". O nome Ester talvez seja derivado da palavra persa "star", embora pudesse ser de Istar, urna deusa babilônica. Era ela filha de Abiail, tio de Mordecai.
O concurso real estava proclamado e Ester dele participou e logo chamou a atenção de Hegai – vs 9 – que logo fez com ela os preparativos exigidos, inclusive 12 meses de tratamento para pele e embelezamento, além de diversas outras instruções. Também Ester seguia as instruções de seu pai Mordecai que lhe disse para não falar de sua origem étnica.
Quis a providência que Assuero se apaixonasse por Ester e ao vê-la, a desejou com toda a sua alma. Estava ali escolhida a nova rainha, pois ela agradou o seu coração e alcançou dele favor e benevolência – vs 17.
A festa pela coroação de Ester contrasta com o banquete de Vasti – vs 1:9. Vasti ofereceu o seu próprio banquete e somente as mulheres compareceram, enquanto o rei ofereceu o banquete de Ester e convidou todos os seus nobres e oficiais.
Tão feliz estava e de bom ânimo que permitiu a todos “um descanso” – vs 18 -, provavelmente nos tributos, impostos, taxas, libertação de escravos, cancelamento do serviço militar entre outras coisas. Também essas celebrações prefiguravam o grande banquete e descanso dos judeus em 9:16-18,22.
B. A conspiração contra o rei revelada por Mordecai (2:19-23)

O presente capítulo se encerra com a descoberta de uma conspiração contra Xerxes. Mordecai, com a ajuda de Ester, frustrou um plano para assassinar o rei.
Tudo indica que Mordecai era um oficial do palácio, com uma posição que possibilitou que descobrisse a conspiração para assassinar o rei (vs. 21). Ele, Mordecai, vivia “à porta do rei” (vs 19; expressão também usada nos vs. 21; 3:2; 5:9,13; 6:10,12) e a sua posição pode ter incitado a inveja de Hamã (5:13), principalmente porque ele não lhe dava confiança ou o tratava como uma pessoa normal, sem bajulações a que estava muito acostumado.
O caso foi investigado e confirmado. Os corpos de Bigtã e Teres foram pendurados – vs 23 – numa forca, literalmente "num madeiro".
Pendurar o corpo era o método normalmente usado para exibir um cadáver após a execução por empalamento (suplício antigo que consistia em espetar um condenado, pelo períneo - região situada entre o ânus e os órgãos sexuais -, numa estaca aguda que lhe atravessava as entranhas) ou outro meio.
Para os judeus, isso significava que os dois oficiais estavam sob a maldição de Deus (Dt 21.22-23), confirmando a conveniência da lealdade de Mordecai ao rei pagão.
Tudo isso – providência divina – ficou registrado no livro das crônicas do rei para sua memória. A menção das crônicas prenunciou o importante papel que eles mais tarde desempenhariam na história.
Ainda que o feito de Mordecai tenha sido registrado, ele não foi devidamente recompensado nesse momento. Em vez disso, a narrativa se volta para a promoção de Hamã (3,1).
Et 2:1 Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei Assuero,
                lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha
                               decretado a seu respeito.
                Et 2:2 Então disseram os servos do rei, que lhe serviam:
                               Busquem-se para o rei moças virgens e formosas.
                Et 2:3 E ponha o rei oficiais em todas as províncias do seu reino,
                               que ajuntem a todas as moças virgens e formosas,
                                               na fortaleza de Susã, na casa das mulheres,
                                                               aos cuidados de Hegai, camareiro do rei,
                               guarda das mulheres, e dêem-se-lhes os seus enfeites.
                Et 2:4 E a moça que parecer bem aos olhos do rei,
                               reine em lugar de Vasti.
                                               E isto pareceu bem aos olhos do rei, e ele assim fez.
                Et 2:5 Havia então um homem judeu na fortaleza de Susã,
                               cujo nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei,
                                               filho de Quis, homem benjamita,
                Et 2:6 Que fora transportado de Jerusalém, com os cativos que foram
                               levados com Jeconias, rei de Judá, o qual transportara
                                               Nabucodonosor, rei de Babilônia.
                Et 2:7 Este criara a Hadassa (que é  Et, filha de seu tio),
                               porque não tinha pai nem mãe;
                                               e era jovem bela de presença e formosa;
                                                               e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu
                                                                              a tomara por sua filha.
                Et 2:8 Sucedeu que, divulgando-se o mandado do rei e a sua lei,
                               e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã,
                                               aos cuidados de Hegai, também levaram Ester
                                                               à casa do rei, sob a custódia de Hegai,
                                                                              guarda das mulheres.
                Et 2:9 E a moça pareceu formosa aos seus olhos,     
                               e alcançou graça perante ele; por isso se apressou a dar-lhe
                                               os seus enfeites, e os seus quinhões, como também
                                               em lhe dar sete moças de respeito da casa do rei;
                               e a fez passar com as suas moças ao melhor
                                               lugar da casa das mulheres.
                Et 2:10 Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela,
                               porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse.
                Et 2:11 E passeava Mardoqueu cada dia diante do pátio
                               da casa das mulheres, para se informar
                                               de como Ester passava, e do que lhe sucederia.
                Et 2:12 E, chegando a vez de cada moça, para vir ao rei Assuero,
                               depois que fora feito a ela segundo a lei das mulheres,
                                               por doze meses (porque assim se cumpriam os dias
                                               das suas purificações, seis meses com óleo de mirra,
                                               e seis meses com especiarias, e com as coisas para a
                                                               purificação das mulheres),
                Et 2:13 Desta maneira, pois, vinha a moça ao rei; dava-se lhe tudo
                               quanto ela desejava, para levar consigo da casa das mulheres
                                               à casa do rei;
                Et 2:14 A tarde entrava, e pela manhã tornava
                               à segunda casa das mulheres, sob os cuidados de Saasgaz,
                                               camareiro do rei, guarda das concubinas;
                                               não tornava mais ao rei, salvo se o rei a desejasse,
                                                               e fosse chamada pelo nome.
                Et 2:15 Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail,
                               tio de Mardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei,
                                               coisa nenhuma pediu, senão o que disse Hegai,
                                                               camareiro do rei, guarda das mulheres;
                               e alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.
                Et 2:16 Assim foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa real,
                               no décimo mês, que é o mês de tebete,
                                               no sétimo ano do seu reinado.
                Et 2:17 E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres,
                               e alcançou perante ele graça e benevolência
                                               mais do que todas as virgens;
                                               e pôs a coroa real na sua cabeça,
                                                               e a fez rainha em lugar de Vasti.
                Et 2:18 Então o rei deu um grande banquete a todos os seus príncipes
                               e aos seus servos; era o banquete de Ester;
                                               e deu alívio às províncias, e fez presentes segundo a
                                                               generosidade do rei.
                Et 2:19 E reunindo-se segunda vez as virgens,
                               Mardoqueu estava assentado à porta do rei.
                Et 2:20 Ester, porém, não declarava a sua parentela e o seu povo,
                               como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria
                                               o mandado de Mardoqueu, como quando a criara.
                Et 2:21 Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei,
                               dois camareiros do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres,
                                               grandemente se indignaram, e procuraram atentar
                                                               contra o rei Assuero.
                Et 2:22 E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu,
                               e ele fez saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei,
                                               em nome de Mardoqueu.
                Et 2:23 E inquiriu-se o negócio, e se descobriu,
                               e ambos foram pendurados numa forca;
                                               e foi escrito nas crônicas perante o rei.
É preciso ter paciência! Quantas não são as vezes que ouvimos essas palavras sendo ditas para nós em momentos que não queremos de forma alguma ter paciência?
Mordecai fez um grande feito, mas e a sua recompensa? Quantos feitos temos realizado que parece que ficou esquecido no tempo e jamais receberemos se quer um obrigado?
Eu vou completar a frase e torná-la mais palatável: é preciso ter paciência, pois Deus está tudo vendo! Verdade, se o patrão, o amigo, o cônjuge, o pastor, a sociedade não viram ou esqueceram, Deus viu e não esquecerá jamais!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
...

0 comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.