quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
quinta-feira, fevereiro 05, 2015
Jamais Desista
Jeremias 4:1-31 - JEREMIAS ADVERTE QUE JUDÁ SERÁ INVADIDA E DESTRUÍDA.
Estamos trabalhando na quarta parte, de
nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação
apresentada pela BEG.
IV. OS PECADOS E JULGAMENTOS DE JUDÁ (3.6-6.30) – continuação.
Como já dissemos, nós já vimos os pecados
repetidos de Judá (2.1-3.5) que levaram aos julgamentos divinos e, agora, em
consequência os pecados que os levaram à invasão estrangeira (3.6-6.30).
Também havíamos dividido essa parte “4” como
segue:: A. Judá é pior do que Israel - 3.6-4.4 – estaremos em continuação; B. O julgamento por meio da invasão -
4.5-31 – veremos agora; C. A cidade
pecaminosa de Jerusalém - 5.1-13; D. O julgamento por meio da destruição de
Jerusalém - 5.14-19; E. Os pecados de Judá - 5.20-31; F. O julgamento por meio
do exílio – 6:1-30.
A. Judá é pior do que Israel - 3.6-4.4 - continuação.
Estamos vendo nessa parte “A” que Judá é
pior do que Israel. Jeremias compara os habitantes de Judá com os de Israel.
Apesar de Israel ter ido para o exílio, Deus estava ainda mais descontente com
Judá.
O capitulo começa com uma promessa
condicional da parte de Deus apesar da situação pecaminosa de Judá. A
condicional é se voltares, ou seja, tem de haver arrependimento da parte de Judá
para que bênçãos possam vir sobre a nação e a glória ser lançada ao Senhor.
·
Se
voltares para mim.
·
Se
tirares as tuas abominações de diante de mim.
·
Se
não andares mais vagueando.
·
Se
jurares: como vive o Senhor, na verdade, na justiça e na retidão.
Deus está a pedir que ela se volte para ele
e busque a verdade, a justiça e a retidão e somente assim, poderá ele também se
voltar para eles. Aos homens de Judá e de Jerusalém, o Senhor queria um terreno
alqueivado, algo novo e bom onde pudesse semear e não ser desperdiçado, como lamentavelmente
acontece quando se semeia entre espinhos.
Jeremias insiste - vs. 4 - que os ideais da
aliança mosaica se cumpririam naqueles que desejassem voltar do exílio. Os
sinais exteriores de que o povo pertencia ao Senhor só tinham valor quando
correspondiam a uma realidade interior (31.31-34; cf. Dt 10.16; 30.6).
A circuncisão não poderia ser apenas
exterior e na aparência, mas teria de ser verdadeira, real e profunda, de
dentro para fora – vs. 4.
B. O julgamento por meio da invasão - 4.5-31.
Neste capítulo, veremos o julgamento por
meio da invasão. Jeremias anuncia mais uma vez que Judá será invadida e
destruída.
A trombeta é tocada no vs. 5, um aviso antecipado
é proclamado (cf. JI 2.1; Am 3.6), um convite para se ajuntar e entrar nas
cidades fortificadas! Jeremias anuncia que a destruição se dará pelas mãos de
um inimigo do norte. Seu clamor nessa passagem evidencia o pânico que levaria a
população do campo a buscar segurança das cidades.
O conselho seria para arvorarem um estandarte
no caminho para Sião e buscarem refúgio imediato, sem demora porque o mal já
vinha ligeiro do norte e com ele uma grande destruição. Era como um feroz leão
que caça implacavelmente a sua presa e a abate. Quando um leão resolve atacar é
porque já se encontra próximo à sua vítima e seu alvo é o pescoço e a coluna de
sua caça. Compare com 2.15; 6.26.
No verso 8, é solicitado a eles para se
cingirem e uivarem, ou seja, exercerem atos de lamentação (cf. Jo 3.5) porque o
ardor da ira do Senhor não se desviará deles.
Assim, naquele dia, um dia de acerto de
contas, quando os acontecimentos profetizados acontecerem (cf. Is 2.11-12), o
coração do rei e dos príncipes se desfalecerão, os sacerdotes pasmarão e os
profetas se maravilharão – vs. 9.
Jeremias reconhece que eles foram enganados
pelo engano de seus próprios corações enganosos quando se dizia que haveria
paz, mas na verdade a espada já estava atravessada na garganta de cada um
deles.
Vento mais forte do que este virá. Esse vento
não teria nenhum efeito benéfico (como aquele que serve para peneirar os
cereais). Seria um vento abrasador. O siroco, um vento quente e seco do deserto,
um vento forte demais estaria se aproximando e com ele os terríveis juízos da
parte de Deus. Quando Deus nos adverte, o melhor a fazer é atendê-lo rápido
antes que ele se enfade de nós e conceda o que deseja nosso coração enganoso e
endurecido pelo pecado. Eles queriam a paz sem o arrependimento e a mensagem da
paz veio a eles porque o juízo já tinha sido determinado e a paz era apenas uma
ilusão.
Aprender a lidar com Deus é importante,
pois ele não nos tem por inocentes. Não há como enganar a Deus e sair disso
ileso.
No verso 13, as imagens extraídas da
natureza que indicam a força e a velocidade do inimigo são usadas para advertir
os que têm ouvidos para ouvir e coração para atender a tempo.
Deus solicita a ela que lave os seus
corações da maldade de forma a largar os seus maus pensamentos decorrentes
porque já se anuncia e desde Dã e de Efraim se proclama a calamidade que está
por vir e assolar seus moradores.
Os maus pensamentos nos corações são
decorrentes de um coração corrompido, acostumado e decidido a se entregar ao
mal pela rejeição clara ao Senhor e aos seus princípios de justiça, retidão e
verdade.
A razão de todo juízo e de toda calamidade
que estava vindo era a rejeição dela ao Senhor. Rebelaram-se contra Deus e
agora colhiam do fruto de suas ações.
Nos versos de 19 a 26, esses versículos
formam um interlúdio breve no qual o profeta expressa o seu próprio desespero
diante do futuro de Jerusalém e Judá.
Destruição sobre destruição era a mensagem
a ser apregoada e o profeta pergunta até quando...? (um clamor comum nos salmos
de lamento (p. ex., SI 13.1)). O profeta clama porque vê a sucessão de
calamidades reservadas para Judá.
O povo nessa condição é mesmo insensato. O
profeta se identifica fortemente não apenas com o povo, mas também com Deus. A
sabedoria do povo estava direcionada para o mal. Sua perversidade é um hábito
adquirido e profundamente arraigado (cf. 9.5), como aquela mente acostumada a
imaginar coisas malignas e a criar, contar, cantar piadas indecentes.
No verso 23, a observação de Deus era de
que a terra estava sem forma, vazia e não tinham luz. Compare com Gn 1.2,14-15.
A ordem da criação seria desfeita por esse julgamento. As suas forças e seus
montes e outeiros estariam abalados. Ao observar a condição dela, não havia
homem nenhum. A mesma expressão é usada em Gn 2.5. A criação voltaria ao seu
caos original.
Até a terra fértil era um deserto. As bênçãos
da aliança seriam invertidas (Dt 8.7-16) por causa do furor de sua ira.
O Senhor volta a falar no verso 27 e a
anunciar que apesar de destruir boa parte da terra com seu juízo por causa de
seu furor, ainda não a consumiria de todo. Um fio de esperança foi deixado para
os remanescentes que serão purificados pelo fogo e ardor da ira divina.
O que Deus determinou, isso executará e não
se arrependerá, nem se moverá ainda que oremos a respeito disso. A terra se
lamentará, os céus se enegrecerão. Com Deus não se brinca, não se zomba, não se
cutuca para verificar sua reação.
O maior perigo da humanidade é a
prosperidade do mal por que ai sim, o juízo já está determinado e a taça de sua
ira está apenas se enchendo para no tempo oportuno ser derramada sem piedade.
se
voltares para mim e tirares as tuas abominações de diante de mim,
e
não andares mais vagueando;
2
e se jurares:
Como
vive o Senhor, na verdade, na justiça e na retidão;
então
nele se bendirão as nações,
e
nele se gloriarão.
Jr
4:3 Porque assim diz o Senhor aos homens de Judá e a Jerusalém:
Lavrai
o vosso terreno alqueivado,
e
não semeeis entre espinhos.
Jr
4:4 Circuncidai-vos ao Senhor, e tirai os prepúcios
do
vosso coração, ó homens de Judá e habitadores
de
Jerusalém,
para
que a minha indignação não venha a sair
como
fogo, e arda de modo que ninguém
o
possa apagar, por causa da maldade
das
vossas obras.
Jr
4:5 Anunciai em Judá, e publicai em Jerusalém; e dizei:
Tocai
a trombeta na terra; gritai em alta voz, dizendo:
Ajuntai-vos,
e entremos nas cidades fortificadas.
Jr
4:6 Arvorai um estandarte no caminho para Sião;
buscai
refúgio, não demoreis; porque eu trago do norte
um
mal, sim, uma grande destruição.
Jr
4:7 Subiu um leão da sua ramada, um destruidor de nações;
ele
já partiu, saiu do seu lugar para fazer da tua terra
uma
desolação,
a
fim de que as tuas cidades sejam assoladas,
e
ninguém habite nelas.
Jr
4:8 Por isso cingi-vos de saco, lamentai, e uivai,
porque
o ardor da ira do Senhor não se desviou de nós.
Jr
4:9 Naquele dia, diz o Senhor,
desfalecerá
o coração do rei e o coração dos príncipes;
os
sacerdotes pasmarão, e os profetas
se
maravilharão.
Jr
4:10 Então disse eu:
Ah, Senhor Deus!
verdadeiramente trouxeste grande ilusão
a
este povo e a Jerusalém, dizendo:
Tereis
paz; entretanto a espada penetra-lhe até a alma.
Jr
4:11 Naquele tempo se dirá a este povo e a Jerusalém:
Um
vento abrasador, vindo dos altos escalvados no deserto,
aproxima-se
da filha do meu povo,
não
para cirandar, nem para alimpar,
Jr
4:12 mas um vento forte demais para isto virá da minha parte;
agora
também pronunciarei eu juízos contra eles.
Jr
4:13 Eis que vem subindo como nuvens, como o redemoinho
são
os seus carros; os seus cavalos são mais ligeiros
do
que as águias.
Ai
de nós! pois estamos arruinados!
Jr
4:14 Lava o teu coração da maldade, ó Jerusalém,
para
que sejas salva;
até
quando permanecerão em ti
os
teus maus pensamentos?
Jr
4:15 Porque uma voz anuncia desde Dã, e proclama
a
calamidade desde o monte de Efraim.
Jr
4:16 Anunciai isto às nações; eis, proclamai contra Jerusalém
que
vigias vêm de uma terra remota;
eles
levantam a voz contra as cidades de Judá.
Jr
4:17 Como guardas de campo estão contra ela ao redor;
porquanto
ela se rebelou contra mim, diz o Senhor.
Jr
4:18 O teu caminho e as tuas obras te trouxeram essas coisas;
essa
e a tua iniquidade, e amargosa é,
chegando
até o coração.
Jr
4:19 Ah, entranhas minhas, entranhas minhas!
Eu
me torço em dores! Paredes do meu coração!
O
meu coração se aflige em mim. Não posso calar;
porque
tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta
e
o alarido da guerra.
Jr
4:20 Destruição sobre destruição se apregoa;
porque
já toda a terra está assolada;
de
repente são destruídas as minhas tendas,
e
as minhas cortinas num momento.
Jr
4:21 Até quando verei o estandarte, e ouvirei a voz da trombeta?
Jr
4:22 Deveras o meu povo é insensato, já me não conhece;
são
filhos obtusos, e não entendidos;
são
sábios para fazerem o mal, mas não sabem fazer o bem.
Jr
4:23 Observei a terra, e eis que era sem forma e vazia;
também
os céus, e não tinham a sua luz.
Jr
4:24 Observei os montes, e eis que estavam tremendo;
e
todos os outeiros estremeciam.
Jr
4:25 Observei e eis que não havia homem algum,
e
todas as aves do céu tinham fugido.
Jr
4:26 Vi também que a terra fértil era um deserto,
e
todas as suas cidades estavam derrubadas
diante
do Senhor, diante do furor da sua ira.
Jr
4:27 Pois assim diz o Senhor:
Toda
a terra ficará assolada; de todo,
porém,
não a consumirei.
Jr
4:28 Por isso lamentará a terra, e os céus em cima se enegrecerão;
porquanto
assim o disse eu, assim o propus,
e
não me arrependi, nem me desviarei disso.
Jr
4:29 Ao clamor dos cavaleiros e dos flecheiros
fogem
todas as cidades; entram pelas matas,
e
trepam pelos penhascos;
todas as cidades ficam
desamparadas,
e
já ninguém habita nelas.
Jr
4:30 Agora, pois, ó assolada, que farás?
Embora
te vistas de escarlate, e te adornes
com
enfeites de ouro, embora te pintes em volta
dos
olhos com antimônio,
debalde
te farias bela;
os
teus amantes te desprezam, e procuram tirar-te a vida.
Jr
4:31 Pois ouvi uma voz, como a de mulher que está de parto,
a
angústia como a de quem dá à luz o seu primeiro filho;
a
voz da filha de Sião, ofegante,
que
estende as mãos, dizendo:
Ai
de mim agora!
porque
a minha alma desfalece por causa dos assassinos.
A pergunta do verso 30 é muito importante.
“E agora, assolada, o que se fará?”. Ao invés de se arrepender e buscar o
Altíssimo, ela continua a querer se adornar e a se vestir e se enfeitar com
adornos e pinturas para parecer-se bela, como uma meretriz aos olhos de seus
amantes. No entanto, os seus próprios amantes a desprezam e procuram tirar-lhe
a vida. Uma expressão do fato irônico de que o povo de Judá estava enganando a
si mesmo.
Chegada é a hora de se dar a luz e vêm as
contrações e as dores. Não eram filhos que viria, mas a calamidade e a sua
ruína, e ela podia sentir já suas dores e agonia. Ela exclama: ai de mim agora!
Os assassinos! Jeremias ouve os últimos suspiros patéticos da filha de Sião.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.