quinta-feira, 20 de novembro de 2014
quinta-feira, novembro 20, 2014
Jamais Desista
Ester 3:1-15 - A TRAMA DE HAMÃ PARA POR FIM A TODOS OS JUDEUS DE SUSÃ
Vamos ver nosso mapinha de leitura para não
ficarmos repetindo todos os dias o mesmo texto:
(1)
Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2)
O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – estamos vendo e conlcuiremos agora.
(3)
O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14.
(4)
O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10.
(5)
O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32.
(6)
Epílogo – 10:1-3.
(2) O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel –
2:1 – 3:15 - continuação.
Deus havia elevado Mordecai e Ester à
proeminência na corte persa, mas eles foram ameaçados pelo decreto de Hamã, que
ordenava o genocídio dos judeus.
O primeiro decreto do rei resultaria em
perigo mortal para Israel. Esses capítulos relembram os acontecimentos que
levaram ao decreto de Assuero sobre o genocídio dos judeus.
Eles se dividem em três partes: A. A
ascensão da rainha Ester (2:1-18) – já vista;
B. A conspiração contra o rei revelada por Mordecai (2:19-23) – já vista; e, C. A promoção de Hamã e seu
plano contra os judeus (3:1-15) – veremos
agora.
C. A promoção de Hamã e seu plano contra os judeus (3:1-15).
Mordecai insultou Hamã quando se recusou a
inclinar-se diante dele; como resultado direto disso, Hamã convenceu o rei a
decretar a aniquilação dos judeus.
Como vocês se recordam o capítulo dois se
encerra com o grande feito de Mordecai ao rei que ficou sem o reconhecimento
devido, pois Mordecai tinha descoberto uma trama real para assassinato do rei,
no entanto, tudo foi registrado nos anais do rei.
Não nos parece estranho que a promoção de
Hamã, sem urna causa aparente, contrasta com a falta de promoção de Mordecai
após a sua ação heróica (2:21-23)?
Isso se deve, sem dúvidas a grande
habilidade do narrador em contar histórias. O contraste é necessário para
despertar no leitor o sentimento de indignação e injustiça aparente diante dos
fatos das coisas que parecem acontecer todas desconexas entre si, mas na
verdade, não são.
A exaltação, sem motivo de Hamã, foi muito
grande e ele foi elevado ao psoto de maioral de todos os príncipes. Todos na
corte deveriam a ele se inclinar e o saudar, no entanto, havia ali um judeu que
não tinha o costume de se inclinar aos homens.
Os judeus não consideravam comum a prática
de se curvar diante de reis (I Sm 24:8; II Sm 18:28), de outras pessoas (Gn 23:7;
33:3; II Re 2:15) e mesmo de anjos (Ap 19:10; 22:8) uma violação ao primeiro e
ao segundo mandamentos (Ex 20:3-6).
Quem descobre que Mordecai não se inclinava
perante Hamã, não foi Hamã, nem alguém dos seus, mas justamente aqueles que
eram iguais a Mordecai, que serviam à porta do rei.
Eles insistiram com ele dia a dia, mas
Mordecai nem dava bolas, então eles foram procurar Hamã e o entregaram.
Hamã se encheu de furor e ira ao comprovar
que Mordecai não se inclinava perante ele, nem se prostava a ele – vs 5. Tamanha
foi a sua indignação que agora já não queria castigar Mordecai, mas toda a sua
raça, a raça dos judeus. Hamã tramou a morte de todos os judeus, por vingança
contra Mordecai.
Hamã e Mordecai eram representantes da
antiga hostilidade entre os amalequitas e os israelitas (a inimizade
benjamita-agagita, I Sm 15:7-9). A recusa de Mordecai a se curvar diante do seu
inimigo hereditário (vs. 4), porque "ele
lhes tinha declarado que era um judeu", é compreensível e até mesmo
louvável — curvar-se poderia ser interpretado como uma tácita aprovação dos
crimes dos agagitas.
Hamã parecia incontrolável e seu furor
somente crescia. Seu ódio o cegou e ele, doido, começou o seu plano maligno. Primeiro
usou a antiga prática de lançar sortes (pur) – I Sm 14:41; Pv 16:33 – para poder
determinar o melhor momento para colocar em ação sua estratégia de morte contra
todos os judeus de Susã. A forma plural de pur é purim que é o nome da
celebração dos judeus que comemora o fim de Hamã, “o inimigo de todos os judeus”
– 9:23-32.
Hamã, com grande astúcia, e investindo uma
grande soma de dinheiro em talentos de prata, convenceu o rei e este deu a ele
o selo real do rei para proclamar o edito real contra os judeus que não
poderia, conforme as leis dos persas, ser revogado, de jeito nenhum.
Na narrativa, podemos perceber a repetição
do nome de Hamã de forma sempre completa: “Hamã, filho de Hamedata, agagita,
adversário dos judeus” para enfatizar que a situação do povo judeu não seria
fácil com este homem transtornado.
Foi no dia treze do primeiro mês que se
escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada
província, e aos líderes, de cada povo; a cada província segundo a sua escrita,
e a cada povo segundo a sua língua e com o anel do rei se selou a sentença de
toda a raça dos judeus:
·
Destruição.
·
Morte.
·
Aniquilamento.
·
Saqueamento.
Essa destruição, morte, aniquilamento e saqueamento
de todos os bens de todos os judeus estava prevista, pelo pur, para se dar no
dia 13/12 (décimo terceiro dia do décimo segundo mês, que é o mês de adar).
Os eficientes correios persa saíram com a
estranha ordem e toda Susã ficou em palvorosa. Enquanto isso – vs 13 – o rei e
Hamã se assentaram, tranquilamente a beberem.
Et 3:1 Depois destas coisas o rei
Assuero
engrandeceu
a Hamã, filho de Hamedata, agagita,
e
o exaltou,
e
pôs o seu assento acima de todos os príncipes
que
estavam com ele.
Et
3:2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei,
se
inclinavam e se prostravam perante Hamã;
porque
assim tinha ordenado o rei acerca dele;
porém
Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
Et
3:3 Então os servos do rei, que estavam à porta do rei,
disseram
a Mardoqueu:
Por
que transgride o mandado do rei?
Et
3:4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto, dia após dia,
e
não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã,
para
verem se as palavras de Mardoqueu
se
sustentariam,
porque
ele lhes tinha declarado que era judeu.
Et
3:5 Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava
nem
se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
Et
3:6 Porém teve como pouco, nos seus propósitos,
o
pôr as mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam
declarado
de que povo era Mardoqueu);
Hamã,
pois, procurou destruir a todos os judeus,
o
povo de Mardoqueu, que havia em todo
o
reino de Assuero.
Et
3:7 No primeiro mês (que é o mês de Nisã),
no
ano duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur,
isto
é, a sorte, perante Hamã, para cada dia,
e
para cada mês, até ao duodécimo mês,
que
é o mês de Adar.
Et
3:8 E Hamã disse ao rei Assuero:
Existe
espalhado e dividido entre os povos em todas as
províncias
do teu reino um povo, cujas leis
são
diferentes das leis de todos os povos,
e
que não cumpre as leis do rei;
por
isso não convém ao rei deixá-lo ficar.
Et
3:9 Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem;
e
eu porei nas mãos dos que fizerem a obra
dez
mil talentos de prata, para que entrem nos
tesouros
do rei.
Et
3:10 Então tirou o rei o anel da sua mão, e o deu a Hamã,
filho
de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.
Et
3:11 E disse o rei a Hamã:
Essa
prata te é dada como também esse povo,
para
fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.
Et
3:12 Então chamaram os escrivães do rei no primeiro mês,
no
dia treze do mesmo e, conforme a tudo quanto Hamã
mandou,
se escreveu aos príncipes do rei,
e
aos governadores que havia sobre cada província,
e
aos líderes, de cada povo;
a
cada província segundo a sua escrita,
e
a cada povo segundo a sua língua;
em
nome do rei Assuero se escreveu,
e
com o anel do rei se selou.
Et
3:13 E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios
a
todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem,
e
fizessem perecer a todos os judeus,
desde
o jovem até ao velho, crianças e mulheres,
em
um mesmo dia, a treze do duodécimo mês
(que
é o mês de Adar),
e
que saqueassem os seus bens.
Et
3:14 Uma cópia do despacho que determinou
a
divulgação da lei em cada província, foi enviada a todos os
povos,
para que estivessem preparados para aquele dia.
Et
3:15 Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei,
saíram,
e a lei se proclamou na fortaleza de Susã.
E
o rei e Hamã se assentaram a beber, porém a cidade de Susã estava confusa.
O decreto real saiu no dia treze do
primeiro mês e a sua execução foi anunciada para o dia treze do décimo segundo mês,
mês de adar. Calculando os dias, temos ai, praticamente 12 meses e exatos 330
dias de terror prévio anunciado para justamente deixar cada judeu com medo,
assustado e pronto para o seu terrível final.
Hamã, de fato, estava curtindo tudo aquilo
e sonhava com a sua execução. Também isso para ele representaria mais riquezas
uma vez que tomaria posse de tudo e de todas as coisas dos judeus. Era uma lei
real e irrevogável! O fim dos judeus estava com hora marcada em Susã. E agora,
o que fazer?
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.