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quarta-feira, 23 de março de 2016

I João 2 1-29 - AQUELE QUE NEGA QUE JESUS É O CRISTO É MENTIROSO.

Como já dissemos, João, o apóstolo amado, escreveu sua primeira epístola para alertar sobre os falsos mestres que ensinavam que Cristo não tinha verdadeiramente vindo em carne e incentivar um estilo de vida apropriado para os seguidores do Cristo encarnado. Estamos vendo o capítulo 2/5.
Breve síntese do capítulo 2.
É bom que não pequemos, mas se pecarmos... ora o que isso significa se não dizer que sou pecador e que portanto necessito do perdão de Deus? Qual a regra áurea do perdão? Perdoar!
Temos este advogado justo junto ao Pai que é a nossa propiciação pelos nossos pecados e obviamente se é a propiciação pelos nossos, o será pelos do mundo inteiro.
Agora que temos advogado e que ele é a nossa propiciação pecaremos mais abundantemente para assim valorizarmos seu sacrifício por nós? Nunca, jamais! A graça de Deus em mim, pelo contrário, me faz viver em santidade diante do Senhor.
João vai falar dos que o conhecem e vai dar as suas principais características: guardar os seus mandamentos e vivermos em comunhão com nossos irmãos.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. "DEUS É LUZ" E SUAS IMPLICAÇÕES MORAIS (1.5-2.2) - continuação.
Como falamos, dos vs. 1.5 ao 2.2, veremos João explanando que “Deus é luz” e as suas implicações morais. Estamos seguindo a divisão proposta pela BEG: A. Deus, a luz (1.5) – já vimos; B. Vivendo na luz (1.6-2.2) – concluiremos agora; C. Obediência aos mandamentos (2.3-6) – veremos agora; D. O novo mandamento (2.7-11) – veremos agora; E. A garantia (2.12-14) – veremos agora; e, F. O amor por Deus e pelo mundo (2.15-17) – veremos agora.
B. Vivendo na luz (1.6-2.2) - continuação.
Como já falamos, a afirmação de João que Deus é luz apresenta uma base para a sua visão de que verdadeiros cristãos caminham na luz de Deus ao se esforçarem para ser santos, assim como Deus é.
João estava escrevendo essas coisas para não pecarmos. A disponibilidade do perdão não elimina a nossa obrigação de obedecer aos mandamentos de Deus.
O desejo de João de que seus leitores respondessem à misericórdia de Deus ao viverem vidas de obediência está difundido em 1João (veja também 2Jo 4-6; 3Jo 3-4).
Seu repetido estímulo à fiel obediência mostra o seu interesse por aqueles entre os quais ele tinha servido (cf. 1Sm 12.24). Isso não fornece nenhum apoio à visão de que os oponentes docetistas viviam em aberta imoralidade.
Apesar de João estar escrevendo essas coisas para não pecarmos, mas e se pecarmos? João também nos explica que temos um Advogado junto ao Pai.
Essa expressão traduz um termo grego que também é encontrado nos sermões de Jo 14-16 como um nome para o Espírito Santo. O termo tem conotações legais que são refletidas nas controvérsias entre Deus e "o mundo" em Jo 14-16.
Nessa controvérsia, o Espírito encoraja os cristãos e promete refutar "o mundo" (todos os que se opõem a Deus; Jo 16.8-14). O Espírito é chamado de "outro Consolador" (Jo 14.16) porque a sua obra de encorajamento e refutação é uma continuação da própria obra de Jesus (Jo 15.18-25).
A obra de Cristo de defender os cristãos que pecam faz parte de sua "sessão" no céu (Rm 8.34; a BEG recomenda ler seu excelente artigo teológico "A ascensão de Jesus", em Hb 8). Essa obra é necessária para a aplicação do perdão que os cristãos recebem quando confessam seu pecado.
Ele escrevia para não pecarmos, mas somos pecadores e o que faz um pecador? Peca! Então, mesmo não querendo pecar, pecamos, por causa de nossa natureza. Sim, pecamos, mas nosso modo de vida não é mais ditado pelo pecado, mas pelo Espírito Santo.
Em nossa caminhada até a glória não podemos nos deter no pecado, nem ficar no pecado, mas ele ocorrerá em nossa vida e é aí que entra nosso Advogado. O pecado em nossa vida deve ser, portanto, um acidente de percurso não um modo de vida!
João nos lembra de que Jesus é a propiciação pelos nossos pecados. Jesus recebeu o castigo e a ira de Deus contra o pecado em sua própria pessoa, absorvendo totalmente esse castigo pela sua morte (1 Pe 2.24).
Em sua sessão, ele continuamente defende a causa dos cristãos pecadores com base no mérito do seu sacrifício (a BEG recomenda outro de seu excelente artigo teológico "A ascensão de Jesus", em Hb 8).
A propiciação pelos pecados alcança os pecados do mundo inteiro. Isso não sugere que a morte de Jesus resgata os pecados de todas as pessoas, no entanto é potencial, ou seja, poderia. Se o mundo inteiro se convertesse, se o mundo inteiro fosse eleito, ele alcançaria todos.
João nos ensina, portanto, que ele é a única propiciação pelo pecado que está disponível em todo o mundo - todos os que procuram perdão e purificação por meio da confissão de seus pecados (1.9) devem se aproximar Deus por meio de Jesus (cf. vs. 22-23; 4.15; 5.1-5,12,19).
Que Jesus está disponível para todos no mundo proíbe qualquer atitude que veja a provisão graciosa de Deus como uma propriedade exclusiva de qualquer grupo étnico particular. Em sua sessão, Jesus fala ao Pai em nome dos eleitos de todas as partes do mundo (a BEG recomenda aqui outra leitura em seu excelente artigo teológico "A ascensão de Jesus", em Hb 8; veja também Jo 10.14-16; 25-29).
C. Obediência aos mandamentos (2.3-6).
Aqueles que conhecem verdadeiramente a Cristo também obedecem a ele.
João usou a mesma palavra para dizer duas coisas diferentes: se obedecemos aos mandamentos  de Deus, "sabemos" (no sentido de ter confiança) que "conhecemos" (no sentido de intimidade pessoal) a Cristo. Ele é privilégio apenas dos cristãos, e os cristãos obedecem ao Senhor (Jo 14.15; Ef 2.10), embora imperfeitamente.
Se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus tem sido aperfeiçoado. Não está perfeitamente claro se isso se refere ao amor de Deus por nós ou ao nosso amor por ele.
Caso se refira ao nosso amor por ele, ele é "aperfeiçoado" pela realização em obediência. Caso se refira ao seu amor por nós, é "aperfeiçoado" pela produção do seu resultado pretendido: obediência.
Nisto sabemos que estamos nele: aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou – vs. 6. A obediência a Deus pode vir somente mediante a nova vida que os cristãos recebem quando estão unidos a Cristo; portanto, a obediência garante aos cristãos tanto a sua união com Cristo quanto a sua salvação.
João presumiu que seus leitores tinham um amplo conhecimento sobre a vida e os propósitos de Jesus - o tipo de conhecimento fornecido pelo Evangelho de João.
D. O novo mandamento (2.7-11).
João voltou-se para um mandamento específico de Deus que enfatizou como uma real preocupação em toda a sua carta: o mandamento para amar.
João lembrou a descrição de Jesus do mandamento "vos ameis uns aos outros" como "novo mandamento" (Jo 13.34).
Esse mandamento é tanto antigo como novo. É antigo porque se origina da lei de Moisés (Lv 19.18), mas é novo porque tem novo significado e implicação para aqueles que vivem após a primeira vinda de Cristo.
Com frequência “novo” se refere ao período histórico que Jesus iniciou com sua morte e ressurreição (a BEG recomenda aqui a leitura de outro de seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7).
Agora que os cristãos são verdadeiramente o corpo de Cristo, unidos para formar o templo santo de Deus, o mandamento de amar uns aos outros toma um significado novo, definitivo.
A realidade do amor distingue o reino da luz do reino das trevas, onde o ódio ainda governa. João fala do amor pelo nosso "irmão" (vs. 9), que foi o mandamento de Jesus para a primeira comunidade cristã (Jo 13.34; 15.17).
Jesus traçou um nítido contraste entre o amor que domina dentro da comunidade cristã e o ódio que o mundo mostra com respeito aos cristãos (Jo 15.18-19). O amor de uns pelos outros resulta do amor de Cristo por nós (Jo 15.12); o ódio de outros com respeito aos cristãos se origina do ódio deles por Cristo (Jo 15.18).
Conquanto João fizesse uso ocasional dessa palavra “princípio” para se referir ao começo de todas as coisas (1.1; 2.13-14; possivelmente 3.18), aqui ele estava se referindo ao princípio do movimento cristão na vida e no ensino de Jesus (2.24; 3.11).
A vinda de Jesus foi o ponto decisivo que introduziu uma nova época, o nascimento de um novo dia (como mostra o próximo versículo).
João é muito claro ao nos ensinar que quem afirma estar na luz mas odeia seu irmão, continua nas trevas e quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço, mas quem odeia seu irmão está nas trevas e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque as trevas o cegaram. (1 João 2:9-11).
E. A garantia (2.12-14).
Tendo conclamados seus leitores a se comprometerem com a lei do amor, João fez uma pausa para assegurá-los da confiança que ele tinha neles.
Ele se dirige aos filhinhos, aos pais e aos jovens e para cada um ele dá uma explicação do porquê lhes escrevia.  
Aos filhinhos porque os seus pecados foram perdoados, por causa do seu nome. O poder do nome de Jesus era fundamental na antiga proclamação cristã (At 2.38; 3.6; 4.12). O nome Jesus, o qual foi dado ao Salvador pela autoridade de Deus, significa "Jeová salva". O nome de Deus pertence legitimamente ao Filho de Deus e indica a sua autoridade e missão divinas para salvar o seu povo do pecado (Mt 1.21; Lc 1.31; 2.21).
Aos pais porque eles conheciam aquele que é desde o princípio.
Aos jovens porque eles tinham vencido o Maligno. O tema sobre vencer aparece novamente em 5.3-5, onde a vitória é sobre "o mundo" que se opõe a Deus.
O tipo de vitória que João descreveu (resistência contra a tentação e fidelidade à palavra de Deus) contrasta com a derrota sofrida pela raça humana na queda (Gn 3).
Da perspectiva de João, "a verdadeira luz já brilha" (vs. 8); no entanto, a batalha contra a tentação já está ganha (1Jo 5.4).
F. O amor por Deus e pelo mundo (2.15-17).
O fato de João ter focalizado no amor como uma característica da vida dos cristãos levantou a questão do amor pelo mundo. João insistiu que o amor por Deus é incompatível com o amor pelo mundo.
A advertência a não amar o mundo é tanto um conselho prático quanto uma exigência moral, pois já está claro que o mundo está passando (vs. 17).
O mundo aqui se refere ao sistema de rebelião e orgulho que busca eliminar Deus e seu governo. É esse sistema pecaminoso, e não a ordem criada em si mesma, que já está marcado para o julgamento e a destruição (Jo 12.31).
Mas aqueles que não são do mundo — aqueles que receberam a palavra do Pai proveniente de Jesus (Jo 17.14) — mostram pela sua resposta a essa palavra que eles estão marcados para a salvação e a vida eterna.
As características daqueles que amam o mundo refletem uma perspectiva de curto prazo: o desejo e a intenção de serem satisfeitos e honrados agora (Lc 6.24-26). Em contraste, aqueles que amam o Pai têm uma perspectiva de um longo prazo e esperam pela recompensa de Deus (Lc 6.20-23).
O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. João não estava ensinando que a nossa obediência merece a vida eterna. Somente a perfeita obediência de Jesus é digna da vida eterna, mas João estava comparando o destino do mundo — e, pela implicação, daqueles que amam o mundo — com o destino daqueles que amam a Deus.
III. “JESUS É O CRISTO" E SUAS IMPLICAÇÕES MORAIS (2.18 - 3.24).
Jesus o Cristo era totalmente homem, e aqueles que negam essa verdade fundamental são anticristos. Aqueles que são filhos de Deus devem aprender a ser justos como Deus e manifestar essa retidão pelo amor mútuo.
Dos vs. 2.18 ao 3.24, veremos João falando de que “Jesus é o Cristo" e suas implicações morais. Tendo explicado como a crença de que Deus é luz nos leva a amar a Deus e aos nossos companheiros cristãos, João voltou-se para outra questão que preocupava os seus leitores: a influência daqueles que negavam que o homem Jesus é o Cristo.
Essa parte foi dividida em duas seções: A. Advertência sobre a heresia do anticristo (2.18-27) – veremos agora; e, B. Vivendo como filhos de Deus (2.28-3.24) – começaremos a ver agora.
A. Advertência sobre a heresia do anticristo (2.18-27).
Nessa advertência sobre a heresia do anticristo, João identificou abertamente um falso ensino de que Jesus não era o Cristo, e advertiu que aqueles que seguissem esse ensino eram anticristos.
João afirma que já estamos na última hora. Essa terminologia está estreitamente associada com o conceito dos "últimos dias", que o Novo Testamento usa para descrever todo o período que vai da primeira vinda de Cristo até o seu retorno (At 2.17; 2Tm 3.1; Hb 1.2; 1Pe 1.20).
João distinguiu "o anticristo" (um só homem) dos "anticristos" (aqueles que apoiam a causa do anticristo antes do seu surgimento). Muitos intérpretes associam o anticristo com o "homem da iniquidade" (2Ts 2.3) e a "besta" (Ap 13.2), mas essas identificações são difíceis de serem estabelecidas com certeza.
Aparentemente, João esperava algum homem (talvez um líder religioso ou político) que fosse contrário à igreja e que seria chamado de "anticristo".
Mesmo assim, os falsos mestres e apóstatas, aos quais João se referiu aqui, eram "anticristos" no sentido de que o espírito demoníaco do anticristo já estava trabalhando neles por causa da oposição que faziam à fé cristã (veja 4.3).
Esse versículo 19 que diz que eles saíram de nosso meio explica claramente como alguns que professam fé em Cristo desviam-se dessa profissão e provam que eles nunca tiveram a fé que salva.
A participação na igreja não garante a salvação (veja o excelente artigo teológico da BEG: "A igreja visível e a invisível", em 1 Pe 4). A apatia ou hostilidade interior ao evangelho pode ser disfarçada pela conformidade exterior.
Os apóstatas revelam essa hostilidade interior pelo fato de se afastarem. A saída deles para opor-se à palavra do evangelho era, como a saída de Judas da Santa Ceia (Jo 13.30), a renúncia à igreja e à sua mensagem da salvação.
João explica no vs. 20 que apesar disso, temos a unção que vem do Santo a qual nos ensina. Em contraste com os anticristos, os cristãos foram ungidos pelo Espírito Santo e tiveram o coração e a mente abertos para que pudessem conhecer a verdade salvadora (veja 2.27).
O próprio Espírito permanecerá com os cristãos sempre e irá protegê-los do tipo de falsidade que poderia levá-los para longe de Cristo.
O Espírito permanece onde a mensagem do evangelho é recebida, e onde o Espírito permanece, o Filho e o Pai estão presentes também (veja 2.24).
O Novo Testamento revela que Cristo foi ungido por Deus diretamente com o Espírito Santo para ser o profeta, sacerdote e rei consumado (At 10.38; Hb 1.1-9).
De um modo secundário, os cristãos também têm responsabilidades proféticas, sacerdotais e reais e são ungidos com o Espírito Santo para essa obra (2Co 1.21-22).
João nos mostra como identificar o mentiroso. Ele é aquele que nega que Jesus é o Cristo. A ênfase do falso ensino parece ter sido a negação de que Jesus (o homem) é o Cristo (o Salvador).
O anticristo nega a plena humanidade de Cristo. Separar Cristo o Salvador do homem Jesus era um sinal distintivo do docetismo.
Assim, todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai. Devemos ter cuidado para que aquilo que ouvimos desde o princípio permaneça em nós. Se o que ouvimos desde o princípio permanecer em nós, também permaneceremos no Filho e no Pai – vs. 23 e 24.
Há uma promessa para nós por parte dele: a vida eterna. Esse é o dom supremo de Deus que foi negado aos rebeldes Adão e Eva após a queda (Gn 3.22), mas concedido a Jesus Cristo em resposta à sua obediência (Jo 16.46) e dado a nós como um presente por meio da fé em Cristo (Jo 3.16; 1Jo 5.11,13).
Os cristãos são iluminados diretamente por Deus por meio do ministério do Espírito Santo, que esclarece a Palavra e os protege do perigo do afastamento da verdade do evangelho.
Entretanto, os cristãos são obrigados a ouvirem de maneira receptiva aos outros cristãos que podem adverti-los e instruí-los, pois eles também têm o Espírito. A confusão produzida pelo falso ensino é um perigo (4.1-6).

É por isso que João nos diz que quanto a nós, a unção que recebemos dele permanece em nós, e não precisamos que alguém nos ensine. A unção dele recebida, que é verdadeira e não falsa, nos ensina acerca de todas as coisas, portanto, desta forma, devemos permanecer nele como ele nos ensinou – vs. 27.
Essa unção que nos ensina acerca de todas as coisas não é, obviamente, uma promessa de que o Espírito nos torna oniscientes. João tinha em vista que o Espírito estava instruindo seus leitores sobre diversos ensinos falsos com os quais eles depararam e especificamente sobre a afirmação enganosa feita por aqueles que tentavam desviar os cristãos do caminho correto (veja 2.26).
B. Vivendo como filhos de Deus (2.28-3.24).
Dos vs. 2.28 ao 3.24, veremos como é na ótica de João viver como filhos de Deus. Tendo identificado os falsos mestres e seus erros com respeito à total humanidade de Cristo, João voltou-se para as implicações práticas e morais da verdade da encarnação de Cristo ao conclamar seus leitores a viverem como filhos de Deus. Essa seção também foi dividida em duas: 1. Puro e justo (2.28-3.10) – veremos agora; 2. Amar uns aos outros (3.11-24).
1. Puro e justo (2.28-3.10).
Dos vs. 2.28 ao 3.10, veremos João nos ensinar que a primeira implicação de ser filho de Deus é que os cristãos devem lutar pela pureza e pela justiça.
João diz que devemos permanecer nele para que quando ele se manifestar, ou seja, quando ocorrer o retorno de Cristo, nós sejamos encontrados fiéis a ele. Os cristãos devem esforçar-se para viver em obediência a Deus para garantir que eles não precisarão ser envergonhados no dia do julgamento, quando cada pessoa terá de prestar contas (Rm 14.12).
Devemos mesmo tomar cuidado, pois poderemos ser envergonhados diante dele na sua vinda. Essa sua vinda, refere-se ao retorno visível e final de Cristo no final dos tempos, quando ele voltará como juiz. Aqueles que "permanecem nele" pela confiança na mensagem do evangelho (vs. 24) não precisam temer a condenação (Jo 3.17-18).
Eu fico imaginando como posso conter tamanho conteúdo em mim, miserável pecador, sem explodi-lo por onde quer que eu ande e esteja. É muita glória a nós reservada que não pode mesmo ser comparada a leve – por pior que seja – e momentânea tribulação presente. Ah se despertássemos do sono letárgico da indolência...
Se vocês sabem que ele é justo, saibam também que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele – vs. 29. Neste versículo final do capítulo 2, João introduziu a ideia de viverem como filhos de Deus ao tirar uma conclusão lógica a partir do caráter justo de Deus.
Se Deus é justo, então é impossível que alguém que não seja justo tenha nascido dele (1Jo 3.7). Se uma pessoa recebeu de Deus uma nova vida, então essa nova vida será distinguida pela retidão. Mais uma vez, João não estava falando da perfeita impecabilidade, mas de um estilo de vida caracterizado pela obra santificadora do Espírito.
I Jo 2:1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo
para que não pequeis.
Se, todavia, alguém pecar,
temos Advogado junto ao Pai,
Jesus Cristo, o Justo;
I Jo 2:2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados
e não somente pelos nossos próprios,
mas ainda pelos do mundo inteiro.
I Jo 2:3 Ora, sabemos que o temos conhecido por isto:
se guardamos os seus mandamentos.
I Jo 2:4 Aquele que diz:
Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos
é mentiroso, e nele não está a verdade.
I Jo 2:5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra,
nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado
o amor de Deus.
Nisto sabemos que estamos nele:
I Jo 2:6 aquele que diz que permanece nele,
esse deve também andar assim como ele andou.
I Jo 2:7 Amados, não vos escrevo mandamento novo,
senão mandamento antigo, o qual, desde o princípio, tivestes.
Esse mandamento antigo é a palavra que ouvistes.
I Jo 2:8 Todavia, vos escrevo novo mandamento,
aquilo que é verdadeiro nele e em vós,
porque as trevas se vão dissipando,
e a verdadeira luz já brilha.
I Jo 2:9 Aquele que diz estar na luz
e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas.
I Jo 2:10 Aquele que ama a seu irmão permanece na luz,
e nele não há nenhum tropeço.
I Jo 2:11 Aquele, porém, que odeia a seu irmão
está nas trevas,
e anda nas trevas,
e não sabe para onde vai,
porque as trevas lhe cegaram os olhos.
I Jo 2:12 Filhinhos, eu vos escrevo,
porque os vossos pecados são perdoados,
por causa do seu nome.
I Jo 2:13 Pais, eu vos escrevo,
porque conheceis aquele que existe desde o princípio.
Jovens, eu vos escrevo,
porque tendes vencido o Maligno.
I Jo 2:14 Filhinhos, eu vos escrevi,
porque conheceis o Pai.
Pais, eu vos escrevi,
porque conheceis aquele que existe desde o princípio.
Jovens, eu vos escrevi,
porque sois fortes,
e a palavra de Deus permanece em vós,
e tendes vencido o Maligno.
I Jo 2:15 Não ameis o mundo
nem as coisas que há no mundo.
Se alguém amar o mundo,
o amor do Pai não está nele; I
 Jo 2:16 porque tudo que há no mundo,
a concupiscência da carne,
a concupiscência dos olhos
e a soberba da vida,
não procede do Pai,
mas procede do mundo.
I Jo 2:17 Ora, o mundo passa,
bem como a sua concupiscência;
aquele, porém, que faz a vontade de Deus
permanece eternamente.
I Jo 2:18 Filhinhos, já é a última hora;
e, como ouvistes que vem o anticristo,
também, agora, muitos anticristos têm surgido;
pelo que conhecemos que é a última hora.
I Jo 2:19 Eles saíram de nosso meio;
entretanto, não eram dos nossos;
porque, se tivessem sido dos nossos,
teriam permanecido conosco;
todavia, eles se foram para que ficasse manifesto
que nenhum deles é dos nossos.
I Jo 2:20 E vós possuís unção que vem do Santo
e todos tendes conhecimento.
I Jo 2:21 Não vos escrevi porque não saibais a verdade;
antes, porque a sabeis,
e porque mentira alguma jamais procede da verdade.
I Jo 2:22 Quem é o mentiroso,
senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Este é o anticristo,
o que nega o Pai
e o Filho.
I Jo 2:23 Todo aquele que nega o Filho,
esse não tem o Pai;
aquele que confessa o Filho
tem igualmente o Pai.
I Jo 2:24 Permaneça em vós
o que ouvistes desde o princípio.
Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes,
também permanecereis vós no Filho e no Pai.
I Jo 2:25 E esta é a promessa que ele mesmo nos fez,
a vida eterna.
I Jo 2:26 Isto que vos acabo de escrever
é acerca dos que vos procuram enganar.
I Jo 2:27 Quanto a vós outros,
a unção que dele recebestes permanece em vós,
e não tendes necessidade de que alguém vos ensine;
mas, como a sua unção vos ensina
a respeito de todas as coisas,
e é verdadeira,
e não é falsa,
permanecei nele,
como também ela vos ensinou.
I Jo 2:28 Filhinhos, agora, pois, permanecei nele,
para que, quando ele se manifestar,
tenhamos confiança
e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda.
I Jo 2:29 Se sabeis que ele é justo,
reconhecei também que todo aquele que pratica a justiça
é nascido dele.
O sinal em João de que andamos em santidade, com o Senhor e aguardando a sua vinda é a nossa vida exercitada na prática da justiça. O nosso galardão é a vida eterna.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.