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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ezequiel 7:1-27 - O SEGUNDO JULGAMENTO

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que estamos no primeiro capítulo “I”, na primeira parte “A”, na terceira seção “3”, estamos no capítulo 7:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
A. A primeira série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (1.1-7.27).
1. Visão e vocação (1.1-3.27) – já vimos;
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) – já vimos;
3. Discursos relacionados (5.5-7.27) – estaremos concluindo agora
3. Discursos relacionados às profecias de julgamentos (5.5-7.27) - continuação.
O Senhor concedeu a Ezequiel as palavras para falar sobre a destruição de Jerusalém que se aproximava.
Como já explicamos, nós dividimos essa parte em três seções: a. Profecias explicativas de julgamento (5:5-17) – já vista; b. A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14) – já vista; e. c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27) – concluiremos agora.
c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27).
Neste capítulo, veremos nos próximos vinte e sete versículos, a segunda profecia de julgamento contra a idolatria pela boca do profeta Ezequiel.
Em resumo, veremos o segundo oráculo de julgamento contra a idolatria. Ezequiel retornou ao tema de julgamento contra a idolatria usando uma linguagem ainda mais forte que a anterior. Ele falou sobre o julgamento que se aproximava como catastrófico, envolvendo todas as nações.
É sempre assim que começa o seu oráculo, com a palavra do Senhor vindo a ele e dizendo algo. Neste caso era para ele, filho do homem, dizer à terra de Israel que o fim estava vindo e vindo de forma total, completa, sob os quatro cantos da terra.
O fim estava vindo por causa da ira de Deus contra as nações, pois ele iria executar seu juízo na terra conforme fossem os seus caminhos, em consequência às suas abominações.
O fim viria sem piedade e completo e as punições seriam proporcionais aos caminhos deles. Quanto mais apegados às abominações, mais seriam punidos. Quando estiverem sendo punidos, diz a palavra, que eles saberão quem é o Senhor.
Mal sobre mal era o que esperava por eles – vs. 5. Ele repete novamente de forma dupla que o fim estava vindo.
No entanto, esse capítulo não prediz o fim do mundo – como parece indicar o vs. 7 - como no retorno de Cristo em glória, mas o fim de Jerusalém e de Judá com a invasão final dos babilônios em 586 a.C.
O julgamento que o povo de Israel sofreu nessa ocasião, como todos os outros julgamentos no Antigo Testamento, prefigurava o tipo de sofrimento que terá lugar na volta de Cristo.
Os profetas do Antigo Testamento frequentemente falaram sobre "o dia", ou "o dia do SENHOR" (30.1-9; Is 2.12-17; 13.1-22; 34.1-17; 61.1-3; 63.1-6; 11 2.1-3.21; Am 5.18-20; Oh 8,15; Sf 1.1-2.3; Zc 14.1-21; Ml 3.13 4.6).
Esse dia seria caracterizado pela vinda do Senhor como um guerreiro divino para julgar os seus inimigos e abençoar o seu povo.
O dia do Senhor poderia ser urna bênção ou uma maldição para Israel, o dia final do Senhor, será o dia do julgamento escatológico, o derramamento da sua ira contra a injustiça.
Veja o uso feito pelo Novo Testamento dos mesmos temas para o julgamento final (Rm 2.16; 1Co 1.8; 5.5; 2Co 1.14; Fp 1.6,10; 2.16; 2Tm 1.12,18; 4.8; Hb 10.25; 2Pe 2.9; 3.12; Ap 16.14).
O fato era que o que estava por vir e era terrível, tinha a ver com o juízo e com a ira do Senhor santa e justa por causa dos caminhos e de todas as abominações dos povos uns para com os outros pervertendo, principalmente, a justiça, o amor e a verdade.
Novamente é enfatizado que não haveria piedade, nem abrandamento da situação enquanto as abominações deles estivessem com eles, no meio deles, mas na hora do castigo, sim, haveriam de saber que ele era o Senhor.
O Senhor diz, dos versos 10 ao 13 que já tinha florescido a vara e brotado a soberba. A vara de Aarão que floresceu tinha sido um sinal para os rebeldes (Nm 17.10).
A violência e a arrogância que haviam desempenhado tal papel no comércio, encontrariam agora a vara da ira do próprio Deus. O verso 13 é uma resposta aos que, se esquecendo de Deus, usam da violência, da ignorância, da maldade, para se enriquecerem ou prosperarem. “NINGUÉM PROSPERARÁ NA VIDA, PELA SUA INIQUIDADE”.
Dos versos 14 ao 21, tudo está já preparado para o fim por causa das abominações, por causa da falta da justiça na terra, por causa da opressão, da violência e da ignorância, por causa do engano, do egoísmo, do orgulho e da vaidade que não leva em conta, nem Deus, nem o próximo.
Sobre eles estaria vindo, de forma cruel, a espada, a fome e a peste a causar grandes desgraças na terra deixando apenas alguns poucos sobreviventes marcados pela dor e pelo sofrimento.
Não haverá forças neles, nem ânimo para enfrentarem o inimigo pois estarão enfraquecidos, com os joelhos fracos como água, estando sobre os seus rostos vergonha e sobre as suas cabeças, calvas.
Do que adiantará a sua prata e o seu ouro no dia da calamidade senão para o tropeço deles mesmos. Na hora da fome, poderá a prata e o ouro servir? Eles não são comestíveis, mas com eles foram feitas abominações, idolatrias, adornos, imagens e muitas coisas detestáveis.
Agora seriam saqueados e passariam de suas mãos para outras mãos. A trombeta foi tocada e tudo estava preparado sem que qualquer um deles se dirigisse à batalha por causa do terror e do temor em seus ventres.
Esses invasores – vs. 22 ao 27 - haveriam de vir contra a cidade e profanarem o seu lugar de culto, o templo em quem tanto confiavam como uma espécie de amuleto contra o mal, mas que dava direitos ao pecado e à vaidade.
Como o Senhor havia escolhido Jerusalém como a sua morada e havia lutado em seu favor no passado (2Rs 18-19; 2Cr 32; Is 36-37), o povo assumiu como uma doutrina teológica que a cidade era inviolável.
Jeremias, contemporâneo de Ezequiel, estava também advertindo os habitantes da cidade a não confiarem na existência do templo como garantia para a sua segurança (Jr 7.1-15, 26.1-19).
Ez 7:1 Demais veio a palavra do Senhor a mim, dizendo:
Ez 7:2 E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor Deus
à terra de Israel:
Vem o fim,
o fim vem sobre os quatro cantos da terra.
Ez 7:3 Agora vem o fim sobre ti, e enviarei sobre ti a minha ira,
e te julgarei conforme os teus caminhos;
e trarei sobre ti todas as tuas abominações.
Ez 7:4 E não te pouparei, nem terei piedade de ti;
mas eu te punirei por todos os teus caminhos,
enquanto as tuas abominações estiverem
no meio de ti;
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 7:5 Assim diz o Senhor Deus:
Mal sobre mal! eis que vem!
Ez 7:6 Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti;
eis que vem.
Ez 7:7 Vem a tua ruína, ó habitante da terra!
Vem o tempo; está perto o dia, o dia de tumulto,
e não de gritos alegres, sobre os montes.
Ez 7:8 Agora depressa derramarei o meu furor sobre ti,
e cumprirei a minha ira contra ti,
e te julgarei conforme os teus caminhos;
e te punirei por todas as tuas abominações.
Ez 7:9 E não te pouparei, nem terei piedade;
conforme os teus caminhos, assim te punirei,
enquanto as tuas abominações estiverem no meio de ti;
e sabereis que eu, o Senhor, castigo.
Ez 7:10 Eis o dia! Eis que vem!
Veio a tua ruína; já floresceu a vara, já brotou a soberba. :
Ez 7:11 A violência se levantou em vara de iniqüidade.
nada restará deles, nem da sua multidão,
nem dos seus bens.
Não haverá eminência entre eles.
Ez 7:12 Vem o tempo, é chegado o dia;
não se alegre o comprador, e não se entristeça o vendedor;
pois a ira está sobre toda a multidão deles.
Ez 7:13 Na verdade o vendedor não tornará a possuir o que vendeu,
ainda que esteja por longo tempo entre os viventes;
pois a visão, no tocante a toda a multidão deles,
não voltará atrás;
e ninguém prosperará na vida, pela sua iniqüidade.
Ez 7:14 Já tocaram a trombeta, e tudo prepararam,
mas não há quem vá à batalha;
pois sobre toda a multidão deles está a minha ira.
Ez 7:15 Fora está a espada, e dentro a peste e a fome;
o que estiver no campo morrerá à espada;
e o que estiver na cidade, a fome e a peste o consumirão.
Ez 7:16 E se escaparem alguns sobreviventes,
estarão sobre os montes, como pombas dos vales,
todos gemendo, cada um por causa da sua iniqüidade.
Ez 7:17 Todas as mãos se enfraquecerão,
e todos os joelhos se tornarão fracos como água.
Ez 7:18 E se cingirão de sacos, e o terror os cobrirá;
e sobre todos os rostos haverá vergonha
e sobre todas as suas cabeças calva.
Ez 7:19 A sua prata, lançá-la-ão pelas ruas,
e o seu ouro será como imundícia;
nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar
no dia do furor do Senhor;
esses metais não lhes poderão saciar a fome,
nem lhes encher o estômago;
pois serviram de tropeço da sua iniqüidade.
Ez 7:20 Converteram em soberba a formosura dos seus adornos,
e deles fizeram as imagens das suas abominações,
e as suas coisas detestáveis;
por isso eu a fiz para eles como uma coisa imunda.
Ez 7:21 E entregá-la-ei nas mãos dos estrangeiros por presa,
e aos ímpios da terra por despojo; e a profanarão.
Ez 7:22 E desviarei deles o meu rosto,
e profanarão o meu lugar oculto;
porque entrarão nele saqueadores, e o profanarão.
Ez 7:23 Faze uma cadeia, porque a terra está cheia
de crimes de sangue, e a cidade está cheia de violência.
Ez 7:24 Pelo que trarei dentre as nações os piores,
que possuirão as suas casas;
e farei cessar a soberba dos poderosos;
e os seus lugares santos serão profanados.
Ez 7:25 Quando vier a angústia eles buscarão a paz,
mas não haverá paz.
Ez 7:26 Miséria sobre miséria virá,
e se levantará rumor sobre rumor;
e buscarão do profeta uma visão;
mas do sacerdote perecerá a lei,
e dos anciãos o conselho.
Ez 7:27 O rei pranteará, e o príncipe se vestirá de desolação,
e as mãos do povo da terra tremerão de medo.
Conforme o seu caminho lhes farei,
e conforme os seus merecimentos os julgarei;
e saberão que eu sou o Senhor.
O Deus santo não mais ignorava a conduta do povo - a terra está cheia de crimes de sangue, e a cidade está cheia de violência -, mas o julgaria pelo seu pecado (v. 27).
Somente depois que vier a angústia é que eles buscarão a paz, mas esta terá fugido deles. O que viria então? Miséria sobre miséria, rumor sobre rumor. Tentarão então buscar do profeta uma visão e do sacerdote uma palavra, mas do sacerdote perecerá a lei e do profeta e dos anciãos, todo conselho.
Nem o rei, nem o príncipe, nem o profeta, nem o sacerdote, nem o povo terão condições de se socorrer e se auxiliar, pois estarão vestidos de desolação, com medo, assustados e aterrorizados. Conforme fora os seus caminhos, assim eles estariam recebendo o merecido julgamento – vs. 27.
Enfatiza novamente a palavra do Senhor, que nestas horas e nestas condições eles todos saberão que o Senhor é Deus. Lamentavelmente, não o souberam antes, pois teriam tempo de arrependimentos.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.