quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
quinta-feira, janeiro 31, 2013
Jamais Desista
Salmo 14: 1-7 - DIZ O INSENSATO QUE NÃO HÁ DEUS
A
Bíblia é um livro, ou um conjunto de 66 livros, escrito por mais de 40 autores
diferentes, em épocas diferentes, em regiões geográficas diferentes. Pois bem,
em nenhum lugar encontraremos quaisquer questionamentoa sobre a existência de
Deus. Sabem por que nada encontraremos? Pela simples razão de que a Bíblia
parte do pressuposto básico de que Deus existe!
Deus
existe! Mas o insensato diz que Deus não existe. Ora, quem chama os que afirmam
que Deus não existe de insensatos é a própria Bíblia. Se a Bíblia afirma isso,
então ela tem razão, pois ela é a Palavra de Deus.
Vejam
o que nos diz as primeiras linhas do Comentário de Calvino sobre este lindo
salmo de Davi:
No início, o salmista descreve o incompreenssível
desprezo de Deus por causa do povo que estava afligido. Para dar maior peso a
sua queixa, ele representa o próprio Deus enquanto o projeta. Depois, ele
consome a si mesmo e aos outros com a esperança de um remédio, que ele assegura
que Deus irá providenciar em breve, embora, entretanto, ele gema e sinta uma
profunda angústia diante da desordem que ele vê.
Ao músico-chefe de David.
No Blog “O TEMPORA! O
MORES!”, há uma postagem interessante intitulada “Coisas Que Até Um Ateu Pode
Ver”, postada em 30 de janeiro de 2013, quarta-feira, às 11h08 AM, por Augustus
Nicodemus Lopes. Recomendamos a leitura e reflexão:
Coisas que até um ateu pode ver[1]
Um número
razoável de cientistas e filósofos ateus ou agnósticos vem em anos recentes
engrossando as fileiras daqueles que expressam dúvidas sérias sobre a
capacidade da teoria da evolução darwinista para explicar a origem da vida e
sua complexidade por meio da seleção natural e da natureza randômica ou
aleatória das mutações genéticas necessárias para tal.
Poderíamos
citar Anthony Flew, o mais notável intelectual ateísta da Europa e Estados
Unidos que no início do século XXI anunciou sua desconversão do ateísmo
darwinista e adesão ao teísmo, por causa das evidências de propósito
inteligente na natureza. Mais recentemente o biólogo molecular James Shapiro,
da Universidade de Chicago, ele mesmo também ateu, publicou o livro Evolution:
A View from 21st Century onde desconstrói impiedosamente a evolução darwinista.
Thomas
Nagel
E agora é
a vez de Thomas Nagel, professor de filosofia e direito da Universidade de Nova
York, membro da Academia Americana de Artes e Ciências, ganhador de vários
prêmios com seus livros sobre filosofia, e um ateu declarado. Ele acaba de
publicar o livro Mind & Cosmos (“Mente e Cosmos”) com o provocante
subtítulo Why the materialist neo-darwinian conception of nature is almost
certainly false (“Por que a concepção neo-darwinista materialista da natureza é
quase que certamente falsa”), onde aponta as fragilidades do materialismo
naturalista que serve de fundamento para as pretensões neo-darwinistas de
construir uma teoria do todo (Não pretendo fazer uma resenha do livro. Para
quem lê inglês, indico a excelente resenha feita por William Dembski e o comentário
breve de Alvin Plantinga).
Estou
mencionando estes intelectuais e cientistas ateus por que quando intelectuais e
cientistas cristãos declaram sua desconfiança quanto à evolução darwinista são
descartados por serem "religiosos". Então, tá. Mas, e quando os
próprios ateus engrossam o coro dos dissidentes?
Neste
post eu gostaria apenas de destacar algumas declarações de Nagel no livro que
revelam a consciência clara que ele tem de que uma concepção puramente
materialista da vida e de seu desenvolvimento, como a evolução darwinista, é
incapaz de explicar a realidade como um todo. Embora ele mesmo rejeite no livro
a possibilidade de que a realidade exista pelo poder criador de Deus, ele é
capaz de enxergar que a vida é mais do que reações químicas baseadas nas leis
físicas e descritas pela matemática. A solução que ele oferece – que a mente
sempre existiu ao lado da matéria – não tem qualquer comprovação, como ele
mesmo admite, mas certamente está mais perto da concepção teísta do que do ateísmo
materialista do darwinismo.
Ele deixa
claro que sua crítica procede de sua própria análise científica e que mesmo
assim não será bem vinda nos círculos acadêmicos:
“O meu
ceticismo [quanto ao evolucionismo darwinista] não é baseado numa crença
religiosa ou numa alternativa definitiva. É somente a crença de que a evidência
científica disponível, apesar do consenso da opinião científica, não exige
racionalmente de nós que sujeitemos este ceticismo [a este consenso] neste
assunto” (p. 7).
“Eu tenho
consciência de que dúvidas desta natureza vão parecer um ultraje a muita gente,
mas isto é porque quase todo mundo em nossa cultura secular tem sido intimidado
a considerar o programa de pesquisa reducionista [do darwinismo] como
sacrossanto, sob o argumento de que qualquer outra coisa não pode ser considerada
como ciência” (p.7).
Ele
profetiza o fim do naturalismo materialista, o fundamento do evolucionismo
darwinista:
“Mesmo
que o domínio [no campo da ciência] do naturalismo materialista está se
aproximando do fim, precisamos ter alguma noção do que pode substitui-lo” (p.
15).
Para ele,
quanto mais descobrimos acerca da complexidade da vida, menos plausível se
torna a explicação naturalista materialista do darwinismo para sua origem e
desenvolvimento:
“Durante
muito tempo eu tenho achado difícil de acreditar na explicação materialista de
como nós e os demais organismos viemos a existir, inclusive a versão padrão de
como o processo evolutivo funciona. Quanto mais detalhes aprendemos acerca da base
química da vida e como é intrincado o código genético, mais e mais
inacreditável se torna a explicação histórica padrão [do darwinismo]” (p. 5).
“É
altamente implausível, de cara, que a vida como a conhecemos seja o resultado
da sequência de acidentes físicos junto com o mecanismo da seleção natural” (p.
6).
Não teria
havido o tempo necessário para que a vida surgisse e se desenvolvesse debaixo
da seleção natural e mutações aleatórias:
“Com
relação à evolução, o processo de seleção natural não pode explicar a realidade
sem um suprimento adequado de mutações viáveis, e eu acredito que ainda é uma
questão aberta se isto poderia ter acontecido no tempo geológico como mero
resultado de acidentes químicos, sem a operação de outros fatores determinando
e restringindo as formas das variações genéticas” (p. 9).
Nagel
surpreendentemente defende os proponentes mais conhecidos do design
inteligente:
“Apesar
de que escritores como Michael Behe e Stephen Meyer[1] sejam motivados
parcialmente por suas convicções religiosas, os argumentos empíricos que eles
oferecem contra a possibilidade da vida e sua história evolutiva serem
explicados plenamente somente com base na física e na química são de grande
interesse em si mesmos... Os problemas que estes iconoclastas levantam contra o
consenso cientifico ortodoxo deveriam ser levados a sério. Eles não merecem a
zombaria que têm recebido. É claramente injusta” (p.11).
Num
parágrafo quase confessional, Nagel reconhece que lhe falta o sentimento do
divino que ele percebe em muitos outros:
“Confesso
um pressuposto meu que não tem fundamento, que não considero possível a
alternativa do design inteligente como uma opção real – me falta aquele sensus
divinitatis [senso do divino] que capacita – na verdade, impele – tantas pessoas
a ver no mundo a expressão do propósito divina da mesma maneira que percebem
num rosto sorridente a expressão do sentimento humano” (p.12).
Para
Nagel, o evolucionismo darwinista, com sua visão materialista e naturalista da
realidade, não consegue explicar o que transcende o mundo material, como a
mente e tudo que a acompanha:
“Nós e
outras criaturas com vida mental somos organismos, e nossa capacidade mental
depende aparentemente de nossa constituição física. Portanto, aquilo que
explicar a existência de organismos como nós deve explicar também a existência
da mente. Mas, se o mental não é em si mesmo somente físico, não pode, então,
ser plenamente explicado pela ciência física. E então, como vou argumentar mais
adiante, é difícil evitar a conclusão que aqueles aspectos de nossa
constituição física que trazem o mental consigo também não podem ser explicados
pela ciência física. Se a biologia evolutiva é uma teoria física – como
geralmente é considerada – então não pode explicar o aparecimento da consciência
e de outros fenômenos que não podem ser reduzidos ao aspecto físico meramente”
(p. 15).
“Uma
alternativa genuína ao programa reducionista [do darwinismo] irá requerer uma
explicação de como a mente e tudo o que a acompanha é inerente ao universo”
(p.15).
“Os
elementos fundamentais e as leis da física e da química têm sido assumidos para
se explicar o comportamento do mundo inanimado. Algo mais é necessário para
explicar como podem existir criaturas conscientes e pensantes, cujos corpos e
cérebros são feitos destes elementos” (p.20).
Menciono
por último a perspicaz observação de Nagel, que se a mente existe porque
sobreviveu através da seleção natural, isto é, por ter se tornado na coisa mais
esperta para sobreviver, como poderemos confiar nela? E aqui ele cita e
concorda com Alvin Plantinga, um filósofo reformado renomado:
“O
evolucionismo naturalista provê uma explicação de nossas capacidades [mentais]
que mina a confiabilidade delas, e ao fazer isto, mina a si mesmo” (p. 27).
“Eu
concordo com Alvin Plantinga que, ao contrário da benevolência divina, a
aplicação da teoria da evolução à compreensão de nossas capacidades cognitivas
acaba por minar nossa confiança nelas, embora não a destrua por completo.
Mecanismos formadores de crenças e que têm uma vantagem seletiva no conflito
diário pela sobrevivência não merecem a nossa confiança na construção de
explicações teóricas do mundo como um todo... A teoria da evolução deixa a
autoridade da razão numa posição muito mais fraca. Especialmente no que se
refere à nossa capacidade moral e outras capacidades normativas – nas quais
confiamos com frequência para corrigir nossos instintos. Eu concordo com Sharon
Street [professora de filosofia na Universidade de Nova York] que uma
auto-compreensão evolucionista quase que certamente haveria de requerer que
desistíssemos do realismo moral, que é a convicção natural de que nossos juízos
morais são verdadeiros ou falsos independentemente de nossas crenças” (p.28).
Não
consegui ler Nagel sem lembrar do que a Bíblia diz:
"Tudo
fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do
homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até
ao fim" (Eclesiastes 3:11).
"De
um só Deus fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra,
havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;
para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está
longe de cada um de nós" (Atos 17:26-27).
Nagel tem
o sensus divinitatis, sim, pois o mesmo é o reflexo da imagem de Deus em cada
ser humano, ainda que decaídos como somos. Infelizmente o seu ateísmo o impede
de ver aquilo que sua razão e consciência, tateando, já tocaram.
[1] Os
dois são os mais conhecidos defensores da teoria do design inteligente. Ambos
já vieram falar no Mackenzie sobre este assunto.
Você
já ouviu falar da discussão sobre a existência da Abóbora-Falante de duas
cabeças? Não, nunca ouviu, nem nunca ouvirá. Sabe por quê? Ela não existe!
Não
há Deus.
Corrompem-se
e praticam abominação;
já
não há quem faça o bem.
Sl
14:2 Do céu olha o SENHOR
para os filhos dos homens, para ver
se há quem entenda,
se há quem busque a Deus.
Sl
14:3 Todos se extraviaram
e juntamente se corromperam;
não
há quem faça o bem,
não
há nem um sequer.
Sl
14:4 Acaso,
não entendem todos os obreiros da iniquidade,
que devoram o meu povo,
como quem come pão,
que não invocam o SENHOR?
Sl
14:5 Tomar-se-ão de grande pavor,
porque Deus está com a linhagem do justo.
Sl
14:6 Meteis a ridículo o conselho dos humildes,
mas o SENHOR é o seu refúgio.
Sl
14:7 Tomara de Sião
viesse já a salvação de Israel!
Quando
o SENHOR restaurar a sorte do seu povo,
então,
exultará Jacó,
e Israel se alegrará.
Por um tempo ainda viveremos como que “sem saber sabendo”, mas
chegará um tempo em que Deus tem preparado para o fim, a consumação de todas as
coisas. Em breve, conforme suas palavras, ele voltará e tudo será claro como o
sol ao meio dia.
Hoje o pecado forma uma barreira nos corações dos homens
impedindo de ver a luz do dia, mas logo, logo Jesus voltará e estaremos com ele
para sempre.
Quanto aos que buscam a verdade (teoricamente os cientistas
usando a ciência buscam a verdade na explicação dos fenômenos), na verdade hão
de encontrar a Verdade, exceto, talvez, aqueles que não a buscarem de verdade.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.