terça-feira, 8 de março de 2016
terça-feira, março 08, 2016
Jamais Desista
Hebreus 13 1-25 - QUE TAL VOCÊ DAR MAIS VALOR AO QUE VOCÊ JÁ TEM?
Como dissemos, a epístola de Hebreus foi
escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a
fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e
superior sumo sacerdote. Estamos vendo o capítulo 13/13.
Breve
síntese do capítulo 13.
O autor - como se parece com Paulo, principalmente por causa do final
deste capítulo – aproveita e finaliza sua carta com conselhos e exortações
diversas sobre o bom proceder cristão diante de certas coisas.
Fala do amor fraternal, da hospitalidade, dos nossos guias, do
matrimônio, da vida sem avarezas e com contentamento, para lembrarmos dos que
estão presos e sendo maltratados por causa da palavra de Deus.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
VI. CONCLUSÃO (13.1-25).
Os cristãos devem se
lembrar das práticas básicas ética e moral no seu viver para Cristo. O autor
encerrou a sua carta com algumas exortações, uma bênção e saudações. Esse
encerramento se divide em duas partes: as exortações finais (13.1-19) e bênção
e saudações (13.20-23). Elas formarão a seguinte divisão proposta, conforme a
BEG: A. Exortações finais (13.1-19) –
veremos agora; e, B. Bênçãos e saudações (13.20-25) – veremos agora.
A. Exortações finais (13.1-19).
Tendo escrito sobre o seu tema principal, o
escritor voltou-se para algumas questões de menor importância que diziam
respeito a ele.
O vs. 1 nos exorta a que sejamos constantes
no amor. A responsabilidade de guardar a fé e encorajar a perseverança na fé
nos outros toma formas reais.
Isso inclui amor fraternal a todos os
companheiros cristãos (Rm 12.10; 1Pe 1.22), hospitalidade para aqueles
necessitados de abrigo ou comida (11.38), identificação com os encarcerados
(10.34) e ajuda compassiva para aqueles maltratados por causa de sua confissão
(10.33; 11.25; cf. Mt 25.35-37).
A pressão do sofrimento pode tirar da nossa
mente responsabilidades fundamentais do amor (vs. 3,7,16). Na Bíblia
encontraremos exemplos de pessoas que sem saber, sendo hospitaleiros, acolheram
anjos em sua casa. Abraão, ele mesmo um estrangeiro (11.13), mostrou
hospitalidade para "três homens" (Gn 18.2), que provaram ser o
próprio Senhor e dois de seus mensageiros sobrenaturais (Gn 18.1-19.22). Alguns
intérpretes tomam "anjos" como significando simplesmente mensageiros
humanos que eram enviados de uma igreja a outra.
Também não deveríamos nos esquecer dos
encarcerados. O elogio de Pauto a Onesíforo, o qual "não se envergonhou
das minhas (de Paulo) algemas" (2Tm 1.16-18), reflete a importância desse
tipo de encorajamento.
Uma segunda indicação (12.16) de que a
imoralidade sexual pode tentar os cristãos se encontra nessa exortação do vs. 4
relativo ao leito conjugal. O antídoto para a imoralidade, percebe-se, não é a
autonegação ascética, mas uma apreciação correta da honra que Deus concedeu do
relacionamento conjugal (1Co 7.3-5; Ef 5.22-33).
Outra exortação tinha a ver com a ganância
pois esta tem o poder de seduzir os que se deixam dominar por ela cegando-os e
fazendo com que sempre queriam mais e mais e nunca estão, com isso,
satisfeitos. Por isso que ele nos orienta para que nossa vida seja sem avareza.
Aqueles tentados pelo descontentamento e
pelo "amor ao dinheiro" são pessoas que procuram sua segurança nos
recursos financeiros (Mt 619-21,24-34). Porém, a promessa de Deus dá maior
segurança: "não te deixará, nem te desamparará" (Dt 31.6).
Nossa resposta confiante reafirma que o
Senhor, nosso ajudador (2.18; 4.16), nos livra de todos os tipos de temor
(2.15; 11.23,27).
Ao invés de reclamarmos do que ainda nem
temos, nem sabemos se iremos ter, melhor, seria, dar valor ao que já temos; no
entanto, acontece o contrário, desprezamos o que temos e amamos o que não temos
e o resultado disso é o descontentamento que nos leva à ganância e à avareza.
Em nossa caminhada um lembrete: nossos
guias, os quais nos pregaram a palavra de Deus devem ser lembrados – vs. 7. O
ministério da primeira geração de mestres da congregação (2.3) estava completo,
e mais tarde o autor exortaria os leitores originais a submeterem-se aos novos
líderes como o papel pastoral deles exigia (vs. 17).
Depois de examinarmos a vida de nossos
líderes, a orientação é para imitar-lhes a fé. Devemos imitar aqueles que
herdaram as promessas por meio da fé paciente (6.12).
Mesmo que os líderes humanos desapareçam
desse cenário, Jesus Cristo é: "o mesmo" (1.12):
·
"Ontem"
(durante o tempo pelo qual Deus falou pelos profetas (1 .11).
·
"Hoje"
(assim como Deus nos chamou para entrar em seu descanso por meio da fé - 3.7,13;
4.7).
·
"Para
todo o sempre" (1.8; 7.16-17,21,24,28).
Ele é a âncora segura e firme em meio aos
sofrimentos e as incertezas (6.19).
Outra advertência negativa, do tipo “não
faça...” era para não nos deixarmos levar por doutrinas várias e estranhas –
vs. 9. Essas doutrinas aparentemente mantinham que, pelo fato de os leitores
terem sido excluídos da vida de culto no templo (vs. 13), incluindo a festa
sacrifical na qual os adoradores participavam, eles haviam sido, portanto,
barrados de se achegarem a Deus.
O autor respondeu que a graça, e não o
alimento cerimonial, fortalece o nosso coração, pois pela graça nós
participamos da adoração no altar celestial onde Jesus ministra. o que vale é
estar o coração confirmado com graça e não com alimentos.
Como o oferecimento do pecado não poderia
assegurar uma purificação da consciência (9.9), do mesmo modo a oferta pacífica
não poderia garantir que o adorador tivesse paz e comunhão com Deus (Lv
7.11-18; 1Co 10.18).
Os sacerdotes levitas tinham o direito a
uma parte de todo animal sacrificado como uma oferta pacífica no tabernáculo no
Antigo Testamento (Lv 6.18,29; 7.6,28-36). Enquanto esses sacerdotes e outros
dependessem do antigo sistema de sacrifícios de animal para expiação e paz com
Deus, eles não poderiam se beneficiar do ministério sumo sacerdotal celestial
de Cristo.
O simbolismo do Dia da Expiação – vs. 11,
12 - expressava dois aspectos importantes da obra expiatória de Cristo:
(1) O sangue levado para o Santo dos
Santos declarava que somente mediante a morte de um substituto inocente os
seres humanos poderiam se aproximar do santo Deus.
(2) Os corpos dos animais queimados
fora do acampamento indicavam que o substituto se tornava impuro como o
portador dos pecados das pessoas.
O sofrimento de Jesus fora do portão da
cidade simbolizou não somente a maldição que ele carregou como sendo aquele que
levava o nosso pecado, mas também sua rejeição pelo poder religioso judaico e
seus líderes.
Os leitores originais agora eram
conclamados a aceitar com coragem que eles fossem expulsos das instituições
judaicas (a sinagoga, o templo e também suas famílias).
Eles deveriam aguardar com confiante
expectativa a cidade que havia de vir (vs. 14), levando o seu vitupério. Veja
SI 69.7-9 (veja também Rm 15.3; Hb 11.25-26).
Portanto, ele, o Espírito Santo, nos
recomenda que saiamos até ele, fora do acampamento, suportando a desonra que
ele suportou, sendo a razão para isso o fato de que não temos aqui nenhuma
cidade permanente, mas buscamos a que há de vir – vs. 13 e 14.
Desse modo, devemos oferecer a Deus, sempre,
continuamente, um sacrifício de louvor, que justamente é fruto de lábios que
confessam o seu nome.
O tempo de sacrifícios de animais é
passado, mas os servos de Deus, como todos os sacerdotes, ainda tinham dons e
oferendas para levar a ele.
Esses sacrifícios espirituais (1Pe 2.5)
incluem louvores a Deus (vs. 15) e atos de amor a outras pessoas (vs. 16). Na
tradução grega de Lv 7.11-21, essa frase “sacrifício de louvor” refere-se a um
tipo de "sacrifício pacífico", no qual um animal era sacrificado. Mas
o significado aqui está mais próximo de SI 50.14,23, onde o Senhor pediu
"sacrifício de ações de graça" em vez de sacrifício de animal.
Em Os 14.2 essa atrativa figura de
linguagem referente ao fruto de lábios que confessam o seu nome é usada para as
palavras que a pessoa oferece a Deus quando seus pecados são perdoados. Esse é
o "sacrifício de louvor".
Os sacrifícios de palavras devem ser
acompanhados por ações de amor com respeito aos outros (Tg 1.27), como se
percebe do vs. 16: “Não se esqueçam de fazer o bem e de repartir com os outros
o que vocês têm, pois de tais sacrifícios Deus se agrada.”. Paulo chamou os
dons materiais de "sacrifício aceitável e aprazível a Deus" (Fp 4.18;
veja a nota sobre o vs. 2).
No vs. 17 ele nos pede obediência aos
líderes e submissão às autoridades deles. Os membros da nova geração de líderes
(13.7) aparentemente não recebiam a submissão respeitosa que o ofício deles
justificava.
Os cristãos têm o
privilégio de agir como sacerdotes ao orar um pelo outro confiadamente em seu
livre acesso ao trono da graça (4.16), por isso que o autor tinha a liberdade e
a confiança em seus pedidos de orações.
Talvez o autor quisesse
ao se referir à sua boa consciência – vs. 18 – para assegurar a seus leitores
que ele estava exercendo a sua própria liderança de uma maneira cuidadosa, de
acordo com os próprios procedimentos que ele tinha acabado de delinear (vs. 17;
cf. 2Co 1.12).
O seu pedido particular
de oração era para que ele fosse restituído o mais depressa possível a eles. As
circunstâncias precisas do autor são desconhecidas. Ele tinha anteriormente
estado com o grupo ao qual ele estava escrevendo e estava ansioso para ver seus
membros novamente.
B. Bênçãos e saudações (13.20-25).
Dos vs. 20-25 ele
profere bênção e saudações finais. O autor deixou seus leitores com uma bênção
e várias saudações.
O sacrifício de Cristo
derrotou a morte (2.14) e inaugurou a nova e eterna aliança (9.12-15). Desde
que Cristo ressuscitou, "já não morre" (Rm 6.9); os efeitos do seu
sacrifício são eternos. Ele agora é o grande Pastor das ovelhas. O Bom Pastor
guia e protege as suas ovelhas (SI 23; Ez 34.11-16,31); ele sacrificou a sua
vida por elas (Jo 10.11; 1Pe 2.24-25).
Por isso que ele diz que
o Deus da paz, que pelo sangue da aliança eterna trouxe de volta dentre os
mortos a nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas, nos aperfeiçoe em
todo o bem para fazermos a sua vontade, e opere em nós o que lhe é agradável,
mediante Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém – vs.
20,21.
Ele é o Deus da paz! Estávamos
em guerra, por causa do pecado, estávamos afastados dele, mas optou pela paz e
por ela nos quis reconciliar com ele mesmo por meio de seu Filho amado.
Deus fez assim total
provisão para o nosso crescimento em piedade (2Pe 1.3) e está sempre pronto a
ajudar no tempo de necessidade ou tentação (2.18; 4.16). Deus nos ajudará a
amá-lo e ao nosso próximo (vs. 15-16; Fp 2.13). A salvação, o perdão dos
pecados e a renovação da vida acontecem por meio de Jesus Cristo. Ele é a opção
do homem que Deus disponibilizou; rejeitá-lo é simplesmente um ato insano.
Esse sermão, que está em
forma de carta, levaria aproximadamente uma hora para ser lido em voz alta. O
autor poderia ter expandido certas partes se assim quisesse fazê-lo (9.5).
O autor saiu do seu
estilo para enfatizar o reconhecimento apropriado dos líderes atuais da congregação
(vs. 24; cf. vs. 17).
Hb 13:1 Seja constante o amor fraternal.
Hb 13:2 Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns,
praticando-a, sem o saber acolheram anjos.
Hb 13:3 Lembrai-vos dos encarcerados,
como se presos com eles;
dos que sofrem maus tratos,
como se, com efeito, vós mesmos em pessoa fôsseis
os maltratados.
Hb 13:4 Digno de honra entre todos
seja o matrimônio,
bem como o leito sem
mácula;
porque Deus julgará os
impuros e adúlteros.
Hb 13:5 Seja a vossa vida sem avareza.
Contentai-vos com as coisas que tendes;
porque ele tem dito:
De maneira alguma te
deixarei,
nunca jamais te
abandonarei.
Hb 13:6 Assim, afirmemos
confiantemente:
O Senhor é o meu auxílio,
não temerei;
que me poderá fazer o homem?
Hb 13:7 Lembrai-vos dos vossos guias,
os quais vos pregaram a palavra de Deus;
e, considerando atentamente
o fim da sua vida,
imitai a fé que tiveram.
Hb 13:8 Jesus Cristo,
ontem e hoje, é o mesmo
e o será para sempre.
Hb 13:9 Não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas,
porquanto o que vale é estar o coração
confirmado com graça e não
com alimentos,
pois nunca tiveram proveito
os que com isto se preocuparam.
Hb 13:10 Possuímos um altar do qual não têm direito de comer
os que ministram no tabernáculo.
Hb 13:11 Pois aqueles
animais cujo sangue é trazido
para dentro do Santo dos
Santos,
pelo sumo sacerdote,
como oblação pelo pecado,
têm o corpo queimado fora
do acampamento.
Hb 13:12 Por isso, foi que também Jesus,
para santificar o povo,
pelo seu próprio sangue,
sofreu fora da porta.
Hb 13:13 Saiamos, pois, a ele,
fora do arraial,
levando o seu vitupério.
Hb 13:14 Na verdade, não temos aqui cidade permanente,
mas buscamos a que há de vir.
Hb 13:15 Por meio de Jesus, pois,
ofereçamos a Deus, sempre,
sacrifício de louvor,
que é o fruto de lábios que
confessam o seu nome.
Hb 13:16 Não negligencieis, igualmente,
a prática do bem
e a mútua cooperação;
pois, com tais sacrifícios,
Deus se compraz.
Hb 13:17 Obedecei aos vossos guias
e sede submissos para com eles;
pois velam por vossa alma,
como quem deve prestar
contas,
para que façam isto com
alegria e não gemendo;
porque isto não aproveita a
vós outros.
Hb 13:18 Orai por nós,
pois estamos persuadidos de termos boa consciência,
desejando em todas as
coisas viver condignamente.
Hb 13:19 Rogo-vos, com muito empenho,
que assim façais,
a fim de que eu vos seja
restituído mais depressa.
Hb 13:20 Ora, o Deus da paz,
que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus,
nosso Senhor, o grande
Pastor das ovelhas,
pelo sangue da eterna
aliança,
Hb 13:21 vos aperfeiçoe em todo o bem,
para cumprirdes a sua
vontade,
operando em vós o que é
agradável diante dele,
por Jesus Cristo, a quem
seja
a glória para todo o
sempre.
Amém!
Hb 13:22 Rogo-vos ainda, irmãos,
que suporteis a presente palavra de exortação;
tanto mais quanto vos
escrevi resumidamente.
Hb 13:23 Notifico-vos que o irmão Timóteo
foi posto em liberdade;
com ele, caso venha logo,
vos verei.
Hb 13:24 Saudai todos os vossos guias,
bem como todos os santos.
Os da Itália vos saúdam.
Hb 13:25 A graça seja com todos vós.
Podemos ver que este que escreveu destaca a paz de Deus e a boa
consciência as quais devemos sempre estar com elas em tudo o que fazemos ou
assistimos na TV, no cinema, no teatro e em todos os lugares.
Não negocie a paz de Deus! Não negocie com sua consciência querendo
enganá-la. Tenha a paz de Deus e uma boa consciência e um bom dia.
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel
Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.