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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Miquéias 2 1-13 – OS FALSOS PROFETAS DA PROSPERIDADE.

Miqueias é apresentado como um profeta que falava com autoridade dada pelo Senhor. A Palavra do SENHOR veio a ele nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, no qual ele viu (uma revelação sobrenatural para a visão ou audição interior do profeta) que era sobre Samaria e Jerusalém.
II. JULGAMENTO E LIBERTAÇÃO NA CRISE ASSÍRIA (1.2-2.13) - continuação.
Estamos vendo o julgamento e a libertação na crise assíria. Como já dissemos, a parte II foi dividida, conforme a BEG em quatro seções: A. A decisão divina quanto à queda de Samaria (1.2-7) – já vista; B. Lamento sobre a derrota de Judá (1.8-16) – já vista; C. O julgamento dos proprietários de terra gananciosos (2.1-5) – veremos agora; D. Os julgamento contra os falsos profetas (2.6-11) – veremos agora; e, E A salvação de um remanescente em Sião (2.12-13) – veremos e concluiremos agora.
C. O julgamento dos proprietários de terra gananciosos (2.1-5).
Dos versos de 1 a 5, veremos o julgamento dos proprietários de terra gananciosos.
Depois de apresentar os julgamentos que viriam contra Samaria e Judá, o profeta explicou as razões desses julgamentos ao apontar para os pecados dos proprietários de terra.
O oráculo tem três partes:
(1)     A acusação de que homens maus e violentos haviam desapropriado de modo injusto a propriedade sagrada e destruído os seus proprietários (vs. 1-2).
A acusação e a sentença são ligadas por um trocadilho envolvendo "maquinam o mal" (vs. 1) e "Eis que projeto mal" (vs. 3), que são expressões virtualmente idênticas no hebraico.
Do mesmo modo que o poderoso havia tirado terras dos homens de Israel (vs. 1-2), assim o Senhor enviaria um exército inimigo para arrancar deles a Terra Prometida (vs. 4-5).
O ai – vs. 1 - está direcionado aos que detinham o poder e seriam capazes de executarem seus planos malignos feitos durante a noite por causa de seus pensamentos que ocupavam os seus corações a ponto de não se importarem com ninguém e deixarem que a cobiça – vs. 2 – os envolvessem dos pés à cabeça.
A cobiça está na essência de muitos pecados (6; 20.17; Rm 7.8) e ela, neste caso, desejava a propriedade de famílias que era seus bens permanentes e sagrados vindo de Deus (Lv 25.10,13).
(2)     A sentença do Senhor quanto ao exílio (vs. 3), vinculando a perda de suas terras aos invasores (vs. 4).
Como eles planejavam o mal, o Senhor no vs. 3 estaria também planejando contra eles, em julgamento, uma desgraça da qual não haveria salvação e a arrogância seria caída por terra.
O julgamento seria tão severo que outros que tomassem conhecimento do acontecido iriam zombar deles e verem sua completa ruína, pois ele tirou deles a propriedade e as entregou nas mãos dos invasores.
A propriedade das coisas desta vida, em última instância, é do Senhor, o criador e sustentador de toda a vida na terra e não do homem que multiplicando os seus bens sem se importar com o próximo acha que tudo é dele, para ele e por meio dele.
(3)     A conclusão de que os ladrões seriam permanentemente deserdados (vs. 5).
A linguagem reflete a expectativa de que após o exílio haveria uma congregação para redistribuir as terras, como havia sido feito nas gerações anteriores (p. ex., Is 19.51).
Por causa dos seus graves pecados, os proprietários de terra foram ameaçados com a deserção permanente.
D. Os julgamento contra os falsos profetas (2.6-11).
Dos versos 6 ao 11, veremos o julgamento contra os falsos profetas.
Os falsos profetas haviam insistido que Deus não julgaria o seu povo, mas Miqueias anunciou o julgamento contra eles por suas mentiras. Esse julgamento tem quatro partes:
(1)     Miqueias repeliu a ordem deles para que parasse de profetizar (vs. 6).
A palavra deles de pregação não era da palavra do Senhor, mas vinha deles mesmos e, portanto, não poderia cumprir o efeito desejado pelo que os estaria enviando.
A verdadeira pregação falava da desgraça deles e de que iriam para o cativeiro, mas eles pregavam que não, que eles tinham o templo, que eram os eleitos e que nada poderia acontecer com eles, independentemente do que estariam fazendo.
(2)     O Senhor corrigiu a presunção deles a respeito da sua graça (vs. 7) e acusou os poderosos de explorarem os indefesos (vs. 8-9).
A presunção deles era tanta que já diziam que o Espírito Santo não era justo para com eles, pois que não estava fazendo o bem aos retos, no entanto, eles eram como ou piores que os inimigos do povo de Deus.
Os oprimidos pertenciam à classe média de Israel. Tragicamente, os homens de Israel foram saqueados em sua terra natal, onde eles se sentiam mais seguros.
Além da túnica, eles arrancavam também a capa, bem ao contrário do que nos ensinou o Senhor que se alguém nos pedisse a túnica, seria para darmos também a capa – Mt 5:41,42.
(3)     Deus os sentenciou ao exílio porque eles haviam tornado a terra imunda (vs. 10).
Deveriam se levantar e ir embora. O lugar que seria de descanso e refrigério, agora estava arruinado, contaminado sem que houvesse cura.
(4)     Miqueias repreendeu os poderosos por desejarem mentirosos que apoiassem os seus crimes (vs. 11).
O Senhor zombou do povo que estava seguindo falsos profetas porque eles queriam ouvir apenas palavras de paz e prosperidade.
Se um mentiroso e enganador viesse e dissesse que iria pregar para eles fartura de vinho e de bebida fermentada, ele seria a voz profética para o povo. Isso bem nos lembra os atuais profetas da prosperidade cujo deus é Mamon e não Cristo Jesus, o Senhor.
E. A salvação de um remanescente em Sião (2.12-13).
Nos versos 12 e 13, veremos a salvação de um remanescente em Sião.
Esse primeiro oráculo positivo no livro diz respeito à libertação de Jerusalém da invasão de Senaqueribe em 701 a.C., e não ao retorno do exílio.
O Pastor divino de Israel reuniria o remanescente de Judá em Jerusalém para protegê-lo do ataque de Senaqueribe (vs. 12) e depois o libertaria ao dizimar o exército assírio (vs. 13).
»MIQUÉIAS [2]
Mq 2:1 Ai daqueles que nas suas camas
maquinam a iniqüidade
e planejam o mal!
quando raia o dia,
põem-no por obra,
pois está no poder da sua mão.
Mq 2:2 E cobiçam campos, e os arrebatam,
e casas, e as tomam;
assim fazem violência a um homem e à sua casa,
a uma pessoa e à sua herança.
Mq 2:3 Portanto, assim diz o Senhor.
Eis que contra esta família maquino um mal,
de que não retirareis os vossos pescoços;
e não andareis arrogantemente;
porque o tempo será mau.
Mq 2:4 Naquele dia surgirá contra vós um motejo,
e se levantará pranto lastimoso, dizendo:
Nós estamos inteiramente despojados;
a porção do meu povo ele a troca;
como ele a remove de mim!
aos rebeldes reparte os nossos campos.
Mq 2:5 Portanto, não terás tu na congregação do Senhor
quem lance o cordel pela sorte
Mq 2:6 Não profetizeis; assim profetizam eles,
não se deve profetizar tais coisas;
não nos alcançará o opróbrio.
Mq 2:7 Acaso dir-se-á isso, ó casa de Jacó:
tem-se restringido o Espírito do Senhor?
são estas as suas obras?
e não é assim que fazem bem as minhas palavras
ao que anda retamente?
Mq 2:8 Mas há pouco se levantou o meu povo como um inimigo;
de sobre a vestidura arrancais o manto aos
que passam seguros, como homens contrários
à guerra.
Mq 2:9 As mulheres do meu povo,
vós as lançais das suas casas agradáveis;
dos seus filhinhos tirais para sempre a minha glória.
Mq 2:10 Levantai-vos, e ide-vos,
pois este não é lugar de descanso;
por causa da imundícia que traz destruição,
sim, destruição enorme.
Mq 2:11 Se algum homem, andando em espírito de falsidade,
mentir, dizendo:
Eu te profetizarei acerca do vinho e da bebida forte;
será esse tal o profeta deste povo.
Mq 2:12 Certamente te ajuntarei todo, ó Jacó;
certamente congregarei o restante de Israel;
pô-los-ei todos juntos, como ovelhas no curral,
como rebanho no meio do seu pasto;
farão estrondo por causa da multidão dos homens.
Mq 2:13 Subirá diante deles aquele que abre o caminho;
eles romperão, e entrarão pela porta,
e sairão por ela; e o rei irá adiante deles,
e o Senhor à testa deles.
Depois da falsa palavra profética, uma boa palavra vinda de Deus, mas para os remanescentes, pois o verdadeiro Pastor iria ajuntá-los no aprisco dele, protegê-los e livrá-los de todo mal.
Assim, o Senhor iria adiante deles abrindo caminhos e orientando por qual porta deveriam seguir.
Conforme a BEG, "Todo" é caracterizado por "restante". O restante era aquela pequena parcela da nação que sobreviveria ao julgamento divino e continuaria no futuro como o povo da aliança de Deus.
A medida que os assírios atacassem vilas e cidades em Judá (1.8-16), muitos correriam para Jerusalém em busca de segurança. Ali o Senhor os ajuntaria como ovelhas num aprisco - Jerusalém é comparada ao local onde se guardam as ovelhas.
O que abre o caminho iria diante deles e eles passarão pela porta e sairão, pois o rei deles é o Senhor que como bom pastor os guiará.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.