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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

II Crônicas 27:1-8 - O REINADO DE JOTÃO - AVALIAÇÃO POSITIVA PELO CRONISTA

Nós estamos aqui, no capítulo 27,  da parte “C”, onde veremos hoje o reinado de Jotão.
PARTE III – O REINO DIVIDIDO – 10:1 A 28:27.
C: A deterioração decorrente da obediência superficial (25:1 - 28:27).
Como já dissemos antes, estamos já encerrando a fase do reino dividido e passaremos a ver a deterioração decorrente da obediência superficial que abrange a última fase desse reino dividido os quais são os reinados de Amazias (25:1-28) – já visto, Uzias (26:1-23) – já visto, Jotão (27:1-9) – veremos agora; e, Acaz (28:1-27).
O que há de comum neles é que não serviram a Deus de todo o coração (veja 25:2; 26:4; 27:2), ou sejam, fizeram o que era reto, mas não com inteireza de coração. Também veremos a derrota de Acaz diante de Israel (cf: 25:14-24; 28:6:15).
2: O reinado de Jotão  - 750-735 a.C. - (27:1-8; II Re 15:32-38).
Aqui, conforme a BEG, o cronista segue o relato sucinto do reinado de Jotão em Reis (II Rs 15:33-38), mas acrescenta o material dos vs. 3b-6 e omite II Rs 15:37.
Ao contrário dos registros de Joás até Uzias, nos quais cada reinado é contrabalançado pela obediência e pela desobediência, o cronista faz uma avaliação inteiramente positiva de Jotão.
O retrato positivo contrasta com a avaliação inteiramente negativa de Acaz, o rei seguinte (28:1-27). O cronista se concentra na fidelidade a Deus como o caminho para o sucesso em projetos de construção e em conflitos militares.
Poderíamos dividir esses nove versículos em quatro partes: a ascensão de Jotão (vs. 1-2), suas realizações positivas (vs. 3-6) e um resumo do seu reinado e morte (vs. 7-9).
Tendo morrido seu pai, Azarias ou Uzias no isolamento devido a sua doença, passou a reinar em seu lugar, seu filho Jotão. Ele começou a reinar em Judá no segundo ano de Peca, filho de Remalias, rei de Israel.
Visto que Jotão governou apenas por 16 anos, a referência de 2 Reis 15:30 ao “vigésimo ano de Jotão”, evidentemente deve ser entendida como significando o 20.° ano depois de se tornar rei, isto é, o quarto ano de Acaz.
Sua idade era de 25 anos e reinou 16 anos, a mesma idade que seu pai tinha começado a reinar em Judá. A sua mãe se chamava Jerusa, filha de Zadoque. Também, semelhantemente ao seu pai, tinha ele sido corregente por causa da doença que obrigava seu pai ao isolamento.
Seguindo ainda o exemplo de seu pai, este também fez o que era reto diante do Senhor, porém, também não tocou nos altos que o povo estava acostumado, ou seja, não fez o que era reto diante do Senhor com inteireza de coração.
Também, o cronista cita que ele não entrou no templo do Senhor para dizer que ele não transgredira os regulamentos sacerdotais como seu pai tinha feito, mas cita que o povo continuava na prática do mal, ou seja, o cronista explica que a persistência da corrupção se devia ao povo e não a Jotão – II Re 15:35 -, o que é um absurdo!
O reinado de Jotão não fora pacífico. Venceu os amonitas, obrigando eles, durante três anos, pagarem um tributo anual de 100 talentos de prata (US$660.600) e de 10.000 coros (2.200 kl) tanto de trigo como de cevada. (2Cr 27:5)
No tocante às suas obras, o narrador, em Reis, comenta de uma que fez edificando a Porta de Cima da Casa do Senhor, ou seja, a porta superior de Benjamim – Jr 20:2. Essa porta ficava na parte norte da área do templo, voltada para o território de Benjamim. Ele também trabalhou na muralha de Ofel, construiu também cidades na região montanhosa de Judá, bem como fortes e torres nos bosques. — 2Cr 27:3-7.
Aqui, em Crônicas, ao que parece, ele acrescenta os versos de 3 a 6 para mostrar aos da geração pós-exílio, a aprovação divina de Jotão em seus projetos de construção bem-sucedidos.
Ele então morre, é enterrado junto com seus pais e seu filho Acaz começa a reinar em Judá.
Como já estamos vendo em Crônicas, os últimos reis de Judá, é interessante agora colocarmos, a benefício de nossa compreensão dos fatos narrados, uma explicação do mapa das campanhas dos assírios contra Israel e Judá, referente ao texto bíblico de II Re 15 - p. 506, da BEG[1]:
Os assírios entram na história bíblica na época dos últimos reis de Israel (séc. 8º a.C.), quando o profeta Isaias estava se tornando conhecido no reio de Judá. Até esse tempo, ano 840 a.C., a Assíria havia considerado Israel como estado vassalo. O obelisco de pedra negra que documenta as vitórias de Salmaneser III, mostra Jeú, rei de Israel, rendendo tributo (II Rs 9-10).
1-         Campanhas de Tiglate-Pileser III (738-732 a.C.)
Em 745 a.C. Tiglate—Pileser III ascendeu ao trono da Assíria. Ele invadiu Israel e forçou o rei Menaém a renovar o pagamento do tributo (2Rs 15:17-23). Anos mais tarde, o rei assírio voltou a invadir Israel, tomou terras e cidades e exilou muitas pessoas.: (Para evitar problemas posteriores, os assírios tinham por hábito exilar os conquistados, estabelecendo-os em outro país).
2-         Campanha de Salmaneser V (725-722 a.C.)
Oseias, rei de Israel, resistiu aos assírios. Foi derrotado, mas logo se revoltou. Nessa ocasião, o rei assírio Salmaneser V sitiou e tomou Samaria., a capital de Israel. Toda a população foi enviada ao exílio; Samaria foi repovoada com pessoas de outras nações no ano 721 a.C. (2Rs 17; 18.9-12). Sargão II, sucessor de Salmaneser, declarou haver exilado como prisioneiros''... 27.290 de seus habitantes junto com seus carros... e os deuses nos quais confiavam".
3-         Campanha de Senaqueribe contra Judá (701 a.C.)
O reino de Judá tornou-se vassalo assírio ao pedir proteção contra o ataque de Israel e da Síria (2Rs 16.1-9). Assim, quando o rei Ezequias buscou a independência de Judá, a sua ação levou o exército assírio até Judá. O rei assírio sitiou e tomou Laquis e enviou um grande exército contra Jerusalém. Ezequias, por conselho do profeta Isaías, não se rendeu, e os assírios foram obrigados a retroceder (2Rs 18.1-8---19.37).
Judá permaneceu leal à Assíria até que o império foi derrotado pelos babilônios, que tomaram Nínive, a capital assíria, no ano 612 a.C. (Dn 5).
Durante o reinado de Jotão, a terra de Judá começou também a sofrer pressão militar do rei sírio Rezim e do rei israelita Peca. — II Rs 15:37.
II Cr 27:1 Tinha Jotão vinte e cinco anos de idade,
                quando começou a reinar, e reinou dezesseis anos em Jerusalém;
                               e era o nome de sua mãe Jerusa, filha de Zadoque.
                II Cr 27:2 E fez o que era reto aos olhos do SENHOR,
                                conforme a tudo o que fizera Uzias, seu pai,
                                               exceto que não entrou no templo do SENHOR.
                                                               E o povo ainda se corrompia.
                II Cr 27:3 Ele edificou a porta superior da casa do SENHOR,
                               e também edificou muitas obras sobre o muro de Ofel.
                II Cr 27:4 Também edificou cidades nas montanhas de Judá,
                               e castelos e torres nos bosques.
                II Cr 27:5 Ele também guerreou contra o rei dos filhos de Amom,
                               e prevaleceu sobre eles, de modo que os filhos de Amom
                                               naquele ano lhe deram cem talentos de prata,
                                               e dez mil coros de trigo, e dez mil de cevada;
                               isto lhe trouxeram os filhos de Amom também no segundo
                                               e no terceiro ano.
                II Cr 27:6 Assim se fortificou Jotão, porque dirigiu
                               os seus caminhos na presença do SENHOR seu Deus.
                II Cr 27:7 Ora, o restante dos atos de Jotão, e todas as suas guerras
                               e os seus caminhos, eis que estão escritos no livro dos reis
                                               de Israel e de Judá.
                II Cr 27:8 Tinha vinte e cinco anos de idade,
                               quando começou a reinar,
                                               e reinou dezesseis anos em Jerusalém.
                II Cr 27:9 E dormiu Jotão com seus pais,
                               e sepultaram-no na cidade de Davi;
                                               e Acaz, seu filho, reinou em seu lugar.
Jotão foi contemporâneo a Isaías, Oséias e Miquéias (Is 1:1; Os 1:1; Miq 1:1).
Um rei se levanta, é empossado, executa suas ações - as quais são comparadas com as ações de Davi, como padrão - e são classificadas se andaram fazendo o que era reto aos olhos do Senhor de forma total ou parcial, depois morre e outro rei se levanta, repetindo todo o ciclo.
Por isso, vê-se que bastava ao rei ser como foi Davi que já teriam garantido grande prosperidade para toda a nação, no entanto, são tão poucos os reis que conseguiram ser como Davi! Em Israel, nenhum deles se quer chegou aos pés dele, antes todos fizeram o que era mal aos olhos do Senhor. Em Judá, poucos reis conseguiram essa façanha e esses últimos quatro reis que estamos vendo, todos, conseguiram de forma parcial.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br


[1] O mesmo mapa se encontra no livro de minha autoria, O REINO DIVIDIDO - Reflexões bíblicas nas histórias dos reis de Judá e de Israel em I e II Reis.
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