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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Deuteronômio 14: 1-29 – TUDO PERTENCE A DEUS.

Estaremos vendo o detalhamento das condições da aliança até o capítulo 26 e em cada capítulo será abordado algum aspecto que Moisés queria enfatizar àquela segunda geração.
No presente capítulo, 14, veremos a proibição da mutilação do corpo – vs. 1-2 (Lv 19:27,28); leis sobre os animais limpos e os imundos – vs. 3-21 (Lv 11:1-47); instruções acerca dos dízimos – vs. 22-29.
Essa mutilação do corpo devia se dar por ocasião dos cultos pagãos e de adoração aos mortos por oferecer à divindade sacrifícios e penitências, mas Deus estava requerendo deles separação dessas coisas.
Eles pertenciam a Deus – vs. 2 – e portanto estavam sujeitos às leis de Deus e não às práticas pagãs. Deus os havia escolhido para serem seu povo e sua herança para sempre.
Aqui Moisés seguindo o que Deus lhe falou – sempre é assim em todo pentateuco – instrui os israelitas a diferenciar os animais puros dos impuros, ou limpos e imundos, sendo que o cadáver de todos eles era considerado imundo.
O princípio da divisão dos animais não era baseado em critérios científicos ou de saúde, mas por questões teológica e princípios morais, principalmente ligados ao sangue.
Para os israelitas, Deus deixou claro que não se comesse do sangue porque o sangue é vida.
Gênesis 9:4 Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis.
Levítico 17:11 Porque a vida da carne está no sangue. Eu vô-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.
Levítico 17:14 Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue; por isso, tenho dito aos filhos de Israel: não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda carne é o seu sangue; qualquer que o comer será eliminado.
Deuteronômio 12:23 Somente empenha-te em não comeres o sangue, pois o sangue é a vida; pelo que não comerás a vida com a carne.
Deuteronômio 19:6 para que o vingador do sangue não persiga o homicida, quando se lhe enfurecer o coração, e o alcance, por ser comprido o caminho, e lhe tire a vida, porque não é culpado de morte, pois não o aborrecia dantes.
E os animais considerados imundos eram justamente aqueles que comiam sangue ou que estavam e se alimentavam de cadáveres. Todos eles eram considerados imundos e impróprios também para os sacrifícios.
Afora isso, parece também que a classificação seguia um outro padrão como uma certa violação da ordem natural de sua locomoção, exemplo criaturas aladas que andam ao invés de voar.
O certo é que tudo isso está fortemente ligado à queda do homem.
Eles também ficavam impuros até a tarde porque os sacrifícios oferecidos ao pôr do sol restauravam a pureza de qualquer um que tivesse sido contaminado durante o dia.[1]
Dt 14:1 Filhos sois do SENHOR vosso Deus;
                não vos dareis golpes, nem fareis calva entre vossos olhos
                               por causa de algum morto.
                Dt 14:2 Porque és povo santo ao SENHOR teu Deus;
                               e o SENHOR te escolheu, de todos os povos que há sobre
                                               a face da terra, para lhe seres o seu próprio povo.
                Dt 14:3 Nenhuma coisa abominável comereis.
                Dt 14:4 Estes são os animais que comereis:
                               o boi, a ovelha, e a cabra. Dt 14:5 O veado e a corça,
                                e o búfalo, e a cabra montês, e o texugo, e a camurça,
                                               e o gamo.
                               Dt 14:6 Todo o animal que tem unhas fendidas,
                                               divididas em duas, que rumina, entre os animais,
                                                               aquilo comereis.
                               Dt 14:7 Porém estes não comereis, dos que somente
                                               ruminam, ou que têm a unha fendida:
                               o camelo, e a lebre, e o coelho, porque ruminam mas não têm
                                               a unha fendida; imundos vos serão.
                               Dt 14:8 Nem o porco, porque tem unha fendida,
                                               mas não rumina; imundo vos será; não comereis da
                                               carne destes, e não tocareis nos seus cadáveres.
                Dt 14:9 Isto comereis de tudo o que há nas águas;
                               tudo o que tem barbatanas e escamas comereis.
                               Dt 14:10 Mas tudo o que não tiver barbatanas nem escamas
                                               não o comereis; imundo vos será.
                Dt 14:11 Toda a ave limpa comereis. Dt 14:12 Porém estas são as que
                               não comereis: a águia, e o quebrantosso, e o xofrango,
                               Dt 14:13 E o abutre, e o falcão, e o milhafre,
                                               segundo a sua espécie.
                               Dt 14:14 E todo o corvo, segundo a sua espécie.
                               Dt 14:15 E o avestruz, e o mocho, e a gaivota, e o gavião,
                                               segundo a sua espécie.
                               Dt 14:16 E o bufo, e a coruja, e a gralha, Dt 14:17 E o cisne,
                                               e o pelicano, e o corvo marinho,
                               Dt 14:18 E a cegonha, e a garça, segundo a sua espécie,
                                               e a poupa, e o morcego.
                Dt 14:19 Também todo o inseto que voa, vos será imundo;
                               não se comerá.
                Dt 14:20 Toda a ave limpa comereis. Dt 14:21 Não comereis nenhum
                               animal morto; ao estrangeiro, que está dentro das tuas
                                               portas, o darás a comer, ou o venderás ao estranho,
                                               porquanto és povo santo ao SENHOR teu Deus.
                Não cozerás o cabrito com leite da sua mãe.
Dt 14:22 Certamente darás os dízimos de todo o fruto da tua semente,
                que cada ano se recolher do campo.
                Dt 14:23 E, perante o SENHOR teu Deus, no lugar que escolher
                               para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos
                                               do teu grão, do teu mosto e do teu azeite,
                                               e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas;
                para que aprendas a temer ao SENHOR teu Deus todos os dias.
                Dt 14:24 E quando o caminho te for tão comprido
                               que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar
                               que escolher o SENHOR teu Deus para ali pôr o seu nome,                                                   quando o SENHOR teu Deus te tiver abençoado;
                Dt 14:25 Então vende-os, e ata o dinheiro na tua mão,
                               e vai ao lugar que escolher o SENHOR teu Deus;
                Dt 14:26 E aquele dinheiro darás por tudo o que deseja a tua alma,
                               por vacas, e por ovelhas, e por vinho, e por bebida forte,
                                               e por tudo o que te pedir a tua alma;
                               come-o ali perante o SENHOR teu Deus,
                                               e alegra-te, tu e a tua casa;
                Dt 14:27 Porém não desampararás o levita que está dentro
                               das tuas portas; pois não tem parte nem herança contigo.
                Dt 14:28 Ao fim de três anos tirarás todos os dízimos
                               da tua colheita no mesmo ano, e os recolherás
                                               dentro das tuas portas;
                Dt 14:29 Então virá o levita (pois nem parte nem herança
                               tem contigo), e o estrangeiro, e o órfão, e a viúva,
                               que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-ão;
                               para que o SENHOR teu Deus te abençoe em toda a obra
                                               que as tuas mãos fizerem.
A lei do dízimo foi expressa já no tempo de Abraão, bem anterior à entrega da lei, no Sinai – Gn 14:20; 28:22. Também Lv 27:30-33 especifica que os dízimos dos animais não deveriam ser seletivos, mas sim “de tudo o que passar debaixo do bordão do pastor”.
Conforme se vê em 12:17, os dízimos e as primícias deveriam ser levadas ao santuário. A ordem para comer dos dízimos e das primícias não significava que o adorador comia tudo – se comesse seria mesmo uma contradição com o propósito dos dízimos -, mas sim, que deveria comer parte dessas ofertas em comunhão alegre com os sacerdotes, os levitas e os pobres.
Sobre a questão dos dízimos, há quem defenda que eles cessaram, como cessou a lei e que portanto se tratam de leis antigas que não interessam, nem devem ser consideradas porque vivemos nos tempos da graça.
Eu não vejo assim, nem a teologia reformada da qual procuro me adequar cada vez mais também não é assim. Veja os seguintes artigos interessantes sobre o assunto:
Meu ponto de vista, como diz sabiamente Pr. Solano Portela, não está firmado em cima dos argumentos tradicionais, que são firmados na Lei Cerimonial-Religiosa do Antigo Testamento, de aplicabilidade temporária; mas no fato de que o dízimo antecede a dádiva da lei cerimonial e judicial de Israel; bem como que a proporcionalidade, sistematização e planejamento são princípios ensinados por Paulo - e não são antagônicos à voluntariedade, consciência e alegria no dar.
Confira os argumentos de quem entende e pode agregar valor quanto ao assunto para assim aprendermos mais e mais:




[1] Do livro do autor: AS LEIS DA VIDA - Reflexões bíblicas no sistema sacrificial em Levítico.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.