sexta-feira, 21 de agosto de 2015
sexta-feira, agosto 21, 2015
Jamais Desista
Mateus 17.1-27 - O PODER DA FÉ DO TAMANHO DA MOSTARDA.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje
na parte V, no capítulo 17.
V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1-18.35) - continuação.
Como já dissemos, os milagres de Jesus
demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos testemunharam a sua
supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus insistiu que a vida sob
o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A maior preocupação dos caps. 14-18 é a
autoridade no reino. Eles foram divididos em duas seções: A. Narrativa: o
caráter e a autoridade de Jesus (14.1-17.27) – Estamos vendo e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja
(18.1-35).
A. Narrativa: o caráter e a autoridade de Jesus (14. 1-17.27) - continuação.
Na narrativa que vai até o capítulo 17,
estamos vendo o caráter e a autoridade de Jesus como Rei ao relembrar os
milagres que ele realizou, bem como as reações daqueles que tinham contato com
ele.
Foram seis dias depois que Jesus tomou
consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um
alto monte. Essa indicação direta do tempo é rara nos Evangelhos; ela deve ter
sido incluída para tornar clara a ligação entre a confissão de Filipe de
Cesareia e a transfiguração.
Uma vez que os discípulos haviam começado a
reconhecer quem Jesus era, ele estava pronto para apontar para a culminação
climática dos acontecimentos em Jerusalém. A transfiguração foi parte da
preparação de Jesus para a crise.
Jesus transfigurou-se diante deles e como
se não bastasse ainda falam com ele, naquele monte, Moisés e Elias, ambos
representantes e expoentes do Velho Testamento. Moisés representando à Lei e
Elias, os Profetas. Moisés tinha passado pela morte e Elias, não, fora
arrebatado.
A lei e os profetas testificam de Jesus.
Moisés, o doador da lei, e Elias, o maior profeta do período monárquico, têm
aqui o privilégio de falarem com Jesus. De acordo com Lc 9.31, eles discutiram
sobre a iminente morte redentora de Jesus.
O fato é que estavam ali com eles: Pedro,
Tiago e João. Eles ficam confusos e logo querem fazer algo, como construir uma
tenda para abrigar todos. Na verdade nem sabiam o que falavam. A voz potente de
Jeová é ouvida e as instruções são claras:
-
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo, a ele ouvi!
A voz veio direta de uma nuvem que os
envolveu, ali naquele lugar. Depois da fala do Pai, nada mais viram se não a
Jesus. Isto significa que é a Jesus que devemos ouvir de agora em diante.
Essas palavras vindas dos céus mostraram
aos discípulos o quanto era tola a sugestão de Pedro (vs. 4), e os discípulos
começaram a perceber com quem eles estavam viajando. Essa designação “meu filho amado” anteriormente dada no
batismo de Jesus (3.17), significa "filho único”, aquele que deveria ser,
doravante, ouvido. A Palavra de Deus, falada por intermédio de Moisés e os
profetas, apontava para Jesus. Agora a palavra final estava sendo falada pelo
filho de Deus.
Esta reunião fantástica, em cima de um alto
monte envolveu a Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo; os mortos que de
mortos não tinham nada, pois estão vivos com Deus; os homens: Pedro, Tiago e
João; e, a Palavra de Deus e seu poder. Os anjos não são mencionados, mas com
certeza devia haver deles ali, ou por perto.
Eles ainda estavam confusos e depois da
repreensão do Pai com a voz vindo das nuvens, eles ficaram amedrontados e não
viram mais nada. Enquanto desciam do monte, começaram as discussões sobre Elias.
Compare com a nota sobre Jo 1.21. Os escribas estavam certos, mas eles falharam
em reconhecer tanto Elias quanto o Messias quanto eles vieram (vs. 12).
Jesus afirma para eles que esse Elias já
tinha vindo, que eles não o reconheceram, e que ainda fizeram com ele o que
haveriam de fazer com Jesus. Nesse momento, entenderam que Jesus estava falando
de João Batista e como ele tinha sido maltratado, assim irão maltratar a Jesus.
É interessante comparar o vs. 17 com Dt 32.20. Tanto Jesus, como Moisés, desceu
do monte de glória para encontrar a descrença.
Chegando ao pé do monte, encontram uma
multidão e uma pequena confusão porque os seus discípulos não estavam
conseguindo curar um filho de um homem que buscava cura.
Jesus não gostou do que viu e repreendeu
aquela geração a chamando de incrédula e perversa. Assim, Jesus cura esse
lunático, a pedido desse pai desesperado. Ele curou o menino e seus discípulos
ficaram intrigados porque não tinham conseguido curá-lo.
Jesus lhes responde que era por causa da pequenez
da fé deles. A fé dos discípulos não era pequena porque lhes faltava confiança
ou não esperassem sucesso - eles estavam aparentemente surpresos pelas suas
falhas - mas porque a expectativa deles não era apropriadamente baseada no relacionamento
com Deus.
Uma pequena porção (como uma semente de mostarda)
de verdadeira fé, da fé enraizada na submissão a Deus, é eficaz. Mc 9.29 torna
isso claro quando fala da oração como a chave.
Jesus lhes assegura que não tinham
conseguido curar o menino por causa da pequenez da fé deles, mas afirmava que,
mesmo uma fé pequena, como um grão de mostarda, seria suficiente para realizar
coisas impossíveis como transportar montes e ainda lhes disse que nada seria a
eles impossível. No entanto, aquela espécie de libertação não se daria sem
oração e jejum.
Dos versos de 22 a 23, vemos a segunda
predição da paixão e da ressurreição de Jesus em Mateus (cf. 16.21-24). A
figura escatológica do “Filho do Homem" (8.20) é aqui identificada com o
servo sofredor do Senhor, apresentado em Is 53.
Pelo que sabemos, ninguém antes de Jesus já
havia identificado o Messias do Antigo Testamento, o Filho do Homem do Antigo
Testamento e o servo sofredor do Antigo Testamento como o mesmo Redentor-Rei.
Os discípulos estavam tão esmagados pelas
suas dificuldades em aceitar o sofrimento do Messias que aparentemente não
conseguiram nem mesmo ouvir a promessa da ressurreição. No mínimo, eles não
acreditaram realmente nisso.
Em seguida, Jesus e seus discípulos
chegaram a Cafarnaum onde foram cobrados para pagarem o imposto do templo.
A taxa do templo de duas dracmas ou meio
sitio foi instituído por Deus em Ex 30.13. A questão de Jesus aqui não é que nós
deveríamos pagar impostos à autoridade civil (embora isso seja verdade; cf. 22.21),
mas que Cristo e o templo que ele está construindo (sua igreja) são maiores do
que o templo físico, o qual era apenas um tipo.
No entanto, Jesus estava disposto a se
ajustar aos requerimentos anteriores a fim de evitar ofensas. O conselho (Rm
14.13-21) e a prática de Paulo (At 16.3; 21.26) eram semelhantes.
tomou Jesus
consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João
e
os levou,
em
particular,
a
um alto monte.
Mt 17:2 E foi
transfigurado diante deles;
o
seu rosto resplandecia como o sol,
e
as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Mt 17:3 E eis
que lhes apareceram
Moisés
e Elias,
falando
com ele.
Mt 17:4
Então, disse Pedro a Jesus:
Senhor,
bom é estarmos aqui;
se
queres, farei aqui três tendas;
uma
será tua,
outra
para Moisés,
outra
para Elias.
Mt 17:5
Falava ele ainda,
quando
uma nuvem luminosa os envolveu;
e
eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia:
Este
é o meu Filho amado,
em
quem me comprazo;
a
ele ouvi.
Mt 17:6
Ouvindo-a os discípulos,
caíram
de bruços,
tomados
de grande medo.
Mt 17:7
Aproximando-se deles, tocou-lhes Jesus, dizendo:
Erguei-vos
e não temais!
Mt 17:8
Então, eles, levantando os olhos,
a
ninguém viram,
senão
Jesus.
Mt 17:9 E,
descendo eles do monte, ordenou-lhes Jesus:
A
ninguém conteis a visão,
até
que o Filho do Homem
ressuscite
dentre os mortos.
Mt 17:10 Mas
os discípulos o interrogaram:
Por
que dizem, pois, os escribas
ser
necessário que Elias venha primeiro?
Mt 17:11
Então, Jesus respondeu:
De
fato, Elias virá e restaurará todas as coisas.
Mt 17:12 Eu,
porém, vos declaro que Elias já veio,
e
não o reconheceram;
antes,
fizeram com ele tudo quanto quiseram.
Assim
também o Filho do Homem
há
de padecer nas mãos deles.
Mt 17:13
Então, os discípulos entenderam que lhes falara
a
respeito de João Batista.
Mt 17:14 E, quando chegaram para junto
da multidão,
aproximou-se
dele um homem,
que
se ajoelhou e disse:
Mt
17:15 Senhor, compadece-te de meu filho,
porque
é lunático
e
sofre muito;
pois
muitas vezes cai no fogo
e
outras muitas, na água.
Mt
17:16 Apresentei-o a teus discípulos,
mas
eles não puderam curá-lo.
Mt
17:17 Jesus exclamou:
Ó
geração incrédula e perversa!
Até
quando estarei convosco?
Até
quando vos sofrerei?
Trazei-me
aqui o menino.
Mt
17:18 E Jesus repreendeu o demônio,
e
este saiu do menino;
e,
desde aquela hora,
ficou
o menino curado.
Mt
17:19 Então, os discípulos,
aproximando-se
de Jesus,
perguntaram
em particular:
Por
que motivo não pudemos nós expulsá-lo?
Mt
17:20 E ele lhes respondeu:
Por
causa da pequenez
da
vossa fé.
Pois em
verdade vos digo
que, se
tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis
a este monte:
Passa
daqui para acolá,
e
ele passará.
Nada
vos será impossível.
Mt
17:21 [Mas esta casta não se expele
senão
por meio de oração e jejum.]
Mt 17:22 Reunidos eles na Galiléia,
disse-lhes Jesus:
O Filho do
Homem está para ser entregue nas mãos dos homens;
Mt 17:23 e
estes o matarão;
mas,
ao terceiro dia,
ressuscitará.
Então,
os discípulos se entristeceram grandemente.
Mt 17:24 Tendo eles chegado a Cafarnaum,
dirigiram-se
a Pedro os que cobravam o imposto das duas dracmas
e
perguntaram:
Não
paga o vosso Mestre as duas dracmas?
Mt 17:25 Sim,
respondeu ele.
Ao
entrar Pedro em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo:
Simão,
que te parece?
De quem
cobram os reis da terra impostos ou tributo:
dos
seus filhos ou dos estranhos?
Mt 17:26
Respondendo Pedro:
Dos
estranhos,
Jesus lhe disse:
Logo,
estão isentos os filhos.
Mt 17:27 Mas,
para que não os escandalizemos,
vai
ao mar,
lança
o anzol,
e
o primeiro peixe que fisgar,
tira-o;
e,
abrindo-lhe a boca,
acharás
um estáter.
Toma-o
e
entrega-lhes
por
mim
e
por ti.
Jesus pagou os tributos devidos para não
escandalizar ninguém e também como exemplo para nós que estamos debaixo de
algum governo por ele instituído para o nosso próprio bem. Quem age contra as
autoridades de Deus, quando imbuídas no cumprimento de seu dever, desde que não
contrário às leis de Deus, está agindo contra Deus.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.