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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Esdras 4:1-24 ZOROBABEL ENFRENTA OPOSIÇÃO E A RESTAURAÇÃO FOI INTERROMPIDA POR 17 ANOS

Nosso mapinha de leitura se encontra assim:
Parte I - O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
Como já dissemos, e repetiremos até o final dessa primeira parte, os primeiros exilados que regressaram deram inicio à restauração depois do exílio. Esse grupo foi liberto da Babilônia e abençoado por Deus. Zorobabel conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reconstruir o templo apesar da oposição.
Essa parte primeira foi dividida em duas. A. O regresso dos exilados – 1:1 a 2:70 – já vista. B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 – em continuação.
B. A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22 - continuação.
Serão os remanescentes do povo do pós-exílio que terão a oportunidade do trabalho de reconstrução do templo, mas não de uma vez e sim em vários estágios. Seus esforços foram apoiados pelo Senhor e promoveram a importância do templo para a comunidade restaurada.
Esses capítulos, dessa parte “B”, dividiremos em duas partes também. 1. A reconstrução do altar – 3:1-6 – já vista; 2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22 – estamos vendo.
2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22 - continuação.
Assim que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, no altar recém restaurado, foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo.
Dividiremos essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito  - 3:7 ao 6:22.” Em 5 outras partes. a. A reconstrução é iniciada – 3:7-13 – já vista. b. Oposição à reconstrução – 4:1-24 – veremos agora. c. A reconstrução é retomada – 5:1-2. d. Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12. e. A reconstrução é concluída – 6:13-22.
b. Oposição à reconstrução – 4:1-24
Judá e Benjamim tinham adversários internos! Embora somente os remanescentes tenham voltado e grande parte dos israelenses ficaram no cativeiro para sempre, nem todos dos que voltaram, tinham se arrependido ou se inclinado ao Senhor.
Eles, tais inimigos, se achegaram a Zorobabel reconhecendo nele autoridade sobre todo o povo e propuseram ajudá-los na reconstrução do templo onde poderiam buscar ao Senhor e justificaram que assim eles vinham fazendo desde o cativeiro da Assíria.
Se eles estavam no cativeiro desde a Assíria (721 a.C.), isso significa que das mãos dos assírios, passaram pelas mãos dos babilônios e agora estavam nas mãos dos persas, com Ciro. Um longo cativeiro de aproximadamente uns 183 anos (721 a.C. – 538 a.C.).
Na época em que foram levados cativos por Sargão II, rei da Assíria no período de 722 a.C. a 705 a.C., que os fez habitar em Hala, junto a Habor e ao rio Gozã, nas cidades dos Medos – II Re 17:6 – muitos fugiram e se refugiaram em Judá, mas os demais, 27.290 dos habitantes do Reino do Norte, conforme os anais de Sargão II, foram levados ao cativeiro. A captura de Samaria pelos assírios marcou o final do Reino do Norte para sempre – I Cr 5:25,26. A causa do cativeiro está explicada detalhadamente em II Re 17:7-23.
Esses adversários eram de Samaria, um grupo de pessoas de vários lugares que haviam sido levadas para Samaria, a região ao norte de Judá, depois da destruição de Israel, o Reino do Norte, em 722 a.C., conforme já explicado.
Os samaritanos adoravam muitos deuses e haviam incorporado o Senhor ao seu politeísmo (II Re 17:24-41). A animosidade entre os judeus e os samaritanos constitui uma parte importante do contexto do Novo Testamento (Jo 4:1-42).
Não há razões para crer que tenham se voltado ao Senhor, antes estavam querendo se opor por outros motivos, por isso que foram chamados de inimigos ou adversários, logo no primeiro verso deste capítulo.
Zorobabel, percebendo o engano daquela ajuda, recusou-se a aceitar que ajudassem, apelou para a ordem que tinham recebido do rei Ciro e continuaram o trabalho.
O povo da terra – vs 4 – o mesmo “adversários” do vs 1, indignados começaram a inquietar o povo no edificar procurando desanimá-los e até alugou contra eles conselheiros que frustrassem todo plano de reconstrução.
Esdras resume cronologicamente várias tentativas de interromper os trabalhos de reconstrução, durante os reinados de:
·         Ciro em 559-530 a.C. (vs. 1-5).
·         Xerxes em 486-465 a.C. (v. 6).
·         Artaxerxes 1 em 465-424 a.C. (vs. 7-23).
·         Dario 1 em 522-486 a.C. (v. 24).
Percebe-se que a motivação não estava sendo étnica nem política, mas religiosa.
Desde os primeiros dias em que viveram na Terra Prometida (Jz 3:6) e ao longo de toda a sua história (II Re 17:7-17), as alianças com não israelitas levaram à idolatria e, por fim, ao exílio longe da terra – II Re 17:18-23.
Nem pensar, mesmo hodiernamente, em vivermos em aliança com o mundo, pois esse princípio de separação religiosa continua hoje em vigor – II Co 6:14 a 7:1.
No verso 5, como já vimos, eles alugaram conselheiros, homens malignos para fazerem um trabalho sujo. O mesmo já vimos em outras ocasiões e devemos estar atentos para futuras ocorrências delas, mesmo em nosso futuro.
·         No tempo de Moisés, Balaque, rei de Moabe, contratou Balaão para amaldiçoar Israel – Nm 22:1-20.
·         No tempo de Neemias, Sambalate contratou um profeta para assustar Neemias a fim de que este parasse a reconstrução do muro. Conquanto esse artifício não tivesse conseguido deter Neemias, o trabalho de Esdras e dos que haviam retornado ficou paralisado nesse ponto por cerca de dezessete anos (4:24).
·         Aqui, agora, era a vez dos adversários, das gentes da terra, que alugaram conselheiros para frustrarem os planos dos judeus. Foram, portanto, bem sucedidos. Intentaram interromper – vs 5 – e interromperam – vs 24, até o segundo ano do rei Dado (522-486 a.C.).
Entre os fatos dos vs 5 e 24, os versículos intermediários - vs. 6-23 - formam um parêntese que descreve a oposição à reconstrução do muro depois do reinado de Dario, durante os reinados de Xerxes (486-465 a.C.) e Artaxerxes (464-424 a.C.).
Essa digressão, conforme nos ensina a BEG, dos vs 6 ao 23, cumpre três propósitos.
·         (1) Justifica a referência aos samaritanos no v. 1 como "adversários".
·         (2) Mostra que a oposição não foi um problema breve e passageiro, mas sim uma prefiguração da oposição prolongada a ser suportada pelo povo de Deus na reconstrução do reino.
·         (3) Liga a reconstrução do templo com a do muro como um único projeto de construção.
Durante o reinado de Assuero – vs 6 -, também chamado de Xerxes, sucessor de Dario e rei da Pérsia de 486 a 465 a.C. – o mesmo Xerxes do filme “Os 300” que Leônidas, grego e líder enfrentou bravamente - lhe escreveram uma acusação.
Temos aqui dois enigmas: 1. Quem acusou. 2. Qual o teor da acusação. Quanto ao 1, provavelmente, esses que lhe escreveram, tratavam-se de uma geração posterior dos "adversários" mencionados no v. 1. Quanto ao 2, nada se sabe, no entanto, se supõe ser algo contra o reerguimento dos muros da cidade de Jerusalém.

Artaxerxes 1, sucessor de Xerxes (Assuero) e rei da Pérsia de 464 a 424 a.C. também lhe escreveram e, novamente, a passagem também não informa o conteúdo dessa carta escrita em caracteres aramaicos, língua usada na diplomacia internacional no antigo Oriente Próximo.
No verso 8, Reum, o comandante, e Sinsai, o escrivão (um alto funcionário, cujo cargo pode ser equiparado ao de ministro das relações exteriores atual) escreveram um terceiro registro de oposição ao trabalho de reconstrução do muro. O conteúdo é apresentado nos vs. 11-16.
No verso 10, Osnapar, o último rei bem-sucedido da Assíria (668-627 a.C.), também chamado de Assurbanipal, possível "rei da Assíria" mencionado em 2Rs 17.24, foi quem assentou vários povos em Samaria depois da destruição do Reino do Norte em 722 a.C. aquém do Eufrates, ou seja, a região ao oeste do Eufrates, abrangendo a Síria, a Fenícia e a área que somente muito mais tarde seria conhecida como Palestina.
É bom deixar claro que a oposição dos vs. 6-23 não foi uma reação à reconstrução do templo mencionada nos vs. 1-5,24, mas à reconstrução dos muros da cidade, realizada posteriormente.
No verso 13, embora os termos dos argumentos pareçam econômicos, a raiz do conflito era religiosa, como os vs. 1-3 indicam.
Apesar de os opositores estarem se referindo – vs 15 - à rebelião contra os governantes políticos (II Re 18:7; 24:1), os residentes de Jerusalém havia se rebelado contra o seu Senhor da aliança e agido de maneira ímpia, o que resultou na destruição da cidade em 586 a.C. (II Re 23:26-27; 24:18-20; Jr 1:14-16).
Na terra da promessa, o povo de Deus foi submetido ao governo dos ímpios de tal modo que o trabalho no muro foi , interrompido por um decreto de Artaxerxes.
Ed 4:1 Ouvindo, pois, os adversários de Judá e Benjamim
                que os que voltaram do cativeiro edificavam
                               o templo ao SENHOR Deus de Israel,
                Ed 4:2 Chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais,
                               e disseram-lhes:
                                               Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós,
                                                               buscaremos a vosso Deus; como também já                                                
                                                                     lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom,
                                                               rei da Assíria, que nos fez subir aqui.
                Ed 4:3 Porém Zorobabel, e Jesuá, e os outros chefes dos pais de Israel
                               lhes disseram:
                                               Não convém que nós e vós edifiquemos casa
                                                               a nosso Deus; mas nós sozinhos
                                               a edificaremos ao SENHOR Deus de Israel,
                                                               como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.
                Ed 4:4 Todavia o povo da terra debilitava as mãos do povo de Judá,
                               e inquietava-os no edificar.
                Ed 4:5 E alugaram contra eles conselheiros,
                               para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro,
                                               rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia.
                Ed 4:6 No reinado de Assuero, no princípio do seu reinado,
                               escreveram uma acusação contra os habitantes
                                               de Judá e de Jerusalém.
                Ed 4:7 E nos dias de Artaxerxes escreveram Bislão, Mitredate, Tabeel,
                               e os outros seus companheiros, a Artaxerxes, rei da Pérsia;
                                               e a carta estava escrita em caracteres siríacos,
                                                               e na língua siríaca.
                Ed 4:8 Escreveram, pois, Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão,
                               uma carta contra Jerusalém, ao rei Artaxerxes
                                               do teor seguinte:
                Ed 4:9 Então escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o escrivão,
                               e os outros seus companheiros, os dinaítas, afarsaquitas,
                               tarpelitas, afarsitas, arquevitas, babilônios, susanquitas,
                                               deavitas, elamitas,
                Ed 4:10 E os outros povos, que o grande e afamado
                               Asnapar transportou, e que fez habitar na cidade de Samaria,
                                               e nas demais províncias dalém do rio.
                Ed 4:11 Este, pois, é o teor da carta que mandaram ao rei Artaxerxes:
                               Teus servos, os homens dalém do rio, em tal tempo.
                               Ed 4:12 Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti,
                                               vieram a nós em Jerusalém, e reedificam aquela
                                               rebelde e malvada cidade, e vão restaurando
                                               os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
                               Ed 4:13 Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar,
                                               e os muros se restaurarem, eles não pagarão os
                                                               direitos, os tributos e os pedágios;
                                               e assim se danificará a fazenda dos reis.
                               Ed 4:14 Agora, pois, porquanto somos assalariados
                                               do palácio, e não nos convém ver a desonra do rei,
                                                               por isso mandamos avisar ao rei,
                               Ed 4:15 Para que se busque no livro das crônicas de teus
                                               pais. E acharás no livro das crônicas, e saberás que
                                               aquela foi uma cidade rebelde, e danosa aos reis
                                               e províncias, e que nela houve rebelião em tempos
                                               antigos; por isso foi aquela cidade destruída.
                               Ed 4:16 Nós, pois, fazemos notório ao rei que,
                                               se aquela cidade se reedificar, e os seus muros se
                                               restaurarem, sucederá que não terás porção alguma
                                                               deste lado do rio.
                Ed 4:17 E o rei enviou esta resposta a Reum, o chanceler, e a Sinsai,
                               o escrivão, e aos demais seus companheiros, que habitavam
                                               em Samaria; como também aos demais que estavam
                                                               dalém do rio:
                               Paz! em tal tempo. Ed 4:18 A carta que nos enviastes
                                               foi explicitamente lida diante de mim.
                               Ed 4:19 E, ordenando-o eu, buscaram e acharam,
                                               que de tempos antigos aquela cidade se levantou
                                               contra os reis, e nela se têm feito rebelião e sedição.
                               Ed 4:20 Também houve reis poderosos sobre Jerusalém que
                                               dalém do rio dominaram em todo o lugar, e se lhes
                                                               pagaram direitos, tributos e pedágios.
                               Ed 4:21 Agora, pois, dai ordem para impedirdes aqueles
                                               homens, a fim de que não se edifique aquela cidade,
                                                               até que eu dê uma ordem.
                               Ed 4:22 E guardai-vos de serdes remissos nisto;
                                               por que cresceria o dano para prejuízo dos reis?
                Ed 4:23 Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes foi lida
                               perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros,
                                               apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus,
                                                               e os impediram à força e com violência.
Ed 4:24 Então cessou a obra da casa de Deus,
                que estava em Jerusalém;
                               e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario,
                                               rei da Pérsia.
Foram aqui 17 anos de interrupção nos trabalhos por conta da inveja e da oposição que fizeram os adversários internos de Israel que não conheciam ao Senhor.
O trabalho ficou interrompido até o segundo ano de Dario.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
...

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.