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quarta-feira, 19 de março de 2014

Juízes 14:1-20 SANSÃO ERA ESSE LIBERTADOR QUE NÃO QUERIA SER LIBERTADOR.


Deus é soberano e ninguém pode com ele. Quem pode dizer a Deus o que fazer ou pedir-lhe contas das coisas? Por isso é que é Deus, pelo fato de ser soberano e onipotente. Na soberania, ele pode fazer ou permitir que se faça qualquer coisa; na onipotência, ele é poderoso para agir sempre.
Sansão era esse libertador que não queria ser libertador. Estava vivendo numa condição de voto feito que ele mesmo nem tinha feito. Ele sabia, pela lei, que o voto deveria ser feito voluntariamente. Quem fez os votos para ele foram seus próprios pais.
Em seu voto forçado - assim cresceu o menino e se tornou homem -, ele teria de  abster-se dos frutos da videira, não cortar os cabelos e não se aproximar de cadáveres - Nm 6:1-22.
No capítulo anterior 13:25, está escrito que o Espírito do Senhor estava incitando a ele em Maané-Dã que fica entre Zorá e Estaol e no 14:1, que ele desceu a Timna onde encontrou uma mulher das filhas dos filisteus que o agradou muito.
Por causa de seu voto, ele não deveria se casar com mulheres estrangeiras – 3:1-6; 14:3; Dt 7:3-4; I Re 11:1-6; Ed 9:10. Tudo isso vinha do Senhor, como está no vs. 4.
A BEG comenta sobre isso dizendo que apesar do desejo de Sansão ser pecaminoso, Deus o usou sobrenaturalmente para cumprir o seu propósito de julgar os filisteus. Ainda que a providência de Deus inclua o mal e as ambiguidades morais, isso não justifica o pecado.
Na verdade, o que temos aqui é um homem insatisfeito com sua vida, mas cheio de energia e vontade de viver e que pouco temia a Deus. Ele estava triste com sua condição forçada de nazireu e passou a agir como bem mandava o seu coração, seguindo as suas próprias inclinações carnais que o levaram a agir nesciamente.
Ele parece conhecer a lei, os detalhes de seu voto, suas obrigações, seu papel, conhecia sua história, pois seus pais devem ter contado tudo a ele como foi seu nascimento especial, sabia que teria de enfrentar grandes desafios, mas desprezou tudo isso; aborreceu-se e foi seguir o curso de sua vida do jeito que seu coração pecador o inclinava.
Em primeiro lugar, foi buscar uma mulher para seu relacionamento que ele sabia ser para ele proibida, mesmo assim foi, convenceu seus pais e acabou se casando com ela.
Antes disso, no caminho – seus pais tinham descido com ele para Timna, por causa da mulher filisteia, mas nada souberam desse encontro - tem um encontro com um grande animal, feroz e terrível que era um leão jovem, mas o Espírito do Senhor o tomou e ele despedaçou o animal com suas próprias mãos. Aqui foi uma ato de legítima defesa e estava tudo bem em questão de se defender.
Ele desceu, seus pais desceram com ele. Ele falou com ela e dela se agradou e depois de alguns dias voltou ele para a tomar e foi justamente nesse momento que ele foi ver o que tinha acontecido com o animal que ele matara.
No entanto, na sua volta, vê o animal morto e dentro dele um estranho favo de mel. O animal não estava em seu caminho de volta, mas teve de fazer um pequeno desvio para ver o corpo morto do animal. Como é perigoso sairmos do caminho, mesmo que seja para dar somente uma espiadinha.
Ele foi e viu o animal morto como deixara – na ida também parece ter se desviado um pouquinho, não é verdade? Que Deus nos guarde de todo o mal e desvios em nossos caminhos – e estranhamente o animal morto tinha dentro dele um enxame de abelhas e favos de mel!
Aqui, deliberadamente, ele estava afrontando e desprezando tudo o que seus pais ensinaram a ele. Pegou no animal morto e não podia, comeu do mel e ainda deu para os seus pais que comeram, pois nada sabiam disso. Pela lei, ele deveria ter raspado a cabeça e encerrado o seu voto, mas silenciou-se totalmente, talvez por causa do enigma.
Em seguida, na casa da moça, faz um banquete e embora não esteja escrito, provavelmente deve ter tomado vinho como era costume – o termo hebraico pressupõe o consumo de vinho, vs. 10 – e assim já violou o seu voto diversas vezes. Somente permanecia com seu cabelo sem passar navalha.
Na sua festa de casamento, no banquete que providenciara, já, provavelmente, cheio de mosto e feliz propõe um enigma aos presentes usando o leão que matara e o favo de mel que encontrara no leão morto. Eles aceitaram o desafio de Sansão, mas não conseguiam decifrá-lo.
A festa duraria sete dias e resolveram ameaçar a esposa de Sansão e a provocá-la para dele tirar o segredo do enigma e ela, insistentemente, usando a “teoria da importunação”[1], todos os dias, o importuna a ponto de ele, no sétimo dia, no derradeiro dia de sua vitória não resistir à pressão da mulher e tudo a ela revelar. Ela então revela para os filisteus, como combinado.
Na hora certa do fim do prazo para a resposta, os filisteus resolveram o enigma e Sansão ficou muito irado e logo calculou que eles tinham obtido isso de sua mulher.
Para cumprir sua palavra, ele, cujo Espírito do Senhor dele tinha se apossado fortemente, foi até os asquelonitas e matou deles trinta homens, despojou-os e deu as suas vestes festivais aos que declararam o enigma. Depois, ainda muito irado subiu à casa de seu pai. E sua mulher foi entregue ao companheiro de honra de Sansão.
Jz 14:1 E desceu Sansão a Timnate;
               e, vendo em Timnate uma mulher das filhas dos filisteus,
                              Jz 14:2 Subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse:
               Vi uma mulher em Timnate, das filhas dos filisteus;
                              agora, pois, tomai-ma por mulher.
               Jz 14:3 Porém seu pai e sua mãe lhe disseram:
                              Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos,
                              nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher
                                            dos filisteus, daqueles incircuncisos?
               E disse Sansão a seu pai:
                              Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.
               Jz 14:4 Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto
                              vinha do SENHOR; pois buscava ocasião contra os filisteus;
                                            porquanto naquele tempo os filisteus dominavam
                                                           sobre Israel.
               Jz 14:5 Desceu, pois, Sansão com seu pai e com sua mãe a Timnate;
                              e, chegando às vinhas de Timnate eis que um filho de leão,
                                            rugindo, lhe saiu ao encontro.
               Jz 14:6 Então o Espírito do SENHOR se apossou dele
                              tão poderosamente que despedaçou o leão,
                                            como quem despedaça um cabrito,
                                                           sem ter nada na sua mão;
                                            porém nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber
                                                           o que tinha feito.
               Jz 14:7 E desceu, e falou àquela mulher,
                              e ela agradou aos olhos de Sansão.
               Jz 14:8 E depois de alguns dias voltou ele para tomá-la;
                              e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto,
                                            eis que nele havia um enxame de abelhas com mel.
                              Jz 14:9 E tomou-o nas suas mãos, e foi andando e comendo
                                            dele; e foi a seu pai e a sua mãe, e deu-lhes do mel,
                                                           e comeram; porém não lhes deu a saber que
                                                                          tomara o mel do corpo do leão.
               Jz 14:10 Descendo, pois, seu pai àquela mulher,
                              fez Sansão ali um banquete; porque assim os moços
                                            costumavam fazer.
               Jz 14:11 E sucedeu que, como o vissem,
                              trouxeram trinta companheiros para estarem com ele.
               Jz 14:12 Disse-lhes, pois, Sansão:
                              Eu vos darei um enigma para decifrar; e, se nos sete dias das
                                            bodas o decifrardes e descobrirdes, eu vos darei
                                                           trinta lençóis e trinta mudas de roupas.
                              Jz 14:13 E, se não puderdes decifrar,
                                                           vós me dareis a mim trinta lençóis
                                                                          e as trinta mudas de roupas.
               E eles lhe disseram:
                              Dá-nos o teu enigma a decifrar, para que o ouçamos.
               Jz 14:14 Então lhes disse:
                              Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura.
                                            E em três dias não puderam decifrar o enigma.
               Jz 14:15 E sucedeu que, ao sétimo dia, disseram à mulher de Sansão:
                              Persuade a teu marido que nos declare o enigma,
                                            para que porventura não queimemos a fogo a ti
                                                           e à casa de teu pai;
                              chamastes-nos aqui para vos apossardes do que é nosso,
                                            não é assim?
               Jz 14:16 E a mulher de Sansão chorou diante dele, e disse:
                              Tão-somente me desprezas, e não me amas;
                                            pois deste aos filhos do meu povo um enigma para
                                                           decifrar, e ainda não o declaraste a mim.
               E ele lhe disse:
                              Eis que nem a meu pai nem a minha mãe o declarei,
                                            e to declararia a ti?
                              Jz 14:17 E chorou diante dele os sete dias
                                            em que celebravam as bodas; sucedeu, pois, que ao
                                                           sétimo dia lho declarou,
                                                                          porquanto o importunava;
                                            então ela declarou o enigma aos filhos do seu povo.
               Jz 14:18 Disseram, pois, a Sansão os homens daquela cidade,
                              ao sétimo dia, antes de se pôr o sol:
                                            Que coisa há mais doce do que o mel?
                                            E que coisa há mais forte do que o leão?
               E ele lhes disse:
                              Se vós não lavrásseis com a minha novilha,
                                            nunca teríeis descoberto o meu enigma.
               Jz 14:19 Então o Espírito do SENHOR tão poderosamente
                              se apossou dele, que desceu aos ascalonitas,
                                            e matou deles trinta homens, e tomou as suas roupas,
                                                           e deu as mudas de roupas
                                                                          aos que declararam o enigma;
                              porém acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai.
               Jz 14:20 E a mulher de Sansão foi dada ao seu companheiro
                              que antes o acompanhava.
Sansão se deu mal e ficou muito irado e voltou à casa de seu pai, mas logo, logo voltará para ver sua esposa e não a encontrará  mais disponível uma vez que fora entregue a outro homem.
É de fato uma história difícil de interpretar. Por um lado, Deus com seus propósitos querendo livrar Israel dos filisteus, em resposta às suas orações depois de uma escravidão de 40 anos. Do outro lado, Sansão, que deveria ser um juiz, mas estava insatisfeito e já desprezando as coisas de Deus. Os filisteus querendo continuar o seu domínio sobre os filhos de Israel e, estes, querendo a liberdade.
Qual proposito se cumprirá cabalmente? E nas histórias de nossas vidas, será que nossos propósitos estão alinhados com os de Deus?



[1] Foi Jesus, nosso Senhor que nos ensinou a sermos assim. Vocês se lembram do juiz iníquo e da viúva pobre? E do amigo importuno? E ai Jesus conclui dizendo que, se estes, sendo maus e ingratos vão e fazem justiça por causa da importunação quanto mais o Pai Celestial não vos fará maiores coisas? (Lc 11:5-8; 18:1-8).
Irmãos, o ensino acima é para sermos persistentes, perseverantes e isso está muito claro. Não confundam por favor as coisas pensando que Deus é como o ímpio ou que ele atende por causa do aborrecimento decorrente de uma importunação chata. Não é isso. A parábola não ensina isso. A comparação não é por semelhança, mas por contraste. Se até o ímpio que é mal atende por causa da perturbação, Deus que é bom atenderá por causa da perseverança.
Outra coisa que tem de ficar bem clara é que Deus não é como a historinha do gênio da lâmpada que atende aos nossos pedidos, geralmente 3, seja o que for que peçamos. Nosso pedido tem de estar dentro da vontade e dos propósitos de Deus. Não somos nós que temos a Deus para a realização de nossos desejos, mas Deus é quem nos criou para um propósito específico. Cabe a você descobrir mediante o estudo das Escrituras e do estabelecimento de um relacionamento sadio na fé com o Senhor Jesus a sua vontade para a sua vida. A Deus toda a glória!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.