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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

365 dias de propósito! Dia 85/365

É importante a leitura bíblica todos os dias e a minha já está em I Samuel 17. Nesses capítulos é como se estivéssemos perto de outro Saul não aquele com quem Samuel falou da primeira vez nem aquele que, ousadamente, dividiu uma junta de bois em 12 pedaços e distribuiu-os entre as tribos ameaçando assim fazer com quem não fosse com Saul contra Naás. Este Saul é tímido, desobediente e somente está atrás de reconhecimento e não em servir ao Senhor com todo o seu coração. Os fatos que se seguem vão narrando a história de um derrotado. É triste.
 
No domingo, no Sítio da Bênção, eu e meu irmão travamos um combate terrível em torno da questão de que o homem é ou não totalmente depravado. Graças a Deus nos damos muito bem e embora tenhamos pontos de vistas divergentes, somos muito maduros para reconhecermos que o Senhor é Deus e que nós necessitamos uns dos outros. Meu irmão é uma bênção em minha vida e, creio, a recíproca também é verdadeira.
 
E você, acha que o homem é 100% maligno e que nada de bom pode ser encontrado nele? Pois bem, essa é minha crença, minha convicção. É por isso que eu não tenho livre-arbítrio, isto é, capacidade de agir contrário a minha natureza, maligna. Quando eu for ressuscitado e receber novo corpo, então eu serei 100% bom, benigno e já não pecarei mais, nem que eu queira, pois continuarei sem o livre-arbítrio.
 
Adão foi o único ser nessa terra que teve o livre-arbítrio, mas este morreu com ele, portanto, foi único (veja um artigo meu sobre a exegese de Ec 7:29, onde exponho melhor essa idéia: http://www.scribd.com/doc/14232980/Exegese-de-Ec-729). Dentro desse assunto, Deus também não tem livre-arbítrio, pois não age contrário à sua própria natureza, nem pode; e, se assim o fizesse, haveria nele uma contradição.
 
Todo o bem que faço ou que posso fazer, sendo eu maligno, pecador, não vem de mim, mas da graça de Deus, ou seja, sua graça comum. Os homens, por vezes, têm atitudes nobres não porque são nobres, mas porque Deus tem misericórdia e não permite que sejamos totalmente entregues a nós mesmos. Não há glória no homem, nenhuma glória. Ele não é capaz de fazer o bem por sua natureza. O homem não é um misto de 99% de pecado e 1% de bondade: ele é 100% mal. Cruel esse ensino, não é? Do que te gabas tu, ó homem, se tudo o que tens vem do Senhor? Quem escolheu quem: você escolheu a Deus e decidiu segui-lo ou, pelo contrário, Deus te escolheu e te designou para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça? (Jo 15:16).
 
Temos a ilusão de que escolhemos as coisas e, em certa parte, podemos mesmo escolher dentre as opções que se nos apresenta, não dentre todas as opções possíveis. Por exemplo, você veio de ônibus ou de carro para o serviço hoje? Não importa. Você não pode escolher o motorista da frente, nem o de trás, nem o do lado. Você não pode escolher a pessoa que ficou próxima a ti durante toda a sua viajem. E no teu serviço, você escolheu a pessoa que está a tua frente, atrás, do lado? Se você se dispuser a pensar bem, verá que tua capacidade de escolha é tão limitada que chamá-la de escolha é um absurdo.
 
Então baseado nisso, podemos dizer que o homem não é responsável pelos seus atos? De modo algum! O homem é 100% responsável por todos os seus atos, palavras e pensamentos e deles dará contas a Deus! Como conciliar então a soberania de Deus com a responsabilidade humana? Sugiro lerem o livro de J. I. Packer, "A Evangelização e a Soberania de Deus - Se Deus controla todas as coisas, por que evangelizar?", da Ed. Cultura Cristã. Antony Hoekema também aborda o tema em sua trilogia: "Criados à Imagem de Deus"; "Salvos pela Graça"; e, "A Bíblia e o Futuro". (quem puder, leia-os!)
 
Sobre a responsabilidade do homem: as Escrituras são repletas de textos e exemplos de que o homem é responsável por seus atos, por suas escolhas, pelo exercício de sua vontade. Nos exemplos bíblicos, vê-se claramente que o homem possui a faculdade de autodeterminar-se, de agir segundo a sua escolha, como lhe apraz. Como relacionar então a soberania de Deus e a responsabilidade de Deus sem contradizer ambas assertivas de que Deus é 100% soberano e o homem é 100% responsável? J. I. Packer conclui que este é mais um dos mistérios do Deus Misterioso. Trata-se de um antinômio sem solução. Uma questão de fé que devemos ter de que Deus é justo, que Deus é soberano (Deus Rei) e que o homem é responsável (Deus é Juiz). Deus seja louvado!” (http://www.jamaisdesista.com.br/2009/04/sobre-soberania-de-deus.html).
 

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.