sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
sexta-feira, dezembro 11, 2015
Jamais Desista
Romanos 12 1-21 - METANOIA - TRANSFORMAÇÃO DE MENTE.
Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de
QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus;
ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 12/16, na parte V.
Breve
síntese do capítulo 12.
Romanos 12 são exortações e conselhos do apóstolo dos gentios, Paulo,
aos amados de Deus que estavam em Roma e, obviamente, a nós, mais de 2000 anos
após.
Ele começa pedindo e implorando até pela misericórdia de Deus para que
nós apresentemos um culto racional com nossos corpos como sacrifício o qual é
vivo, santo e agradável a Deus. Ele pede isso de forma que não nos conformemos
com a presente era, mas que sejamos transformados pela boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.
A presente era não é nada fácil! As muitas tentações estão fervilhando
em todos os lugares e as propostas indecentes para abandonarmos o Deus vivo são
cada vez mais sutis. Quando eu abro qualquer página de notícias – eu costumo
abrir o site da UOL – de cara me vejo invadido por insinuações, provocações e
propostas aterradoras.
Eu
digo para mim mesmo: - cara, eu não sou deste mundo! É verdade, não somos deste
mundo nem com ele devemos nos conformar.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES PRÁTICAS (12.1-15.13).
A devoção total a Cristo
levará a servi-lo fielmente nos vários desafios que os cristãos enfrentam
juntos. Veremos, pois, doravante até 15.13 essas exortações práticas.
Paulo estabeleceu que
judeus e gentios são pecadores, que são salvos do mesmo modo e que possuem papéis
complementares na História.
Agora ele se volta para
questões mais práticas, as quais têm muitos pontos em comum com os pontos de
vista dele sobre judeus e gentios. Ele tratou de quatro assuntos, que serão
nossa divisão proposta, seguindo sempre a BEG: A. A necessidade de consagração
total (12.1-2) – veremos agora; B. A
vida no corpo de Cristo (12.3-21) – veremos
agora; C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14); e, D. Como tratar as controvérsias entre os
espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13).
A. A necessidade de consagração total (12.1-2).
Paulo incentivou os seus leitores a
responderem à bondade de Deus com uma devoção total a Cristo.
As doutrinas da graça debatidas nos capítulos
3-11 devem levar a uma vida motivada pela gratidão, e não pela arrogância. Por
isso deveríamos apresentar nosso corpo por sacrifício vivo.
Judeus e gentios agora estão unidos como
povo de Deus, por quem o último sacrifício de sangue foi feito (3.25). O
sacrifício que resta é o da resposta em agradecimento a Deus (cf. 6.17).
O "corpo" que é apresentado
implica pessoas completas, como indivíduos de carne e osso (6.12-13,19; 8.13),
para prestarem a Deus, doravante, um culto racional. O culto que é próprio de
criaturas redimidas.
Sendo assim, não seria para nos
conformarmos, mas sim transformarmo-nos pela renovação da nossa mente que agora
em cristo é nova.
A disposição de mente do cristão deve ser
determinada e moldada:
·
Pelo
conhecimento do evangelho.
·
Pelo
poder do Espírito.
·
Pelos
interesses do porvir (8.5-9; 13.11-14),
Por isso, que ela não deve ser movida pela
moda passageira deste século (2Co 4.18; 1Jo 2.17).
Somente por meio dessa renovação
santificadora o cristão se toma suficientemente sensível para "experimentar"
(isto é, discernir) a conduta que é da vontade de Deus, para cada situação.
B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21).
Dos vs. 3 ao 21, veremos Paulo falando da
vida nos corpo de Cristo. Agora Paulo focou numa maneira em que os seus
leitores devem viver à luz das misericórdias divinas: servindo a outros
cristãos.
Paulo fala movido pela graça que lhe foi
dada. O ministério de Paulo existia somente por causa da graça (1.5), e isso
também é verdade no tocante aos dons espirituais (vs. 6). A avaliação realista
("moderação") sobre os dons de uma pessoa é essencial e envolve o
reconhecimento da "medida da fé" de cada uma (não se trata da fé
salvadora, mas da fé condizente com o exercício de dons específicos; vs. 6).
O apóstolo Paulo fez uso da analogia do
corpo e suas variadas partes para ilustrar a natureza da igreja (cf. 1Co 12).
Ele ressaltou a sua unidade (vs. 5) e diversidade inerentes (vs. 6). Também deu
ênfase à necessidade de cada membro reconhecer seus dons e de usá-los de
maneira adequada (vs. 6-8).
Por exemplo, o dom da profecia – vs. 6.
Profetizar é falar a palavra de Deus, porém a natureza da profecia do Novo
Testamento não se encontra claramente definida em nenhuma parte, e é muito
debatida.
Aqui, como outras passagens, ela é
diferenciada do ensino (vs. 7; At 13.1; 1Co 12.29; Ef 4.11), talvez por causa
do maior senso de urgência e espontaneidade ligada a ela (At 13.1-3; 21.10-11).
Também ela deve ser usada segundo a
proporção da fé. "Fé" aqui é traduzida como a própria fé do profeta
(cf. vs. 3,6). De modo alternativo, ela pode se referir à verdade contida no
evangelho como sendo o padrão e a medida para cada palavra profética (cf.
"o padrão das sãs palavras"; 2Tm 1.13).
Paulo reconheceu a ampla variedade e o
caráter prático desses dons e o entrelaçamento dos dons naturais com eles. Ao
empregar os dons, a bênção daqueles a quem estão sendo ministrados, deve ser de
consideração suprema.
Os diferentes dons que temos, todos eles,
são conforme a graça. Ele citou – vs. 6 a 8 -, os seguintes sete dons:
·
O
dom de profetizar.
·
O
dom de servir.
·
O
dom de ensinar.
·
O
dom de dar ânimo.
·
O
dom de contribuir.
·
O
dom de liderar.
·
O
dom de ser misericordioso.
Quando discutiu sobre a igreja como o corpo
de Cristo, Paulo ressaltou a importância do amor (cf. 1Co 12-13). Nessa
passagem, sua série de exortações breves ecoa o estilo de ensinamento de Jesus.
·
O
amor deve ser sem hipocrisia.
Por
exemplo, o amor deve ser sem hipocrisia. Nos dramas gregos clássicos, os
hypokrites (atores) usavam máscaras. Entretanto, Paulo afirma que a conduta
amorosa do cristão não deve ser tramada, como se a pessoa representasse uma
peça ou usasse uma máscara. Ela deve ser uma expressão autêntica de boa
vontade.
·
Devemos
detestar o mal e nos apegarmos ao bem.
Assim
como o amor deveria ser sincero, também deveríamos odiar o mau e ainda nos
apegar ao que é bom.
·
Devemos
nos amar cordialmente uns com os outros com amor fraternal, preferindo-nos em
honra uns aos outros.
A
cada um devemos um amor incondicional, fraternal. Uma combinação linguística
não usual, que associa o amor fraternal ao amor de natureza afetiva. De fato, a
igreja é uma família, a casa de Deus (vs. 1; 1Tm 3.15; 5.1-2).
·
No
zelo, não devemos ser remissos; mas sim sermos fervorosos de espírito, servindo
ao Senhor.
Não
deve existir apatia ou indolência na vida cristã. Ao contrário, o cristão deve
almejar o fervor e o entusiasmo.
·
Devemos
sempre nos regozijarmos na esperança, sermos pacientes na tribulação e, na
oração, perseverantes.
A
alegria, a paciência e a perseverança são marcas registradas do cristão
autêntico que espera pelo Senhor.
·
Devemos
ainda compartilhar as necessidades dos santos; e, praticar a hospitalidade.
No
grego, hospitalidade é uma palavra composta para "amor", que tinha os
estrangeiros em vista (fphiloyenia =
amor aos estrangeiros). A hospitalidade para com cristãos visitantes era uma
parte importante na vida da igreja primitiva (Hb 13.2; 3Jo 5-8).
·
Devemos,
como Cristo, abençoar os que nos perseguem, abençoar e não amaldiçoar.
Na
Escritura, "abençoai' e 'amaldiçoeis" expressam mais do que emoções
humanas para com outros; esses verbos envolvem uma ação decorrente da aliança
de Deus (Dt 27.11-30.20).
·
Também
devemos nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram.
A
unidade genuína do corpo de Cristo está evidente especialmente na empatia de
seus membros em momentos de grande alegria ou de profunda tristeza.
·
Devemos
ter o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de sermos orgulhosos, devemos
condescender com o que é humilde.
A
linguagem de Paulo transmite a ideia de os cristãos compartilharem os mesmos
pensamentos a respeito uns dos outros, que é uma outra indicação do papel
estratégico da mente em santificação (vs. 1-2).
Uma
manifestação disso é a ausência da vaidade e do orgulho quanto a posições
terrenas (Fp 2.1-8).
Os
cristãos devem ser diferenciados por sua disposição de "condescender com o
que é humilde" ou em "fazer trabalhos servis".
·
Não
devemos ser sábios aos vossos próprios olhos.
Veja
Pv 3.7 - Um foco adicional sobre o universo do pensamento. Como pensamos
determina como vivemos.
Os vs. 17 ao 21,
descrevem como os cristãos devem viver num ambiente não cristão.
·
Não
tornar a ninguém mal por mal.
Pelo
contrário, como diz o ditado popular, cada um dá do que tem. Se o que temos é a
verdade e o amor, deveremos retribuir ao mal com todo o bem que o Senhor nos
capacita e assim envergonharemos o inimigo.
·
Esforçar
por fazer o bem perante todos os homens.
Embora
não seja fácil, devemos nos empenhar nisso e disso fazer nossa bandeira diante
de todos.
·
Se
possível, quanto depender de nós, procurarmos ter paz com todos os homens.
O
cristão é um pacificador por dever e propósito. A harmonia nem sempre é
possível, tendo em vista que a verdade divide tanto quando une, como admite a
dupla condição empregada por Paulo ('se... quanto'). Todavia, o fracasso em
buscar a paz nas relações pessoais é inescusável.
·
Não
devemos nos vingar a nós mesmos, antes dar lugar à ira; porque está escrito: A
mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
O
cristão deve estar livre do desejo de tomar vingança pessoal. Essa liberdade é
possível porque o crente sabe que Deus corrigirá todas as injustiças em seu
próprio julgamento perfeito (Dt 32.35), e porque a Escritura exorta os crentes
a demonstrarem graça para com o ofensor, levando-se em conta que Deus permanece
paciente com ele (Pv 25.21-22).
Abster-se
de exercer vingança é um exemplo excelente de como os crentes devem "ter
paz com todos os homens" (vs. 18).
Eu
preciso compartilhar de um testemunho[1]
meu, pessoal, neste momento:
Um dia desses, há alguns
anos [em 2004] ou mais, estava eu de viagem de serviço em Belo Horizonte e meus
colegas sempre me convidavam para sair e eu nunca saia com eles, preferindo
ficar em meus aposentos. Nesse dia, em especial, resolvi sair com eles. Estava
tudo bem e realmente nos divertíamos, mas queriam continuar e programaram ir
para um apartamento de uma das colegas que ali estavam para ouvirem um som,
dançarem, baterem papo, tomarem uns drinquezinhos, etc... Eu lhes disse que
para mim já estava bom e gostaria que me deixassem, no caminho, no hotel.
Para minha
surpresa, não gostaram de meu comportamento e uma das colegas ali soltou:
"passarinho que anda com morcego, anda nas trevas e dorme de cabeça para
baixo". Aquela frase, dita daquela maneira, naquela hora, por quem eu
menos esperava, atingiu-me em cheio e quase me nocauteou. Fiquei pasmo,
assustado e arrependido (confesso que tive vontade de correr dali, em
desespero). Entramos no carro de nosso amigo e em um dado momento paramos e o
motorista me disse: desça, ali tem um ponto de táxi, apanhe um e vá para o
hotel. Eu desci meio sem graça, com cara de bobão, meio meninão quase que
chorando, pois aquilo foi de uma tamanha grosseria e descaso, desrespeito e
afronta. Dei adeus para eles e arrancaram, virando uma esquina.
Eu, lembrei-me
daquela canção: "eu te louvarei Senhor de todo o meu coração; na presença
dos anjos a ti cantarei louvores". E fui cantando. Aproveite e orei por
todos eles pedindo que a graça e o amor de Deus os acompanhasse para que nenhum
mal lhes sobreviessem. Ao invés de táxi, pequei um ônibus e de boca em boca fui
perguntado a um e outro até que consegui chegar em paz no hotel. Fui para meu
AP e continuei a orar, louvar e fui dormir.
No dia seguinte,
aquele motorista vem correndo em minha direção e me disse: - rapaz, qual é o
teu Deus? Meu amigo, estou assustado, quem é que te dá proteção? Quero te pedir
perdão. Eu, sem entender nada, disse-lhe; - o que foi que aconteceu? Juro que
nada fiz. Ai, ele me explicou que mal andara uns 300m e o seu carro parou de
repente, do nada. Carro novo, retirado de Concessionária, potente e com tudo em
ordem. Tentaram de tudo para fazerem o carro andar e nada. Teve que ser
rebocado e a promessa é de que somente dentro de uma semana poderia ser
liberado. A festinha particular naquele AP? Teve de ser cancelada e cada um foi
para sua casa de táxi...
Eu entendi tudo. Em
silêncio e sem dizer nadinha, curti aquilo com um sabor de vitória. Senhor,
disse, tomaste as minhas dores e lhes aplicastes um corretivo? É assim que Deus
age. Ele toma as nossas dores e ai daqueles que ousarem a nos molestar. Deus
nos proteje e ainda zela por nós com ciúmes. Senti a proteção de Deus, seu
cuidado. Não me senti nada digno, mas protegido. Aleluias! Cumpriu-se a palavra
que está escrita: “minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” – Dt 32.35;
Sl 94.1; Rm 12.19.
Hoje, essa minha
amiga que me falou aquela frase dura do passarinho e do morcego é uma das
leitoras mais assíduas desse meu blog. Ela hoje é muito usada por Deus e já lhe
disse que se buscar mais, mais ainda será usada. O motorista, um amigão meu.
Aprendemos a nos respeitar e a orarmos uns pelos outros. Deus é muito bom. A
Deus toda a glória!
·
Devemos
agir de modo contrário à vingança, se o nosso inimigo tiver fome, devemos dar-lhe
de comer; se tiver sede, devemos dar-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoaremos
brasas vivas sobre as nossas cabeças.
O sentido dessa frase não está
totalmente claro. Pode se referir à provisão de brasas (usadas para cozinhar e
aquecer) para aqueles que delas carecem, e, nesse caso, serviria como um
exemplo de como se vencer "o mal com o bem" (vs. 21). Pode ser uma
declaração de que a consciência do inimigo arderá, e, talvez, o levará a mudar
ou a cessar o seu procedimento vil. Ou pode ser uma referência à vingança
futura de Deus, sendo o inimigo considerado ainda mais culpado diante da
bondade demonstrada pela vítima (um paralelo com “dai lugar à ira de Deus";
vs. 19).
·
Finalmente,
não devemos nos deixar vencer do mal, mas vencer o mal com o bem.
Como isso seria possível que o
mal vencesse em nossas vidas? Ele venceria na medida que eu aplicasse ou
entrasse no mesmo jogo dele.
Por exemplo, o terrorista que
filma a execução de sua vítima está demonstrando e incentivando o medo e o ódio.
Se eu não vigiar, estarei usando de sua mesma arma para combatê-lo: o ódio e o
medo.
pelas misericórdias de Deus,
que apresenteis o vosso
corpo por sacrifício
vivo,
santo
e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional.
Rm 12:2 E não vos
conformeis com este século,
mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual
seja
a boa,
agradável
e perfeita vontade de Deus.
Rm 12:3 Porque, pela graça que me foi dada,
digo a cada um dentre vós
que não pense de si mesmo
além do que convém;
antes, pense com moderação,
segundo a medida da fé
que Deus repartiu a cada
um.
Rm 12:4 Porque assim como num só corpo
temos muitos membros,
mas nem todos os membros
têm a mesma função,
Rm 12:5 assim também nós,
conquanto muitos,
somos um só corpo
em Cristo
e membros
uns dos outros,
Rm 12:6 tendo, porém, diferentes dons
segundo a graça que nos foi
dada:
se profecia,
seja segundo a proporção da
fé;
Rm 12:7 se ministério,
dediquemo-nos ao ministério;
ou o que ensina
esmere-se no fazê-lo;
Rm 12:8 ou o que exorta
faça-o com dedicação;
o que contribui,
com liberalidade;
o que preside,
com diligência;
quem exerce misericórdia,
com alegria.
Rm 12:9 O amor seja sem hipocrisia.
Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
Rm 12:10 Amai-vos cordialmente uns aos outros
com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns
aos outros.
Rm 12:11 No zelo, não sejais remissos;
sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
Rm 12:12 regozijai-vos na esperança,
sede pacientes na tribulação,
na oração, perseverantes;
Rm 12:13 compartilhai as necessidades dos santos;
praticai a hospitalidade;
Rm 12:14 abençoai os que vos perseguem,
abençoai e não amaldiçoeis.
Rm 12:15 Alegrai-vos com os que se alegram
e chorai com os que choram.
Rm 12:16 Tende o mesmo sentimento uns para com os
outros;
em lugar de serdes orgulhosos,
condescendei com o que é
humilde;
não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
Rm 12:17 Não torneis a ninguém mal por mal;
esforçai-vos por fazer o bem perante todos os
homens;
Rm 12:18 se possível, quanto depender de vós,
tende paz com todos os
homens;
Rm 12:19 não vos vingueis a vós mesmos, amados,
mas dai lugar à ira;
porque está escrito:
A mim me pertence a
vingança;
eu é que retribuirei,
diz o Senhor.
Rm 12:20 Pelo contrário,
se o teu inimigo tiver
fome,
dá-lhe de comer;
se tiver sede, dá-lhe de
beber;
porque, fazendo isto,
amontoarás brasas vivas
sobre a sua cabeça.
Rm 12:21 Não te deixes vencer do mal,
mas vence o mal com o bem.
Assim, como um corpo tem muitos membros e cada membro tem uma função,
diz Paulo, assim também cada um de nós, pertencentes ao corpo de Cristo, temos
diferentes dons – conforme a graça repartida a cada um - para podermos servir
ao Senhor com excelência.
Ele fala de 29 dons – na minha contagem, que isso fique bem claro - ,
nos versículos de número 6 ao 21. Os 7 primeiros são: profecia, ministério,
ensino, exortação, contribuição, administração e exercício da misericórdia.
Continuaremos a meditar sobre isso. Um bom dia a todos.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
[1] Esse
testemunho se encontra publicado no Jamais Desista, no seguinte link: http://www.jamaisdesista.com.br/2013/04/salmo-94-1-23-segmentado.html
...
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
quinta-feira, dezembro 10, 2015
Jamais Desista
Romanos 11 1-36 - A MARAVILHOSA SABEDORIA DOS DESÍGNIOS E PROPÓSITOS DE DEUS.
Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um
escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual,
notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de
QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus;
ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos
crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os
crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus
papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo
de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das
obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a
dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender
a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 11/16, na parte IV.
Breve
síntese do capítulo 11.
A nossa salvação, conforme Paulo demonstra no capítulo 11 se deve por
causa do endurecimento que veio para Israel e que isso gerou em nós a nossa
salvação. O ministério de Paulo era muito profundo entre os gentios e muito
poderoso como sempre foi porque Paulo tinha a esperança de conquistar seus
patrícios por meio da emulação.
Vejam a mentalidade de Paulo e sua competência. Ele querendo salvar os
judeus não podia lhes pregar diretamente, então, se esmerou em levar o
evangelho aos gentios e assim estimular por tabela aos judeus! Incrível!
Agora não pensem os gentios que eles são melhores, pois não são. Se
estes endurecerem seus corações também serão como os judeus ou pior do que
eles. Deus tem seus planos e propósitos especiais na salvação!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. OS PAPÉIS DOS JUDEUS E DOS GENTIOS NA HISTÓRIA (9.1 – 11.36) - continuação.
Como dissemos, judeus e
gentios têm papéis distintos, mas interconectados na história da salvação.
Tendo demonstrado que judeus e gentios são igualmente pecadores (1.1-3.20), que
podem encontrar salvação do mesmo modo (3.21-8.39), o apóstolo Paulo voltou-se
para os distintos papéis deles no plano de Deus para a História.
Essa parte IV foi
dividida em três partes: A. A soberana eleição de Deus (9.1-29) – já vimos; B. Incredulidade e fé de
Israel (9.30-11.10) – estamos vendo;
e, C. Advertências e encorajamentos para
judeus e gentios (11.11-36) – veremos e
concluiremos agora.
B. Incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10) - continuação.
Dissemos que desde o vs. 9.30 ao capítulo
11.10, estaremos vendo a incredulidade e a fé de Israel. Depois de estabelecer
a importância da eleição divina no lugar da identidade étnica, o apóstolo Paulo
tratou da realidade da fé e da incredulidade de Israel.
Aqui, o apóstolo Paulo perguntou de modo
incisivo se Deus havia rejeitado o seu povo. O próprio Paulo era uma evidência
de que Deus não havia rejeitado total e definitivamente Israel, em quem ele
havia posto o seu amor.
Assim como um remanescente crente pôde ser
achado em Israel no tempo de Elias, continuava a existir nos dias do apóstolo
um remanescente formado pela graça de Deus.
Por meio dessa graça os eleitos obtêm a
salvação que buscam; os demais são endurecidos.
Por isso, pergunta Paulo, teria Deus,
porventura, rejeitado o seu povo? O verbo exprime o sentido de afastar alguém
com força para longe. A forma como a questão aparece no grego antecipa uma
resposta negativa.
Ele passa a falar de si mesmo dizendo que
era igualmente israelita. (Veja Fp 3.5-6.) A linhagem irrepreensível de Paulo
remonta a Abraão, o grande patriarca, mas também a Benjamim, o único filho de
Jacó nascido em Israel.
Benjamim era a tribo em cujo território
Jerusalém se situava, e era também a tribo de Saul, o primeiro rei de Israel.
Deus nunca rejeitou o seu povo a quem de
antemão conheceu. Paulo sugeriu que o amor especial de Deus e sua escolha
graciosa dos judeus tornavam inconcebível a ideia de que o Senhor poderia
rejeitá-los definitivamente como povo, embora eles o tenham rejeitado
abertamente agora ao negarem Cristo e também ao longo de toda a sua jornada,
desde Abraão.
Elias mesmo pensara que ele era o único de
sua espécie, mas a resposta divina o surpreendeu, pois que junto com ele outros
sete mil não dobraram seus joelhos diante de Baal.
Deus sempre preservou para si um
remanescente segundo a eleição da graça. No tempo de Elias havia apostasia em
larga escala, embora a presença de um remanescente de fiéis indicasse que Deus
não tinha rejeitado total e definitivamente o seu povo.
O pensamento de Paulo sobre o remanescente
estava arraigado no ensinamento de Isaías, cujo nome do filho era
"Um-Resto-Volverá" (Is 7.3; cf. Is 1.9; 6.13; 10.20-22; 11.11-16; Rm
9.27).
O argumento apresentado pelo apóstolo aqui
é semelhante ao encontrado em 9.6-33: a prova de que Deus não rejeitou o seu
povo é que ele salvou um remanescente.
Novamente, o caminho da graça é contrastado
com as obras da lei no vs. 6 (3.20,27-28; 4.2,6; 9.12,32).
O que tanto buscavam, os israelitas não
obtiveram, mas sim os eleitos. As passagens citadas – vs. 8 a 10 - (Dt 29.4; Is
29.10; SI 69.22-23) descrevem um padrão bíblico de ação divina diante do
endurecimento judicial dos corações - um padrão que Paulo viu se repetir em sua
própria vida.
Quando falamos dessa forma pode parecer aos
menos avisados de que se trata de capricho, protecionismo, de injustiças da
parte de Deus, mas não se esqueçam de que a eleição e a rejeição de Deus não
são segundo padrões humanos falíveis e nepotistas, mas segunda a verdadeira
justiça, verdade e bondade.
C. Advertências e encorajamentos para judeus e gentios (11.11-36).
Dos vs. 11 ao 36, veremos a admoestação e
encorajamento para judeus e gentios. A rejeição dos judeus a Cristo não foi
irreversível.
O apóstolo Paulo pode ver um padrão e um
propósito divinos por trás da incredulidade da qual eles foram culpados. O
padrão do pensamento dele é o seguinte: a transgressão dos judeus levou à
justificação dos gentios; a salvação dos gentios levará os judeus ao ciúme; e
esse ciúme os direcionará à mesma salvação dos gentios.
Porventura – vs. 11 -, tropeçaram para que
caíssem? Mais uma vez a forma da pergunta de Paulo antecipou (e recebeu) uma
resposta negativa. Ou seja, foi por causa da transgressão deles que a salvação
veio aos gentios, isso para provocá-los em ciúmes.
Agora imaginem que se a transgressão deles
trouxe ao mundo a salvação e o seu fracasso, riqueza para as nações, o que
será, então, a sua plenitude – vs. 12?
No contexto do argumento de Paulo, a
"plenitude" só pode significar a aceitação de Cristo por parte dos
judeus e a restauração deles a Deus.
A questão mais difícil é se o termo foi
empregado com a intenção de ensinar que cada indivíduo seria “plenamente
restaurado" (aproximadamente equivalente a "restauração", em
contraste com a "transgressão" e com o "abatimento" atual
deles), ou que a "nação plena" (isto é, todos os indivíduos dentro da
nação, em contraste com o "remanescente" do vs. 5) seria restaurada.
Paulo estava se dirigindo aos gentios, mas
com o propósito de provocar em seu povo ciúmes. O apóstolo Paulo dirigiu esse
ensinamento primordialmente aos gentios, tanto em seu papel de apóstolo deles
como para influenciar suas atitudes em relação aos judeus. (Veja também os vs.
17-24.).
Paulo expressou a esperança de que ele
mesmo seria capaz de ocasionar a restauração do remanescente judaico (veja os
vs. 11-12).
Ele continua com as suas comparações e
agora fala que se a rejeição deles é a reconciliação do mundo, o que será então
a sua salvação? Ora, seria o mesmo que a vida dentre os mortos. Essa frase pode
indicar simplesmente uma bênção sem precedente.
A enunciação está um pouco diferente da terminologia
escatológica que Paulo normalmente usava ("ressurreição dos mortos";
1.4; 1Co 15.12-13,21,42), e alguns estudiosos consideram que ela significa que
a restauração do povo judeu ao Reino de Deus em Cristo será o arauto da
ressurreição final (e esta mesma um acontecimento do fim dos tempos).
Como hoje o povo judeu nega e não reconhece
o Messias e a salvação está com os gentios, haverá esse tempo, previsto por Deus,
que eles aceitarão e reconhecerão o Messias, Jesus Cristo, e aí, será muita
bênção, algo que abalará a própria natureza.
Paulo aplicou no vs. 16 o princípio de que
as primícias servem como garantia da última colheita (cf. Nm 15.17-21).
Paulo compara os gentios a uma oliveira
brava que é enxertada numa oliveira boa. Veja Jr 11.16; Os 14.6 para referências
a Israel como uma oliveira. Os rebentos de uma oliveira brava parecem realmente
ter sido enxertados em árvores cultiváveis a fim de estas trazerem vigor fresco
a eles.
No entanto, as palavras de Paulo vão,
provável e intencionalmente, além da horticultura em seu sentido estrito. Ele
afirma que os gentios foram enxertados no povo de Deus "contra a
natureza" (vs. 24).
Portanto, eles, os gentios não tinham, nem
tem do que se gloriar. Tendo em vista o fato de que a salvação vem inteiramente
da graça, os crentes gentios não têm nenhum motivo para se gloriar ou
menosprezar os judeus que rejeitam a Cristo. É preciso mesmo muito cuidado e
temor a Deus.
Essa arrogância dos gentios em relação aos
judeus refletiria simplesmente o orgulho espiritual que levou ao endurecimento
de Israel (2.17).
Paulo os exorta explicitamente: não se
gloriem contra esses ramos – vs. 18. Os gentios são dependentes da aliança de
Deus com o povo judeu e, portanto, não devem se considerar melhores que os
judeus que rejeitam a Cristo ("alguns dos ramos foram quebrados"; vs.
17). Especialmente pelo fato de que estes mesmos ramos podem ser enxertados
mais uma vez (vs. 23).
Assim, Paulo quis evitar que os crentes
gentios de Roma agissem arrogantemente com os judeus que tinham rejeitado
Jesus. Na realidade, esses mesmos judeus podiam ter sido eleitos (os quais
depois chegariam à fé); eles podiam ter sido endurecidos contra Cristo apenas
temporariamente a fim de assegurar a salvação dos gentios (veja também os vs.
13-14).
Diante disso tudo, o sensato não é se
gloriar, mas temer a Deus e dar-lhe glórias. Embora a réplica feita a Paulo no
versículo 19 seja formalmente verdadeira, a quebra dos ramos judeus foi um ato
do juízo justo de Deus sobre a incredulidade, e o enxerto dos gentios uma
questão de graça e, portanto, de fé.
Ou seja, esse enxerto (vs. 19) não se
baseou em nenhuma qualidade superior deles. O temor (uma reverência de
espírito), e não a arrogância, é a resposta apropriada para a graça de Deus.
Os crentes gentios foram exortados a levar
a sério a revelação do caráter de Deus nesses acontecimentos decorrentes de sua
providência. O Senhor havia mostrado a eles muita bondade ao estender-lhes a
oferta de salvação, mas a ameaça de ser cortado revelava sua severidade também.
O corte dos judeus incrédulos foi provocado
pela incredulidade, e não porque os gentios fossem inerentemente mais bem
qualificados para a vida na oliveira. Além disso, os crentes gentios não devem
esquecer jamais que o evangelho veio primeiro para os judeus (1.16-17).
Dos vs. 25 ao 32, veremos que o conjunto
compacto dos argumentos de Paulo nessa passagem tem sido entendido de, pelo
menos, quatro modos diferentes:
(1)
Ele
mostrou como Deus salva todos os que fazem parte do seu povo eleito. No
versículo 26, "todo o Israel" é tomado basicamente como sinônimo de
"a igreja”; isto é, um Israel espiritual, incluindo judeus e gentios.
(2)
O
apóstolo mostrou como, ou a maneira na qual ("e, assim"; vs. 26),
Deus salva aqueles em Israel que estão destinados para a salvação.
(3)
Paulo
mostrou que Deus irá, no futuro, trazer uma salvação tão ampla ao povo judeu a
ponto de se poder dizer que "todo o Israel será salvo" (vs. 26).
(4)
Ele
se referia às circunstâncias imediatas de seu ministério no contexto da tensão
entre judeus e gentios na igreja do século 1, e expressava particular
preocupação acerca do fato de que os crentes gentios precisavam evangelizar os
judeus incrédulos e acolher bem os novos convertidos.
Nesse
cenário, considera-se que "todo o Israel" diz respeito a "todos
os judeus eleitos" nos dias de Paulo - uma versão mais restrita do item
(2), anteriormente citado.
Nos escritos de Paulo, e em geral no
pensamento judaico, um "mistério" – vs. 25 - era um segredo divino,
mas que agora era revelado (cf. 16.25).
O mistério era que um endurecimento em
parte tinha vindo para Israel. Isso pode significar o endurecimento de um
número limitado de judeus (todos, com exceção do remanescente) ou um endurecimento
temporário ("até").
Isso até que houvesse entrado a plenitude
dos gentios. Uma expressão que era usada raramente por Paulo, mas que aparece
regularmente nos evangelhos para descrever a entrada na vida ou no reino de
Deus (p. ex., Mc 9.47). Também pode ser uma referência específica ao enxerto
citado nos versículos 17-24.
A promessa é grande para Israel – vs. 26 -,
pois todo o Israel será salvo. Uma expressão crucial nesse ponto do argumento
de Paulo, e cujo significado tem sido sujeito a muito debate.
Essa declaração pode ser entendida como
apoio para o ponto de vista (1) da nota nos versículos 25-32 se
"Israel" for interpretado num sentido diferente de seu uso normal
nessa passagem (mas análogo ao argumento de Paulo em 4.12ss.; 9.24-26).
Em apoio aos pontos de vista (2) ou (4) da
mesma nota, "todo o Israel" seria entendido como “todos os judeus eleitos"
(análogo ao argumento do apóstolo em 9.6ss.; 11.1-5). Poderia também ser
entendido como uma referência à nação em geral, como no item (3), citado
anteriormente.
Ao citar Isaías “virá de Sião o Libertador”,
o apóstolo Paulo substituiu a preposição original "a" por
"de" (Is 59.20; a expressão hebraica pode também ser traduzida como
"para Sião").
Talvez ela tenha sido influenciada pela interpretação
do texto na Septuaginta (a tradução grega do AT), que a traduziu como "por
causa de Sião", ou pelo SI 2.6 ("sobre... Sião"); 14.7 (“de
Sião"), explicando-se, assim, uma passagem da Escritura à luz de toda a
Escritura.
De Sião viria o Libertador que faria a sua
aliança com eles quando removesse os seus pecados e isso aconteceu na morte e
na ressureição de Cristo Jesus. Por isso, quanto ao evangelho, eles seriam
inimigos por causa dos gentios; mas quanto à eleição, eles são amados por causa
dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis – vs. 26-29.
O argumento de Paulo nos vs. 30 a 32 é
concluído em forma de paralelo com 3.19-21, ressaltando que judeus e gentios
estão unidos em duas coisas:
·
Na
desobediência do pecado.
·
Na
misericórdia oferecida por Deus.
A sabedoria e a soberania da graça divina
estão demonstradas no modo em que os propósitos do Senhor estão cumpridos:
·
A
desobediência dos judeus levou a misericórdia de Deus a alcançar os gentios.
·
Esta
misericórdia divina para com os gentios, levará os judeus a receberem-na
também.
Portanto, não há diferença - todos (judeus
e gentios igualmente) pecaram (3.23), e Deus tem misericórdia de ambos (1.16).
Depois de entretecer os vários fios do seu
argumento, nessa passagem – vs. 33 a 36 - o apóstolo Paulo passou a responder
num estilo lírico, com uma canção de louvor, que alcançou a altura que
corresponde à profundidade da preocupação que ele havia feito soar em 9.2-3.
As relações de Deus com judeus e gentios
revelam a sua majestade, a qual está ricamente demonstrada (vs. 36):
·
Na
sua vontade soberana (“dele").
·
Na
sua ação soberana ("por meio dele").
·
Na
sua glória soberana ("para ele").
terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo?
De modo nenhum!
Porque eu também sou israelita
da descendência de Abraão,
da tribo de Benjamim.
Rm 11:2 Deus não rejeitou o seu povo,
a quem de antemão conheceu.
Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias,
como insta perante Deus contra Israel, dizendo:
Rm 11:3 Senhor, mataram os
teus profetas,
arrasaram os teus altares,
e só eu fiquei,
e procuram tirar-me a vida.
Rm 11:4 Que lhe disse, porém, a resposta divina?
Reservei para mim sete mil homens,
que não dobraram os joelhos
diante de Baal.
Rm 11:5 Assim, pois, também agora, no tempo de hoje,
sobrevive um remanescente segundo a eleição da
graça.
Rm 11:6 E, se é pela graça,
já não é pelas obras;
do contrário, a graça já
não é graça.
Rm 11:7 Que diremos, pois?
O que Israel busca,
isso não conseguiu;
mas a eleição o alcançou;
e os mais foram
endurecidos,
Rm 11:8 como está escrito:
Deus lhes deu espírito de
entorpecimento,
olhos para não ver
e ouvidos para não ouvir,
até ao dia de hoje.
Rm 11:9 E diz Davi:
Torne-se-lhes a mesa
em laço e armadilha,
em tropeço e punição;
Rm 11:10 escureçam-se-lhes
os olhos,
para que não vejam,
e fiquem para sempre
encurvadas as suas costas.
Rm 11:11 Pergunto, pois: porventura,
tropeçaram para que caíssem?
De modo nenhum!
Mas, pela sua transgressão,
veio a salvação aos
gentios,
para pô-los em ciúmes.
Rm 11:12 Ora, se a transgressão deles
redundou em riqueza para o mundo,
e o seu abatimento,
em riqueza para os gentios,
quanto mais a sua
plenitude!
Rm 11:13 Dirijo-me a vós outros, que sois gentios!
Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios,
glorifico o meu ministério,
Rm 11:14 para ver se, de
algum modo,
posso incitar à emulação os
do meu povo
e salvar alguns deles.
Rm 11:15 Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados
trouxe reconciliação ao mundo,
que será o seu
restabelecimento,
senão vida dentre os mortos?
Rm 11:16 E, se forem santas as primícias da massa,
igualmente o será a sua totalidade;
se for santa a raiz,
também os ramos o serão.
Rm 11:17 Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados,
e tu, sendo oliveira brava,
foste enxertado em meio
deles
e te tornaste participante
da raiz
e da seiva da oliveira,
Rm 11:18 não te glories
contra os ramos;
porém, se te gloriares,
sabe que não és tu que sustentas a raiz,
mas a raiz, a ti.
Rm 11:19 Dirás, pois:
Alguns ramos foram quebrados,
para
que eu fosse enxertado.
Rm 11:20 Bem! Pela sua
incredulidade,
foram quebrados;
tu, porém, mediante a fé,
estás firme.
Não te ensoberbeças,
mas teme.
Rm 11:21 Porque, se Deus não poupou
os ramos naturais,
também não te poupará.
Rm 11:22 Considerai, pois,
a bondade
e a severidade de Deus:
para com os que caíram,
severidade;
mas, para contigo,
a bondade de Deus,
se nela permaneceres;
doutra sorte,
também tu serás cortado.
Rm 11:23 Eles também,
se não permanecerem na incredulidade,
serão enxertados;
pois Deus é poderoso para
os enxertar de novo.
Rm 11:24 Pois, se foste cortado da que,
por natureza, era oliveira brava
e, contra a natureza,
enxertado em boa oliveira,
quanto mais não serão
enxertados
na sua própria oliveira
aqueles que são ramos
naturais!
Rm 11:25 Porque não quero, irmãos,
que ignoreis este mistério (para que não sejais
presumidos
em vós mesmos):
que veio endurecimento em
parte a Israel,
até que haja entrado a
plenitude dos gentios.
Rm 11:26 E, assim, todo o
Israel será salvo,
como está escrito:
Virá de Sião o Libertador
e ele apartará de Jacó as impiedades.
Rm 11:27 Esta é a minha
aliança
com eles, quando eu tirar
os seus pecados.
Rm 11:28 Quanto ao evangelho,
são eles inimigos por vossa causa;
quanto, porém, à eleição,
amados por causa dos patriarcas;
Rm 11:29 porque os dons
e a vocação de Deus são
irrevogáveis.
Rm 11:30 Porque assim como vós também,
outrora, fostes desobedientes a Deus,
mas, agora, alcançastes
misericórdia,
à vista da desobediência
deles,
Rm 11:31 assim também
estes,
agora, foram desobedientes,
para que, igualmente, eles
alcancem misericórdia,
à vista da que vos foi
concedida.
Rm 11:32 Porque Deus a todos encerrou na desobediência,
a fim de usar de misericórdia para com todos.
Rm 11:33 Ó profundidade da riqueza,
tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os
seus juízos,
e quão inescrutáveis, os
seus caminhos!
Rm 11:34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi o seu conselheiro?
Rm 11:35 Ou quem primeiro
deu a ele
para que lhe venha a ser
restituído?
Rm 11:36 Porque dele,
e por meio dele,
e para ele
são todas as coisas.
A ele, pois,
a glória eternamente.
Amém!
Todos foram encerrados na desobediência para que Deus usasse de sua
misericórdia, igualmente, com todos!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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