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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Romanos 12 1-21 - METANOIA - TRANSFORMAÇÃO DE MENTE.

Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual, notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus; ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 12/16, na parte V.
Breve síntese do capítulo 12.
Romanos 12 são exortações e conselhos do apóstolo dos gentios, Paulo, aos amados de Deus que estavam em Roma e, obviamente, a nós, mais de 2000 anos após.
Ele começa pedindo e implorando até pela misericórdia de Deus para que nós apresentemos um culto racional com nossos corpos como sacrifício o qual é vivo, santo e agradável a Deus. Ele pede isso de forma que não nos conformemos com a presente era, mas que sejamos transformados pela boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
A presente era não é nada fácil! As muitas tentações estão fervilhando em todos os lugares e as propostas indecentes para abandonarmos o Deus vivo são cada vez mais sutis. Quando eu abro qualquer página de notícias – eu costumo abrir o site da UOL – de cara me vejo invadido por insinuações, provocações e propostas aterradoras.
Eu digo para mim mesmo: - cara, eu não sou deste mundo! É verdade, não somos deste mundo nem com ele devemos nos conformar.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
V. INSTRUÇÕES PRÁTICAS (12.1-15.13).
A devoção total a Cristo levará a servi-lo fielmente nos vários desafios que os cristãos enfrentam juntos. Veremos, pois, doravante até 15.13 essas exortações práticas.
Paulo estabeleceu que judeus e gentios são pecadores, que são salvos do mesmo modo e que possuem papéis complementares na História.
Agora ele se volta para questões mais práticas, as quais têm muitos pontos em comum com os pontos de vista dele sobre judeus e gentios. Ele tratou de quatro assuntos, que serão nossa divisão proposta, seguindo sempre a BEG: A. A necessidade de consagração total (12.1-2) – veremos agora; B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21) – veremos agora; C. As responsabilidades políticas e sociais (13.1-14);  e, D. Como tratar as controvérsias entre os espiritualmente fracos e os fortes (14.1-15.13).
A. A necessidade de consagração total (12.1-2).
Paulo incentivou os seus leitores a responderem à bondade de Deus com uma devoção total a Cristo.
As doutrinas da graça debatidas nos capítulos 3-11 devem levar a uma vida motivada pela gratidão, e não pela arrogância. Por isso deveríamos apresentar nosso corpo por sacrifício vivo.
Judeus e gentios agora estão unidos como povo de Deus, por quem o último sacrifício de sangue foi feito (3.25). O sacrifício que resta é o da resposta em agradecimento a Deus (cf. 6.17).
O "corpo" que é apresentado implica pessoas completas, como indivíduos de carne e osso (6.12-13,19; 8.13), para prestarem a Deus, doravante, um culto racional. O culto que é próprio de criaturas redimidas.
Sendo assim, não seria para nos conformarmos, mas sim transformarmo-nos pela renovação da nossa mente que agora em cristo é nova.
A disposição de mente do cristão deve ser determinada e moldada:
·         Pelo conhecimento do evangelho.
·         Pelo poder do Espírito.
·         Pelos interesses do porvir (8.5-9; 13.11-14),
Por isso, que ela não deve ser movida pela moda passageira deste século (2Co 4.18; 1Jo 2.17).
Somente por meio dessa renovação santificadora o cristão se toma suficientemente sensível para "experimentar" (isto é, discernir) a conduta que é da vontade de Deus, para cada situação.
B. A vida no corpo de Cristo (12.3-21).
Dos vs. 3 ao 21, veremos Paulo falando da vida nos corpo de Cristo. Agora Paulo focou numa maneira em que os seus leitores devem viver à luz das misericórdias divinas: servindo a outros cristãos.
Paulo fala movido pela graça que lhe foi dada. O ministério de Paulo existia somente por causa da graça (1.5), e isso também é verdade no tocante aos dons espirituais (vs. 6). A avaliação realista ("moderação") sobre os dons de uma pessoa é essencial e envolve o reconhecimento da "medida da fé" de cada uma (não se trata da fé salvadora, mas da fé condizente com o exercício de dons específicos; vs. 6).
O apóstolo Paulo fez uso da analogia do corpo e suas variadas partes para ilustrar a natureza da igreja (cf. 1Co 12). Ele ressaltou a sua unidade (vs. 5) e diversidade inerentes (vs. 6). Também deu ênfase à necessidade de cada membro reconhecer seus dons e de usá-los de maneira adequada (vs. 6-8).
Por exemplo, o dom da profecia – vs. 6. Profetizar é falar a palavra de Deus, porém a natureza da profecia do Novo Testamento não se encontra claramente definida em nenhuma parte, e é muito debatida.
Aqui, como outras passagens, ela é diferenciada do ensino (vs. 7; At 13.1; 1Co 12.29; Ef 4.11), talvez por causa do maior senso de urgência e espontaneidade ligada a ela (At 13.1-3; 21.10-11).
Também ela deve ser usada segundo a proporção da fé. "Fé" aqui é traduzida como a própria fé do profeta (cf. vs. 3,6). De modo alternativo, ela pode se referir à verdade contida no evangelho como sendo o padrão e a medida para cada palavra profética (cf. "o padrão das sãs palavras"; 2Tm 1.13).
Paulo reconheceu a ampla variedade e o caráter prático desses dons e o entrelaçamento dos dons naturais com eles. Ao empregar os dons, a bênção daqueles a quem estão sendo ministrados, deve ser de consideração suprema.
Os diferentes dons que temos, todos eles, são conforme a graça. Ele citou – vs. 6 a 8 -, os seguintes sete dons:
·         O dom de profetizar.
·         O dom de servir.
·         O dom de ensinar.
·         O dom de dar ânimo.
·         O dom de contribuir.
·         O dom de liderar.
·         O dom de ser misericordioso.
Quando discutiu sobre a igreja como o corpo de Cristo, Paulo ressaltou a importância do amor (cf. 1Co 12-13). Nessa passagem, sua série de exortações breves ecoa o estilo de ensinamento de Jesus.
·         O amor deve ser sem hipocrisia.
Por exemplo, o amor deve ser sem hipocrisia. Nos dramas gregos clássicos, os hypokrites (atores) usavam máscaras. Entretanto, Paulo afirma que a conduta amorosa do cristão não deve ser tramada, como se a pessoa representasse uma peça ou usasse uma máscara. Ela deve ser uma expressão autêntica de boa vontade.
·         Devemos detestar o mal e nos apegarmos ao bem.
Assim como o amor deveria ser sincero, também deveríamos odiar o mau e ainda nos apegar ao que é bom.
·         Devemos nos amar cordialmente uns com os outros com amor fraternal, preferindo-nos em honra uns aos outros.
A cada um devemos um amor incondicional, fraternal. Uma combinação linguística não usual, que associa o amor fraternal ao amor de natureza afetiva. De fato, a igreja é uma família, a casa de Deus (vs. 1; 1Tm 3.15; 5.1-2).
·         No zelo, não devemos ser remissos; mas sim sermos fervorosos de espírito, servindo ao Senhor.
Não deve existir apatia ou indolência na vida cristã. Ao contrário, o cristão deve almejar o fervor e o entusiasmo.
·         Devemos sempre nos regozijarmos na esperança, sermos pacientes na tribulação e, na oração, perseverantes.
A alegria, a paciência e a perseverança são marcas registradas do cristão autêntico que espera pelo Senhor.
·         Devemos ainda compartilhar as necessidades dos santos; e, praticar a hospitalidade.
No grego, hospitalidade é uma palavra composta para "amor", que tinha os estrangeiros em vista (fphiloyenia = amor aos estrangeiros). A hospitalidade para com cristãos visitantes era uma parte importante na vida da igreja primitiva (Hb 13.2; 3Jo 5-8).
·         Devemos, como Cristo, abençoar os que nos perseguem, abençoar e não amaldiçoar.
Na Escritura, "abençoai' e 'amaldiçoeis" expressam mais do que emoções humanas para com outros; esses verbos envolvem uma ação decorrente da aliança de Deus (Dt 27.11-30.20).
·         Também devemos nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram.
A unidade genuína do corpo de Cristo está evidente especialmente na empatia de seus membros em momentos de grande alegria ou de profunda tristeza.
·         Devemos ter o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de sermos orgulhosos, devemos condescender com o que é humilde.
A linguagem de Paulo transmite a ideia de os cristãos compartilharem os mesmos pensamentos a respeito uns dos outros, que é uma outra indicação do papel estratégico da mente em santificação (vs. 1-2).
Uma manifestação disso é a ausência da vaidade e do orgulho quanto a posições terrenas (Fp 2.1-8).
Os cristãos devem ser diferenciados por sua disposição de "condescender com o que é humilde" ou em "fazer trabalhos servis".
·         Não devemos ser sábios aos vossos próprios olhos.
Veja Pv 3.7 - Um foco adicional sobre o universo do pensamento. Como pensamos determina como vivemos.
Os vs. 17 ao 21, descrevem como os cristãos devem viver num ambiente não cristão.
·         Não tornar a ninguém mal por mal.
Pelo contrário, como diz o ditado popular, cada um dá do que tem. Se o que temos é a verdade e o amor, deveremos retribuir ao mal com todo o bem que o Senhor nos capacita e assim envergonharemos o inimigo.
·         Esforçar por fazer o bem perante todos os homens.
Embora não seja fácil, devemos nos empenhar nisso e disso fazer nossa bandeira diante de todos.
·         Se possível, quanto depender de nós, procurarmos ter paz com todos os homens.
O cristão é um pacificador por dever e propósito. A harmonia nem sempre é possível, tendo em vista que a verdade divide tanto quando une, como admite a dupla condição empregada por Paulo ('se... quanto'). Todavia, o fracasso em buscar a paz nas relações pessoais é inescusável.
·         Não devemos nos vingar a nós mesmos, antes dar lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.
O cristão deve estar livre do desejo de tomar vingança pessoal. Essa liberdade é possível porque o crente sabe que Deus corrigirá todas as injustiças em seu próprio julgamento perfeito (Dt 32.35), e porque a Escritura exorta os crentes a demonstrarem graça para com o ofensor, levando-se em conta que Deus permanece paciente com ele (Pv 25.21-22).
Abster-se de exercer vingança é um exemplo excelente de como os crentes devem "ter paz com todos os homens" (vs. 18).  
Eu preciso compartilhar de um testemunho[1] meu, pessoal, neste momento:
Um dia desses, há alguns anos [em 2004] ou mais, estava eu de viagem de serviço em Belo Horizonte e meus colegas sempre me convidavam para sair e eu nunca saia com eles, preferindo ficar em meus aposentos. Nesse dia, em especial, resolvi sair com eles. Estava tudo bem e realmente nos divertíamos, mas queriam continuar e programaram ir para um apartamento de uma das colegas que ali estavam para ouvirem um som, dançarem, baterem papo, tomarem uns drinquezinhos, etc... Eu lhes disse que para mim já estava bom e gostaria que me deixassem, no caminho, no hotel.
Para minha surpresa, não gostaram de meu comportamento e uma das colegas ali soltou: "passarinho que anda com morcego, anda nas trevas e dorme de cabeça para baixo". Aquela frase, dita daquela maneira, naquela hora, por quem eu menos esperava, atingiu-me em cheio e quase me nocauteou. Fiquei pasmo, assustado e arrependido (confesso que tive vontade de correr dali, em desespero). Entramos no carro de nosso amigo e em um dado momento paramos e o motorista me disse: desça, ali tem um ponto de táxi, apanhe um e vá para o hotel. Eu desci meio sem graça, com cara de bobão, meio meninão quase que chorando, pois aquilo foi de uma tamanha grosseria e descaso, desrespeito e afronta. Dei adeus para eles e arrancaram, virando uma esquina.
Eu, lembrei-me daquela canção: "eu te louvarei Senhor de todo o meu coração; na presença dos anjos a ti cantarei louvores". E fui cantando. Aproveite e orei por todos eles pedindo que a graça e o amor de Deus os acompanhasse para que nenhum mal lhes sobreviessem. Ao invés de táxi, pequei um ônibus e de boca em boca fui perguntado a um e outro até que consegui chegar em paz no hotel. Fui para meu AP e continuei a orar, louvar e fui dormir.
No dia seguinte, aquele motorista vem correndo em minha direção e me disse: - rapaz, qual é o teu Deus? Meu amigo, estou assustado, quem é que te dá proteção? Quero te pedir perdão. Eu, sem entender nada, disse-lhe; - o que foi que aconteceu? Juro que nada fiz. Ai, ele me explicou que mal andara uns 300m e o seu carro parou de repente, do nada. Carro novo, retirado de Concessionária, potente e com tudo em ordem. Tentaram de tudo para fazerem o carro andar e nada. Teve que ser rebocado e a promessa é de que somente dentro de uma semana poderia ser liberado. A festinha particular naquele AP? Teve de ser cancelada e cada um foi para sua casa de táxi...
Eu entendi tudo. Em silêncio e sem dizer nadinha, curti aquilo com um sabor de vitória. Senhor, disse, tomaste as minhas dores e lhes aplicastes um corretivo? É assim que Deus age. Ele toma as nossas dores e ai daqueles que ousarem a nos molestar. Deus nos proteje e ainda zela por nós com ciúmes. Senti a proteção de Deus, seu cuidado. Não me senti nada digno, mas protegido. Aleluias! Cumpriu-se a palavra que está escrita: “minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor” – Dt 32.35; Sl 94.1; Rm 12.19.
Hoje, essa minha amiga que me falou aquela frase dura do passarinho e do morcego é uma das leitoras mais assíduas desse meu blog. Ela hoje é muito usada por Deus e já lhe disse que se buscar mais, mais ainda será usada. O motorista, um amigão meu. Aprendemos a nos respeitar e a orarmos uns pelos outros. Deus é muito bom. A Deus toda a glória!
·         Devemos agir de modo contrário à vingança, se o nosso inimigo tiver fome, devemos dar-lhe de comer; se tiver sede, devemos dar-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoaremos brasas vivas sobre as nossas cabeças.
O sentido dessa frase não está totalmente claro. Pode se referir à provisão de brasas (usadas para cozinhar e aquecer) para aqueles que delas carecem, e, nesse caso, serviria como um exemplo de como se vencer "o mal com o bem" (vs. 21). Pode ser uma declaração de que a consciência do inimigo arderá, e, talvez, o levará a mudar ou a cessar o seu procedimento vil. Ou pode ser uma referência à vingança futura de Deus, sendo o inimigo considerado ainda mais culpado diante da bondade demonstrada pela vítima (um paralelo com “dai lugar à ira de Deus"; vs. 19).
·         Finalmente, não devemos nos deixar vencer do mal, mas vencer o mal com o bem.
Como isso seria possível que o mal vencesse em nossas vidas? Ele venceria na medida que eu aplicasse ou entrasse no mesmo jogo dele.
Por exemplo, o terrorista que filma a execução de sua vítima está demonstrando e incentivando o medo e o ódio. Se eu não vigiar, estarei usando de sua mesma arma para combatê-lo: o ódio e o medo.
Rm 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos,
pelas misericórdias de Deus,
que apresenteis o vosso corpo por sacrifício
vivo,
santo
e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional.
Rm 12:2 E não vos conformeis com este século,
mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja
a boa,
agradável
e perfeita vontade de Deus.
Rm 12:3 Porque, pela graça que me foi dada,
digo a cada um dentre vós
que não pense de si mesmo além do que convém;
antes, pense com moderação,
segundo a medida da fé
que Deus repartiu a cada um.
Rm 12:4 Porque assim como num só corpo
temos muitos membros,
mas nem todos os membros têm a mesma função,
Rm 12:5 assim também nós,
conquanto muitos,
somos um só corpo
em Cristo
 e membros uns dos outros,
Rm 12:6 tendo, porém, diferentes dons
segundo a graça que nos foi dada:
se profecia,
seja segundo a proporção da fé;
Rm 12:7 se ministério,
 dediquemo-nos ao ministério;
ou o que ensina
esmere-se no fazê-lo;
Rm 12:8 ou o que exorta
faça-o com dedicação;
o que contribui,
com liberalidade;
o que preside,
com diligência;
quem exerce misericórdia,
com alegria.
Rm 12:9 O amor seja sem hipocrisia.
Detestai o mal, apegando-vos ao bem.
Rm 12:10 Amai-vos cordialmente uns aos outros
com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros.
Rm 12:11 No zelo, não sejais remissos;
sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor;
Rm 12:12 regozijai-vos na esperança,
sede pacientes na tribulação,
na oração, perseverantes;
Rm 12:13 compartilhai as necessidades dos santos;
praticai a hospitalidade;
Rm 12:14 abençoai os que vos perseguem,
abençoai e não amaldiçoeis.
Rm 12:15 Alegrai-vos com os que se alegram
e chorai com os que choram.
Rm 12:16 Tende o mesmo sentimento uns para com os outros;
em lugar de serdes orgulhosos,
condescendei com o que é humilde;
não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
Rm 12:17 Não torneis a ninguém mal por mal;
esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens;
Rm 12:18 se possível, quanto depender de vós,
tende paz com todos os homens;
Rm 12:19 não vos vingueis a vós mesmos, amados,
mas dai lugar à ira;
porque está escrito:
A mim me pertence a vingança;
eu é que retribuirei,
diz o Senhor.
Rm 12:20 Pelo contrário,
se o teu inimigo tiver fome,
dá-lhe de comer;
se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto,
amontoarás brasas vivas
sobre a sua cabeça.
Rm 12:21 Não te deixes vencer do mal,       
mas vence o mal com o bem.
Assim, como um corpo tem muitos membros e cada membro tem uma função, diz Paulo, assim também cada um de nós, pertencentes ao corpo de Cristo, temos diferentes dons – conforme a graça repartida a cada um - para podermos servir ao Senhor com excelência.
Ele fala de 29 dons – na minha contagem, que isso fique bem claro - , nos versículos de número 6 ao 21. Os 7 primeiros são: profecia, ministério, ensino, exortação, contribuição, administração e exercício da misericórdia.
Continuaremos a meditar sobre isso. Um bom dia a todos.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Esse testemunho se encontra publicado no Jamais Desista, no seguinte link: http://www.jamaisdesista.com.br/2013/04/salmo-94-1-23-segmentado.html
...
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Romanos 11 1-36 - A MARAVILHOSA SABEDORIA DOS DESÍGNIOS E PROPÓSITOS DE DEUS.

Como já dissemos e repetiremos isso até ao fim, estamos diante de um escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual, notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus; ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 11/16, na parte IV.
Breve síntese do capítulo 11.
A nossa salvação, conforme Paulo demonstra no capítulo 11 se deve por causa do endurecimento que veio para Israel e que isso gerou em nós a nossa salvação. O ministério de Paulo era muito profundo entre os gentios e muito poderoso como sempre foi porque Paulo tinha a esperança de conquistar seus patrícios por meio da emulação.
Vejam a mentalidade de Paulo e sua competência. Ele querendo salvar os judeus não podia lhes pregar diretamente, então, se esmerou em levar o evangelho aos gentios e assim estimular por tabela aos judeus! Incrível!
Agora não pensem os gentios que eles são melhores, pois não são. Se estes endurecerem seus corações também serão como os judeus ou pior do que eles. Deus tem seus planos e propósitos especiais na salvação!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. OS PAPÉIS DOS JUDEUS E DOS GENTIOS NA HISTÓRIA (9.1 – 11.36) - continuação.
Como dissemos, judeus e gentios têm papéis distintos, mas interconectados na história da salvação. Tendo demonstrado que judeus e gentios são igualmente pecadores (1.1-3.20), que podem encontrar salvação do mesmo modo (3.21-8.39), o apóstolo Paulo voltou-se para os distintos papéis deles no plano de Deus para a História.
Essa parte IV foi dividida em três partes: A. A soberana eleição de Deus (9.1-29) – já vimos; B. Incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10) – estamos vendo; e, C.  Advertências e encorajamentos para judeus e gentios (11.11-36) – veremos e concluiremos agora.
B. Incredulidade e fé de Israel (9.30-11.10) - continuação.
Dissemos que desde o vs. 9.30 ao capítulo 11.10, estaremos vendo a incredulidade e a fé de Israel. Depois de estabelecer a importância da eleição divina no lugar da identidade étnica, o apóstolo Paulo tratou da realidade da fé e da incredulidade de Israel.
Aqui, o apóstolo Paulo perguntou de modo incisivo se Deus havia rejeitado o seu povo. O próprio Paulo era uma evidência de que Deus não havia rejeitado total e definitivamente Israel, em quem ele havia posto o seu amor.
Assim como um remanescente crente pôde ser achado em Israel no tempo de Elias, continuava a existir nos dias do apóstolo um remanescente formado pela graça de Deus.
Por meio dessa graça os eleitos obtêm a salvação que buscam; os demais são endurecidos.
Por isso, pergunta Paulo, teria Deus, porventura, rejeitado o seu povo? O verbo exprime o sentido de afastar alguém com força para longe. A forma como a questão aparece no grego antecipa uma resposta negativa.
Ele passa a falar de si mesmo dizendo que era igualmente israelita. (Veja Fp 3.5-6.) A linhagem irrepreensível de Paulo remonta a Abraão, o grande patriarca, mas também a Benjamim, o único filho de Jacó nascido em Israel.
Benjamim era a tribo em cujo território Jerusalém se situava, e era também a tribo de Saul, o primeiro rei de Israel.
Deus nunca rejeitou o seu povo a quem de antemão conheceu. Paulo sugeriu que o amor especial de Deus e sua escolha graciosa dos judeus tornavam inconcebível a ideia de que o Senhor poderia rejeitá-los definitivamente como povo, embora eles o tenham rejeitado abertamente agora ao negarem Cristo e também ao longo de toda a sua jornada, desde Abraão.
Elias mesmo pensara que ele era o único de sua espécie, mas a resposta divina o surpreendeu, pois que junto com ele outros sete mil não dobraram seus joelhos diante de Baal.
Deus sempre preservou para si um remanescente segundo a eleição da graça. No tempo de Elias havia apostasia em larga escala, embora a presença de um remanescente de fiéis indicasse que Deus não tinha rejeitado total e definitivamente o seu povo.
O pensamento de Paulo sobre o remanescente estava arraigado no ensinamento de Isaías, cujo nome do filho era "Um-Resto-Volverá" (Is 7.3; cf. Is 1.9; 6.13; 10.20-22; 11.11-16; Rm 9.27).
O argumento apresentado pelo apóstolo aqui é semelhante ao encontrado em 9.6-33: a prova de que Deus não rejeitou o seu povo é que ele salvou um remanescente.
Novamente, o caminho da graça é contrastado com as obras da lei no vs. 6 (3.20,27-28; 4.2,6; 9.12,32).
O que tanto buscavam, os israelitas não obtiveram, mas sim os eleitos. As passagens citadas – vs. 8 a 10 - (Dt 29.4; Is 29.10; SI 69.22-23) descrevem um padrão bíblico de ação divina diante do endurecimento judicial dos corações - um padrão que Paulo viu se repetir em sua própria vida.
Quando falamos dessa forma pode parecer aos menos avisados de que se trata de capricho, protecionismo, de injustiças da parte de Deus, mas não se esqueçam de que a eleição e a rejeição de Deus não são segundo padrões humanos falíveis e nepotistas, mas segunda a verdadeira justiça, verdade e bondade.
C. Advertências e encorajamentos para judeus e gentios (11.11-36).
Dos vs. 11 ao 36, veremos a admoestação e encorajamento para judeus e gentios. A rejeição dos judeus a Cristo não foi irreversível.
O apóstolo Paulo pode ver um padrão e um propósito divinos por trás da incredulidade da qual eles foram culpados. O padrão do pensamento dele é o seguinte: a transgressão dos judeus levou à justificação dos gentios; a salvação dos gentios levará os judeus ao ciúme; e esse ciúme os direcionará à mesma salvação dos gentios.
Porventura – vs. 11 -, tropeçaram para que caíssem? Mais uma vez a forma da pergunta de Paulo antecipou (e recebeu) uma resposta negativa. Ou seja, foi por causa da transgressão deles que a salvação veio aos gentios, isso para provocá-los em ciúmes.
Agora imaginem que se a transgressão deles trouxe ao mundo a salvação e o seu fracasso, riqueza para as nações, o que será, então, a sua plenitude – vs. 12?
No contexto do argumento de Paulo, a "plenitude" só pode significar a aceitação de Cristo por parte dos judeus e a restauração deles a Deus.
A questão mais difícil é se o termo foi empregado com a intenção de ensinar que cada indivíduo seria “plenamente restaurado" (aproximadamente equivalente a "restauração", em contraste com a "transgressão" e com o "abatimento" atual deles), ou que a "nação plena" (isto é, todos os indivíduos dentro da nação, em contraste com o "remanescente" do vs. 5) seria restaurada.
Paulo estava se dirigindo aos gentios, mas com o propósito de provocar em seu povo ciúmes. O apóstolo Paulo dirigiu esse ensinamento primordialmente aos gentios, tanto em seu papel de apóstolo deles como para influenciar suas atitudes em relação aos judeus. (Veja também os vs. 17-24.).
Paulo expressou a esperança de que ele mesmo seria capaz de ocasionar a restauração do remanescente judaico (veja os vs. 11-12).
Ele continua com as suas comparações e agora fala que se a rejeição deles é a reconciliação do mundo, o que será então a sua salvação? Ora, seria o mesmo que a vida dentre os mortos. Essa frase pode indicar simplesmente uma bênção sem precedente.
A enunciação está um pouco diferente da terminologia escatológica que Paulo normalmente usava ("ressurreição dos mortos"; 1.4; 1Co 15.12-13,21,42), e alguns estudiosos consideram que ela significa que a restauração do povo judeu ao Reino de Deus em Cristo será o arauto da ressurreição final (e esta mesma um acontecimento do fim dos tempos).
Como hoje o povo judeu nega e não reconhece o Messias e a salvação está com os gentios, haverá esse tempo, previsto por Deus, que eles aceitarão e reconhecerão o Messias, Jesus Cristo, e aí, será muita bênção, algo que abalará a própria natureza.
Paulo aplicou no vs. 16 o princípio de que as primícias servem como garantia da última colheita (cf. Nm 15.17-21).
Paulo compara os gentios a uma oliveira brava que é enxertada numa oliveira boa. Veja Jr 11.16; Os 14.6 para referências a Israel como uma oliveira. Os rebentos de uma oliveira brava parecem realmente ter sido enxertados em árvores cultiváveis a fim de estas trazerem vigor fresco a eles.
No entanto, as palavras de Paulo vão, provável e intencionalmente, além da horticultura em seu sentido estrito. Ele afirma que os gentios foram enxertados no povo de Deus "contra a natureza" (vs. 24).
Portanto, eles, os gentios não tinham, nem tem do que se gloriar. Tendo em vista o fato de que a salvação vem inteiramente da graça, os crentes gentios não têm nenhum motivo para se gloriar ou menosprezar os judeus que rejeitam a Cristo. É preciso mesmo muito cuidado e temor a Deus.
Essa arrogância dos gentios em relação aos judeus refletiria simplesmente o orgulho espiritual que levou ao endurecimento de Israel (2.17).
Paulo os exorta explicitamente: não se gloriem contra esses ramos – vs. 18. Os gentios são dependentes da aliança de Deus com o povo judeu e, portanto, não devem se considerar melhores que os judeus que rejeitam a Cristo ("alguns dos ramos foram quebrados"; vs. 17). Especialmente pelo fato de que estes mesmos ramos podem ser enxertados mais uma vez (vs. 23).
Assim, Paulo quis evitar que os crentes gentios de Roma agissem arrogantemente com os judeus que tinham rejeitado Jesus. Na realidade, esses mesmos judeus podiam ter sido eleitos (os quais depois chegariam à fé); eles podiam ter sido endurecidos contra Cristo apenas temporariamente a fim de assegurar a salvação dos gentios (veja também os vs. 13-14).
Diante disso tudo, o sensato não é se gloriar, mas temer a Deus e dar-lhe glórias. Embora a réplica feita a Paulo no versículo 19 seja formalmente verdadeira, a quebra dos ramos judeus foi um ato do juízo justo de Deus sobre a incredulidade, e o enxerto dos gentios uma questão de graça e, portanto, de fé.
Ou seja, esse enxerto (vs. 19) não se baseou em nenhuma qualidade superior deles. O temor (uma reverência de espírito), e não a arrogância, é a resposta apropriada para a graça de Deus.
Os crentes gentios foram exortados a levar a sério a revelação do caráter de Deus nesses acontecimentos decorrentes de sua providência. O Senhor havia mostrado a eles muita bondade ao estender-lhes a oferta de salvação, mas a ameaça de ser cortado revelava sua severidade também.
O corte dos judeus incrédulos foi provocado pela incredulidade, e não porque os gentios fossem inerentemente mais bem qualificados para a vida na oliveira. Além disso, os crentes gentios não devem esquecer jamais que o evangelho veio primeiro para os judeus (1.16-17).
Dos vs. 25 ao 32, veremos que o conjunto compacto dos argumentos de Paulo nessa passagem tem sido entendido de, pelo menos, quatro modos diferentes:
(1)     Ele mostrou como Deus salva todos os que fazem parte do seu povo eleito. No versículo 26, "todo o Israel" é tomado basicamente como sinônimo de "a igreja”; isto é, um Israel espiritual, incluindo judeus e gentios.
(2)     O apóstolo mostrou como, ou a maneira na qual ("e, assim"; vs. 26), Deus salva aqueles em Israel que estão destinados para a salvação.
(3)     Paulo mostrou que Deus irá, no futuro, trazer uma salvação tão ampla ao povo judeu a ponto de se poder dizer que "todo o Israel será salvo" (vs. 26).
(4)     Ele se referia às circunstâncias imediatas de seu ministério no contexto da tensão entre judeus e gentios na igreja do século 1, e expressava particular preocupação acerca do fato de que os crentes gentios precisavam evangelizar os judeus incrédulos e acolher bem os novos convertidos.
Nesse cenário, considera-se que "todo o Israel" diz respeito a "todos os judeus eleitos" nos dias de Paulo - uma versão mais restrita do item (2), anteriormente citado.
Nos escritos de Paulo, e em geral no pensamento judaico, um "mistério" – vs. 25 - era um segredo divino, mas que agora era revelado (cf. 16.25).
O mistério era que um endurecimento em parte tinha vindo para Israel. Isso pode significar o endurecimento de um número limitado de judeus (todos, com exceção do remanescente) ou um endurecimento temporário ("até").
Isso até que houvesse entrado a plenitude dos gentios. Uma expressão que era usada raramente por Paulo, mas que aparece regularmente nos evangelhos para descrever a entrada na vida ou no reino de Deus (p. ex., Mc 9.47). Também pode ser uma referência específica ao enxerto citado nos versículos 17-24.
A promessa é grande para Israel – vs. 26 -, pois todo o Israel será salvo. Uma expressão crucial nesse ponto do argumento de Paulo, e cujo significado tem sido sujeito a muito debate.
Essa declaração pode ser entendida como apoio para o ponto de vista (1) da nota nos versículos 25-32 se "Israel" for interpretado num sentido diferente de seu uso normal nessa passagem (mas análogo ao argumento de Paulo em 4.12ss.; 9.24-26).
Em apoio aos pontos de vista (2) ou (4) da mesma nota, "todo o Israel" seria entendido como “todos os judeus eleitos" (análogo ao argumento do apóstolo em 9.6ss.; 11.1-5). Poderia também ser entendido como uma referência à nação em geral, como no item (3), citado anteriormente.
Ao citar Isaías “virá de Sião o Libertador”, o apóstolo Paulo substituiu a preposição original "a" por "de" (Is 59.20; a expressão hebraica pode também ser traduzida como "para Sião").
Talvez ela tenha sido influenciada pela interpretação do texto na Septuaginta (a tradução grega do AT), que a traduziu como "por causa de Sião", ou pelo SI 2.6 ("sobre... Sião"); 14.7 (“de Sião"), explicando-se, assim, uma passagem da Escritura à luz de toda a Escritura.
De Sião viria o Libertador que faria a sua aliança com eles quando removesse os seus pecados e isso aconteceu na morte e na ressureição de Cristo Jesus. Por isso, quanto ao evangelho, eles seriam inimigos por causa dos gentios; mas quanto à eleição, eles são amados por causa dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis – vs. 26-29.
O argumento de Paulo nos vs. 30 a 32 é concluído em forma de paralelo com 3.19-21, ressaltando que judeus e gentios estão unidos em duas coisas:
·         Na desobediência do pecado.
·         Na misericórdia oferecida por Deus.
A sabedoria e a soberania da graça divina estão demonstradas no modo em que os propósitos do Senhor estão cumpridos:
·         A desobediência dos judeus levou a misericórdia de Deus a alcançar os gentios.
·         Esta misericórdia divina para com os gentios, levará os judeus a receberem-na também.
Portanto, não há diferença - todos (judeus e gentios igualmente) pecaram (3.23), e Deus tem misericórdia de ambos (1.16).
Depois de entretecer os vários fios do seu argumento, nessa passagem – vs. 33 a 36 - o apóstolo Paulo passou a responder num estilo lírico, com uma canção de louvor, que alcançou a altura que corresponde à profundidade da preocupação que ele havia feito soar em 9.2-3.
As relações de Deus com judeus e gentios revelam a sua majestade, a qual está ricamente demonstrada (vs. 36):
·         Na sua vontade soberana (“dele").
·         Na sua ação soberana ("por meio dele").
·         Na sua glória soberana ("para ele").
Rm 11:1 Pergunto, pois:
terá Deus, porventura, rejeitado o seu povo?
De modo nenhum!
Porque eu também sou israelita
da descendência de Abraão,
da tribo de Benjamim.
Rm 11:2 Deus não rejeitou o seu povo,
a quem de antemão conheceu.
Ou não sabeis o que a Escritura refere a respeito de Elias,
como insta perante Deus contra Israel, dizendo:
Rm 11:3 Senhor, mataram os teus profetas,
arrasaram os teus altares,
e só eu fiquei,
e procuram tirar-me a vida.
Rm 11:4 Que lhe disse, porém, a resposta divina?
Reservei para mim sete mil homens,
que não dobraram os joelhos diante de Baal.
Rm 11:5 Assim, pois, também agora, no tempo de hoje,
sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.
Rm 11:6 E, se é pela graça,
já não é pelas obras;
do contrário, a graça já não é graça.
Rm 11:7 Que diremos, pois?
O que Israel busca,
isso não conseguiu;
mas a eleição o alcançou;
e os mais foram endurecidos,
Rm 11:8 como está escrito:
Deus lhes deu espírito de entorpecimento,
olhos para não ver
e ouvidos para não ouvir,
até ao dia de hoje.
Rm 11:9 E diz Davi:
Torne-se-lhes a mesa
em laço e armadilha,
em tropeço e punição;
Rm 11:10 escureçam-se-lhes os olhos,
para que não vejam,
e fiquem para sempre encurvadas as suas costas.
Rm 11:11 Pergunto, pois: porventura,
tropeçaram para que caíssem?
De modo nenhum!
Mas, pela sua transgressão,
veio a salvação aos gentios,
para pô-los em ciúmes.
Rm 11:12 Ora, se a transgressão deles
redundou em riqueza para o mundo,
e o seu abatimento,
em riqueza para os gentios,
quanto mais a sua plenitude!
Rm 11:13 Dirijo-me a vós outros, que sois gentios!
Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios,
glorifico o meu ministério,
Rm 11:14 para ver se, de algum modo,
posso incitar à emulação os do meu povo
e salvar alguns deles.
Rm 11:15 Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados
trouxe reconciliação ao mundo,
que será o seu restabelecimento,
senão vida dentre os mortos?
Rm 11:16 E, se forem santas as primícias da massa,
igualmente o será a sua totalidade;
se for santa a raiz,
também os ramos o serão.
Rm 11:17 Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados,
e tu, sendo oliveira brava,
foste enxertado em meio deles
e te tornaste participante da raiz
e da seiva da oliveira,
Rm 11:18 não te glories contra os ramos;
porém, se te gloriares,
sabe que não és tu que sustentas a raiz,
mas a raiz, a ti.
Rm 11:19 Dirás, pois:
Alguns ramos foram quebrados,
                para que eu fosse enxertado.
Rm 11:20 Bem! Pela sua incredulidade,
foram quebrados;
tu, porém, mediante a fé,
estás firme.
Não te ensoberbeças,
mas teme.
Rm 11:21 Porque, se Deus não poupou
os ramos naturais,
também não te poupará.
Rm 11:22 Considerai, pois,
a bondade
e a severidade de Deus:
para com os que caíram,
severidade;
mas, para contigo,
a bondade de Deus,
se nela permaneceres;
doutra sorte,
também tu serás cortado.
Rm 11:23 Eles também,
se não permanecerem na incredulidade,
serão enxertados;
pois Deus é poderoso para os enxertar de novo.
Rm 11:24 Pois, se foste cortado da que,
por natureza, era oliveira brava
e, contra a natureza,
enxertado em boa oliveira,
quanto mais não serão enxertados
na sua própria oliveira
aqueles que são ramos naturais!
Rm 11:25 Porque não quero, irmãos,
que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos
em vós mesmos):
que veio endurecimento em parte a Israel,
até que haja entrado a plenitude dos gentios.
Rm 11:26 E, assim, todo o Israel será salvo,
como está escrito:
Virá de Sião o Libertador
e ele apartará de Jacó as impiedades.
Rm 11:27 Esta é a minha aliança
com eles, quando eu tirar
os seus pecados.
Rm 11:28 Quanto ao evangelho,
são eles inimigos por vossa causa;
quanto, porém, à eleição,
amados por causa dos patriarcas;
Rm 11:29 porque os dons
e a vocação de Deus são irrevogáveis.
Rm 11:30 Porque assim como vós também,
outrora, fostes desobedientes a Deus,
mas, agora, alcançastes misericórdia,
à vista da desobediência deles,
Rm 11:31 assim também estes,
agora, foram desobedientes,
para que, igualmente, eles alcancem misericórdia,
à vista da que vos foi concedida.
Rm 11:32 Porque Deus a todos encerrou na desobediência,
a fim de usar de misericórdia para com todos.
Rm 11:33 Ó profundidade da riqueza,
tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus!
Quão insondáveis são os seus juízos,
e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
Rm 11:34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi o seu conselheiro?
Rm 11:35 Ou quem primeiro deu a ele
para que lhe venha a ser restituído?
Rm 11:36 Porque dele,
e por meio dele,
e para ele
são todas as coisas.
A ele, pois,
a glória eternamente.
Amém!
Todos foram encerrados na desobediência para que Deus usasse de sua misericórdia, igualmente, com todos!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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