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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Lucas 5.1-39- JESUS SE ALEGRA TANTO COM A SALVAÇÃO DE UM PECADOR

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 5, parte III.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50) - continuação.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o ministério público de Jesus na Galileia.
Para melhor compreendermos os detalhes desta parte, dividimos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em Nazaré (4.14-30) – já vimos; B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – continuaremos a ver; C. A escolha dos doze (6.12-16); D. O sermão na planície (6.17-49); E. Curas milagrosas (7.1-17); F João Batista (7.18-35); G. Jesus e uma mulher (7.36-50); H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56); e, I. Jesus prepara os doze (9.1-50).
Uma breve síntese do capítulo 5 de Lucas.
Com tantos barcos a escolher, Jesus escolhe o barco de Pedro. Bem poderia Pedro, estando cansado de pescar toda a noite e nada encontrar, ter dado um fora em Jesus, mas não, acudiu a ele e fez exatamente o que ele queria.
Afastou o barco um pouco e ao invés de vermos ele trovejando, gritando, vibrando os seus braços, senta-se tranquilo e começa a falar ensinando o povo. Interessante que Jesus me parecia alguém muito calmo e tranquilo. Ao fim de sua prédica, reconhecendo o cansaço e a frustração da pesca dá uma dica a Pedro.
Pedro conhecia a sua profissão e era especialista em pesca, mesmo assim, deu créditos a quem lhe falava e apanharam tanto peixe que nem vizinhos podiam ajudar ou as redes suportarem. Pedro não teve dúvidas de crer estar diante de alguém muito importante e pediu que se afastasse por ser ele pecador.
Jesus se agradou dele e o transformou em pescador de homens. Ali o resultado daquela grande pescaria não foram as multidões de peixe pescados, mas um só: Pedro!
Depois disso, Jesus cura um leproso que roga por sua cura e é atendido. Se queres... Jesus disse: - Eu quero! Interessante esta cura da lepra. Quem tem problemas de saúde, procurará por alívio daquilo e, se possível, a cura. Deus nos proporciona o tratamento quer pela medicina, quer pelos medicamentos, quer pela natureza, quer pelo seu poder, quer pelos que ele tem enviado a exercerem a cura.
Depois Jesus cura um paralítico cujos amigos demonstraram muita fé ao aproximá-los de Jesus de forma inusitada. Elogiou-lhes a fé! A fé e a demonstração da fé genuína diante de Deus sempre será correspondida por Deus. Quando Jesus vai tratar de sua paralisia, ele fala do perdão que estaria concedendo àquele paralítico.
Aquilo foi demais para eles que viviam presos em seu mundo de prisão. Não entenderam nada do que Jesus dizia e fazia por causa de seus corações comprometidos com sua própria religiosidade.
Agora, iremos ver com maiores detalhes, com a boa ajuda da BEG.
B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, os ensinamentos e milagres de Jesus.
Eles queriam ouvir a palavra de Deus - o que provinha de Deus e falava de Deus - e Jesus reunia as credenciais de um excelente pregador e o povo sabia disso, por isso procuravam por ele que estava junto ao lago de Genesaré.
Lucas sempre se refere a essa massa de água como um lago, porém os outros escritores dos Evangelhos o chamam de "mar da Galileia" (Genesaré só ocorre aqui).
Para facilitar as coisas, Jesus resolveu entrar num barco cujos pescadores tinham descido para lavavam as redes. Após cada retorno dos pescadores, as redes eram verificadas, remendadas e lavadas para a pesca seguinte. Os barcos não estavam em uso nesse momento, por isso Jesus utilizou o barco de Simão para fugir da pressão da multidão.
Dali, Jesus pode ministrar a multidão e tendo concluído disse para Pedro que voltasse ao mar alto para lançar a rede novamente para pescar. Pedro responde se referindo a ele como Mestre. Essa palavra é utilizada somente por Lucas e sempre em referência a Jesus. Em termos gerais, refere-se a qualquer pessoa com autoridade.
Pedro comunica a Jesus que faria o que ele pedia, mas por pura fé, pois devido sua experiência e tino de pescador, o mar não estava para peixe.
Pedro obedeceu e lançou a sua rede que ficou tão repleta que teve de chamar todos ao seu lado para o ajudarem, pois havia o perigo real da rede ceder com o peso de tantos peixes.
Simão Pedro não resistiu e inclinou-se diante de Jesus e disse para ele se afastar dele, pois que era pecador. Pedro conhecia muito bem o ofício de pescador e esse acontecimento milagroso o colocou na presença de Deus, onde reconheceu a sua natureza pecaminosa (cf. Gn 18.27; Jó 42.6; Is 6.5).
Jesus, então, completa a obra na vida de Pedro e o chama para o ministério e este, prontamente, se dispôs a segui-lo. Os barcos, as pescas, sua empresa e negócios ficaram ali, na praia, onde certamente havia alguém que deles cuidassem.
Ato contínuo, surge no caminho deles um homem cheio de lepra. Muitas doenças com diferentes graus de severidade e prognóstico eram diagnosticadas como "lepra". Em sua forma mais grave, além de ser considerada uma moléstia que tornava a pessoa cerimonialmente impura, causava desfiguração e levava à morte. A única defesa conhecida nessa época era isolar o doente.
O leproso vendo a Jesus, prostrou-se sobre o rosto e rogou-lhe para curá-lo dizendo que se ele quisesse, seria curado. Jesus foi rápido e preciso: “Quero, sê limpo” – vs. 13. Imediatamente, foi limpo o que tivera lepra, mas Jesus ordenou a ele que não dissesse isso a ninguém, mas fosse a um sacerdote. O sacerdote iria certificar-se de que a lepra havia sido curada, e também faria o sacrifício apropriado para a situação (Lv 14).
No entanto, sua fama crescia assustadoramente e ajuntava-se a ele mais e mais multidões para ouvi-lo e para poderem ser curadas de suas enfermidades. A sua atitude, porém, era se retirar para os desertos e ali orar a Deus. Jesus, de fato, eram homem de oração.
Houve um daqueles dias em que Jesus estava ali ensinando, pregando e curando na presença de doutores da lei e de fariseus.
Quanto aos fariseus, Josefo estimou que havia mais de seis mil fariseus nesses dias. Estes se viam como "separados" por Deus e procuravam servi-lo da melhor maneira possível. Muitos eram piedosos, mas a ênfase em atos de justiça externos, bem como certos tabus, fazia com que se tornassem rígidos e formais. Foram eles que se opuseram vigorosamente a Jesus.
Já os mestres da Lei eram os escribas, cujo trabalho era principalmente estudar a lei de Deus; muitos eram também fariseus.
Jesus estava cercado de visitas e lá estava ele no meio da casa e todas as portas e janelas estavam ocupadas. Quem quisesse se aproximar dele, ali, teria de se virar e muito.
O grupo que conduzia um paralítico resolveu ir a Jesus custasse o que custasse. Eles não enxergaram problemas, mas viram a oportunidade por onde ninguém jamais teria visto. Pelo telhado da casa, abrindo nela um buraco, desceram um paralítico em sua cama, bem onde Jesus estava.
O eirado das casas daquela época possuíam telhado plano, com escadas externas que lhe davam acesso.
Vendo-lhes a fé - além da fé do paralítico, Jesus incluiu a fé dos homens que o haviam levado -, Jesus não resistiu e logo tratou de oferecer a ele o que ele mais precisava, que também seria na vida daqueles fariseus e doutores da lei um golpe certeiro contra suas crenças equivocadas.
Eles perguntavam entre si quem seria aquele que tinha poder para liberar perdão de pecados. Jesus uniu o poder do perdão ao poder para curar (já falamos disso em Mt 9.1-8 e Mc 2.1-12). Também se identificou como o Filho do Homem. Era a autodesignação preferida de Jesus, usada mais de oitenta vezes nos Evangelhos e quase sempre pelo próprio Jesus. Refere-se a sua origem celestial e sua vocação (Dn 7.13-14).
Depois disso, passando Jesus viu um publicano chamado Levi, assentado na recebedoria, ou seja trabalhando. Também ele Jesus convidou e este prontamente aceitou e passo a segui-lo, deixando tudo. Levi pode ter, literalmente, saído nesse exato momento, deixando os registros e o dinheiro no posto; ou, a frase pode indicar que ele abandonou de modo definitivo o seu ofício de cobrador de impostos.
Levi ficou tão feliz que resolveu fazer um banquete em sua casa, mas os invejosos dos fariseus e dos mestres da lei estavam procurando algo para poderem manchar a honra de Jesus. Os fariseus estavam do lado de fora, uma vez que consideravam que compartilhar uma refeição com pecadores era um ato especialmente desonroso.
Eles não conseguiam enredá-lo em suas tramas e a cada argumento que levantavam, Jesus mostrava a eles o verdadeiro sentido da lei, das cerimônias e tradições.
O único jejum exigido pela Lei era aquele ordenado para o Dia da Expiação, mas o povo jejuava em outras ocasiões (p. ex., Zc 7.3,5). Jesus não ordenou o jejum, embora ele mesmo tenha jejuado (Lc 4.2) e permitido essa prática entre os seus seguidores (Mt 6.16-18).
Em seguida conta-lhes uma parábola e nela explica suas razões, mas eles ficam perdidos. Um remendo novo numa roupa velha iria arruinar ambos: o novo se perde, porque o remendo tirado do tecido novo o deixaria danificado; e o velho, porque o remendo novo não combina. Colocar vinho novo em odres velhos faz com que a fermentação cause a ruptura do odre, e assim se perca tanto o odre quanto o vinho.
Lc 5:1 Aconteceu que,
ao apertá-lo a multidão
para ouvir a palavra de Deus,
estava ele junto ao lago de Genesaré;
Lc 5:2 e viu dois barcos junto à praia do lago;
mas os pescadores,
havendo desembarcado,
lavavam as redes.
Lc 5:3 Entrando em um dos barcos,
que era o de Simão,
pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia;
e, assentando-se,
ensinava do barco as multidões.
Lc 5:4 Quando acabou de falar, disse a Simão:
Faze-te ao largo,
e lançai as vossas redes para pescar.
Lc 5:5 Respondeu-lhe Simão:
Mestre, havendo trabalhado toda a noite,
nada apanhamos,
mas sob a tua palavra lançarei as redes.
Lc 5:6 Isto fazendo,
apanharam grande quantidade de peixes;
e rompiam-se-lhes as redes.
Lc 5:7 Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco,
para que fossem ajudá-los.
E foram e encheram ambos os barcos,
a ponto de quase irem a pique.
Lc 5:8 Vendo isto, Simão Pedro
prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo:
Senhor, retira-te de mim,
porque sou pecador.
Lc 5:9 Pois, à vista da pesca que fizeram,
a admiração se apoderou dele
e de todos os seus companheiros,
Lc 5:10 bem como de Tiago e João,
filhos de Zebedeu, que eram seus sócios.
Disse Jesus a Simão:
Não temas;
doravante serás pescador de homens.
Lc 5:11 E, arrastando eles os barcos sobre a praia,
deixando tudo,
o seguiram.
Lc 5:12 Aconteceu que,
estando ele numa das cidades,
veio à sua presença um homem coberto de lepra;
ao ver a Jesus,
prostrando-se com o rosto em terra, suplicou-lhe:
Senhor, se quiseres, podes purificar-me.
Lc 5:13 E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo:              
Quero, fica limpo!
E, no mesmo instante,
lhe desapareceu a lepra.
Lc 5:14 Ordenou-lhe Jesus
que a ninguém o dissesse, mas vai, disse,
mostra-te ao sacerdote e oferece,
pela tua purificação,
o sacrifício que Moisés determinou,
para servir de testemunho ao povo.
Lc 5:15 Porém o que se dizia a seu respeito
cada vez mais se divulgava,
e grandes multidões afluíam
para o ouvirem e serem curadas de suas enfermidades.
Lc 5:16 Ele, porém,
se retirava para lugares solitários
e orava.
Lc 5:17 Ora, aconteceu que,
num daqueles dias, estava ele ensinando,
e achavam-se ali assentados fariseus e mestres da Lei,
vindos de todas as aldeias da Galiléia, da Judéia
e de Jerusalém.
E o poder do Senhor
estava com ele para curar.
Lc 5:18 Vieram, então, uns homens
trazendo em um leito um paralítico;
e procuravam introduzi-lo
e pô-lo diante de Jesus.
Lc 5:19 E, não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão,
subindo ao eirado,
o desceram no leito, por entre os ladrilhos,
para o meio, diante de Jesus.
Lc 5:20 Vendo-lhes a fé,
Jesus disse ao paralítico:
Homem, estão perdoados os teus pecados.
Lc 5:21 E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo:
Quem é este que diz blasfêmias?
Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
Lc 5:22 Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes:
Que arrazoais em vosso coração?
Lc 5:23 Qual é mais fácil, dizer:
Estão perdoados os teus pecados ou:
Levanta-te e anda?
Lc 5:24 Mas, para que saibais que o Filho do Homem
tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados
- disse ao paralítico:
Eu te ordeno:
Levanta-te,
toma o teu leito
e vai para casa.
Lc 5:25 Imediatamente,
se levantou diante deles
e, tomando o leito
em que permanecera deitado,
voltou para casa,
glorificando a Deus.
Lc 5:26 Todos ficaram atônitos,
davam glória a Deus
e, possuídos de temor, diziam:
Hoje, vimos prodígios.
Lc 5:27 Passadas estas coisas,
saindo, viu um publicano, chamado Levi, assentado na coletoria,
e disse-lhe:
Segue-me!
Lc 5:28 Ele se levantou
e, deixando tudo,
o seguiu.
Lc 5:29 Então, lhe ofereceu Levi
um grande banquete em sua casa;
e numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa.
Lc 5:30 Os fariseus e seus escribas
murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando:
Por que comeis e bebeis com os publicanos e pecadores?
Lc 5:31 Respondeu-lhes Jesus:
Os sãos não precisam de médico,
e sim os doentes.
Lc 5:32 Não vim chamar justos,
e sim pecadores, ao arrependimento.
Lc 5:33 Disseram-lhe eles:
Os discípulos de João e bem assim os dos fariseus
freqüentemente jejuam
e fazem orações;
os teus, entretanto,
comem e bebem.
Lc 5:34 Jesus, porém, lhes disse:
Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento,
enquanto está com eles o noivo?
Lc 5:35 Dias virão, contudo,
em que lhes será tirado o noivo;
naqueles dias, sim,
jejuarão.
Lc 5:36 Também lhes disse uma parábola:
Ninguém tira um pedaço de veste nova
e o põe em veste velha; pois rasgará a nova,
e o remendo da nova não se ajustará
à velha.
Lc 5:37 E ninguém põe vinho novo em odres velhos,
pois o vinho novo romperá os odres;
entornar-se-á o vinho,
e os odres se estragarão.
Lc 5:38 Pelo contrário,
vinho novo
deve ser posto em odres novos
[e ambos se conservam].
Lc 5:39 E ninguém,
tendo bebido o vinho velho,
prefere o novo;
porque diz:
O velho é excelente.
Aqui está Jesus na casa de Levi e os fariseus e os escribas estão indignados com isso. A nossa religiosidade quando extremada perde o seu foco em rituais tolos que não refletem a verdade, a justiça e o amor de Deus. Jesus enxergou a salvação de Levi e se alegrou; eles, enxergaram quebras de regras e leis e se indignaram.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Lucas 4 1-44- JESUS IA PREGANDO O EVANGELHO

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 4, parte II.
II. PREPARAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.5-4.13) – continuação.
Como já dissemos, veremos até o capítulo 4, verso 13, que Lucas registrou acontecimentos importantes antes do início do ministério público de Jesus; salientou que os papéis de João e de Jesus estavam interligados, e que Deus estava intervindo para trazer salvação a seu povo.
Destarte, essa segunda parte, conforme a BEG, foi dividida em três: A. Duas mães, duas crianças (1.5-2.52) – já vimos; B. O ministério de João como o precursor (3.1-20) – já vimos; e, C. A iniciação de Jesus (3.21-4.13) – veremos agora.
Uma breve síntese deste capítulo.
Jesus estava sendo tentado no deserto. Quem o conduziu até lá foi o Espírito Santo e dele, Jesus estava cheio. O diabo se lhe opôs e tinha esperança de apanhá-lo, mas nada conseguiu. Sua poderosa arma (uma espada afiada de dois gumes) mostrou sua força e nos ensinou a vencer o diabo quando este vier nos atacar com seus ardis.
Se não fosse a poderosa arma que Jesus carregava, a salvação não teria alcançado os homens. Em primeiro lugar não foi Jesus que foi ao deserto, mas foi o Espírito Santo que o conduziu. Então estando cheio do Espírito Santo e guiados por ele não haverá lugar que ele nos leve que trará ruínas à glória de Deus.
Em segundo lugar, Jesus estava cheio do Espírito Santo! E como é que ficamos cheios do Espírito Santo? Vejamos o que nos diz Paulo sobre isso em sua Epístola aos Efésios: “Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, Efésios 5:19 falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, Efésios 5:20 dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Efésios 5:21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.”
Em terceiro lugar, Jesus usou a Espada do Espírito, a Palavra de Deus e não sua inteligência, capacidade, razão, sentimentos. Nos três ataques, sua resposta foi “ESTÁ ESCRITO”.
Também Jesus depois curou, pregou, ensinou, expulsou demônios e todos se admiraram de sua doutrina por que falava com autoridade e poder.
Vejamos os fatos em maiores detalhes, com a boa ajuda da BEG.
C. A iniciação de Jesus (3.21-4.13) - continuação.
Como dissemos, estamos vendo até o verso 13, deste, a iniciação de Jesus em seu ministério.
O fato de Jesus estar cheio do Espírito Santo e ser guiado pelo Espírito demonstra que a tentação ocorreu dentro do plano de Deus. Exatamente no início do seu ministério, Jesus enfrentou a questão sobre que tipo de Messias que ele seria.
Assim, ele passou 40 dias no deserto em jejum. Elias e Moisés, os mesmos que junto com ele aparecem no monte da transfiguração, também jejuaram por 40 dias seguidos. Depois dos 40 dias, teve fome.
Dos versos 3 ao 13, veremos Satanás procurando desviar Jesus de sua missão divina. Ao obter vitória sobre Satanás, Jesus desarmou o valente e conquistou os seus despojos (11.21-22). O relato de Lucas enfatiza o paralelo entre a experiência de Jesus na tentação e a experiência da antiga Israel no deserto.
Jesus foi tentado por quarenta dias no deserto, enquanto Israel perambulou por quarenta anos no deserto (Nm 14.34). Todavia, a diferença no resultado final é crucial: Jesus foi obediente ao Pai, enquanto Israel não conseguiu passar no seu teste de obediência.
Jesus venceu o diabo apenas com a Bíblia e esta, sendo usada de forma correta, pois que no ataque de Satanás contra ele, até a Bíblia, ele usou.
A sua primeira tentação aqui foi aquela relacionada à sua necessidade básica de alimento e o poder de Deus. O diabo o provoca a usar o poder de Deus para transformar pedras em pães, mas Jesus usa a palavra de Deus para vencê-lo.
A segunda tentação – vs. 5 a 8 - em que o diabo o leva a um alto monte e lhe mostra por um tempo todos os reinos do mundo aparece por último – como a terceira - no relato de Mateus, e não sabemos a razão para essa inversão de ordem. A tentação tinha o objetivo de levar Jesus a estabelecer um poderoso império mundial, mas ao custo de adorar a Satanás.
Jesus rejeitou essa tentação citando as Escrituras (Dt 6.13). Satanás podia lhe oferecer as nações gentias porque detinha poder e influência sobre elas, especialmente por meio da idolatria (Dn 10.13,20). Contudo, uma das tarefas principais de Jesus era justamente quebrar esse poder e influência de Satanás sobre essas nações (veja Ap 20.1-3).
Também o diabo o levou ao pináculo do templo para desafiá-lo a realizar um grande sinal para todos verem. Pode ter sido no topo do muro que dava para o vale de Cedrom, ou talvez na parte mais alta da estrutura do templo. De qualquer modo, aqui Jesus foi tentado a realizar um milagre público para demonstrar o seu poder, porém novamente ele respondeu com uma citação das Escrituras (Dt 6.16).
Essa tentação relembra a experiência de Israel no deserto; porém, Jesus não se rebelou contra Deus, como havia feito a sua nação: embora Israel tenha falado, Jesus foi vencedor e, assim, cumpriu toda a justiça.
Acabadas as tentações, o diabo se ausentou por um tempo – vs. 13.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50).
Lucas descreveu muitos acontecimentos por ocasião do ministério de Jesus na região da Galileia, registrando que Jesus anunciou o seu ministério de proclamação do ano aceitável do Senhor (4.19).
Lucas, que era gentio, escreveu sobre esses acontecimentos visando demonstrar o profundo interesse de Jesus não apenas pelos judeus da Judeia, mas também pelos judeus de todas as tribos, bem como pelos gentios.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o ministério público de Jesus na Galileia. Lucas relata que Jesus, depois de ter passado no teste do deserto, foi ministrar na Galileia, uma região conhecida por ser habitada por muitos gentios. O extenso ministério de Jesus nessa região indica que o seu reino não era somente para os judeus, mas também incluía os gentios.
Para melhor compreendermos os detalhes desta parte, dividiremos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em Nazaré (4.14-30) – veremos agora; B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – começaremos a ver agora; C. A escolha dos doze (6.12-16); D. O sermão na planície (6.17-49); E. Curas milagrosas (7.1-17); F João Batista (7.18-35); G. Jesus e uma mulher (7.36-50); H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56); e, I. Jesus prepara os doze (9.1-50).
A. O sermão em Nazaré (4.14-30).
Do 14 ao 30, veremos o seu sermão em Nazaré. Dos quatro Evangelhos, apenas Lucas registra esse acontecimento. O anúncio de Jesus, dizendo, ter vindo para "evangelizar" (vs. 18), foi particularmente importante para Lucas, por causa do conteúdo desse evangelho.
Evidentemente, Jesus não retornou imediatamente para Nazaré. Mt 4.12 parece sugerir que ele voltou para a Galileia depois da prisão de João, e Jo 3.23-24 sugere que transcorreu algum tempo entre o batismo de Jesus e a prisão de João. Durante esse tempo, Jesus pode ter ministrado na Judeia.
Além disso, parece que ele visitou outras cidades na Galileia antes de retornar para Nazaré. Seu ministério foi extenso o suficiente para que as notícias sobre ele se espalhassem pela região antes que ele voltasse para Nazaré.
Dos versos 16 ao 21, veremos Jesus pregando em Nazaré, mas sendo rejeitado. Esse é o relato mais antigo que se conhece sobre um culto numa sinagoga.
É improvável que houvesse leituras pré-fixadas; Jesus ou o dirigente da sinagoga pode ter escolhido a passagem de Is 61.1-2; 58.6. Na sinagoga, era costume a assembleia se levantar para a leitura e sentar-se para ouvir o sermão. A passagem escolhida demonstra a grande preocupação de Jesus pelos pobres.
O evangelho (ou as boas-novas) que Jesus proclamou foi citado de Is 61.1-2, uma passagem que profetiza o fim glorioso do exílio de Israel. Jesus declarou que ele era o começo do fim do exílio de Israel.
Esse relato da rejeição em Nazaré, apresentado logo no início do ministério de Jesus, salienta certas características do seu ministério:
(1)      A atitude de deslumbramento das pessoas, combinando descrença persistente com rejeição (vs. 22,28).
(2)      Seu ministério como cumprimento da Escritura (vs. 21).
(3)      Sua preocupação com os pobres e oprimidos (vs. 18-19).
(4)      Seu empenho extremo para incluir os gentios como povo de Deus (vs. 26-27).  
B. Ensinamentos e milagres (4.31-6.11).
A partir do verso 31 até o capítulo 6, veremos os ensinamentos e milagres de Jesus. Lucas registra certos acontecimentos milagrosos intercalados com os ensinamentos de Jesus.
Todos os Evangelhos seguem esse padrão porque os ensinamentos e os milagres de Jesus se apoiam e se explicam mutuamente. Como Messias, Jesus não apenas ensinou a verdade, mas também trouxe redenção ao seu povo, como ficou demonstrado em seus milagres.
Na cidade de Cafarnaum, na Galileia, ele começou a ensinar o povo num sábado.
Todos se admiravam dele porque em seu ensino havia autoridade. Em contraste com os fariseus e escribas, que apelavam para as tradições e os mestres do passado, Jesus não citava nenhuma autoridade. Essa discordância em relação ao modelo praticado pelos escribas maravilhava as pessoas.
Não demorou muito para ali se manifestar um homem possesso que gritava muito e chamava a atenção de todos. Esse demônio foi exorcizado no sábado. O Evangelho de Lucas relata cinco exorcismos e curas que Jesus realizou no sábado (aqui; v. 38; 6.6; 13.14; 14.1), comparado com apenas dois registrados em João ((o 5.8-9; 9.14).
Há poucos casos de possessão demoníaca tanto no Antigo como no Novo Testamento, com exceção dos Evangelhos. Nas Escrituras, essas possessões são descritas como a oposição do mal para impedir a vinda do Filho de Deus.
O demônio reconheceu Jesus como "o Santo de Deus", um termo que designa o relacionamento especial de Jesus com Deus e com o poder do Espírito (Jo 6.69). O Evangelho de Lucas esclarece que parte da missão de Jesus era derrotar os poderes do mal.
Depois disso, desse breve diálogo entre o demônio e Jesus, Jesus o expulsa e todos se maravilham disso, pois ele dava ordens com autoridade e poder e os demônios saiam. Sua fama, então, cresceu muito.
Mateus e Marcos registram esse milagre da sogra de Simão, mas somente Lucas menciona a febre alta, possivelmente uma indicação do interesse de Lucas pela medicina. A repreensão da febre pode indicar que Jesus percebeu, de algum modo, a atuação de Satanás.
Assim que curada, cobrou ânimo e passou a servi-los. O pessoal que estava ali não perdeu tempo e trouxeram a Jesus muitos doentes e Jesus, pacientemente, impondo as suas mãos sobre cada um deles, trouxe-lhes cura e alívio.
Também de muitas pessoas saiam espíritos imundos gritando que Jesus érea o Filho de Deus! Novamente, são os demônios que percebem que Jesus é o Filho de Deus. Talvez o povo visse Jesus apenas como mais um homem, mas as forças do mal o reconheciam como o Filho de Deus.
Eles sabiam que ele era o Cristo. Um termo grego que traduz a palavra hebraica mashiach, que significa "o ungido" (isto é, separado por Deus para um serviço especial). Jesus não queria essa publicidade deles, por isso os repreendia e os advertia a ficarem em silêncio.
Jesus era muito requisitado pela multidão sofredora. Ao romper do dia, Jesus tinha ido para um lugar solitário, mas as multidões o procuravam, e, quando chegavam até onde ele estava, insistiam que não as deixasse.
Jesus então lhes explicava que era necessário ir. Essa frase indicava a compulsão divina de Jesus pela sua missão: o reino era o mais importante. Aqui, no verso 43, encontramos a primeira menção que Lucas fez do reino de Deus, um dos assuntos mais frequentes de Jesus. O capítulo termina com Jesus continuando com suas pregações nas sinagogas da Judéia.
Lc 4:1 Jesus,
cheio do Espírito Santo,
voltou do Jordão
e foi guiado pelo mesmo Espírito,
no deserto,
Lc 4:2 durante quarenta dias,
sendo tentado pelo diabo.
Nada comeu naqueles dias,
ao fim dos quais teve fome.
Lc 4:3 Disse-lhe, então, o diabo:
Se és o Filho de Deus,
manda que esta pedra se transforme em pão.
Lc 4:4 Mas Jesus lhe respondeu:
Está escrito:
Não só de pão viverá o homem.
Lc 4:5 E,
elevando-o,
mostrou-lhe, num momento,
todos os reinos do mundo.
Lc 4:6 Disse-lhe o diabo:
Dar-te-ei toda esta autoridade
e a glória destes reinos,
porque ela me foi entregue,
e a dou a quem eu quiser.
Lc 4:7 Portanto, se prostrado me adorares,
toda será tua.
Lc 4:8 Mas Jesus lhe respondeu:
Está escrito:
Ao Senhor, teu Deus, adorarás
e só a ele darás culto.
Lc 4:9 Então, o levou a Jerusalém,
e o colocou sobre o pináculo do templo, e disse:
Se és o Filho de Deus,
atira-te daqui abaixo;
Lc 4:10 porque está escrito:
Aos seus anjos ordenará a teu respeito
que te guardem;
Lc 4:11 e: Eles te susterão nas suas mãos,
para não tropeçares nalguma pedra.
Lc 4:12 Respondeu-lhe Jesus:
Dito está:
Não tentarás o Senhor, teu Deus.
Lc 4:13 Passadas que foram as tentações de toda sorte,
apartou-se dele o diabo,
até momento oportuno.
Lc 4:14 Então,
Jesus, no poder do Espírito,
regressou para a Galiléia,
e a sua fama correu por toda a circunvizinhança.
Lc 4:15 E ensinava nas sinagogas,
sendo glorificado por todos.
Lc 4:16 Indo para Nazaré,
onde fora criado,
entrou, num sábado, na sinagoga,
segundo o seu costume,
e levantou-se para ler.
Lc 4:17 Então,
lhe deram o livro do profeta Isaías,
e, abrindo o livro,
achou o lugar onde estava escrito:
Lc 4:18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu
para evangelizar os pobres;
enviou-me
para proclamar libertação aos cativos
e restauração da vista aos cegos,
para pôr em liberdade os oprimidos,
Lc 4:19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.
Lc 4:20 Tendo fechado o livro,
devolveu-o ao assistente
e sentou-se;
e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele.
Lc 4:21 Então,
passou Jesus a dizer-lhes:
Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.
Lc 4:22 Todos lhe davam testemunho,
e se maravilhavam das palavras de graça que lhe saíam dos lábios,
e perguntavam:
Não é este o filho de José?
Lc 4:23 Disse-lhes Jesus:
Sem dúvida, citar-me-eis este provérbio:
Médico, cura-te a ti mesmo;
tudo o que ouvimos ter-se dado em Cafarnaum,
faze-o também aqui na tua terra.
Lc 4:24 E prosseguiu:
De fato, vos afirmo que nenhum profeta é bem recebido
na sua própria terra. Lc
4:25 Na verdade vos digo que muitas viúvas
havia em Israel no tempo de Elias,
quando o céu se fechou por três anos e seis meses,
reinando grande fome em toda a terra;
Lc 4:26 e a nenhuma delas foi Elias enviado,
senão a uma viúva de Sarepta de Sidom.
Lc 4:27 Havia também muitos leprosos em Israel
nos dias do profeta Eliseu,
e nenhum deles foi purificado,
senão Naamã, o siro.
Lc 4:28 Todos na sinagoga,
ouvindo estas coisas,
se encheram de ira.
Lc 4:29 E, levantando-se,
expulsaram-no da cidade
e o levaram até ao cimo do monte
sobre o qual estava edificada,
para, de lá, o precipitarem abaixo.
Lc 4:30 Jesus, porém,
passando por entre eles,
retirou-se.
Lc 4:31 E desceu a Cafarnaum,
cidade da Galiléia,
e os ensinava no sábado.
Lc 4:32 E muito se maravilhavam da sua doutrina,
porque a sua palavra era com autoridade.
Lc 4:33 Achava-se na sinagoga
um homem possesso de um espírito de demônio imundo,
e bradou em alta voz:
Lc 4:34 Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno?
Vieste para perder-nos?
Bem sei quem és:
o Santo de Deus!
Lc 4:35 Mas Jesus o repreendeu, dizendo:
Cala-te
e sai deste homem.
O demônio,
depois de o ter lançado por terra no meio de todos,
saiu dele sem lhe fazer mal.
Lc 4:36 Todos ficaram grandemente admirados
e comentavam entre si, dizendo:
Que palavra é esta, pois,
com autoridade e poder,
ordena aos espíritos imundos,
e eles saem?
Lc 4:37 E a sua fama corria
por todos os lugares da circunvizinhança.
Lc 4:38 Deixando ele a sinagoga,
foi para a casa de Simão.
Ora, a sogra de Simão achava-se enferma,
com febre muito alta;
e rogaram-lhe por ela.
Lc 4:39 Inclinando-se ele para ela,
repreendeu a febre,
e esta a deixou;
e logo se levantou,
passando a servi-los.
Lc 4:40 Ao pôr-do-sol,
todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam;
e ele os curava,
impondo as mãos sobre cada um.
Lc 4:41 Também de muitos saíam demônios,
gritando e dizendo:
Tu és o Filho de Deus!
Ele, porém, os repreendia para que não falassem,
pois sabiam ser ele o Cristo.
Lc 4:42 Sendo dia,
saiu e foi para um lugar deserto;
as multidões o procuravam,
e foram até junto dele,
e instavam para que não os deixasse.
Lc 4:43 Ele, porém, lhes disse:
É necessário que eu anuncie
o evangelho do reino de Deus
também às outras cidades,
pois para isso
é que fui enviado.
Lc 4:44 E pregava
nas sinagogas da Judéia.
Que tal apanhar as palavras de Jesus em Lucas 4:43-44 e assumi-las como nossas e de todos os crentes vivos na face da terra? “É necessário que eu [Pr. Daniel Deusdete – você coloca o seu nome aqui] pregue as boas novas do Reino de Deus noutras cidades também, porque para isso fui enviado". E continuava pregando em todo lugar.”.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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