A primeira epístola de Pedro foi escrita
para encorajar os cristãos perseguidos e confusos a permanecerem unidos e
firmes na fé. Estamos vendo o capítulo 1/5.
Breve
síntese do capítulo 1.
Começamos com Pedro agora e ele nos afirma ao final deste capítulo qual
a palavra que nos foi evangelizada. Você sabe qual foi essa palavra?
Pedro escreveu esta epístola para encorajar os cristãos perseguidos e
confusos a fim de que permanecessem unidos e firmes na fé. Nesta epístola ele
apresenta ou se pode notar como verdades fundamentais:
Os cristãos têm o maravilhoso
privilégio de ver a grande salvação de Deus em Cristo.
O privilégio da salvação traz consigo
diversas responsabilidades importantes.
Os cristãos devem ser santos, amar
profundamente uns aos outros e consagrarem-se à glória de Deus.
Os relacionamentos dentro e fora da
igreja devem ser mantidos de acordo com os padrões de Cristo, e não de acordo
com os padrões do mundo.
Os cristãos devem encarar o sofrimento
como seguidores de Cristo da perspectiva correta. (ref.: BEG).
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
I. SAUDAÇÃO (1.1-2).
Pedro se identificou como um apóstolo e a seus leitores como forasteiros no mundo.
Pedro se apresentou e identificou os
destinatários de sua carta. Pedro (que significa "rocha") foi o nome
dado por Jesus a esse apóstolo (Mt 16.18; Jo 1.42). Seu nome hebraico
provavelmente era Simeão, do qual o equivalente grego é Simão.
"Cefas" (Jo 1.42; 1Co 1.12) é a transliteração da palavra aramaica para
"rocha".
Ele dirige sua carta aos eleitos. Pedro
lembrou seus leitores da posição segura e privilegiada deles como objeto da
escolha soberana, eterna e graciosa de Deus como seu povo em Jesus Cristo e por
meio dele (2.9-10). O tema da eleição é desenvolvido no vs. 2.
Além de eleitos, os chama de peregrinos ou
forasteiros. Esse termo traduz uma palavra grega (parepidemos) que é também
usada em 2.11; ela enfatiza a natureza temporária da permanência de um viajante
num lugar.
Como os peregrinos, os cristãos vivem no
mundo, mas sua pátria real está no céu (Fp 3.20; Hb 11.13-16), e sua esperança
está ancorada lá. Somos portanto cidadãos dos céus, da família de Deus, filhos
por adoção, por meio de Jesus Cristo.
Essa palavra “dispersão” (grego, diáspora)
era um termo técnico usado entre os gregos que falavam hebraico que era usada
para descrever os judeus que viviam fora da Terra Santa (Jo 7.35).
Os leitores de Pedro não eram, em sua
totalidade, israelitas; por isso, o provável uso do termo figurativo
"dispersão", para descrever todos os cristãos que ainda estavam
esperando pela sua herança total nos novos céus e na nova terra.
Se eram eleitos, eram portanto escolhidos
por algum critério e aqui no vs. 2 ele fala que isso se deu segundo a
presciência de Deus.
Pedro não quis dizer que Deus escolheu soberanamente
alguns para salvação com base no seu conhecimento do que eles escolheriam se
eles mesmos pudessem fazer isso.
A presciência aqui é quanto a pessoas, não
quanto aos acontecimentos; ela implica o seu amor por eles antes de todos os
tempos (para melhor entendimento a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu
excelente artigo teológico "Predestinação e presciência", em Rm 8).
Veja o verbo relacionado "conhecido" em 1.20.
A escolha tinha se dado de acordo com o
pré-conhecimento de Deus Pai pela obra santificadora do Espírito – vs. 2.
Observe a estreita ligação entre o amor eletivo do Pai e a obra do Espírito em
aplicar a redenção aos escolhidos (2Ts 2.13).
De maneira mais abrangente,
"santificação do Espírito" aqui inclui todas as ações do Espírito em
relação ao pecador para separá-los do pecado (p. ex., regeneração e fé) e
consagrá-los para o serviço de Deus, incluindo a santificação no sentido
progressivo (a BEG recomenda outro artigo teológico "Santificação",
em Tt 3).
Se fomos escolhidos de acordo com o
pré-conhecimento de Deus Pai e pela obra santificadora do Espírito então qual
seria a finalidade ou o propósito? Para a obediência – vs. 2.
O ato inicial da obediência é a fé em
Cristo (Jo 6.28-29), e o elemento fundamental de toda a obediência é a fé
constante. A eleição é "para a" ou "com o objetivo da" fé
(obediência), não um resultado dela (Ef 1.3-4; 2Tm 1.9). Uma vez salvo eu não
produzo a fé ou passo a gerá-la, mas sou salvo para a fé (obediência).
Essa imagem do Antigo Testamento relativa à
aspersão do sangue de Jesus Cristo tem diversas referências possíveis:
(1)A
transferência para o eleito dos méritos e da virtude purificadora da morte de
Cristo (cf. Lv 16.15-16; Hb 9.13-14).
(2)A
seladura na nova aliança e a participação nos benefícios e obrigações (cf. Êx
24.3-8; 1Co 11.25).
(3)A
consagração para o serviço sacerdotal (2.5,9; cf. Êx 29.21; Hb 10.19-22).
A saudação de Pedro “graça e paz lhes sejam
multiplicadas” – vs. 2 - era também uma bênção que tinha uma relevância especial
para os cristãos sofredores.
A graça é o amor de Deus que protege os
pecadores por causa da identificação deles com Cristo. A paz é a condição
objetiva de estar reconciliado com Deus por meio de Cristo (Rm 5.1-2),
juntamente com tudo o que procede desse relacionamento.
II. A CERTEZA DA SALVAÇÃO DOS CRISTÃOS (1.3-12).
Pedro louvou a Deus pelo maravilhoso
privilégio de ver a salvação que Cristo trouxe para o seu povo.
Pedro está enfatizando que a salvação é
totalmente baseada na amorosa iniciativa de Deus que segundo a sua misericórdia
nos regenerou para uma viva esperança.
Embora o verbo (regeneração) que traduz
essa frase ocorra somente aqui e em 1.23 no Novo Testamento, a ideia é
encontrada muitas vezes (p. ex., Jo 1.12-13; 3.3-8; Tt 3.5; Tg 1.18).
Nessa epístola, a esperança é um conceito
importante (1.13,21; 3.5,15). Ela transmite a ideia da confiança e energia que
procede da expectativa de uma bênção futura com base em fatos e promessas. A
palavra "viva" indica a vibração e o caráter vivencial dessa
esperança.
Pedro bendiz a Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo que segundo a sua misericórdia nos gerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos para uma herança
incorruptível.
Esse termo “herança” deriva da terminologia
do Antigo Testamento que identifica a Terra Prometida como herança de Israel (Êx
32.13; Lv 20.24; Nm 26.53-56; Dt 3.28).
A terra de Canaã era um antegosto dos novos
céus e da nova terra que são a herança definitiva dos cristãos. Como filhos de
Deus pelo novo nascimento, os cristãos são herdeiros de Deus e coerdeiros com
Cristo (Rm 8.16-17). Sua herança é explicada no vs. 5 como completa salvação
(cf. Hb 1.14).
A herança incorruptível é:
·Sem
mácula.
·Imarcescível.
·Reservada
nos céus para os que são guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a
salvação preparada para revelar-se no último tempo.
Esse versículo 5 enfatiza tanto a
prioridade da divina graça quanto a importância da ação humana que resulta de
tal graça.
Embora a fé seja um dom de Deus, os
cristãos ainda são responsáveis por exercitarem a fé (confiança constante) na
batalha espiritual (5.8-9; Ef 6.16; Fp 2.12-13).
O poder da proteção de Deus é transmitido
por meio de um termo militar ("guardados"), que significa defesa
vigilante de uma fortaleza.
Aqui a palavra significa uma futura
libertação completa e final do pecado e posse total da eterna glória (1.9;
4.13-14; 5.1,4).
O último tempo falado é uma terminologia
estreitamente associada com o último dia, ou os últimos dias (a BEG recomenda
aqui o seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7).
No último dia desse tempo, Cristo retornará
na manifestação final de seu poder e glória. É o que estamos aguardando com
grande expectativa e esperança.
Essas coisas todas devem servir para nos
exultar, mesmo que no presente, concorrentemente, por breve tempo, se
necessário, sejamos contristados por várias provações. Embora Deus nunca tente
ninguém a pecar (Tg 1.13), ele permite ou envia provações para testar e fortalecer
a fé (vs.7).
Essas provações acontecem para que fique
comprovado que a fé que temos, muito mais valiosa do que o ouro que perece,
mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra,
quando Jesus Cristo for revelado
Essa é uma clara afirmação do propósito
divino das provações que está implícito no vs. 6 (cf. Rm 5.3-4; Tg 1.2-4). Assim
como os seres humanos usam o fogo para polir metais preciosos, Deus também faz
uso das provações para distinguir a fé genuína da profissão de fé superficial
e, simultaneamente, fortalecer a fé (Jó 23.10).
Se a fé que temos é genuína, ela resultará
em glórias a Jesus quando ele for revelado. Pedro pode estar se referindo ao
louvor, glória e honra que virão para Cristo no último dia, mas provavelmente
ele tinha em mente a glorificação final dos cristãos (5.1,4) para que todos
vejam, na sua segunda vinda (vs. 5; 4.13; 5.1; 1Co 4.3-5).
Os cristãos já desfrutam de muitas bênçãos
de sua salvação, mas a posse total dela aguarda o retorno de Cristo (vs. 5).
Como ele ainda haverá de ser revelado em
glória, no presente, mesmo não tendo visto, nós o amamos e apesar de não o vermos,
cremos e exultamos com alegria indizível e gloriosa pois que estamos alcançando
o alvo da nossa fé: a salvação de nossas almas. Alma aqui é usada para a pessoa
como um todo; em 3.20 a mesma palavra grega “alma” é traduzida como
"pessoas".
O alvo da nossa fé: a salvação
de nossas almas – vs. 9.
A maioria dos profetas no Antigo Testamento
falou do tempo da misericórdia de Deus depois do exílio de Israel e Judá. Eles
sabiam que Deus tinha prometido não somente a restauração graciosa de Israel,
mas também a inclusão misericordiosa dos gentios entre o povo de Deus (p. ex.,
Is 2.2ss.; Is 65; Am 9.15ss.).
Os profetas não tinham conhecimento sobre
esses acontecimentos em muitos detalhes, mas Pedro disse que eles almejavam
saber mais.
O vs. 10 e 11 falam que os profetas que
falaram da graça destinada a nós investigaram e examinaram as Escrituras
procurando descobrir esse tempo e também as circunstâncias que apontava o
Espírito de Cristo.
Os profetas do Antigo Testamento sabiam que
a salvação viria, mas não precisamente quando ou como. Essa frase “pelo
Espírito de Cristo” aparece somente aqui e em Rm 8.9 (cf. At 16.6-7; CI 4.6; Fp
1.19).
O Espírito Santo é chamado de Espírito de
Cristo porque ele é enviado por Cristo (Jo 15.26) e porque, desde o tempo da
ressurreição, Cristo e o Espírito operam como uma unidade ao aplicar a redenção
aos cristãos (Rm 8.10; 1Co 15.45).
Naqueles profetas o Espírito de Cristo
predizia os sofrimentos de Cristo e as glórias que se seguiriam àqueles
sofrimentos – vs. 11.
Os profetas disseram e escreveram muitas coisas
sobre a salvação após o exílio de Israel, coisas que seriam entendidas
profundamente somente pelas gerações futuras.
Os profetas desconheciam muitos dos
detalhes sobre os estágios finais do reino de Deus. Aqueles que proclamavam o
evangelho durante o período apostólico anunciavam como a salvação prometida
pelos profetas havia chegado.
Àqueles profetas foi revelado que estavam
ministrando, não para si próprios, mas para nós, quando falaram das coisas que
agora nos foram anunciadas por meio daqueles que nos pregaram o evangelho pelo
Espírito Santo enviado do céu; coisas que até os anjos anseiam observar
Quem prega a palavra de Deus para nós prega
pelo Espírito Santo enviado do céu. Isso enfatiza a origem divina da mensagem
do evangelho. O mesmo Espírito que inspirou os profetas estava guiando os
mensageiros do evangelho.
Até mesmo os seres celestiais estão
intensamente interessados na redenção final. O plano de Deus é tornado
conhecido a eles por meio da igreja (Ef 3.8-10).
III. AS IMPLICAÇÕES DA SALVAÇÃO (1.13-3.12).
Pedro tratou de diversas implicações
práticas da salvação em Cristo, focalizando especialmente na necessidade da
santidade e nas interações piedosas entre os cristãos e com o mundo.
Estaremos vendo dos vs. 1.13 ao 3.12, essa
certeza da salvação dos cristãos. Ao iniciar a epístola, Pedro encorajou seus
leitores perseguidos com a descrição da certa e gloriosa salvação deles em
Cristo.
Tendo descrito a gloriosa salvação que
Cristo realizou em favor deles, Pedro voltou-se para as responsabilidades dadas
a todos aqueles que seguem Cristo.
Sua discussão se divide em cinco partes: a
necessidade da santidade pessoal (1.13-16), a importância da reverência (1.17-21),
o amor entre os cristãos (1.22-2.3), viver como uns templo e sacerdócio (2.4-10)
e uma variedade de relacionamentos sociais (2.11-3.12). Elas formarão nossa
divisão proposta, conforme a BEG: A. A santidade pessoal (1.13-16) – veremos agora; B. O temor reverente
(1.17-21) – veremos agora; C. O amor
mútuo (1.22-2.3) – começaremos a ver agora;
D. Um templo e o sacerdócio (2.4-10); E. Os relacionamentos sociais
(2.11-3.12).
A. A santidade pessoal (1.13-16).
Deus deu, e dará, tanto para o seu povo em
Cristo, que eles, por sua vez, devem buscar a santidade pessoal.
Em função do exposto, deveriam eles estarem
com a mente preparada e prontos para a ação. Também que fossem sóbrios e colocassem
toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado
(futuro!).
A mente preparada, literalmente significa "mantendo
cingida a cintura de sua mente". A imagem é retirada da prática do Oriente
Médio de reunir a longa túnica e prendê-la com cinto em preparação para a ação,
deixando as pernas livres para se movimentarem com rapidez. A ênfase aqui é na
preparação ativa para o esforço espiritual vigoroso e constante.
As realizações anteriores de Cristo em
favor de seu povo são maravilhosas, mas o que está por vir é muito mais
formidável. Quando Cristo retornar, ele trará a nossa recompensa final e a
nossa herança: glória eterna nos novos céus e na nova terra.
É por isso que repetimos o trecho bíblico
que diz para colocarmos, em função dessas coisas, toda a esperança na graça que
nos será dada quando Jesus Cristo for revelado. Assim sendo, como filhos
obedientes, não devemos nos deixar amoldar pelos maus desejos de outrora,
quando vivíamos na ignorância. Estamos em guerra ou numa grande corrida com um
grande prêmio à vista.
A iniciativa graciosa de Deus leva
efetivamente as pessoas a uma nova vida de fé, obediência, esperança e
santidade. Assim como é santo aquele que nos chamou, devemos ser santos também
em tudo o que fizermos, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou
santo".
Do mesmo modo que Israel no Antigo
Testamento foi separada por Deus das nações vizinhas para que fosse santa,
assim também a igreja deve se apartar do pecado para o serviço de Deus (2.9; Lv
19.2).
O padrão de santidade dos cristãos, e a
motivação para isso, não é nada menos do que a absoluta perfeição do próprio
Deus (vs. 16; Mt 5.48; Ef 5.1).
B. O temor reverente (1.17-21).
Pedro incentivou os seus leitores a lembrar
o quanto a escolha que eles haviam feito era séria ao relembrá-los do julgamento
de Deus.
Embora os cristãos não serão condenados
pelos seus pecados (2.24), eles serão julgados pelas suas obras conto cristãos
e recompensados adequadamente (Rm 14.10-12; 1Co 3.12-15).
Além disso, Pedro também sabia que nem
todos das igrejas a que ele se dirigia estavam exercitando a fé salvadora; ele
os advertiu que poderiam ser condenados pelos seus pecados se não se
arrependessem (Hb 10.26-29).
Se chamamos por Pai aquele que julga
imparcialmente as obras de cada um, devemos nos portar com temor durante a nossa
peregrinação (jornada terrena) – vs. 17.
Peregrinação é uma palavra grega diferente
daquela utilizada no vs. 1 (traduzida como "forasteiros"). A palavra
'peregrinos" indica aqueles que vivem num lugar do qual não são cidadãos,
realçando a condição de peregrinos dos cristãos neste mundo.
A única maneira de permanecer fiel a Cristo
é se desprender do amor natural pelas coisas deste mundo (1Jo 2.15).
Assim, devemos nos portar com temor. Porque
Deus é tanto Pai quanto juiz, os cristãos devem se aproximar dele com humildade
e respeito (SI 34.11; At 9.31).
Devemos ter em mente, sempre, que não foi
por coisas perecíveis que fomos resgatados de nossa maneira vazia de proceder.
Fomos libertos da escravidão do pecado mediante o pagamento de um preço (Rm 8.2-3;
1Co 7.23; Cl 3.13; Ef 1.7). O preço da redenção é o sangue de Cristo (vs. 19).
Essa maneira vazia de proceder aplicada
àqueles a quem ele dirigiu primeiramente a palavra se refere ao fútil
procedimento deles. A "futilidade" ou "inutilidade" da
adoração do pagão é um tema frequente dos escritores bíblicos (Jr 2.5; At
14.15).
Embora no Novo Testamento haja condenações
das tradições judaicas que acrescentavam às exigências da lei no Antigo
Testamento (Mc 7.8-13; Fp 3.3-71, Pedro aqui parece ter tido como objetivo o
paganismo gentio (1.14; 4.3).
Se não foi por coisas perecíveis que fomos
resgatados de nossa maneira vazia de proceder, como isso se deu, então? A
resposta está no vs. 19. Foi pelo precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro sem mancha e sem defeito, conhecido antes da criação do mundo,
revelado nestes últimos tempos em favor de nós – vs. 19,20.
A imagem é do sistema sacrifical do Antigo
Testamento, com referência especial à Páscoa dos judeus (Êx 12.5; Lv 3.6-7; Is
53.7; Jo 1.29). Para que fosse aceitável, um sacrifício tinha que ser livre de
qualquer defeito (Lv 22.20-25). A vida sem pecado de Cristo o qualificou para
morrer pelos pecados dos outros (Hb 7.26-27).
Cristo foi escolhido como Redentor dos
eleitos na eternidade (Jo 17.24; Ap 13.8), mas revelado nestes últimos tempos
em nosso favor. Os últimos tempos inclui todo o período entre a primeira e a
segunda vindas de Cristo (At 2.17; Hb 1.2). A BEG recomenda leitura e reflexão
em seu excelente artigo teológico "O plano das eras", em Hb 7.
É, portanto, por meio dele (Jesus Cristo) que
nós cremos em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos e o glorificou, de modo
que nossa fé e nossa esperança estejam em Deus – vs. 21. Como mediador entre
Deus e o homem, Cristo forneceu o único acesso a Deus (Jo 14.6). Em Cristo, o
Pai é revelado (Jo 1.18). A morte redentora de Cristo abriu o caminho de acesso
a Deus (3.18).
C. O amor mútuo (1.22-2.3).
Dos vs. 1.22 ao 2.3,
Pedro falará desse amor mútuo. Tendo sido purificado pela fé em Cristo, os
leitores de Pedro precisavam manifestar a fé salvadora por meio do serviço e do
amor mútuos.
O verdadeiro e
permanente amor dos cristãos uns pelos outros (vs. 22) é possível somente
porque o amor de Deus foi primeiro revelado a eles ao regenerá-los em Cristo (Jo
13.35; I Jo 4.10-12).
Os cristãos devem
demonstrar a mesma maneira de amar uns aos outros que Deus e Cristo demonstram
pelos cristãos e um pelo outro. Não é um simples comportamento exterior, mas um
sentimento ardente e sincero, um comprometimento que é demonstrado em ações
amorosas.
Agora que estamos
purificados pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, devemos
nos amar sinceramente uns aos outros e de todo o coração – vs. 22. Isso porque
fomos regenerados, mas não de uma semente perecível, pelo contrário,
imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente – vs. 23. Esse
versículo compara e contrasta a reprodução humana com o poder vivificador da
palavra de Deus (cf. Jo 1.12-13) a qual vive e é permanente. A palavra de Deus
no evangelho não se extingue, e nem a salvação que ela traz.
O amor sincero do
cristão é possível porque os cristãos não pertencem mais ao mundo de ódio e
discórdia, mas ao novo mundo de amor e união.
Pedro, no vs. 24-25, se
referiu a Is 40.6-8, uma profecia que compara a vida humana comum e passageira
com a promessa de restauração após o exílio. Essa promessa ou palavra de Deus é
eterna, e a nova criação que ela prediz nunca passará.
Essa, diz Pedro, foi a
palavra que em nós foi evangelizada, anunciada, implantada. Pedro identificou a
mensagem do evangelho cristão com a profética palavra que promete a salvação
final após o exílio. O evangelho anuncia as boas-novas de que o reino prometido
chegou (Is 52.7).
I Pe 1:1 Pedro,
apóstolo de Jesus Cristo,
aos eleitos que são
forasteiros da Dispersão
no Ponto, Galácia,
Capadócia, Ásia e Bitínia,I
Pe 1:2 eleitos,
segundo a presciência de
Deus Pai,
em santificação do
Espírito,
para a obediência
e a aspersão do sangue de
Jesus Cristo,
graça e paz vos sejam multiplicadas.
I Pe 1:3 Bendito o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua
muita misericórdia,
nos regenerou para uma viva
esperança,
mediante a ressurreição
de Jesus Cristo dentre os
mortos,
I Pe 1:4 para uma herança incorruptível,
sem mácula,
imarcescível,
reservada nos céus para vós
outros
I Pe 1:5 que sois guardados
pelo poder de Deus,
mediante a fé,
para a salvação preparada
para
revelar-se
no último tempo.
I Pe 1:6 Nisso exultais, embora,
no presente,
por breve tempo,
se necessário, sejais
contristados
por várias provações,
I Pe 1:7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé,
muito mais preciosa do que o ouro perecível,
mesmo apurado por fogo,
redunde
em louvor,
glória
e honra
na revelação de Jesus
Cristo;
I Pe 1:8 a quem, não havendo visto,
amais;
no qual, não vendo agora,
mas crendo,
exultais com alegria indizível
e cheia de glória,
I Pe 1:9 obtendo o fim da
vossa fé:
a salvação da vossa alma.
I Pe 1:10 Foi a respeito desta salvação
que os profetas indagaram
e inquiriram,
os quais profetizaram
acerca da graça
a vós outros destinada,
I Pe 1:11 investigando, atentamente,
qual a ocasião
ou quais as circunstâncias oportunas,
indicadas pelo Espírito de
Cristo,
que neles estava, ao dar de
antemão testemunho
sobre os sofrimentos
referentes a Cristo
e sobre as glórias que os seguiriam.
I Pe 1:12 A eles foi revelado que,
não para si mesmos, mas para vós outros,
ministravam as coisas que,
agora,
vos foram anunciadas por
aqueles que,
pelo Espírito Santo enviado
do céu,
vos pregaram o evangelho,
coisas essas que anjos
anelam perscrutar.
I Pe 1:13 Por isso, cingindo o vosso entendimento,
sede sóbrios
e esperai inteiramente na graça
que vos está sendo trazida
na revelação de Jesus Cristo.
I Pe 1:14 Como filhos da obediência,
não vos amoldeis às paixões que tínheis
anteriormente
na vossa ignorância;
I Pe 1:15 pelo contrário, segundo é santo aquele
que vos chamou,
tornai-vos santos também
vós mesmos
em todo o vosso
procedimento,
I Pe 1:16 porque escrito
está:
Sede santos, porque eu sou
santo.
I Pe 1:17 Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas,
julga segundo as obras de cada um,
portai-vos com temor
durante
o tempo da vossa
peregrinação,
I Pe 1:18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis,
como prata ou ouro, que fostes resgatados
do vosso fútil procedimento
que vossos pais vos legaram,
I Pe 1:19 mas pelo precioso
sangue,
como de cordeiro sem
defeito
e sem mácula,
o sangue de Cristo,
I Pe 1:20 conhecido, com
efeito,
antes da fundação do mundo,
porém manifestado no fim
dos tempos,
por amor de vós
I Pe 1:21 que, por meio dele,
tendes fé em Deus,
o qual o ressuscitou dentre
os mortos
e lhe deu glória,
de sorte que
a vossa fé
e esperança estejam em
Deus.
I Pe 1:22 Tendo purificado a vossa alma,
pela vossa obediência à verdade,
tendo em vista o amor
fraternal não fingido,
amai-vos, de coração,
uns aos outros
ardentemente,
I Pe 1:23 pois fostes
regenerados
não de semente corruptível,
mas de incorruptível,
mediante a palavra de Deus,
a qual vive e é permanente.
I Pe 1:24 Pois toda carne é como a erva,
e toda a sua glória,
como a flor da erva;
seca-se a erva,
e cai a sua flor;
I Pe 1:25 a palavra do Senhor,
porém, permanece eternamente.
Ora, esta é a palavra que
vos foi evangelizada.
Voltemos a colocação que abriu I Pedro: qual foi a palavra em nós
evangelizada a qual permanece para sempre?
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No entanto, não somos contra qualquer legenda, nem contra qualquer sistema, o que não toleramos é a mentira deslavada, a corrupção, o roubo, o enriquecimento ilícito, o uso indevido da máquina pública, as negociatas, falcatruas e toda espécie de vantagens e benefícios às custas do povo.
Tá passando da hora de mudar e podemos começar em casa, respeitando, tratando os outros como gostaríamos de sermos tratados, não furando filas, não sonegando impostos, não enganando o próximo, não buscando vantagens, não estacionando em lugares reservados, não fingindo que estamos trabalhando, não usando balanças enganosas, não mentindo na hora de pagar o ITBI, por exemplo, não mentindo, não usando os recursos das empresas para fins particulares, não jogando lixo na rua, não forjando NF para ter mais desconto no IRPF.
São nas mínimas coisas que ou somos honestos ou não passamos de mentirosos como àqueles que estamos tentado tirar do poder.
Quer um Brasil melhor? Que tal ser um brasileiro melhor?
Como falamos, Tiago foi escrito com o
objetivo de ensinar a sabedoria de Deus para podermos perseverar em meio às
dificuldades até o retorno de Cristo. Ela, provavelmente, foi escrita entre 44-62
d.C. Estamos vendo o capítulo 5/5.
Breve
síntese do capítulo 5.
Deus condena as riquezas mal adquiridas e mal empregadas. Que em nossos
bolsos possam entrar milhões e bilhões, mas jamais em nossos corações. Não
devemos ter medo de administrar os recursos que Deus nos concede e devemos
fazê-lo com temor e reverência santa a Deus.
O fato é que estamos esperando pelo Senhor que prometeu que voltaria e
de nós é exigida paciência até que tudo venha a se cumprir em nossas vidas e na
história dos homens.
Enquanto esperamos pacientemente como Tiago nos exorta, devemos evitar
juramentos irresponsáveis e, por fim, ele nos mostra como deve ser nosso
proceder em várias experiências da vida.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A SABEDORIA E SEUS EFEITOS NAS DISPUTAS (3.13-5.11) - continuação.
Estamos vendo, como dissemos, dos vs. 3.13
ao 5.11, a sabedoria e seus efeitos nas disputas. Tiago retornou explicitamente
ao tema da sabedoria. Elas formaram a seguinte divisão proposta, conforme a
BEG: A. Distinguindo a sabedoria proveniente de Deus (3.13-4.10) – já vimos; B. Maledicência (4.11-12) – já vimos; C. Advertências contra a
presunção (4.13-17) – já vimos; D.
Advertências aos ricos (5.1-6) – veremos agora;
e, E. Paciência (5.7-11) – veremos agora.
D. Advertências aos ricos (5.1-6).
Dos vs. de 1 a 6, Tiago fará advertências
aos ricos. Como em outra passagem dessa epístola, Tiago aplicou seus princípios
às atitudes e ao comportamento dos cristãos abastados (veja 1.10-11; 2.1-13).
Em nenhuma parte a Bíblia condena a riqueza
em si ou por si mesma. As posses materiais são, na verdade, com frequência
vistas como bênçãos de Deus (Pv 10.22).
No entanto, Tiago generaliza que os ricos
são suscetíveis às tentações de explorar os pobres ou ignorar as legítimas
necessidades deles. Aqueles que não são caridosos promovem a opressão. Eles
irão receber severo castigo de Deus (Lc 6.24).
Conseguir riqueza de modo pecaminoso, como
aquela que foi acumulada por negar aos trabalhadores o salário digno, não é
bênção. Em vez disso, é um motivo para ser julgado por Deus.
O que dizer de políticos e filhos de
políticos importantes que da noite para o dia se tornaram milionários? Sítios,
apartamentos tríplex, jatinhos, mordomias, favores, presentes, reformas
absurdas, palestras milionárias, movimentações de dinheiros e capitais de forma
ilícita, como tudo isso pode ser assim esquecido sem a devida mão da justiça
executando seu dever?
Os que assim procedem vergonhosamente
roubando e sugando uma nação inteira serão julgados por Deus e bem-aventurados
os que são julgados e condenados ainda em vida, pois se morrem sem de nada
saberem, terão pela frente o terrível juízo de Deus, sem misericórdia e sem
perdão.
O fato triste é que muitos desses políticos
ladrões são idolatrados pelos mais símplices e os mais pobres e disso gostam e
ainda os inflamam contra a justiça e contra os que buscam o bem e a verdade da
nação.
Essa é uma violação da lei de Deus – vs. Tg
5.5 – relacionada ao salário dos trabalhadores. O salário não deve apenas ser
pago, mas deve ser pago em dia (Lv 19.13; Dt 24.14-15). Violar isso ou roubar
dos pobres é mesmo uma tremenda afronta. Quando o governo rouba milhões e
milhões, mesmo bilhões para favorecimento de sua corja e rede de larápios não
estão roubando dos pobres e os condenando a uma vida miserável e sem estrutura?
Os ricos aqui são equiparados a animais
sendo engordados para o abate. Os animais satisfeitos nada sabem da fatalidade
que os aguarda.
Essas pessoas inescrupulosas vivem luxuosamente
na terra, desfrutando prazeres, e fartando-se de comida em dia de abate; dessa
maneira, assim condenam e matam o justo, sem que ele ofereça resistência – vs.
5 e 6. Isso relacionado ao justo pode ser tomado de modo literal ou figurado. O
uso injusto do poder pode verdadeiramente ter causado a execução de pessoas
inocentes. Figurativamente, privar um homem do seu salário é cometer um tipo de
assassinato contra ele.
Para o incrédulo, todas as bênçãos no final
se transformam em maldição, porque para cada coisa boa recebida da providência
de Deus sem uma resposta de gratidão e honra, há um correspondente aumento da
culpa e da punição.
E. Paciência (5.7-11).
Dos vs. 7 ao 11, Tiago pede paciência.
Tiago pediu paciência como outra demonstração de sabedoria proveniente de Deus.
Os santos devem exercitar paciência
enquanto aguardam a prometida vindicação de Deus do seu povo. Deus prometeu
acabar com a injustiça neste mundo (Lc 18.1-8).
Esse versículo 9 de que o juiz está às
portas reflete um sentido urgente da iminente vinda de Cristo. Ele reforça a
esperança do Novo Testamento pelo retorno de Jesus, o qual virá no final dos
tempos. Tiago também poderia ter em vista a proximidade radical do julgamento
que espera todas as pessoas, pois todos comparecerão diante do juiz para prestar
contas. Veja o vs. 3, onde Tiago mencionou os "últimos dias".
IV. EXORTAÇÃO FINAL À HARMONIA (5.12-19).
Tiago escreveu sobre uma série de assuntos,
especialmente aqueles relacionados à harmonia dentro da igreja.
Tiago encerrou a sua epístola tratando de
diversos aspectos específicos de vida harmoniosa entre os cristãos.
Essa exortação enfática – vs. 12 - sinaliza
a prioridade importante que Tiago dava à religiosidade. Enfatizar que se
abstivessem dos juramentos e votos falsos de maneira tão veemente pode parecer
estranho aos ouvidos modernos, mas isso é consistente com a preocupação bíblica
de manter a aliança e a santidade da fé.
O ensinamento de Tiago relativo aos jurar evidentemente
derivou das instruções de Jesus quanto à questão dos juramentos (Mt 5.33-37).
Nem Jesus nem Tiago condenavam os votos ou o juramento corretos. Mais
precisamente, ambos condenaram os juramentos levianos (cf. o ensinamento de
Paulo em 2Co 1.23; 1 Ts 2.10).
Tiago estava preocupado especialmente com o
fato de que as promessas vazias destruiriam os relacionamentos entre os
cristãos. Por isso que nossa palavra deveria ser o sim e o não. É esperado do
cristão que sua palavra seja confiável. Seja, portanto, o sim de vocês, sim, e
o não, não, para que não caiam em condenação – vs. 12.
Encerrando esse ponto – vs. 12, de Tg 5 -,
ele logo começa outros – vs. 13 ao 18 - relacionados aos sofrimentos, à
felicidade, às doenças e todos eles ligados à oração/intercessão e ao louvor.
Entre vocês há alguém que está
sofrendo?
Que ele
ore.
Há alguém que se sente feliz?
Que ele
cante louvores.
Entre vocês há alguém que está
doente?
Que ele
mande chamar os presbíteros da igreja,
para
que estes orem sobre ele
e o
unjam com óleo,
em nome
do Senhor.
(Tiago 5:13,14).
Que os presbíteros deveriam ser chamados
pelas pessoas doentes e que suas orações salvariam as pessoas "da
morte" (vs. 20) provavelmente indica que Tiago tinha em mente casos
extremos de doenças que eram cridas terem sido causadas pelo pecado na vida da
pessoa.
Há implicações, no entanto, de muitos
outros usos da oração intercessória e confissão aos presbíteros.
Com relação aos presbíteros, veja At 14.23;
Tt 1.5, pois seriam eles que estariam ungindo os enfermos com óleo. O azeite de
oliva tinha um uso medicinal comum no mundo antigo (Mc 6.13; Lc 10.34), mas
aqui o óleo tinha um uso simbólico em relação ao poder curador de Deus.
Esse versículo 15 de Tg 5 diz que a oração
feita com fé curará o doente e o Senhor o levantará. Também diz que se houver
cometido pecados, ele será perdoado.
Repare nesse verso 15 que ele ordena à
comunidade cristã que se envolva de maneira devota com as orações
intercessórias pelos doentes como uma expressão de fiel dependência de Deus,
pois afinal de contas com ou sem remédios, com ou sem internações hospitalares,
com ou sem a intervenção direta de um médico especialista, a cura, mediata ou
imediata, sempre vem de Deus e para ele é toda a glória, sempre.
Ele não apoia a noção popular em alguns
círculos cristãos de que um tipo especial de "oração da fé"
invariavelmente irá curar, e nem apoia a tradição católica romana dos últimos
sacramentos.
Também nesse vs. 15 ele diz que se houver
cometido pecados, eles serão perdoados. Nem toda enfermidade é uma expressão do
julgamento de Deus ou castigo contra o pecado (Jo 9.2-3), mas alguns casos de
doenças o são (1Co 11.29-30).
Em virtude disso, o melhor mesmo é confessar,
pois, os nossos pecados uns aos outros. Tiago não está defendendo aqui que os
cristãos confessem seus pecados uns para os outros sob circunstâncias normais,
mas sim que eles deveriam confessar seus pecados aos presbíteros quando tais
pecados possam ser as possíveis razões de suas doenças.
Na providência divina, as orações de
pessoas justas com frequência orientam o curso da História. Uma pessoa
consagrada que ora em fé é uma pessoa honrada ou justa. A oração de um justo é
poderosa e eficaz.
Elias, por exemplo, no vs. 17, embora ele
exercesse o ofício especial de profeta do Antigo Testamento, ele compartilhava
a humanidade comum com todos os cristãos. Sua consagrada vida de oração é um
modelo para todos os santos.
Encerrando sua carta ele fala dos que se
desviam da verdade, mas que ainda podem ser resgatados de volta, mesmo que desviados
para padrões pecaminosos ou tenham mostrado evidências da ausência de uma fé
salvadora.
Tiago 5:
1.Ouçam agora
vocês, ricos!
Chorem e
lamentem-se,
tendo em vista a
miséria que lhes sobrevirá.
2.A riqueza de
vocês apodreceu,
e as traças
corroeram as suas roupas.
3.O ouro e a prata
de vocês enferrujaram,
e a ferrugem deles testemunhará contra vocês
e como fogo lhes devorará a carne.
Vocês
acumularam bens nestes últimos dias.
4.Vejam, o salário
dos trabalhadores que ceifaram os seus campos,
e que por vocês
foi retido com fraude, está clamando
contra vocês.
O lamento dos
ceifeiros chegou
aos ouvidos do
Senhor dos Exércitos.
5.Vocês viveram
luxuosamente na terra,
desfrutando
prazeres,
e fartaram-se de
comida em dia de abate.
6.Vocês têm
condenado e matado o justo,
sem que ele
ofereça resistência.
7.Portanto,
irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor.
Vejam como o
agricultor aguarda que a terra
produza a
preciosa colheita
e como espera
com paciência até virem
as chuvas do outono e da primavera.
8.Sejam também
pacientes
e fortaleçam o
coração,
pois a vinda do
Senhor está próxima.
9.Irmãos, não se
queixem uns dos outros,
para que não
sejam julgados.
O Juiz já está
às portas!
10.Irmãos, tenham
os profetas que falaram em nome do Senhor
como exemplo de
paciência diante do sofrimento.
11.Como vocês
sabem, nós consideramos felizes
aqueles que
mostraram perseverança.
Vocês ouviram
falar sobre a paciência de Jó
e viram o fim
que o Senhor lhe proporcionou.
O
Senhor é cheio de compaixão e misericórdia.
12.Sobretudo, meus
irmãos, não jurem nem pelo céu,
nem pela terra,
nem por qualquer outra coisa.
Seja o sim de
vocês, sim, e o não, não,
para que não
caiam em condenação.
13.Entre vocês há
alguém que está sofrendo?
Que ele ore.
Há
alguém que se sente feliz?
Que ele cante louvores.
14.Entre vocês há
alguém que está doente?
Que ele mande
chamar os presbíteros da igreja,
para que estes
orem sobre ele
e o unjam com
óleo, em nome do Senhor.
15.E a oração feita
com fé curará o doente;
o Senhor o
levantará.
E se
houver cometido pecados,
ele será perdoado.
16.Portanto,
confessem os seus pecados uns aos outros
e orem uns pelos
outros para serem curados.
A
oração de um justo é poderosa e eficaz.
17.Elias era humano
como nós.
Ele orou
fervorosamente para que não chovesse,
e não choveu
sobre a terra durante três anos e meio.
18.Orou outra vez,
e o céu enviou chuva,
e a terra
produziu os seus frutos.
19.Meus irmãos, se
algum de vocês se desviar da verdade
e alguém o
trouxer de volta,
20.lembrem-se
disso:
Quem converte um
pecador do erro do seu caminho,
salvará a vida
dessa pessoa
e fará que
muitíssimos pecados sejam perdoados.
Aqueles que são instrumentos de Deus e se
deixam usar para converter um pecador do erro do seu caminho, salvará a vida
dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam perdoados. Refere-se à
cobertura dos pecados por parte de Deus com o perdão (SI 32.1; 85.2).
O cuidado das almas
dentro da comunidade deveria ser a preocupação de todos os membros, não somente
do clero ou dos ministros da igreja. A ajuda mútua e o encorajamento são necessários.
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Um dos distintivos que a pós-modernidade
sustenta é o relativismo, onde cada um tem a sua própria verdade como melhor
lhe convier. Em última análise a frase: "Nada é absoluto, tudo é relativo"
é uma impossibilidade lógica em si mesmo. A própria frase não traz um fator
absoluto de verdade em si mesma.
Quando várias pessoas se movem, se
movem em busca de uma resposta, se movem em buscar de uma verdade. Verdade esta
que pode mudar a situação desconfortável em que essas pessoas vivem, por isso
se movem. Somente o fato de se moverem, demonstra o desconforto em que se
encontram, por isso a mudança é a possível solução, mudar a pseudo "verdade"
que não nos fornece mais o que precisamos, para uma verdade que provê a
segurança necessária para nossas vidas.
A verdade de um, pode ser a verdade
que todos procuram! O país está em busca dessa verdade. O país se levantará no
dia 13 de Março para buscar uma verdade que seja melhor, mesmo sendo em duas
vertentes. Uns buscando melhorias dentro do que está estabelecido, outros
buscando mudanças radicais.
As pessoas em suas individualidades
também buscam verdade para as demandas de sua vida. Uns estão desesperados para
que tudo mude. Não aguentam mais viver na relatividade de suas verdades
pessoais, vivendo em um mundo egocêntrico e cada vez mais desumanizado.
Como viveremos diante de tanto
caos? Diante de tanto relativismo? Diante de tanta demonstração de desigualdade
e falta de amor?
Isso seria
"relativamente" fácil se não fosse a força da imposição do pensamento
pós-moderno. RELACIONAMENTO!!! Estender a mão como extensão do coração é
cumprir com uma verdade moral: Ame ao próximo como a ti mesmo. A consciência em
amar ao próximo é de fato se importar e amar além de si mesmo.
No amar existe a possibilidade de
que os erros do "e se?", do conjecturar, se torne a segurança do
conhecer. No relacionamento com os irmãos, compreendemos a extensão do amor de
Deus por nós.
No amor não há espaços para o
relativismo, somente para uma verdade absoluta. O amor de Deus nos deu um
conjunto de livros, a Bíblia que nos fornece um compêndio de verdades que
fornece respostas para todas as demandas, todas as dúvidas, todos os
questionamentos que o relativismo, as crises deste século e o pós-modernismo não
puderam nos trazer.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
Colabore: faça sua oferta voluntária! Entre em contato conosco para isso: +55-61-995589682
Nosso Projeto 1189 no YouTube começou em 21/04/2016 e foi concluído em 23/07/2019.
Não esqueça de citar a fonte quando for fazer citações, referências em seus posts, pregações e livros. Acompanhe-nos no YouTube e em nossas redes e mídias sociais. Ajude-nos com suas orações!
As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita - com gráficos, tabelas, imagens e textos - e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
"OS IDOSOS"
-
"Nascemos nos anos 30-40-50-60-70."
"Nós crescemos nos anos 50-60-70-80."
"Estudamos nos anos 60-70-80-90."
"Estávamos namorando nos anos 70-80-90."...
O Nascimento e a Infância de Jesus
-
*O NASCIMENTO E A INFÂNCIA DE JESUS*
Neste breve sumário iremos ver os fatos relacionados com o nascimento de
Jesus. Eles estão ausentes no Evangelho de...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...