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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Atos 3.1-26 - EU ACREDITO! SIM, CREIO EM MILAGRES...

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 3, da parte II.
Breve síntese do capítulo 3
Tudo aqui começa com um simples milagre. Meu Deus qual milagre é simples? Eu não me admiro de meu Deus resolver pelo critério de sua vontade dar a sua ordem de que meu irmão volte à vida, ressuscitando-o dos mortos... De verdade, isto não me impressiona porque eu sei em quem tenho crido e sei que é capaz.
Porém não é Deus meu servo ou realizador de minhas vontades, antes o servo sou eu; e, quem faz as vontades, sou eu as dele e não ele as minhas. Estou em perfeita paz com isso, por isso creio e prego sobre milagres.
Repito, não sou o realizador de milagres, somente creio neles. E foi por este milagre que uma grande oportunidade veio àquele povo e Pedro aproveitou o ensejo e fez aquela poderosa pregação anunciando a Cristo a partir do verso 12 até o fim, verso 26.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO EM JERUSALÉM (3.1-7.60).
Os apóstolos testemunharam de Cristo primeiramente em Jerusalém, conforme foram instruídos, realizando milagres e pregando o evangelho de Cristo; porém, sofreram muitas perseguições. A igreja cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias internas. Mesmo assim, a igreja permaneceu firme e continuou a crescer em número em Jerusalém.
Depois de abordar os fatos fundamentais que aconteceram no Pentecostes, Lucas passa a registrar acontecimentos que ocorreram à medida que o testemunho apostólico se propagava para as regiões circunvizinhas de Jerusalém. Esses relatos nos informam sobre o sucesso apostólico no primeiro estágio de sua comissão para propagar o evangelho a todo o mundo.
Dividiremos essa parte II em 6 seções: A. O milagre e o sermão de Pedro no Templo (3.1-26) – veremos agora; B. A perseguição pelo Sinédrio (4.1-31); C. A vida em comunidade entre os cristãos (4.32-5.11); D. Nova perseguição pelo Sinédrio (5.12-42); E. Continuação da vida em comunidade entre os cristãos (6.1-7); e, F A perseguição, o sermão e o martírio de Estêvão (6.8-7.60).
A. O milagre e o sermão de Pedro no Templo (3.1-26).
Pedro fez o seu primeiro milagre e pregou o seu segundo sermão no lugar mais apropriado, o templo, que havia sido a principal instituição religiosa de Israel, pois foi o lugar onde Deus veio habitar com o seu povo e perdoar os pecados deles.
Como apóstolo, Pedro levou ao templo a presença de Deus em Cristo ao curar e anunciar o evangelho. Lucas registra esse acontecimento para demonstrar que Cristo é, de várias maneiras, o templo definitivo de Deus (cf. Ap. 21.22).
Pedro e João estavam subindo ao templo para orarem às 3h da tarde. No mesmo momento estava sendo levado para a porta do templo chamada Formosa um aleijado de nascença.
Os átrios do templo, e particularmente aquele próximo à porta chamada Formosa (vs. 2), que possivelmente foi chamada de porta de Nicanor, era feita de bronze de Corinto.
A localização exata dessa porta é incerta; pode ser que ficasse a oeste do átrio das mulheres, que dava acesso ao átrio de Israel, ou, talvez, fosse uma entrada no lado leste do átrio das mulheres, ou ainda uma porta a leste do átrio das mulheres, no muro oriental do templo, paralela ao Pórtico de Salomão (cf. Jo 10.23).
Pedro e João iam entrar no templo. Como judeus, Pedro e João estavam autorizados a atravessar o átrio das mulheres para chegar ao átrio de Israel, porém os gentios só podiam chegar até o átrio dos gentios.
Aquele aleijado vira que Pedro e João iam entrar no templo e resolveu pedir a eles uma esmola, como estava acostumado a fazer com todos que ali entravam.
Ele não sabia o que estava para receber, mas sabia o que queria, uma simples esmola. Pedro e João olham para ele e Pedro mais ousado fala para ele olhar para eles.
Ele fixou os olhos neles esperando algo, aquela esmola. Não havia expectativa de cura ou de recebimento de qualquer outra coisa, nem mesmo uma censura ao seu comportamento.
Pedro então lhe fala que não tinha dinheiro, nem ouro nem prata, mas que tinha algo que queria dar àquele homem. Ele invocou o nome de Jesus Cristo de Nazaré e ordenou ao paralítico que andasse.
Ele não perguntou ao aleijado se queria ser curado, nem se cria, nem se tinha fé, mas deu a ele algo que ele tinha consigo e que podia compartilhar.
Pedro também não agiu como se esperasse fazer aquilo, nem fez isso com objetivo de conquistar os que ali estavam, simplesmente agiu em nome de Jesus liberando uma cura para aquele homem.
Pedro foi além de invocar e ordenar e abençoar, ele tocou no homem, pegou em suas mãos e incentivou o aleijado a se levantar curado.
Foi de forma imediata que ajudado por Pedro que o segurou com sua mão direita que ele pode se levantar e imediatamente conferir que os seus pés e os seus tornozelos ficaram firmes. Ele, de um salto, pôs-se de pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo, andando, saltando e louvando a Deus.
Quando todo o povo o viu andando e louvando a Deus, e sabiam que ele era aleijado de nascença e que ali ficava pedindo esmolas, reconheceram o grande milagre e ficaram perplexos e muito admirados com o que acabara de acontecer.
O aleijado então se apegou de forma intensa com Pedro e João e todo povo maravilhou-se. Começou a ajuntar também muita gente curiosa. Vendo isso, Pedro aproveita da oportunidade para pregar sobre Jesus Cristo.
Jesus, em sua época, tinha ensinado nesse pórtico em certa ocasião (Jo 10.23). Agora chegou a hora de Pedro falar e testemunhar dele, de seu nome, obra e poder.
A primeira preocupação de Pedro foi tirar o foco das atenções do povo nas pessoas dele e de João. Eles fazem questão de explicarem que nada são, nem que fizeram tal coisa por causa de suas piedades ou vidas exemplares de santidade. Não havia neles poder algum que merecesse qualquer glória e atenção devidas.
Nos tempos atuais a impressão que temos é que o Ministério do apóstolo Tal ou do Pastor Fulano de Tal é que é poderoso para realizar grandes feitos. Reparem nos cartazes, nas propagandas, nos apelos, folhetos, banners, como o destaque é o ministério “A” ou o “B”.
Ele explica que o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus dos seus antepassados é quem glorificou seu servo Jesus, a quem eles entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele tivesse decidido soltá-lo.
Para Pedro e João havia um propósito maior na vida e obra de Jesus Cristo. Eles tinham negado publicamente o Santo e Justo e pediram, em seu lugar, um que era assassino.
A expressão "o Santo" ocorre várias vezes no Antigo Testamento com referência a Deus. A expressão "o Santo de Israel" ocorre em Is 1.4; 5.24 (cf. Lc 1.35). Isaías também se refere a Deus como "o Justo" (Is 24.16; cf. At 7.52; 22.14). Ao aplicar a Jesus essas descrições, Pedro apontava para a sua divindade.
Pedro não poupa palavras e os acusa de terem matado o autor da vida que Deus resolveu ressuscitar dos mortos. Pedro e João se dizem testemunhas dos fatos e isso era inconteste.
No entanto, como aconteceu o milagre? Essa era a questão e Pedro explica que foi pela fé no nome de Jesus - o nome de uma pessoa representa o que ela é e faz (cf. At 4.12) - ou seja, o Nome curou aquele homem que eles estavam vendo e que o conheciam. A fé que vem por meio dele lhe deu esta saúde perfeita, como todos podiam ver.
Depois de os exporem, Pedro ameniza a situação deles explicando que a ação deles se deu por ignorância, bem como os seus líderes, para que se cumprisse o que Deus havia predito por todos os profetas, dizendo que o seu Cristo haveria de sofrer.
Pedro poderia ter citado outras passagens do Antigo Testamento para reforçar seus argumentos e sustentar sua tese (p. ex., Dt 18.15 (citado no v. 22); SI 2.1-12; 16.8-71; 22.1-31; Is 53). Compare com 1 Pe 1.10-11.
Pedro, no entanto, interrompe sua pregação para fazer a eles um apelo ao arrependimento e à volta para Deus. Em consequência, os pecados deles seriam cancelados e viriam tempos de descanso da parte do Senhor até que ele, o Pai, mande o Cristo, o qual lhes foi designado, Jesus.
Essas frases parecem se referir à segunda vinda do Messias, principalmente levando-se em conta o vs. 21 onde é necessário que ele permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as coisas, como falou há muito tempo, por meio dos seus santos profetas.
O sermão de Pedro ilustra a necessidade de arrependimento, isto é, o abandono do pecado em contrição (reação negativa) para a conversão a Deus em fé (reação positiva). O chamado ao arrependimento e à fé são elementos persistentes na proclamação apostólica (2.38; 17.30; 20.21).
De acordo com a providência de Deus, arrependimento e fé resultam em perdão e eliminação de pecados.
Pedro explica as Escrituras sobre essa primeira vinda de Cristo que fora predita por Moisés que tinha dito aos seus irmãos que Deus haveria de suscitar um profeta como ele. A obrigação do povo seria ouvir esse profeta para não ser eliminado do meio do povo de Deus.
Ele explica que todos os profetas, de Samuel em diante, falaram e predisseram aqueles dias que eles estavam vivendo. Também explica que eles eram os herdeiros dos profetas e da aliança que Deus fizera com os seus antepassados.
No auge dessa pregação, Pedro faz menção do grande patriarca e profeta Abraão, por meio do qual Deus abençoou todos os povos da terra ao enviar a “descendência" (no grego o termo é utilizado no singular; Gl 3.16) de Abraão, isto é, o Messias.
Deus primeiro enviou Jesus para o seu próprio povo, depois de tê-lo ressuscitado dos mortos. O que deveriam fazer era converterem-se cada um de suas maldades e doravante seguirem o Cristo ressurrecto.
At 3:1 Pedro e João subiam ao templo
para a oração da hora nona.
At 3:2 Era levado um homem,
coxo de nascença,
o qual punham diariamente à porta do templo
chamada Formosa,
para pedir esmola aos que entravam.
At 3:3 Vendo ele a Pedro e João,
que iam entrar no templo,
implorava que lhe dessem uma esmola.
At 3:4 Pedro,
fitando-o, juntamente com João, disse:
Olha para nós.
At 3:5 Ele os olhava atentamente,
esperando receber alguma coisa.
At 3:6 Pedro, porém, lhe disse:
Não possuo nem prata nem ouro,
mas o que tenho, isso te dou:
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
anda!
At 3:7 E, tomando-o pela mão direita,
o levantou;
imediatamente, os seus pés e tornozelos se firmaram;
At 3:8 de um salto se pôs em pé,
passou a andar
e entrou com eles no templo,
saltando e louvando a Deus.
At 3:9 Viu-o todo o povo
a andar
e a louvar a Deus,
At 3:10 e reconheceram ser ele o mesmo que esmolava,
assentado à Porta Formosa do templo;
e se encheram de admiração e assombro por isso que lhe acontecera.
At 3:11 Apegando-se ele a Pedro e a João,
todo o povo correu atônito para junto deles
no pórtico chamado de Salomão.
At 3:12 À vista disto,
Pedro se dirigiu ao povo, dizendo:
Israelitas, por que vos maravilhais disto
ou por que fitais os olhos em nós
como se pelo nosso próprio poder ou piedade
o tivéssemos feito andar?
At 3:13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó,
o Deus de nossos pais,
glorificou a seu Servo Jesus,
a quem vós traístes
e negastes perante Pilatos,
quando este havia decidido soltá-lo.
At 3:14 Vós, porém,
negastes o Santo e o Justo
e pedistes que vos concedessem um homicida.
At 3:15 Dessarte,
matastes o Autor da vida,
a quem Deus ressuscitou dentre os mortos,
do que nós somos testemunhas.
At 3:16 Pela fé
em o nome de Jesus,
é que esse mesmo nome
fortaleceu a este homem
que agora vedes e reconheceis;
sim, a fé
que vem por meio de Jesus
deu a este saúde perfeita
na presença de todos vós.
At 3:17 E agora, irmãos,
eu sei que o fizestes por ignorância,
como também as vossas autoridades;
At 3:18 mas Deus, assim, cumpriu o que dantes
anunciara por boca de todos os profetas:
que o seu Cristo havia de padecer.
At 3:19 Arrependei-vos, pois,
e convertei-vos   
para serem cancelados os vossos pecados,
At 3:20 a fim de que, da presença do Senhor,
venham tempos de refrigério,
e que envie ele o Cristo,
que já vos foi designado, Jesus,
At 3:21 ao qual é necessário que o céu receba
até aos tempos da restauração
de todas as coisas, de que Deus falou
por boca dos seus santos profetas
desde a antiguidade.
At 3:22 Disse, na verdade, Moisés:
O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos
um profeta semelhante a mim;
a ele ouvireis
em tudo quanto vos disser.
At 3:23 Acontecerá que toda alma
que não ouvir a esse profeta
será exterminada do meio do povo.
At 3:24 E todos os profetas,
a começar com Samuel,
assim como todos quantos depois falaram,
também anunciaram estes dias.
At 3:25 Vós sois os filhos dos profetas e da aliança
que Deus estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão:
Na tua descendência,
serão abençoadas todas as nações da terra.
At 3:26 Tendo Deus ressuscitado o seu Servo,
enviou-o primeiramente a vós outros para vos abençoar,
no sentido de que cada um
se aparte das suas perversidades.
Nós, os humanos, matamos o Autor da Vida! Meu Deus que erro grosso... Os homens que tanto anseiam pela vida, quando ela veio até eles, eles a mataram. Curioso, mataram para também viverem, pois foi pela sua morte que hoje temos vida! Quem é que entende uma mente tão brilhante como a do Espírito Santo? Impossível! Somente nos resta adorar este tão magnifico Deus!
Foi a fé no nome, que vem por meio de Jesus, Autor da Vida, que mataram, que gerou novamente a vida, a salvação e a cura naquele homem coxo de nascença que vivia assentado à Porta Formosa do templo!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete 
http://www.jamaisdesista.com.br
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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Atos 2.1-47- A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 2, da parte I.
I. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO E O PODER DO ESPÍRITO (1.1-2.47) - continuação.
Estamos vendo, como já falamos, o testemunho apostólico e o poder do Espirito. Após uma breve introdução, Lucas passa a registrar imediatamente o fundamento de toda sua narrativa: o poder do Espírito Santo para capacitar os apóstolos a testemunharem de Cristo “em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” (1.8).
Esse relato foi dividido em três seções: A. Aguardando a vinda do Espírito (1.1-26) – já vimos; B. O derramamento do Espírito no Pentecostes (2.1-41) – veremos agora; e, C. O surgimento da igreja (2.42-47) – veremos agora.
Breve síntese do capítulo 2
Chegou o pentecoste, 10 dias após a ascensão de Jesus e 50 dias após a sua ressureição. Acontecera como previra Jesus Cristo e lhes anunciara aos seus que aguardassem este dia.
O que veio do céu neste momento? Um som! Tão impetuoso que encheu toda a casa e apareceram línguas distribuídas como de fogo.
Somente passaram a falar em outras línguas depois de se encherem e ficarem cheios do Espírito Santo. O sinal ali operado foi tremendo e impactava aos que ouviam. Pedro toma então a palavra e a comenta.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
B. O derramamento do Espírito no Pentecostes (2.1-41).
Lucas descreveu o dia de Pentecostes com bastante dramaticidade. Os apóstolos falaram em línguas e proclamaram o evangelho de Cristo aos judeus de todas as parta do mundo que estavam reunidos ali.
O testemunho apostólico teve início com uma espetacular intervenção divina que nunca mas se repetiu. Embora esse acontecimento tenha sido único, o ministério permanente da igreja deve estar fundamentado nele e deve prosseguir ministrando às gerações por meio do poder do Espírito.
O termo grego pentekoste significa “quinquagésimo” e se refere ao quinquagésimo dia após o sábado da Páscoa (Lv 23.4-7,15-16). O Pentecostes, que era celebrado no primeiro dia da semana (o nosso domingo), era uma das três grandes festas anuais de Israel:
1°)   A primeira era a Páscoa (Lv 23.4-8; Nm 28.16-25).
2°)   A segunda, o Pentecoste que ocorria 50 dias após a Páscoa.
3°)   A terceira era a Festa dos Tabernáculos (Lv 23.33-43; Nm 29.12-38; cf. Jo 7.1-44), que ocorria quatro meses depois.
Pentecostes também era chamada de “Festa das Semanas” (Dt 16.10), porque era celebrada sete semanas após a Páscoa; “Festa da Colheita” (Ex 23.16), porque era nessa ocasião que ocorria a colheita das safras; e também “dia das primícias" (Nm 28.26).
A ligação entre o derramamento do Espírito Santo e a celebração de Pentecostes no dia das primícias se encaixa satisfatoriamente com o ensino de que a manifestação do Espirito no Novo Testamento é a “primícia” da colheita da salvação em Cristo (Rm 8.23).
Estavam todos reunidos no cenáculo, todos os apóstolos (1.13), bem como, provavelmente, todas as 120 pessoas mencionadas antes (1.15).
Possivelmente era um lugar próximo ao templo, Lucas em geral especifica esse lugar como sendo o templo (At 2.46; 3.2-8; 5.20-21, 25, 42; 24.18; 26.21), porém aqui está se referindo a uma casa que ficava próxima ao templo, uma vez que a multidão de judeus que visitavam Jerusalém para participar da Festa de Pentecostes estava próxima o suficiente da casa para ouvirem o barulho do vento impetuoso (vs. 5-11, 41).
Foram testemunhados três sinais da presença de Deus: vento, fogo e linguagem inspirada (Ex 3.2; 13.21; 24.17; 40.38; I Rs 19.11-13). O vento é particularmente um símbolo da presença do Espirito Santo (Ez 37.9,13; Jo 3.8) e o fogo é um símbolo do poder do espírito para purificar e julgar (Mt 3.11-12).
As línguas faladas não foram elocuções de êxtase, mas as várias línguas dos judeus que vieram de todas as parte: das regiões do Mediterrâneo, de Roma e de outras tão distantes como a Pártia, que se estendia a leste do atual Irã.
O fato foi que todos ficaram cheios do Espirito Santo, ou seja, foram dominados pela influência poderosa do Espírito, particularmente evidenciada pelo falar “em outras línguas” que eles não conheciam. At 10.46; 19.6 também relatam ocorrências desse fenômeno (sobre o dom de falar em línguas veja I Co 12-14).
A vinda do Espírito Santo no novo Testamento é o cumprimento da promessa registrada em Lc 24.49; At 1.5, 8. O Espírito Santo também estava presente e ativo com o povo de Deus no Antigo Testamento, porém a partir desse momento a sua presença é percebida de modo mais acentuado, porque ele abençoa mais pessoas do que jamais ocorreu. (A BEG recomenda a leitura de seu excelente artigo teológico “O Espírito Santo”, reproduzido no final deste texto).
Havia ali muitos judeus devotos (cf. Lc 2.5; At 8.2; 22.12). Certamente muitos desses judeus tinham vindo de terras distantes para residir temporariamente em Jerusalém (vs. 10) com o objetivo de celebrar a festa de Pentecostes, ao passo que outros tinham vindo para estabelecer residência permanente na cidade.
Embora seja uma hipérbole, a expressão “vindos de todas as nações de debaixo dos céus”, Lucas associa esse acontecimento às profecias do Antigo Testamento que afirmavam que Deus faria retornar o povo de Israel do exílio de todas as nações para estabelecer o seu reinado (Dt 30.1-5).
Nesse Pentecostes, muitos judeus creram e se tornaram o núcleo do povo de Deus no novo Testamento. De fato, o Pentecostes inaugurou o fim do exílio de Israel. O exílio será definitivamente encerrado quando Cristo retornar.
No vs. 6 é dito que cada um os ouvia falar em sua própria língua as grandezas de Deus. O Espírito Santo estava distribuindo o seu dom sobre os discípulos (vs. 3-4) e não sobre a multidão.
A multidão ficou maravilhada ante o fato de que aqueles galileus, com seu sotaque característico ao falar aramaico e grego, soubessem falar em tantas línguas estrangeiras.
Dos vs. 8-11, temos uma lista de pessoas que incluía quinze nações, começando com um grupo do Oriente, onde hoje se localiza o Irã e o Iraque ("partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia", para onde judeus que haviam sido levados cativos para a Assíria e a Babilônia).
A lista prossegue se deslocando para o Ocidente, da Judeia para o norte da Ásia Menor ("Capadócia, Ponto e Ásia, da Frigia, da Panfília") e depois para o norte da África ("Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene"), e então para Roma.
Por fim, a lista inclui duas regiões muito distantes uma da outra: a Arábia e a ilha de Creta (possivelmente uma referência aos judeus nabateus), esta última localizada ao sudeste de Jerusalém.
Embora outras áreas da Diáspora pudessem ser nomeadas, Lucas listou um número suficiente de nações representativas de todas as direções a partir de Jerusalém e Judeia (esta última, central, mencionada em quinto lugar na lista), fazendo alusão a uma grande concentração de judeus que tinham vindo do Oriente, e o restante do norte, do sul e do oeste.
Todos estavam atônitos e perplexos e interpelavam uns aos outros. O texto grego traz "todos perguntavam", o que indica que toda a multidão ficou maravilhada, incluindo aqueles que zombaram dos discípulos acusando-os de bebedice (vs. 13). Realmente, algo sobrenatural estava ali acontecendo que deixou todos estupefatos.
Pedro se levanta com os onze e em alta voz se dirige à multidão e diz que aqueles homens não estavam embriagados, como supunham. A forma masculina da palavra "estes" (“estes homens não estão bêbados”) não está necessariamente restrita aos doze apóstolos, podendo incluir os cento e vinte (1.15).
Era aquela a terceira hora do dia. Os judeus iniciavam a contagem das horas a partir das seis horas da manhã. Logo, a terceira hora corresponde às nove horas da manhã. Era costume jejuar nos dias festivos até pelo menos a quarta hora do dia. Assim, a alegação de bebedice não tinha fundamento.
Pedro então revela a verdadeira razão daquele evento e fala sobre o que o profeta Joel falara. Os vs. 17-21 é uma citação de JI 2.28-32 do texto grego do Antigo Testamento (Septuaginta, JI 3.1-5).
Joel falou com autoridade, como um profeta de Deus e Pedro afirmou que a mensagem de Joel era a Palavra de Deus.
As palavras "nos últimos dias" (cf. Is 2.2; Os 3.5; Mq 4.1; 2Tm 3.1) é a maneira que Pedro usou para unir os textos grego e hebraico de JI 2.28 ("depois").
Pedro interpretou o termo "depois" como se referindo aos dias da nova aliança, em contraste com aqueles da antiga aliança.
Ele continua a falar em o nome de Jesus, o Nazareno - esse título é usado por Lucas em outras passagens (Lc 18.37; 24.19; At 6.14; 10.38; 22.8; 26.9).
No sermão que vem a seguir, Pedro enfatiza os fatos mais importantes sobre Jesus:
ü  Sua morte (v. 23) e ressurreição corporal (vs. 24-32).
ü  Sua exaltação (v. 33) e coroação (vs. 34,36).
ü  A vitória que ocorrerá quando ele retornar (v. 35).
Jesus foi o varão aprovado por Deus, com milagres, prodígios e sinais. Embora o fato de Jesus ter vindo de Nazaré fosse uma pedra de tropeço (cf. Jo 1.46), Deus demonstrou plenamente, por meio de milagres, que Jesus era o Messias.
Além das demonstrações do derramamento do Espírito sobre toda a carne, haveriam maravilhas nos céus, sinais na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça com o sol se tornando em trevas e a lua em sangue, isso antes da vinda do grande e glorioso dia do Senhor.
A palavra boa é que todos os que derem crédito a Deus e o invocarem, serão salvos – vs. 21. Que tal hoje mesmo você invocar o nome de Jesus Cristo e ser salvo? Rm 10.13.
Jesus foi entregue para os homens pelo determinado desígnio e presciência de Deus. Embora exercendo vontade própria ao matar Jesus, as ações desses homens iníquos, tanto judeus como gentios (4.27-28), estavam de acordo com o propósito determinado por Deus (cf. 2Cr 25.16; Jr 21.10; Dn 11.36; At 17.26) e ocorreram segundo o seu domínio providencial e permanente.
Embora Deus tivesse, soberanamente, determinado a morte do seu Filho, ele considera como responsáveis pelos seus atos as pessoas que executaram o crime de crucificar Jesus (3.17-18; 4.27-28; 13.27).
Deus ordena os meios e os fins dos acontecimentos humanos sem violar a responsabilidade e a liberdade humana. Os judeus não podiam se isentar da responsabilidade ao culparem os romanos pela morte de Jesus, pois foram eles que pediram essa execução aos romanos.
Pedro ensinou que os judeus seriam considerados responsáveis por isso (3.15; 4.10; 5.30; 10.39). Lucas enfatiza novamente que Jesus foi morto pela crucificação romana.
Embora Jesus tenha morrido de fato (Jo 19.30), o seu corpo não sofreu decomposição biológica, como demonstra a citação de Pedro de Sl 16.8-11 (vs. 25-28).
No Sl 16, Davi escreveu, em parte, sobre a sua própria experiência e sofrimento; porém nos versículos citados aqui ele estava, em última análise, referindo-se ao "Senhor" (vs. 25) Jesus, o Santo de Deus cujo corpo não viu "corrupção" (vs. 27).
Ele de fato foi exaltado, pois, à destra de Deus. O plano de Deis foi além da ressurreição do seu Filho: Cristo também foi exaltado à posição que ocupava junto com o Pai desde a eternidade (Jo 17.5).
Foi ele também que recebeu do Pai a promessa do Espírito, o qual derramou sobre os discípulos. Aqui está implícita a doutrina da Trindade. Pedro demonstrou como o Pai (vs. 32) trabalhou na vida, na morte, na ressurreição e na exaltação do seu Filho Jesus e como o Espírito Santo realizou o milagre em seus servos para que falassem em línguas. A obra do Espírito Santo está ligada intimamente ao relacionamento e propósitos do Pai e do Filho.
Essa afirmação de Pedro salienta não apenas o fato de que Jesus é o Messias de Deus referido no Antigo Testamento (Is 11.1; Lc 4.18-21; At 3.18,20; 4.26. 5.42), mas também o Senhor exaltado (Rm 10.9; Fp 2.9-11) e o Rei vencedor (lCo 15.24-25; Ap 19.16).
Ao ouvirem Pedro falar a palavra de Deus foram impactados e logo quiseram saber o que fazerem.
Pedro responde com firmeza para eles se arrependerem e se batizarem. O arrependimento (abandonar o pecado) e o batismo foram componentes importantes dos ministérios de João Batista (Mt 3.1; Mc 1.4) e de Jesus (Mt 4.17, 11.20-, Lc 13.3,5). Também são elementos essenciais da pregação e do ensino da igreja (Mt 28.18-19).
Ao se referir ao nome de Jesus Cristo no batismo, Pedro, provavelmente estava fazendo um sumário de Mt 28.18-19 (“batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo”.). Somente Jesus é mencionado aqui, uma vez que o sermão de Pedro falava sobre Jesus e seu ministério.
O batismo seria para remissão dos pecados. O batismo é sinal e selo da purificação espiritual que o Espírito realiza por meio do perdão de pecados (Tt 3.5).
O dom do Espirito Santo ao vir habitar com a pessoa, assim como o dom do perdão (Ef 1.7) e a capacitação para o ministério.
Observe que até mesmo no contexto do milagre do Pentecostes Pedro não fala de receber o dom de línguas como algo necessário ou universal.
Os dom do perdão e da habitação do Espírito Santo com a pessoa devem ser percebidos como essenciais para que haja a produção do 'fruto' do Espírito na vida dos cristãos (Gl 5.22-23) e para o exercício dos dons que o Espírito decide conceder em épocas diversas e a cristãos diversos (I Co 12.4-11)
Pedro proclamou que a mensagem de salvação para o perdão de pecados por meio do Messias de Deus é prometida aos judeus que ouvem a sua mensagem, aos seus filhos e a todos os que estão distantes (isto é, os gentios; Ef 2.11-13).
Aqui, novamente está a mensagem de Atos: o evangelho é para judeus e gentios, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar. A salvação é fundamentada na eleição e no chamado de Deus (Jo 6.37; Ef 1.4-5).
C. O surgimento da igreja (2.42-47).
Dos vs. 42 ao 47, veremos o surgimento da igreja. Lucas encerra essa seção sobre o derramamento do Espírito com um resumo das práticas da igreja em Jerusalém.
Os primeiros seguidores de Cristo foram, até certo ponto, Inigualáveis, porém a fidelidade deles permanece como padrão para todos os cristãos quanto ao que a igreja deve ser.
Pedro fez o apelo e ali se converteram a Cristo cerca de três mil pessoas! Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.
Eles perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Esses eram o resumo dos elementos essenciais do discipulado cristão.
São coisas que os apóstolos aprenderam em suas experiências com Jesus:
ü  Seus ensinos sobre si mesmo e sua obra (Mt 16.18-19; Lc 24.46) e a responsabilidade de cada um como seguidor de Cristo (Mt 5-7).
ü  A comunhão de Cristo com seus discípulos (Jo 13).
ü  O partir do pão, que geralmente inclui a Ceia do Senhor (Ml 26.17-30).
ü  Sua vida de oração com e para os discípulos (Mt 6.5-13; Lc 11.1-13; Jo 17).
Foi um começo espetacular e todos os que creram estavam juntos. Isso demonstrava a união do Espírito que Paulo pregava (Ef 4.3). Até vendiam as suas propriedades. Unidos ao Espírito, os cristãos estavam alertas às necessidades físicas dos outros e voluntariamente (4.34; 5.4) contribuíam para satisfazê-las.
As reuniões eram diárias e nelas eles partiam do pão de casa em casa. Eram as refeições diárias que eram compartilhadas nos lares, e por conta disso, acrescentava-lhes o Senhor – vs. 47 – todos os dias os que iam sendo salvos. A igreja pertence ao Senhor e ele é o único e soberano construtor de sua igreja (Mt 16.18; 1Co 3.9).
At 2:1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes,
estavam todos reunidos no mesmo lugar;
At 2:2 de repente,
veio do céu
um som, como de um vento impetuoso,
e encheu toda a casa
onde estavam assentados.
At 2:3 E apareceram, distribuídas entre eles,
línguas, como de fogo,
e pousou uma sobre cada um deles.
At 2:4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo
e passaram a falar em outras línguas,
segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
At 2:5 Ora, estavam habitando em Jerusalém
judeus, homens piedosos,
vindos de todas as nações debaixo do céu.
At 2:6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz,
afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade,
porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.
At 2:7 Estavam, pois,
atônitos e se admiravam, dizendo:
Vede!
Não são, porventura, galileus
todos esses que aí estão falando?
At 2:8 E como os ouvimos falar,
cada um em nossa própria língua materna?
At 2:9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia, At 2:10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, At 2:11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios.
Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas
as grandezas de Deus?
At 2:12 Todos, atônitos e perplexos,
interpelavam uns aos outros:
Que quer isto dizer?
At 2:13 Outros, porém, zombando, diziam:
Estão embriagados!
At 2:14 Então, se levantou Pedro,
com os onze;
e, erguendo a voz,
advertiu-os nestes termos:
Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém,
tomai conhecimento disto
e atentai nas minhas palavras.
At 2:15 Estes homens não estão embriagados,
como vindes pensando,
sendo esta a terceira hora do dia.
At 2:16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio
do profeta Joel:
At 2:17 E acontecerá nos últimos dias,
diz o Senhor,
que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne;
vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
vossos jovens terão visões,
e sonharão vossos velhos;
At 2:18 até sobre os meus servos
e sobre as minhas servas
derramarei do meu Espírito
naqueles dias,
e profetizarão.
At 2:19 Mostrarei prodígios
em cima no céu
e sinais embaixo na terra:
sangue,
fogo
e vapor de fumaça.
At 2:20 O sol se converterá em trevas,
e a lua, em sangue,
antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.
At 2:21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo.
At 2:22 Varões israelitas,
atendei a estas palavras:
Jesus, o Nazareno,
varão aprovado por Deus diante de vós
com milagres,
prodígios
e sinais,
os quais o próprio Deus realizou
por intermédio dele entre vós,
como vós mesmos sabeis;
At 2:23 sendo este entregue pelo
determinado desígnio
e presciência de Deus,
vós o matastes,
crucificando-o por mãos de iníquos;
At 2:24 ao qual, porém, Deus ressuscitou,
rompendo os grilhões da morte;
porquanto não era possível fosse ele
retido por ela.
At 2:25 Porque a respeito dele diz Davi:
Diante de mim via sempre o Senhor,
porque está à minha direita,
para que eu não seja abalado.
At 2:26 Por isso, se alegrou o meu coração,
e a minha língua exultou;
além disto,
também a minha própria carne repousará em esperança,
At 2:27 porque não deixarás a minha alma na morte,
nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.
At 2:28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida,
encher-me-ás de alegria na tua presença. At 2:29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi
que ele morreu
e foi sepultado,
e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.
At 2:30 Sendo, pois,
profeta
e sabendo que Deus lhe havia jurado
que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,
At 2:31 prevendo isto,
referiu-se à ressurreição de Cristo,
que nem foi deixado na morte,
nem o seu corpo
experimentou corrupção.
At 2:32 A este Jesus
Deus ressuscitou,
do que todos nós somos testemunhas.
At 2:33 Exaltado, pois, à destra de Deus,
 tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo,
derramou isto que vedes e ouvis.
At 2:34 Porque Davi não subiu aos céus,
mas ele mesmo declara:
Disse o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te à minha direita,
At 2:35 até que eu ponha os teus inimigos
por estrado dos teus pés.
At 2:36 Esteja absolutamente certa,
pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus,
que vós crucificastes,
Deus o fez Senhor
e Cristo.
At 2:37 Ouvindo eles estas coisas,
compungiu-se-lhes o coração
e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos:
Que faremos, irmãos? At 2:38 Respondeu-lhes Pedro:
Arrependei-vos,
e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para remissão dos vossos pecados,
e recebereis o dom do Espírito Santo.
At 2:39 Pois para vós outros é a promessa,
para vossos filhos
e para todos os que ainda estão longe,
isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.
At 2:40 Com muitas outras palavras deu testemunho
e exortava-os, dizendo:
Salvai-vos desta geração perversa.
At 2:41 Então, os que lhe aceitaram a palavra
foram batizados,
havendo um acréscimo naquele dia
de quase três mil pessoas.
At 2:42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos
e na comunhão, no partir do pão
e nas orações.
At 2:43 Em cada alma havia temor;
e muitos prodígios e sinais eram feitos
por intermédio dos apóstolos.
At 2:44 Todos os que creram estavam juntos
e tinham tudo em comum.
At 2:45 Vendiam as suas propriedades e bens,
distribuindo o produto entre todos,
à medida que alguém tinha necessidade.
At 2:46 Diariamente
perseveravam unânimes no templo,
partiam pão de casa em casa
e tomavam as suas refeições
com alegria e singeleza de coração,
At 2:47 louvando a Deus
e contando com a simpatia de todo o povo.
Enquanto isso,
acrescentava-lhes o Senhor,
dia a dia,
os que iam sendo salvos.
A igreja hodierna perdeu bastante de sua origem. Hoje cada um de nós abre uma igreja, coloca nelas suas leis e prega o evangelho sem se importarem com o corpo de Cristo unido.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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