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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Mateus 8 1-34 - JESUS, O SENHOR DO MAR E DAS TEMPESTADES!

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de-Deus.
III. AS OBRAS DO REINO (8.1-10.42).
Jesus realizou muitos milagres que mostraram o seu poder para estabelecer o reino. Ele também chamou, deu poder e enviou discípulos para espalharem o reino. Entretanto, eles foram advertidos por Jesus que perseguição e sofrimento viriam àqueles que serviam ao reino do céu.
Esses caps.-8-10 formam a terceira maior seção do Evangelho de Mateus e focaliza principalmente as atividades do reino. Eles são divididos em dois segmentos: narrativas (8.1-9.38) e um sermão (10.1-42) que formarão nossa divisão proposta, seguindo sempre a BEG: A. Narrativa: curando e chamando (8.1-9.38) – começaremos a ver agora – e B. Sermão: a missão do reino (10.1-42).
A. Narrativa: curando e chamando (8.1-9.38)
Essa série de narrativas - curando e chamando - focaliza os feitos do reino demonstrados pelos milagres de cura de Jesus e pelo chamado de seus discípulos.
A ordem dos acontecimentos nesses capítulos difere da ordem nos Evangelhos de Marcos e de Lucas. Mateus provavelmente organizou os acontecimentos por tópicos mais do que cronologicamente.
Quando ele terminou o seu sermão, desceu do monte e o resultado foi que começaram a segui-lo.
As multidões o seguiam, mas foi um leproso que se aproximou dele para o adorar e Jesus atendendo ao seu pedido estende sua poderosa mão e purifica aquele homem instantaneamente. Qual a diferença hoje de se aproximar de Jesus, adorá-lo, pedir algo necessário pela fé e ser imediatamente atendido?
Qual a diferença entre a situação daquele leproso e de outro aqui do século XXI?
Conforme a BEG, uma variedade de doenças de pele podia ser chamada "lepra", mas a forma dominante era a hanseníase, uma infecção bactericida desfigurável que ataca a pele e os nervos, resultando com frequência em perda da sensibilidade e do controle dos músculos.
A perda da sensibilidade pode levar à infecção ou à decomposição dos tecidos por causa de um ferimento não notado, enquanto a perda do controle do músculo pode levar à atrofia e até mesmo à paralisia.
Em estágios avançados da doença, as extremidades podem literalmente cair, assim como a face. Essa "morte em vida” era extremamente temida e vista como um sinal de pecado.
Tocar numa pessoa com lepra tornava a pessoa cerimonialmente impura. Nesse caso, entretanto, Jesus não se tornou impuro, mas o leproso se tornou puro. Embora para Jesus o pecado que reside dentro de cada um de nós seja imensuravelmente pior do que a lepra, ele está disposto a nos tocar também e a nos purificar.
A forma do leproso se aproximar de Jesus é interessante, ele reconhece que ele poderia curá-lo, se quisesse e sem medo ou receio de rejeição, o que seria natural de sua péssima condição, ele lança diante do Mestre um desafio enorme e o Senhor o recebe, sem problemas.
Ele fala ao leproso que quer sim e o cura instantaneamente. Em seguida o adverte para que não dissesse nada a ninguém. O conselho para que o leproso permanecesse em silêncio foi com a intenção de evitar que os buscadores de milagres pudessem atrapalhar Jesus em cumprir a sua principal missão (cf. Mc 1.45).
Quando se mostrasse ao sacerdote, o leproso daria testemunho para o fato de que o Antigo Testamento apontava para Jesus.
Agora é outro que se aproxima de Jesus, com tanta fé, que impressionou o Senhor. Ele entendia de autoridade e citou exemplos dela para o Senhor não para ensiná-lo, mas para enfatizar que cria naquele que curava. Jesus dá a ordem e atende ele conforme ele queria em resposta a sua fé. A palavra a ele liberada é “vai-te e seja feito conforme a tua fé!”.
Algumas características peculiares desse exemplo de homem de fé:
·         Ele era um oficial encarregado de cem homens.
·         Ele era gentio.
·         Esse homem tinha uma apreciação pela autoridade de Jesus que ultrapassava a de qualquer pessoa em Israel,
·         Ele tinha uma grande percepção de sua própria indignidade.
·         Ele tinha uma fé em Jesus que poderia superar essa dificuldade da sua indignidade.
·         A sua fé é ainda mais marcante uma vez que até aquele momento não havia nenhuma indicação de Jesus ter curado qualquer pessoa com apenas uma palavra.
Mantendo o seu estilo resumido, Mateus não menciona os intermediários que aparecem na narrativa paralela em Lc 7.1-10.
O fato de o centurião ser um gentio forneceu a ocasião para a predição do endurecimento de Israel e da extensão do evangelho do reino para os gentios.
São eles aqueles muitos que viriam do Oriente e do Ocidente para se sentarem à mesa com Abraão. Esse é o tema do banquete messiânico de Is 25.6-9. Os gentios agora aparecem no lugar dos "filhos" naturais. Esse tema aparece nas parábolas dos lavradores maus (21.33-44, especificamente o vs. 43) e na parábola das bodas (22.1-10).
Nós temos aqui um exemplo do princípio de Rm 9.30-32: Israel tentou obter justiça pelas obras, mas falhou em obtê-la, enquanto os gentios que sabiam que mereciam somente a condenação buscaram a misericórdia de Deus e a obtiveram.
Já os súditos do reino que deveriam receber as bênçãos por causa de sua rejeição e desprezo serão lançados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes. Representa a extrema e desesperada aflição daqueles que serão finalmente excluídos do reino (cf. Mt 13.38; 13.42,50; 22.13; 24.51; 25.30; Lc 13.28).
Depois disso, ele entra na casa da sogra de Pedro, onde ali faz outro grande milagre. Ele não parou ali, pelo contrário, ia anoitecendo e começaram a trazer para ele muitos endemoninhados.
Ele expulsava os espíritos com uma palavra e curava todos os doentes, fazendo se cumprir as Escrituras, em Isaías. Ele mesmo tomou as nossas enfermidades. Is 53.4 usa as enfermidades para representar a maldição do pecado. "Dores" também pode ser traduzido como 'doenças" (cf. Is 53.5). Jesus veio para dar fim à maldição assim como à culpa pelo pecado.
Ele fez isso na cruz, mas até mesmo o seu ministério de cura custou algo a ele (cf. Mc 5.30). Quando Cristo retornar em glória, receberemos corpos incorruptíveis.
Mateus fez essa aplicação interessante do profeta Isaias falando sobre a cura e a libertação dos que estavam presos a espíritos imundos. “Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças”. Essa foi a sua explicação para o fato de Jesus ter curado todos naquele momento. A BEG afirma que esse versículo não nos dá nenhuma garantia de cura miraculosa antes do retorno de Cristo. Jesus não cura hoje?
Esses dois acontecimentos – vs. 18 a 22 - mostram o comprometimento radical que Jesus exigia dos discípulos. Se nos identificarmos com Jesus, também seremos desabrigados, "peregrinos e forasteiros" neste mundo (1Pe 2.11).
Sepultar os próprios pais era uma das mais rígidas obrigações da sociedade judaica, mas Jesus recomendou uma lealdade maior para com ele mesmo. É provável que o homem estivesse pedindo permissão para esperar que o seu pai morresse para que ele, então, começasse o seu ministério como discípulo.
A multidão estava ao seu redor e ele deu ordens para que atravessassem para o outro lado do mar e foi aqui que um mestre da lei se aproximou dele dizendo que o seguiria por onde quer que fosse, mas Jesus respondendo a ele disse, se referindo a si mesmo, que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a sua cabeça.
Das oitenta e uma ocorrências desse título no Novo Testamento, todas, exceto três (At 7.56; Ap 1.13; 14.14) são referências de Jesus a si mesmo ou citações de Jesus.
O termo não era usado como um título para Cristo na igreja primitiva, mas os discípulos claramente lembraram de que essa era a maneira preferida de Jesus se referir a si mesmo.
As ocorrências desse título nos Evangelhos podem ser classificadas, conforme a BEG, em três categorias:
1)      O apocalíptico Filho do Homem que aparece no final dos tempos.
A primeira referência do apocalíptico Filho do Homem é encontrada em Dn 7.13-14, uma passagem na qual o Filho do Homem aparece antes do início dos tempos e recebe a domínio e a adoração do mundo.
Essa é a claramente a figura descrita em 24.30; 26.64, e desse modo a alusão está na base das outras referências do Filho do Homem vindo em julgamento.
2)      O Filho do Homem que sofreu e morreu.
3)      O uso da expressão por Jesus como uma referência a si mesmo na primeira pessoa.
O cenário para essas outras duas categorias – o que sofre e morreu e a referente a si mesmo - tem sido procurado em vários outros lugares.
Por exemplo, o termo em Ez 2 (o modo como Deus se dirige ao profeta) é supostamente o equivalente em aramaico a uma primeira pessoa no pronome singular. "Filho do Homem" seria equivalente a "ser humano".
O mais provável é que Jesus preferia o título exatamente porque ele tinha um sentido ambíguo para o seu público.
De um lado, esse não era a mais comum ou esperada maneira de se referir ao Messias. Por outro, ele significava mais do que o título "Messias" poderia reivindicar: domínio total e as prerrogativas da divindade (17.22-23).
No verso 23, ele entra no barco que ele tinha ordenado seus discípulos a atravessarem para o outro lado do mar – vs. 18. Quando ele entrou no barco, seus discípulos entraram também.
O mar estava calmo e tranquilo, mas de repente, uma violenta tempestade abateu-se sobre o mar de forma que as ondas inundavam o barco, mas Jesus, ali, cansado, dormia profundamente.
Como as coisas não se resolviam e tudo parecia fora de controle, mesmo com o Mestre dormindo no barco, entraram em pânico e foram acordá-lo.
Jesus se impressiona, mas não com a tempestade, mas com o medo que estava neles. Jesus, então, se levanta e repreende os ventos e o mar e tudo se fez completa bonança. Depois repreende seus discípulos pela pouca fé e os alcunha de “HOMENS DE PEQUENA FÉ”. Quando estamos com o Senhor (estamos?) a expectativa do Senhor em relação a nós é FÉ! E a nossa, em relação a Ele? Responda!
O fato de Jesus ter acalmado a tempestade mostra a sua divindade, uma vez que no Antigo Testamento era Deus quem acalmava os mares e era o Senhor da tempestade (cf. SI 29.3-4; 65.5-7; 89.9; 107.23-30). Daí, a surpreendente pergunta feita pelos discípulos no vs. 27 ter sido: "Quem é este?".
Depois dessa confusão com o mar e com a tempestade, como se as coisas estivessem conectadas, ele chega na terra dos gadarenos.
Essa terra é identificada em Marcos e Lucas como o território ao redor da vila de Gerasa, que se encontrava na área predominantemente gentia de Decápolis.
Gerasa era governada pela cidade maior de Gadara. Em Gadara havia dois endemoniados e ninguém ousava passar por ali por causa deles. E eles gritavam exclamando que ainda não era tempo de ele vir para atormentá-los.
Provavelmente somente um desses dois endemoninhados era excessivamente violento. Portanto, Marcos e Lucas mencionam somente um, enquanto Mateus estava interessado no duplo testemunho. 
Os demônios sabiam que Jesus era o Filho de Deus, e eles tinham uma queixa aparentemente legítima: ele tinha vindo "antes do tempo" (vs. 29), o dia do julgamento. Mas Jesus já estava inaugurando o reino de Deus, e os poderes das trevas já estavam sendo quebrados (cf. 12.28).
A palavra grega traduzida como "demônio" é um termo genérico para um "deus" (cf. At 17.18). É evidente que os demônios não eram Deus; mesmo que tivessem existência pessoal, eram "espíritos imundos" (10.1).
Eles se opunham ao verdadeiro Deus e causavam destruição na vida das pessoas, às vezes por meio da possessão. Assim, eles eram identificados com Satanás, o príncipe dos demônios (9.34; 12.24-28).
Adão deveria ter expulsado Satanás do Jardim do Éden; Jesus expulsou os agentes de Satanás. Expulsar demônios era um sinal da chegada do reino (12.28).
É muito provável que Jesus tenha permitido que os demônios entrassem nos porcos em consideração ao fato de que o dia do juízo final ainda não havia chegado, ou porque o subsequente afogamento deles demonstrou os valores perversos das pessoas na comunidade, que valorizavam mais os suínos do que o resgate de dois seres humanos.
Lc 8.31 retrata a súplica dos demônios para que não fossem jogados no abismo. O afogamento dos porcos nas profundezas do lago sugere que, ao atender ao pedido dos demônios, Jesus os enviou para um lugar que prefigurava o abismo.
Mt 8:1 Ora, descendo ele do monte,
grandes multidões o seguiram.
Mt 8:2 E eis que um leproso,
tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo:
Senhor, se quiseres,
podes purificar-me.
Mt 8:3 E Jesus, estendendo a mão,
tocou-lhe, dizendo:
Quero, fica limpo!
E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra.
Mt 8:4 Disse-lhe, então, Jesus:
Olha, não o digas a ninguém,
mas vai mostrar-te ao sacerdote
e fazer a oferta que Moisés ordenou,
para servir de testemunho ao povo.
Mt 8:5 Tendo Jesus entrado em Cafarnaum,
apresentou-se-lhe um centurião, implorando:
Mt 8:6 Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama,
paralítico, sofrendo horrivelmente.
Mt 8:7 Jesus lhe disse:
Eu irei curá-lo.
Mt 8:8 Mas o centurião respondeu:
Senhor, não sou digno de que entres em minha casa;
mas apenas manda com uma palavra,
e o meu rapaz será curado.
Mt 8:9 Pois também eu sou homem sujeito à autoridade,
tenho soldados às minhas ordens
e digo a este: vai,
e ele vai;
e a outro: vem,
e ele vem;
e ao meu servo: faze isto,
e ele o faz.
Mt 8:10 Ouvindo isto,
admirou-se Jesus
e disse aos que o seguiam:
Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel
achei fé como esta.
Mt 8:11 Digo-vos que muitos virão do Oriente
e do Ocidente
e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.
Mt 8:12 Ao passo que os filhos do reino
serão lançados para fora,
nas trevas;
ali haverá choro e ranger de dentes.
Mt 8:13 Então, disse Jesus ao centurião:
Vai-te, e seja feito
conforme a tua fé.
E, naquela mesma hora,
o servo foi curado.
Mt 8:14 Tendo Jesus chegado à casa de Pedro,
viu a sogra deste acamada
e ardendo em febre.
Mt 8:15 Mas Jesus tomou-a pela mão,
e a febre a deixou.
Ela se levantou e passou a servi-lo.
Mt 8:16 Chegada a tarde,
trouxeram-lhe muitos endemoninhados;
e ele meramente com a palavra
expeliu os espíritos
e curou todos os que estavam doentes;
Mt 8:17 para que se cumprisse o que fora dito
por intermédio do profeta Isaías:
Ele mesmo tomou as nossas enfermidades
e carregou com as nossas doenças.
Mt 8:18 Vendo Jesus muita gente ao seu redor,
ordenou que passassem para a outra margem.
Mt 8:19 Então, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe:
Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.
Mt 8:20 Mas Jesus lhe respondeu:
As raposas têm seus covis,
e as aves do céu, ninhos;
mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Mt 8:21 E outro dos discípulos lhe disse:
Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai.
Mt 8:22 Replicou-lhe, porém, Jesus:
Segue-me,
e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.
Mt 8:23 Então, entrando ele no barco,
seus discípulos o seguiram.
Mt 8:24 E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade,
de sorte que o barco era varrido pelas ondas.
Entretanto, Jesus dormia.
Mt 8:25 Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando:
Senhor, salva-nos! Perecemos!
Mt 8:26 Perguntou-lhes, então, Jesus:
Por que sois tímidos,
homens de pequena fé?
E, levantando-se,
repreendeu os ventos e o mar;
e fez-se grande bonança.
Mt 8:27 E maravilharam-se os homens, dizendo:
Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?
Mt 8:28 Tendo ele chegado à outra margem,
à terra dos gadarenos,
vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados,
saindo dentre os sepulcros,
e a tal ponto furiosos,
que ninguém podia passar
por aquele caminho.
Mt 8:29 E eis que gritaram:
Que temos nós contigo, ó Filho de Deus!
Vieste aqui atormentar-nos antes do tempo?
Mt 8:30 Ora, andava pastando, não longe deles,
uma grande manada de porcos.
Mt 8:31 Então, os demônios lhe rogavam:
Se nos expeles,
manda-nos para a manada de porcos.
Mt 8:32 Pois ide,
ordenou-lhes Jesus.
E eles, saindo,
passaram para os porcos;
e eis que toda a manada se precipitou,
despenhadeiro abaixo,
para dentro do mar,
e nas águas pereceram.
Mt 8:33 Fugiram os porqueiros
e, chegando à cidade,
contaram todas estas coisas
e o que acontecera aos endemoninhados.
Mt 8:34 Então,
a cidade toda saiu para encontrar-se com Jesus;
e, vendo-o,
lhe rogaram
que se retirasse da terra deles.
O Senhor chega a terra dos Gadarenos levando consigo a vida, a cura, a libertação e o povo Gadareno lhe roga para que se retire de suas terras. O que buscavam os Gadarenos? Será que no cultivo dos porcos iriam encontrar? Temamos que igualmente não rejeitemos ao Senhor em nossas escolhas imbecis.
p.s.: link da imagem original: https://ainconformada.wordpress.com/2012/04/27/mateus-826/
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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terça-feira, 11 de agosto de 2015

Dia 37/40 - VAMOS DAR MAIS UMA VOLTINHA JUNTOS?

Hoje é um dia especial em minha vida! Aliás, todos os dias são especiais, mas neste, em especial (rs...rs....) estou completando mais uma volta em torno do sol, viajando na nave Terra-Mãe.
Por falar em voltinhas, como nossa vida está cheia delas e quem disse que percebemos isso? Em torno da Terra, já dei, com o dia de hoje, 20.454 voltinhas. Confesso que ainda não estou tonto!
A gente gira em torno da terra, a gente gira em torno do Sol, a gente vive girando, girando, dando voltinhas, e o tempo vai passando, passando e vamos assim fazendo nosso história.
Estamos juntos, todos nós, dando suas voltinhas, navegando numa nave segura, que nunca falhou um dia se quer. Se houvesse uma mínima variação, creio, seríamos lançados para fora dela para sempre!
Não é incrível como ela é exata, precisa, perfeita? Não tem como não reconhecer o Criador! Não tem como não dar glórias por esse dia especial! Não tem como não louvá-lo!
Além dessas voltinhas, vamos caminhando, nunca estamos parados, viajando, mas agora em forma espiralada, formando ondas... para onde estamos indo?
A terra é nossa nave principal, mas também o sol está se movendo e ainda toda a galáxia com milhares de sóis, estrelas, planetas, asteroides, satélites... nada está parado, nem no macro, nem no microcosmos... Tudo está em movimento o tempo todo.
Isso é vida! A Vida não está parada mas circulando, dando voltinhas, completanto mais um período. Nem mesmo o móvel ou a rocha que parece paradinha, está parada. Não existe zero absoluto, somente na teoria; não existe trevas absoluta, somente na teoria.
Não é incrível a natureza, a criação de Deus, a vida? Jesus Cristo disse dele mesmo: eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém vem ao Pai se não por mim – Jo 14:6.
Não fomos feitos para vivermos isolados, sozinhos, mas juntos, fazendo parte do conjunto, se sentindo participante, ativo, produtivo, vivo.

Muito obrigado a todos que se lembraram de meu cumpleãnos... amo todos vocês! Obrigado pelas mensagens, pelos votos de felicidades, pelas demonstrações de carinho, atenção, abraços, calor humano.
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Mateus 7 1-29- PARTE 3/3 DO SERMÃO DO MONTE - PREGAÇÃO COM AUTORIDADE!

Jesus os ensinava como tendo autoridade e não como os Escribas. Como poderia ele falar com autoridade? Por que a palavra falada era dele, do Criador bendito que se fez homem, para viver a vida dos homens e como homem, morrer pelo homem.
Nós também quando pregamos a legítima palavra de Deus devemos pregar com autoridade, com autoridade do nome de Jesus. Diz a história que quando um ateu e cético de uma cidade sabia que George Whitefield[1] ia pregar ele fazia de tudo para ouvi-lo.
Seus seguidores o criticavam porque ele era ateu e não fazia sentido em ir ouvir aquele crente. E ele respondendo disse que não cria mesmo, mas iria ouvir ele por que ele falava crendo naquilo que falava.
Quem fala com autoridade, fala crendo naquilo que prega. Somente fala com autoridade aquele que tem autoridade. Você que prega em nome de Jesus, prega a verdade como sendo de fato a verdade ou se deixa levar pelo engano?
Havia um vendedor de remédios que eram tidos como panaceia e o vendedor juntava muita gente que o ouvia. Na mesma praça havia um crente pregando o evangelho e pouca gente o ouvia. Indignado, falou com o vendedor: porque tem tanta gente ouvindo uma mentira e a verdade que eu proclamo ninguém ouve?
Aquele vendedor lhe disse que era simples entender. Ele pregava a mentira como se fosse a verdade e o pregador pregava a verdade como se fosse uma mentira.
Ele continua a pregar e a ensinar e começa o capítulo nos pedindo para não julgarmos. Jesus proíbe um tipo de julgamento, mas aprova outro.
Condenar um crente amigo pelas suas faltas equivale à falha do exercício do perdão (6.14-15); somente uma gentil ou humilde correção em que primeiro haja o reconhecimento da nossa própria e quase possivelmente maior falha, ajuda.
Um julgamento sábio que não condene, mas diferencie descrença de crença (v. 6) também é necessário. O método de discernimento é dado no v. 16.
Para um julgamento eficaz seria mister primeiro se tirar a trave que está em nossos próprios olhos para depois ir tentar remover o cisco de nosso irmão. A palavra é muito forte, de forma que devemos ser humildes e não precipitados nos julgamentos.
Há uma série interessante de pequenos vídeos em inglês com essa finalidade de demonstrar que podemos estar completamente errados ao emitirmos nossas opiniões com base apenas em parte da história que acabamos de presenciar. Procure no YouTube por esses vídeos, você irá gostar e será útil para aprendizado. Pesquise por “DON’T JUDGE TOO QUICKLY”.
No verso 6, ele nos diz para não lançarmos o que é santo, sagrado, aos cães. Refere-se às evidências do reino como as curas e demonstrações de poder. Mas "o que é santo" também deveria incluir a pregação do evangelho do reino.
Essa proibição pode parecer estranha, mas não devemos continuar a pregar para pessoas que têm rejeitado o evangelho com desprezo e zombaria malignos (cf. 10.14; 15.14).
Os cristãos em Atos aprenderam a colocar esse princípio em prática (At 13.44-51; 18.5-6; 28.17-28). Isso é reiterado em Tt 3.10-11 e provavelmente fundamenta Hb 6.4-6.
Dos versos 7 ao 11 e depois nas suas parábolas, Jesus nos ensina a sermos perseverantes na oração e na busca de Deus. Eu chamei esses ensinos de a TEORIA DA IMPORTUNAÇÃO. Também ensinei a meus filhos e eles colocaram em prática comigo. Não foi fácil não lidar com eles quando queriam algo de verdade e sabiam ser o seu pedido justo e pertinente.
Do mesmo modo, Jesus nos ensina a jamais desistirmos e sempre buscarmos, orarmos, pedirmos, procurarmos que encontraremos.
Quando ele diz que nós que somos maus, fica, conforme nos fala a BEG, clara a pressuposta pecaminosidade natural da humanidade, desde que até mesmo aqueles que chamam Deus de "Pai" são ditos serem maus. As boas dádivas de Deus são aquelas que Jesus descreveu como características dos discípulos: retidão, sinceridade, pureza, humildade, sabedoria. Aquele que conhece as suas próprias necessidades pedirá a Deus para supri-las.
O paralelo em Lc 11.13 focaliza o único e maior dom - aquele que dá todas as coisas boas; ou seja, o Espirito Santo. O Espírito é o melhor e o mais necessário dom que podemos pedir, e Deus dá o seu Espírito gratuitamente quando nós pedimos, para que tenhamos sabedoria para discernir sem julgarmos (vs. 1-6), a fim de entrarmos pela porta estreita com a qual poucos a acertam (vs. 13-14) e para dar bons frutos (vs. 15-20).
No verso 12, temos a regra de ouro dos relacionamentos! Se colocarmos isso em prática, teremos os fins das desavenças, das inimizades e das guerras. A assim chamada Regra de Ouro foi proclamada negativamente por inúmeros pensadores antigos, mas Jesus fez com que ela se tornasse uma obrigação positiva.
Ela aparece no texto da discussão da bondade e da prontidão de Deus de dar. Novamente vemos a ligação entre a justiça relacionada a Deus e os atos justos que surgem desse relacionamento.
A essa altura, todos deveriam estar achando tudo muito profundo, mas complicadíssimo. A porta dessa entrada no seu reino parecia muito apertada e estreita. Esforços evangelísticos que desconhecem o fato de que a porta para a vida é estreita (ou seja, uma pessoa só pode entrar pela fé em Cristo) só foram bem-sucedidos em excluir pessoas do reino.
Do mesmo modo, apresentar a vida cristã como um mar de rosas e minimizar o fato de que ela é cheia de problemas não segue o exemplo de nosso Senhor (cf. 14.22). Pode ser até mesmo que os "falsos mestres" do v. 15 sejam especificamente aqueles que negam a estreiteza e a dureza do caminho.
Os falsos profetas e mestres seriam aqueles que iriam tentar de todas as formas apresentar caminhos mais largos e fáceis. Jesus nos adverte nos versos de 15 ao 20 para nos acautelarmos com eles.
Descrever os falsos mestres como lobos em peles de ovelhas nos lembra de que os falsos mestres parecem profetas verdadeiros e que a mensagem deles pode ser bastante atrativa e até parecer ortodoxa.
O único método seguro de discernimento é dar tempo a eles para demonstrarem seus frutos. Alguns frutos dos falsos mestres são mencionados no Novo Testamento: discussões (1Tm 1.3-4), divisão (1Tm 6.3-5), perversão da fé (2Tm 2.17-18) e autodestruição por heresia 12Pe 2.11..
Portanto, nem todos os que dizem Senhor, Senhor, são de fato do Senhor. A duplicação de um nome significava um sinal de intimidade (cf. Gn 22.11; 1Sm 3.10; 2Sm 18.33; Lc 22.31). Importante esses lembretes da BEG: não são afirmações ou sentimentos de intimidade com Jesus que importam, nem as "boas obras", mesmo as mais miraculosas; o que importa é somente fazer a vontade do Pai. Isso envolve conhecer Deus - ou, melhor, ser conhecido por ele (1Co 8.2-3).
Jesus então passa a ensinar quem são os que verdadeiramente o seguem: aqueles que o ouvem e o obedecem em tudo e os compara com um construtor prudente.
Na Judeia, as tempestades não são frequentes, mas elas podem ser violentas. Embora tanto a casa do homem insensato quanto a casa do homem prudente tivessem parecido ser, por muito tempo, igualmente seguras, quando a tempestade veio, a destruição da casa do homem insensato foi total (cf. Is 28.14-19). Assim também é com a vida daquele que ignora as palavras de Jesus.
O seu ensino causou uma revolução em seus ouvintes e ficaram pasmos, admirados da forma que os ensinava. Jesus tinha autoridade e não era como os escribas. Os escribas, como os rabis posteriores, ensinavam citando o que mestres anteriores haviam dito. A autoridade era estabelecida pela referência à tradição. Jesus ensinou diretamente das Escrituras tendo como base a sua própria autoridade e não fez referência (exceto negativa) à tradição.
Mt 7:1 Não julgueis,
para que não sejais julgados.
Mt 7:2 Pois, com o critério com que julgardes,
sereis julgados;
e, com a medida com que tiverdes medido,
vos medirão também.
Mt 7:3 Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão,
porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Mt 7:4 Ou como dirás a teu irmão:
Deixa-me tirar o argueiro do teu olho,
quando tens a trave no teu?
Mt 7:5 Hipócrita!
Tira primeiro a trave do teu olho
e, então, verás claramente
para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Mt 7:6 Não deis aos cães o que é santo,
nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas,
para que não as pisem com os pés
e, voltando-se, vos dilacerem.
Mt 7:7 Pedi,
e dar-se-vos-á;
buscai
e achareis;
batei,
e abrir-se-vos-á.
Mt 7:8 Pois todo o que pede recebe;
o que busca encontra;
e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.
Mt 7:9 Ou qual dentre vós é o homem que,
se porventura o filho lhe pedir pão,
lhe dará pedra?
Mt 7:10 Ou, se lhe pedir um peixe,
lhe dará uma cobra?
Mt 7:11 Ora, se vós, que sois maus,
sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos,
quanto mais vosso Pai, que está nos céus,
dará boas coisas aos que lhe pedirem?
Mt 7:12 Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam,
assim fazei-o vós também a eles;
porque esta é a Lei e os Profetas.
Mt 7:13 Entrai pela porta estreita
(larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição,
e são muitos os que entram por ela),
Mt 7:14 porque estreita é a porta,
e apertado, o caminho que conduz para a vida,
e são poucos os que acertam com ela.
Mt 7:15 Acautelai-vos dos falsos profetas,
que se vos apresentam disfarçados em ovelhas,
mas por dentro são lobos roubadores.
Mt 7:16 Pelos seus frutos os conhecereis.
Colhem-se, porventura,
uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Mt 7:17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos,
porém a árvore má produz frutos maus.
Mt 7:18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus,
nem a árvore má produzir frutos bons.
Mt 7:19 Toda árvore que não produz bom fruto
é cortada e lançada ao fogo.
Mt 7:20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
Mt 7:21 Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus,
mas aquele que faz a vontade de meu Pai,
que está nos céus.
Mt 7:22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me:
Senhor, Senhor! Porventura,
não temos nós profetizado em teu nome,
e em teu nome não expelimos demônios,
e em teu nome não fizemos muitos milagres?
Mt 7:23 Então, lhes direi explicitamente:
nunca vos conheci.
Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.
Mt 7:24 Todo aquele, pois,
que ouve estas minhas palavras
e as pratica
será comparado a um homem prudente
que edificou a sua casa sobre a rocha;
Mt 7:25 e caiu a chuva,
transbordaram os rios,
sopraram os ventos
e deram com ímpeto contra aquela casa,
que não caiu,
porque fora edificada sobre a rocha.
Mt 7:26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras
e não as pratica
será comparado a um homem insensato
que edificou a sua casa sobre a areia;
Mt 7:27 e caiu a chuva,
transbordaram os rios,
sopraram os ventos
e deram com ímpeto contra aquela casa,
e ela desabou,
sendo grande a sua ruína.
Mt 7:28 Quando Jesus acabou de proferir estas palavras,
estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina;
Mt 7:29 porque ele as ensinava
como quem tem autoridade
e não como os escribas..
Há muitos ensinamentos no famoso Sermão do Monte ou também conhecido como a Lei de Cristo que mereceriam páginas e mais páginas de meditação.
Ele concluiu o seu sermão que hoje é a nossa Lei do Reino. Ele, com certeza, vai além de tudo o que dantes fora ensinado e demonstrado. Como já temos enfatizado, Jesus não estava trazendo algo novo, mas a sua novidade envolvia um descortinar do que estava encoberto e que já estava escrito nos Profetas, na Lei e nos Escritos.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
  http://www.jamaisdesista.com.br


[1] George Whitefield, (16 de dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante, que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre a ideologia americana. Conhecido como o "príncipe dos pregadores ao ar livre", foi o evangelista mais conhecido do século XVIII. Pregou durante 35 anos na Inglaterra e nos Estados Unidos, quebrou as tradições estabelecidas a respeito da pregação e abriu o caminho para a evangelização de massa.” (fonte: wikipedia).
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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dia 36/40 - O PAI NOSSO E A UNIDADE.

Olha que interessante as lições do Pai Nosso que nos ensinou Jesus. Atente para o fato de suas características peculiares que apontam para uma vida em comunidade, juntos, unidos. É muito linda essa oração.
Está no post de hoje do Jamais Desista, cuja sinopse é:
Mateus 6 1-34- PARTE 2/3 DO SERMÃO DO MONTE - ANSIEDADE, UMA PÉSSIMA ESCOLHA!
A ansiedade combatida aqui por Jesus é algo muito interessante. A ansiedade traz o problema que nem ainda existe, nem temos a certeza de que existirá, para ser real em nossas mentes e assim sofrermos por antecipação. É ridículo!
Por isso ele ordena: NÃO ANDEIS ANSIOSOS! Amigo, a ansiedade aqui é uma escolha. Uma péssima escolha!
  +++ LEIA MAIS +++
Vejam apenas um pedaço para degustação:
Como você entende que deve ser a sua oração?
Dando prosseguimento ao seu discurso sobre a oração e o jejum, ele propõe um modelo, um paradigma de como deve ser a oração ideal. Nós, agora, iremos meditar um pouco mais procurando aprender lições para aplicarmos às nossas vidas. O nosso texto de referência se encontra em Mateus 6, dos versos de 9 a 13.
O que encontramos então? Eu irei falar daquilo que vier ao meu coração como lições a aprender:
1°)       Que a oração ensinada pelo Senhor, obviamente, não é um mantra para ser repetido inúmeras vezes a fim de obtermos um estado espiritual elevado; também não é uma reza que deve ser repetida sem objetividade e apenas por reflexo;
2°)       Que há predomínio do pronome possessivo na primeira pessoal do plural: “nosso” e “nossas” e na segunda pessoa do singular: “teu”, “tua”. Há também o emprego do objeto direto ou indireto “nos” e não “me”, por exemplo: pai nosso, pão nosso, nossas dívidas, nossos devedores, teu nome, réu reino, tua vontade, teu poder, tua glória, nós dá hoje, não nos induza, livra-nos.
Nesta oração, modelo, aprendemos que somos uma coletividade [UNIDADE – ESTAR JUNTO], que devemos nos preocuparmos com o nosso próximo e não conosco. Quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode dizer que ama a Deus a quem nem vê? (I Jo 4:2).
Continuem a ler diretamente em meu link dessa postagem.
Abraços e uma boa semana a todos!

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