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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Marcos 3.1-35 - JESUS SE INDIGNAVA COM A INCREDULIDADE, MAS SE ALEGRAVA COM A FÉ.

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II, no capítulo 3.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG, em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II, foi dividida em 17 subpartes, conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O ministério ao redor da Caldeia (1.35-45) – já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as autoridades (2.18 - 3.12) – concluiremos agora; G. O chamado dos doze (3.13-19) - veremos agora; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) - veremos agora; I. As parábolas do reino (4.1-34); J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20); K. A continuidade do ministério na Galileia (5.21 - 6.6); L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30); M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44); N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23); O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9); P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32); e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50).
F. Controvérsias com as autoridades (2.18 3.12) - continuação.
Estamos vendo até o vs. 12, deste, algumas controvérsias com as autoridades. Visando desenvolver em seus leitores uma apreciação pelos ensinamentos de Jesus, Marcos registra várias ocasiões em que Jesus esteve envolvido em controvérsias teológicas com autoridades religiosas judaicas.
Novamente Jesus entra em uma sinagoga em um dia de sábado e todos ali observam para ver se ele violaria ou não o sábado, mas não para sorver dos seus ensinamentos, nem para glorificar a Deus por qualquer cura ou feito extraordinário.
O homem que se encontra ali, diferente, era um que tinha uma mão ressequida, literalmente "seca", indicando um processo longo, e não uma doença fatal pela qual até mesmos os fariseus teriam aceitado a cura no sábado. A ação de Jesus aparenta ser uma provocação deliberada, bem como um ato de misericórdia.
Eles (sem dúvida os fariseus, veja o vs. 6) procuravam estabelecer um precedente legal ao observarem as ações de Jesus, corno evidentemente era o que Jesus queria que fizessem.
Jesus se antecipou à crítica ao reiterar o seu ensino sobre o sábado iniciado em 2.25-28. Os fariseus concebiam que somente o auxílio estritamente essencial aos doentes era permitido no sábado.
Jesus demonstrou que a interpretação deles era, na verdade, contrária ao propósito do mandamento, pois este tinha por objetivo a promoção do bem (2.27).
Os fariseus não eram motivados pelo poder de Deus, nem pela vontade de fazer o bem, mas pelo poder do mal e da hipocrisia, pois, embora Jesus estivesse promovendo o bem e a vida ao curar no sábado, os fariseus procuravam matá-lo ao conspirarem contra ele, no sábado.
Jesus ficou indignado e condoído por causa da incredulidade que demonstravam! Como Jesus ficava aborrecido quando acontecia a incredulidade e como era o contrário quando via a demonstração de fé em Deus.  
Será que Jesus mudou? Na verdade Deus é e continua soberano. Nunca deixou de ser, nem deixará de ser, mas é eternamente soberano e ao mesmo tempo, somos responsáveis por nossos atos, por nossas incredulidades e por nossas demonstrações de fé em Deus.
Que tal fazermos um pacto conosco mesmo e deixar a incredulidade do lado de fora, eternamente fora, de nosso coração? Eu tenho decidido fazer de minha fé o que chamo dos “4 I”: - Indestrutível – Inabalável - Imbatível - Invencível.
Depois da cura incrível, ao invés das glórias a Deus, o ajuntamento de fariseus com herodianos para ver como tirariam a vida de Jesus, pode?
Ao contrário dos fariseus, os herodianos eram um grupo político não religioso que apoiava a dinastia de Herodes (que era de origem não judaica). Assim corno Herodes, esse grupo colaborava com Roma. Os fariseus demonstraram a sua hipocrisia ao juntar forças com os herodianos (cf. Dt 7.2; 17.15). Para mais detalhes sobre essa conspiração, veja 8.15; 12,13; At 4.27.
Depois dessa cura, retirou-se novamente Jesus com seus discípulos para continuarem em sua missão de pregação, ensino e cura e grande multidão os seguia.
Aparentemente, uma das ênfases dos vs. 7-12 é que o ministério público de Jesus estava se tornando um movimento popular, apesar da oposição da elite governante (3.6). Jesus estava sentindo-se coagido e teve de se refugiar num barquinho.
Geograficamente, as pessoas estavam se deslocando de todas as partes até a Caldeia, para ver Jesus:
·         Do sul (Jerusalém, Judeia e ldumeia).
·         Do leste (as regiões além do Jordão).
·         Do norte (Tiro e Sidom).
A Galileia estava ocupando o lugar de Jerusalém como centro da vida religiosa.
No original, o verbo traduzido como "viam" (do verso 11 – “os espíritos imundos, quando o viam”) sugere um acontecimento repetitivo, pois Jesus encontrava a todo o momento pessoas possuídas por espíritos demoníacos.
Na presença de Jesus, os demônios eram desmascarados, e o resultado era que eles também expunham a verdadeira identidade de Jesus. (1.1, 34,43-44; 12; 15.39).
G. O chamado dos doze (3.13-19).
Veremos agora até o vs. 19, o chamado dos doze. Marcos registra como Jesus apontou doze apóstolos para ministrarem com sua autoridade, de modo que seus leitores pudessem reconhecer a importância do ministério dos apóstolos nesses dias.
Marcos salienta esse ato de Jesus de subir ao monte e chamar a si os que quisesse para enfatizar particularmente a origem do propósito decisivo de Jesus.
A importância do número 12 dificilmente passaria despercebida (Mt 19.28; Lc 22.29-30), no entanto, os doze tinham privilégio exclusivo em relação à quantidade de tempo que permaneciam junto com Jesus (cf. "estais comigo", Jo 15.26-27).
Marcos e Mateus (Mt 10.2-4) apresentam listas idênticas. A lista paralela em Lucas (Lc 6.12-16) é idêntica exceto pela ausência do nome "Tadeu", em lugar de quem aparece "Judas, filho de Tiago" (não Judas Iscariotes).
A única explicação razoável para isso é que Tadeu tinha um segundo nome, Judas, o Zelote, isto é, ele era membro de um partido político religioso cujo objetivo era a independência nacional, e cujos meios para alcançá-lo incluíam a rebelião armada.
Alguns acreditam que Judas era também um zelote (vs. 18) uma vez que o nome "Iscariotes" pode ter origem no latim sicarius ("adaga"). Porém, é mais provável que, uma vez que esse também era o nome de seu pai (Jo 6.71), essa palavra tenha origem no termo semítico ish ("homem [de]”), sendo combinada com "Queriote", uma cidade em Israel, perto de Hebrom Os 15.25).
Eles foram chamados para pregar e tinham autoridade para expulsar demônios. Novamente (veja 1.14,17) a prioridade da missão era a pregação e o exorcismo. O período tinha uma ênfase marcadamente prática.
Jesus agora estava enviando também os doze a pregar e a expulsar os demônios. Os invejosos e de corações endurecidos agora abrem os seus corações ao diabo. Até os seus parentes saíram para prendê-lo porque diziam que ele estava fora de si. Os escribas, então, dizem que as expulsões de demônios se dão pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios!
H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35).
Tendo escolhido os seus, entrou numa casa para aonde afluíram outra vez a multidão. Veremos nesses versos de 20 a 35, acusações contra Jesus em Cafarnaum, conforme a BEG. Marcos registra duas acusações contra Jesus:
(1)   Ele estava louco.
(2)   Ele estava possuído pelo demônio.
Os judeus viam uma ligação entre loucura e possessão demoníaca (Jo 10.20). Além do mais, as acusações aparecem juntas. O relato da intervenção da família de Jesus começa no vs. 21 e se encerra nos vs. 31ss. Entre esses versículos está o relato da agressão verbal feita pelos "escribas" (vs. 22-30) contra Jesus.
Os ataques diabólicos contra Jesus vinham tanto dos líderes religiosos como da própria família de Jesus (veja Jo 7.5), e mais tarde também viriam de dentro do círculo dos doze (Mt 16.23; Jo 13.27).
Essa palavra “parente” – vs. 21 - é um tanto ambígua no original, pelo que certas versões traduzem como "família" e outras propõem "companheiros" ou "amigos". De qualquer modo, esse grupo é claramente identificado no vs. 34 como sendo sua mãe e seus irmãos.
A sua família dizia que ele estava fora de si. Essa frase revela que os irmãos de Jesus o consideravam, no mínimo, mentalmente instável nesse momento. Isso tanto pode sugerir desprezo como preocupação da parte deles.
Os próprios escribas que tinham descido a Jerusalém criam que Jesus fazia o que fazia por causa de Belzebu – vs. 22. O grego traz Beelzeboul, que ocorre apenas aqui e no relato paralelo em Mt 12.24-29 e Lc 11.14-22.
Conforme a BEG, o termo correspondente em hebraico é Baal-Zebube, "senhor das moscas", aparentemente uma paródia de Baal-Zabul, o deus de Ecrom (2Rs 1.2), que significa "Baal é príncipe". Os fariseus usavam esse termo para se referirem a Satanás, e aqui acusam Jesus de expulsar demônios pelo poder de Satanás.
Dos versos de 23 a 27, Jesus chamando para si os seus doze, explica-lhes por parábola essa questão. Essa parábola ilustra a afirmação de Jesus de que o reino já havia chegado (Mt 12.28), pois havia surgido alguém mais forte do que o "valente" (Satanás). Jesus era capaz de amarrar Satanás e libertar as pessoas desse poder demoníaco.
Jesus também lhes explica algo muito terrível e assustador, pois aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não terá perdão. Quanto às várias formas de blasfêmia, veja Ex 22.28; Lv 24.10-16; Ez 35.12-13; Mc 2.7; 14.64; Jo 10.33-36; At 6.11. Veja também o excelente artigo teológico sobre o assunto, logo abaixo.
Aqui, a blasfêmia imperdoável é especificada como um ato deliberado de associar o poder e a obra de Jesus (Jo 10.21), que era cheio do Espírito Santo, com a obra de Satanás.
Como se não bastasse os escribas, fariseus e parentes, agora quem chegava ali era sua mãe e seus irmãos (Veja o vs. 21) que com ele estavam preocupados, ou melhor, parecia não crer nele também.
Conforme a BEG, comentaristas católico-romanos, para os quais a virgindade eterna de Maria é um dogma, enfatizam o fato de que "irmão" pode se referir aos vários relacionamentos familiares, apontando para Gn 13.8; 14.16; 29.15; Lv 10.4; 1Cr 23.22.
Contudo, em outras passagens de Marcos, o termo sempre parece implicar filhos dos mesmos pais. Além do mais, Mt 1.24, 25 (E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; 25 e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.) indica claramente que após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram relações conjugais normalmente, desse modo atribuindo um sentido adicional à designação de Lucas sobre Jesus ser o "primogênito" de Maria (Lc 2.7).
Jesus, então lhes dá uma grande lição sobre o que é e quem é que faz a vontade de Deus. A chegada do reino de Deus rompeu com a vida preestabelecida. Às vezes, mães, irmãos, casas e terras devem ser deixados para trás por causa do reino (10.17-31).
Embora o reino de Deus vá, ao final, curar a vida humana, esse processo de cura enquanto aguardamos a volta de Jesus envolve discórdias e julgamento contra os pecadores, bem como provações e sofrimento para os cristãos (Rm 5.3; Tg 1.2; 1Pe 1.6).
Mc 3:1 De novo,
entrou Jesus na sinagoga
e estava ali um homem que tinha ressequida uma das mãos. 
Mc 3:2 E estavam observando a Jesus
para ver se o curaria em dia de sábado,
a fim de o acusarem. 
Mc 3:3 E disse Jesus ao homem da mão ressequida:
Vem para o meio! 
Mc 3:4 Então, lhes perguntou:
É lícito nos sábados
fazer o bem ou fazer o mal?
Salvar a vida ou tirá-la?
Mas eles ficaram em silêncio. 
Mc 3:5 Olhando-os ao redor,
indignado
e condoído com a dureza do seu coração, disse ao homem:
Estende a mão.
Estendeu-a,
e a mão lhe foi restaurada. 
Mc 3:6 Retirando-se os fariseus,
conspiravam logo com os herodianos,
contra ele,
em como lhe tirariam a vida. 
Mc 3:7 Retirou-se Jesus com os seus discípulos
para os lados do mar.
Seguia-o da Galiléia uma grande multidão.
Também da Judéia, 
Mc 3:8 de Jerusalém,
da Iduméia,
dalém do Jordão
e dos arredores de Tiro
e de Sidom uma grande multidão,
sabendo quantas coisas Jesus fazia,
veio ter com ele. 
Mc 3:9 Então, recomendou a seus discípulos
que sempre lhe tivessem pronto um barquinho,
por causa da multidão,
a fim de não o comprimirem. 
Mc 3:10 Pois curava a muitos,
de modo que todos os que padeciam de qualquer enfermidade
se arrojavam a ele para o tocar. 
Mc 3:11 Também os espíritos imundos,
quando o viam,
prostravam-se diante dele
e exclamavam:
Tu és o Filho de Deus! 
Mc 3:12 Mas Jesus lhes advertia severamente
que o não expusessem à publicidade. 
Mc 3:13 Depois,
subiu ao monte
e chamou os que ele mesmo quis,
e vieram para junto dele. 
Mc 3:14 Então,
designou doze para estarem com ele
e para os enviar a pregar 
Mc 3:15 e a exercer a autoridade de expelir demônios. 
Mc 3:16 Eis os doze que designou:
Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro; 
Mc 3:17 Tiago, filho de Zebedeu,
e João, seu irmão, aos quais deu o nome de Boanerges,
que quer dizer: filhos do trovão; 
Mc 3:18 André,
Filipe,
Bartolomeu,
Mateus,
Tomé,
Tiago, filho de Alfeu,
Tadeu,
Simão, o Zelote, 
Mc 3:19 e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu. 
Mc 3:20 Então,
ele foi para casa.
Não obstante,
a multidão afluiu de novo,
de tal modo que nem podiam comer. 
Mc 3:21 E,
quando os parentes de Jesus ouviram isto,
saíram para o prender; porque diziam:
Está fora de si. 
Mc 3:22 Os escribas,
que haviam descido de Jerusalém, diziam:
Ele está possesso de Belzebu. E:
É pelo maioral dos demônios
que expele os demônios. 
Mc 3:23 Então,
convocando-os Jesus, lhes disse, por meio de parábolas:
Como pode Satanás expelir a Satanás? 
Mc 3:24 Se um reino estiver dividido contra si mesmo,
tal reino não pode subsistir; 
Mc 3:25 se uma casa estiver dividida contra si mesma,
tal casa não poderá subsistir. 
Mc 3:26 Se, pois, Satanás
se levantou contra si mesmo e está dividido,
não pode subsistir,
mas perece. 
Mc 3:27 Ninguém pode entrar na casa do valente
para roubar-lhe os bens,
sem primeiro amarrá-lo;
e só então lhe saqueará a casa. 
Mc 3:28 Em verdade vos digo
que tudo será perdoado aos filhos dos homens:
os pecados
e as blasfêmias que proferirem. 
Mc 3:29 Mas aquele que blasfemar
contra o Espírito Santo
não tem perdão para sempre,
visto que é réu de pecado eterno. 
Mc 3:30 Isto, porque diziam:
Está possesso de um espírito imundo. 
Mc 3:31 Nisto,
chegaram sua mãe e seus irmãos
e, tendo ficado do lado de fora,
mandaram chamá-lo. 
Mc 3:32 Muita gente estava assentada
ao redor dele e lhe disseram:
Olha, tua mãe, teus irmãos e irmãs
estão lá fora à tua procura. 
Mc 3:33 Então,
ele lhes respondeu, dizendo:
Quem é minha mãe
e meus irmãos? 
Mc 3:34 E, correndo o olhar pelos que estavam assentados
ao redor, disse:
Eis minha mãe
e meus irmãos. 
Mc 3:35 Portanto,
qualquer que fizer a vontade de Deus,
esse é
meu irmão, irmã e mãe.
Foi nesse momento triste, de confusão com Belzebu, que Jesus lhes conta, como já dissemos, essa parábola para lhes mostrar que um reino dividido não subsistiria. Em seguida, ainda vem sua mãe e seus irmãos e Jesus, não desrespeitosamente, fala que sua mãe e irmãos são aqueles que fizerem a vontade de Deus.
Blasfêmia contra o Espírito Santo: Posso ser perdoado? (Fonte: Bíblia de Estudo de Genebra)
Jesus ensinou que todos os tipos de pecado podem ser perdoados, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31-32; Mc 3.28-29; Lc 12.10). Se alguém blasfema contra o Espírito Santo, mostra que não é um dos eleitos e, portanto, nunca será salvo ("porque pelo fruto se conhece a árvore", Mt 12.33). Mas em que consiste, exatamente, a blasfêmia contra o Espírito Santo? Como podemos saber se não cometemos esse pecado imperdoável?
Em termos gerais, "blasfemar"' significa "proferir palavras ímpias", "difamar" ou “usar linguagem ultrajante". Em resposta à insistência dos fariseus de que ele expulsava demônios por estar associado a Satanás (Belzebu), Jesus advertiu que a blasfêmia contra o Espírito Santo era imperdoável tanto nesta era quanto na vindoura (Mt 12.32; Mc 3.29-30). Ao negar que o poder por trás do exorcismo vinha do Espírito Santo, atribuindo esse poder a Satanás, os fariseus ultrajaram o Espírito Santo. Com base nisso, os teólogos costumam entender a blasfêmia contra o Espírito Santo corno a atribuição da obra do Espírito a Satanás ou outras forças demoníacas.
No entanto, até mesmo essa definição precisa ser esclarecida. Ao responder aos fariseus, Jesus também deixou claro que suas obras eram provenientes do Espírito Santo (de acordo com a lógica de sua argumentação em Mt 12.25-29 e Mc 3.23-27). Corno deveria ter ficado evidente para todos, a única explicação racional para o exorcismo era a operação do Espírito. Assim, a rejeição do Espírito Santo pelos fariseus foi refletida e intencional, e não apenas um equívoco. Falando segundo a perversidade do próprio coração (Mt 12.34-35), haviam blasfemado intencionalmente contra o poder que sabiam ser proveniente do Espírito Santo.
A blasfêmia contra o Espírito Santo é refletida, intencional e motivada pela perversidade. Uma vez que é imperdoável, não pode ser cometida por um cristão nem, tampouco, por alguém que ainda não é cristão, mas que, um dia, aceitará a Cristo. Ainda sim, por vezes cristãos sinceros temem ter blasfemado contra o Espírito Santo. Normalmente, essas pessoas simplesmente compreenderam de modo equivocado a natureza dessa blasfêmia ou avaliaram de modo incorreto os seus próprios atos. De qualquer modo, unia vez que os réprobos (aqueles que nunca aceitarão a Cristo) não podem se arrepender verdadeiramente de seu pecado (cf. At 11.18), os cristãos que temem haver cometido esse pecado imperdoável normalmente demonstram, pela sua própria ansiedade e arrependimento, que não o fizeram.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Marcos 2.1-28 - JESUS, VENDO-LHES A FÉ... E A SUA FÉ, JESUS ESTÁ VENDO?

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II, no capítulo 2.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG, em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II, foi dividida em 17 subpartes, conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O ministério ao redor da Caldeia (1.35-45) – já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as autoridades (2.18 - 3.12) – começaremos a ver agora; G. O chamado dos doze (3.13-19); H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35); I. As parábolas do reino (4.1-34); J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20); K. A continuidade do ministério na Galileia (5.21 - 6.6); L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30); M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44); N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23); O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9); P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32); e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50).
D. Curando em Cafarnaum (2.1-12).
Marcos, ao relatar a cura do paralítico de Cafarnaum, demonstrou que o pronunciamento de perdão emitido por Jesus era verdadeiro.
Jesus se encontrava na casa de Pedro e muita gente ia ali para ouvi-lo e serem curadas. Haja vista que a casa de Jesus ficava em Nazaré (distante cerca de 32 km), a casa de Simão Pedro (1.29) pode ter servido como alojamento temporário para Jesus em Cafarnaum, uma vila mais bem localizada geograficamente e com acesso para o mar da Galileia.
“... e anunciava-lhes a palavra.” É assim que termina o verso de 2, de Marcos 2. Também é assim que devemos continuar nossa jornada nesta vida até o dia em que o Senhor nos tomar para si. É cumprindo a “Missio Dei” – (http://lucianopaeslandim.blogspot.com.br/2012/08/missio-dei-o-carater-missionario-de_3381.html).
Não tinha mais como entrar na casa por causa da multidão que estava à porta impedindo, então resolveram entrar pelo telhado, forçando assim uma porta até chegar a Jesus. Isso foi possível porque o telhado das casas nessa época era achatado e feito com barro misturado com gravetos, suportado por vigas transversais de madeira.
Aquilo surpreendeu a Jesus! Que viu neles grande fé. O homem doente no leito provavelmente não foi levado à força e, assim, foi a fé coletiva deles que Jesus reconheceu.
Todos estamos enfrentando problemas principalmente por causa de nossos pecados e precisamos do perdão de Deus. Jesus aproveita aquele momento para ministrar àquele jovem o perdão de Deus e também para provocar os escribas ali presentes, mais como curiosos.
Jesus disse a ele que os seus pecados estavam perdoados. Foi uma resposta extraordinária, pois Jesus assumiu para si o encargo de perdoar pecados, uma prerrogativa que a Bíblia inteira atribui somente a Deus (Êx 34.7; Is 1.18; Os 11.8-9).
Os escribas presentes na casa chegaram imediatamente à mesma conclusão (que teria sido correta caso Jesus fosse apenas um homem comum): "blasfêmia!" (vs. 7; 3.29). Por que não raciocinaram um pouco mais e creram em Jesus?
Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico que os seus pecados estão perdoados ou dizer a ele que ele estava curado doravante? Jesus pediu aos escribas que reconsiderassem o julgamento sobre as palavras que ele pronunciou à luz do seu poder para curar (cf. Jo 5.36; 10.25,38), que era, em última análise, um ato de Deus (SI 41.1; Jr 3.22; Os 14.4).
Com sua fala demonstrada pela execução de um grande milagre ele estava claramente dizendo que o Filho do homem tem na terra autoridade e poder. O título “Filho do homem” que Jesus mais usava para si mesmo constituía uma afirmação implícita de que ele cumpriu em seu ministério o papel do "Filho do Homem" celestial de Dn 7.13-14. Veja os vs. 28; 8.31; 9.31; 10.33,45; 13.26.
E. O chamado de Levi (2.13-17).
“... e ele os ensinava.” Agora, já estamos no verso 13, deste capítulo e Jesus prossegue com seu ministério de ensino, pregação e cura. Não é nosso foco, creio, nem o pecador, nem o realizar algo tão maravilhoso como uma cura, mas o pregar, ensinar e curar conforme ele nos tem ensinado. Quem irá alcançar o pecador e realizar nele a cura e a libertação não é o pregador, mas o Espírito Santo, por meio da palavra de Deus pregada, por nós!.
Assim, não é esse o nosso foco, mas a consequência, o resultado esperado por estarmos sendo instrumentos de Deus. Minha palavra será pregada com fé de que Deus irá cumprir o seu papel e não eu. Por isso que a missão é a missão de Deus. Somos meros instrumentos que ele quer usar para a sua própria glória.
Jesus mesmo disse que não veio chamar justos, mas pecadores. Ele mesmo vem chamar aqueles que ele está querendo realizar a sua obra em suas vidas. Todos os que ele chama, são por ele capacitados.
Novamente Jesus saiu para a beira-mar. Dos versos de 13 a 17, veremos o chamado de Levi. Marcos descreveu o chamado de Levi (Mateus), o coletor de impostos, visando mostrar aos seus leitores gentios o comprometimento de Jesus em servir àqueles que eram desprezados pela hipocrisia das autoridades religiosas judaicas.
Levi era filho de Alfeu. No relato paralelo em Mt 9.9-13, essa pessoa é chamada de Mateus. Uma vez que Mateus aparece na lista de apóstolos em Mc (3.18) e nela não há menção de Levi, muitos estudiosos assumem que Levi, tal qual Simão, trocou de nome ou preferiu ser chamado por outro nome quando se tornou um discípulo/apóstolo de Jesus.
Levi estava também trabalhando quando Jesus o chamou. Ele estava na coletoria. Eram postos fiscais estabelecidos nas estradas, pontes e canais, visando coletar taxas e pedágios, e também havia alguns nas margens dos lagos para coletar, impostos da indústria da pesca.
Além da antipatia comum que as pessoas tinham pelos fiscais do imposto, Levi e seus colegas judeus eram odiados por serem considerados colaboradores das forças pagãs de ocupação, e também pela desonestidade ao extorquirem muito além daquilo que era exigido pelas autoridades.
Por essas razões, eles eram excluídos da vida religiosa da sinagoga e do templo. Essa ação de Mateus de se levantar e abandonar o seu ofício de coletor de impostos faz um paralelo com o paralítico levantando-se, pegando seu leito e indo embora.
A reação de Mateus foi uma demonstração miraculosa do poder salvador de Jesus.
Já era a hora do almoço e todos estavam sentados à mesa – vs. 15. Fazer refeições com pecadores colocava Jesus nessa mesma categoria, pois as regulamentações rabínicas proibiam especificamente todos os mestres da lei (escribas) de fazer isso.
Por outro lado, os "pecadores" veriam isso como um gesto de amizade e aceitação dos pecadores. Esse termo é bastante usado no Novo Testamento como uma designação farisaica para todos aqueles que não cumpriam rigorosamente as tradições judaicas.
Os fariseus - partidários de uma forte tradição judaica que descendia dos hasidim do século 2 a.C - buscavam meticulosamente manter fidelidade à lei contra a influência greco-romana da Palestina.
No tempo de Jesus, a prática cuidadosa da lei, especialmente o ritual de purificação, se tornou possível graças à observância da "tradição dos anciãos" (7.3), um conjunto de interpretações elaborado por mestres anteriores (rabinos). A dificuldade em se familiarizar com as intermináveis interpretações da lei criou uma divisão entre a elite religiosa intelectual ("os justos") e a população em geral ("os pecadores").
Quando Jesus ouviu as perguntas dos fariseus ele responde que não veio chamar justos, mas pecadores. Observe a clara afirmação que Jesus faz com relação à prioridade de sua missão (cf 1.38). Há tanto verdade como ironia nas palavras de Jesus: os coletores de impostos, as prostitutas e pessoas dessa categoria estavam de fato "doentes", mas na realidade os fariseus eram também "doentes".
Jesus adotou o ponto de vista de que eles eram "saudáveis" visando refutar a hipocrisia destes. Como ensina o Antigo Testamento, todos são pecadores (1 Rs 8.46; SI 14.1-3), e a justiça é, em primeiro lugar e acima de tudo, um dom de Deus para os pecadores arrependidos (SI 51.1-18; cf. Lc 18.9-14; 19.9; Rm 3.22).
F. Controvérsias com as autoridades (2.18 3.12).
Veremos doravante, até o vs. 12, do capítulo 13, algumas controvérsias com as autoridades. Visando desenvolver em seus leitores uma apreciação pelos ensinamentos de Jesus, Marcos registra várias ocasiões em que Jesus esteve envolvido em controvérsias teológicas com autoridades religiosas judaicas.
Agora surge uma questão relacionada ao jejum e isso intrigava os que viam Jesus e os discípulos comento e bebendo.
O Antigo Testamento exigia somente um jejum anual coletivo, que deveria acontecer no dia da Expiação (Lv 16.29-31).
Todavia, como sinal de uma necessidade extrema, contrição e penitência, quando associado à oração, o jejum tem sido parte da espiritualidade do Antigo Testamento desde o tempo dos juízes (Jz 20.26; cf. 1 Rs 21.27).
Não é de admirar (veja Mt 6.16) que os fariseus e seus partidários jejuassem, aparentemente, duas vezes por semana (Lc 18.12).
Como a mensagem de João Batista era centralizada no arrependimento (Mt 3.11), o jejum certamente era algo apropriado para os seus discípulos. O que é incomum é que Jesus, cuja mensagem incluía o arrependimento, não insistiu o jejum durante o seu ministério terreno.
Jesus responde à questão do jejum. A resposta de Jesus o diferenciou de tudo o que existiu antes dele, pois o "noivo" (v. 20) havia chegado e o "novo" (vs. 21-22) estava presente.
Ao usar a ilustração de si mesmo como o noivo, Jesus afirmou a presença da alegria no reino. Esse era o momento de celebração, como num casamento. Desse modo, Jesus comeu e bebeu com os pecadores, trazendo alegria e salvação para a casa (Lc 19.6,9).
Essa celebração (vs. 19) era temporária, pois Jesus ainda deveria sofrer e morrer. Além do mais, seus seguidores também passariam por um período de sofrimento e tribulação no futuro (13.13; 14.27). Por essa razão, seria bastante apropriado que os discípulos de Jesus jejuassem mais tarde (At 13.2; 14.23, 2Co 6.5; 11.27).
Conforme a BEG, essas imagens de novo enfatizam a nova situação que surgiu com a vinda do reino e seu rei (a BEG recomenda, nesse momento, ver o seu ótimo artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4). Essas imagens demonstram a impropriedade de jejuar nessa nova situação.          
Depois disso, num sábado, os discípulos estavam colhendo espigas. Nesse relato, fica bastante destacada a extensão do legalismo entre os fariseus. Na realidade, a concepção deles contradizia a lei de Moisés.
Os discípulos não estavam roubando, pois a ação deles era permitida pela lei (Dt 23.25); nem estavam trabalhando (fazendo colheita), pois não ceifaram os grãos, o que poderia ser considerado tanto roubo como (tecnicamente) colheita que Êx 34.21 proibia.
Logo, pelos padrões do Antigo Testamento, era indevida a acusação dos fariseus de que os discípulos de Jesus transgrediam o sábado. Eles estavam seguindo suas próprias tradições e não a lei de Deus.
A resposta de Jesus – vs. 25 - colocou a questão num nível que os fariseus com certeza não esperavam, especialmente porque a frase "Nunca lestes" sugere uma crítica irônica ao conhecimento superficial que os fariseus tinham das Escrituras (veja Jo 3.10; 5.39,47).
Jesus não se justificou tentando desconsiderar o Antigo Testamento; pelo contrário, demonstrou a profundidade do seu entendimento.
Quando em uma missão divina (1 Sm 21.5), como o ungido do Senhor (mashiach, no hebraico), Davi comeu dos "pães da proposição" (Êx 25.30), que era reservado para os sacerdotes.
Portanto, o mais importante filho de Davi (Jesus), bem como os seus discípulos, estavam perfeitamente justificados quanto ao que estavam fazendo.
O texto de 1 Sm 21.1-6 declara que foi o pai de Abiatar, Aimeleque, quem deu a Davi o pão da proposição. Fica evidente no registro de Samuel que Abiatar estava vivo, e talvez até mesmo presente quando esse incidente ocorreu.
Logo, a frase "no tempo do sumo sacerdote Abiatar" está tecnicamente correta. Jesus provavelmente estava se referindo a Abiatar como uma referência temporal geral, pois Abiatar era bastante conhecido como um dos principais defensores de Davi.
E então lhes disse: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado" (Marcos 2:27,28). Novamente (cf. 2.10) Jesus declara a sua autoridade como Filho do Homem que traz bênçãos, dessa vez como intérprete soberano do ensino salutar do Antigo Testamento sobre o sábado (vs. 25). Essa afirmação foi feita contra as tradições farisaicas (vs. 16), que transformaram o princípio que promove a vida do quarto mandamento (Êx 20.8-11) num fardo opressivo e insuportável (3.1-5). Jesus também se identificou como o Senhor a quem pertencia o sábado (Êx 20.10).
Mc 2:1 Dias depois,
entrou Jesus de novo em Cafarnaum,
e logo correu que ele estava em casa.
Mc 2:2 Muitos afluíram para ali,
tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar;
e anunciava-lhes a palavra.
Mc 2:3 Alguns foram ter com ele,
conduzindo um paralítico,
levado por quatro homens.
Mc 2:4 E, não podendo aproximar-se dele,
por causa da multidão, descobriram o eirado
no ponto correspondente ao em que ele estava
e, fazendo uma abertura,
baixaram o leito em que jazia o doente.
Mc 2:5 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico:
Filho, os teus pecados estão perdoados.
Mc 2:6 Mas alguns dos escribas
estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração:
Mc 2:7 Por que fala ele deste modo?
Isto é blasfêmia!
Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus?
Mc 2:8 E Jesus,
percebendo logo por seu espírito
que eles assim arrazoavam, disse-lhes:
Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração?
Mc 2:9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico:
Estão perdoados os teus pecados, ou dizer:
Levanta-te, toma o teu leito e anda?
Mc 2:10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem
tem sobre a terra
autoridade para perdoar pecados
- disse ao paralítico:
Mc 2:11 Eu te mando:
Levanta-te,
toma o teu leito
e vai para tua casa.
Mc 2:12 Então,
ele se levantou
e, no mesmo instante,
tomando o leito,
retirou-se à vista de todos,
a ponto de se admirarem todos
e darem glória a Deus, dizendo:
Jamais vimos coisa assim!
Mc 2:13 De novo,
saiu Jesus para junto do mar,
e toda a multidão vinha ao seu encontro,
e ele os ensinava.
Mc 2:14 Quando ia passando,
viu a Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria e disse-lhe:
Segue-me!
Ele se levantou
e o seguiu.
Mc 2:15 Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi,
estavam juntamente com ele e com seus discípulos
muitos publicanos e pecadores;
porque estes eram em grande número
e também o seguiam.
Mc 2:16 Os escribas dos fariseus,
vendo-o comer
em companhia dos pecadores e publicanos,
perguntavam aos discípulos dele:
Por que come [e bebe] ele com os publicanos e pecadores?
Mc 2:17 Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes:
Os sãos não precisam de médico,
e sim os doentes;
não vim chamar justos,
e sim pecadores.
Mc 2:18 Ora,
os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando.
Vieram alguns e lhe perguntaram:
Por que motivo jejuam os discípulos de João e os dos fariseus,
mas os teus discípulos não jejuam?
Mc 2:19 Respondeu-lhes Jesus:
Podem, porventura, jejuar os convidados para o casamento,
enquanto o noivo está com eles?
Durante o tempo em que estiver presente o noivo,
não podem jejuar.
Mc 2:20 Dias virão, contudo,
em que lhes será tirado o noivo;
e, nesse tempo, jejuarão.
Mc 2:21 Ninguém costura remendo
de pano novo em veste velha;
porque o remendo novo tira parte da veste velha,
e fica maior a rotura.
Mc 2:22 Ninguém põe vinho novo
em odres velhos;
do contrário, o vinho romperá os odres;
e tanto se perde o vinho como os odres.
Mas põe-se vinho novo
em odres novos.
Mc 2:23 Ora,
aconteceu atravessar Jesus,
em dia de sábado, as searas,
e os discípulos, ao passarem,
colhiam espigas.
Mc 2:24 Advertiram-no os fariseus:
Vê!
Por que fazem o que não é lícito aos sábados?
Mc 2:25 Mas ele lhes respondeu:
Nunca lestes o que fez Davi,
quando se viu em necessidade e teve fome,
 ele e os seus companheiros?
Mc 2:26 Como entrou na Casa de Deus,
no tempo do sumo sacerdote Abiatar,
e comeu os pães da proposição,
os quais não é lícito comer,
senão aos sacerdotes,
e deu também aos que estavam com ele?
Mc 2:27 E acrescentou:
O sábado
foi estabelecido por causa do homem,
e não o homem
por causa do sábado;
Mc 2:28 de sorte que
o Filho do Homem
é senhor também do sábado.
Ainda tentaram achar defeitos em Jesus com relação ao jejum e ao dia do sábado, mas nada conseguiram uma vez que a motivação de seus corações era outra e não a glória de Deus.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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